Wellington Carvalho

Tire suas dúvidas para recolocação profissional em 2015

Wellington Carvalho

15/12/2014 às 14h04 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

Com a chegada do fim do ano, muitos profissionais começam a refletir sobre seus planos de carreira para 2015. Um estudo recente desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente mostra que, de cada 10 profissionais, 7 declararam não estarem satisfeitos com o ambiente de trabalho e que pretendem trocar de função ou mudar de empresa.

Divulgação
Carlos Eduardo Felicissimo

Pensando em ajudar aqueles que desejam mudanças na forma de atuar no mercado de trabalho, o Portal Boa Vontade conversou com o advogado Carlos Eduardo Felicissimo, 39, especialista em Gestão de Carreira, Gestão Estratégica e Comercial, e Recursos Humanos. Confira importantes apontamentos que vão tirar suas principais dúvidas sobre o assunto.

PBV — Quais os principais fatores que levam uma pessoa a querer uma recolocação profissional?
Carlos — Busca por um novo segmento de atuação; por aumento de salário; falta de plano de carreira definido; eventualidade que desmotivou o profissional; falta de comunicação e conflitos entre chefe e subordinado (o que dificulta as relações diárias); falta de reconhecimento; mudança de endereço; qualidade de vida por questões pessoais.

PBV — Quais os riscos de uma recolocação profissional numa área totalmente diferente da atual?
Carlos — Toda recolocação, independentemente da área, é sempre carregada de risco, ansiedade e expectativas. Quando ela vem acompanhada de uma mudança de área, pode haver um aumento das incertezas, pois não sabemos como o “mercado” reagirá aos novos interesses deste profissional e como esta pessoa se adaptará ao novo desafio. À medida que evoluímos, ganhamos maturidade e a certeza do que gostaríamos de fazer. Tudo começa com a capacidade de sonhar; colocando o sonho num simples pedaço de papel e, por fim, conectar as etapas deste sonho e dar vida ao mesmo. É de suma importância saber que numa transição de carreira, a fase de vida pessoal terá impacto direto nas escolhas profissionais.

PBV — Quais as vantagens da mudança?
Carlos — Todo novo projeto será adequado desde que você tenha consciência do que quer alcançar a curto, médio ou longo prazo. Muitas vezes, ele promove nas pessoas a volta da motivação plena, aquele brilho positivo que perdemos em razão da mesmice do dia a dia. Outra vantagem é o de respirar novos ares, novas oportunidades, acessar novas histórias e traçar um novo caminho. Se a mudança vier carregada de uma atividade que esteja ligada ao dom do trabalhador, a plenitude da satisfação profissional com certeza se refletirá na vida pessoal. Outro fator que pode ser positivo é se a mudança não for apenas de área ou de emprego, mas de uma vontade e desejo pelo empreendedorismo. Tudo que tenha conexão com o seu dom será, com certeza, mais divertido, prazeroso e realizador.

PBV — Como ter certeza de que é hora de mudar?
Carlos — Não há hora certa, assim como não há errada. Muitas vezes gostaríamos que a hora certa batesse em nossa porta. O que vejo é que não há a hora certa, mas sim a percepção de que há uma oportunidade se abrindo e que o profissional teve a habilidade de não deixá-la passar. Muitas vezes a hora certa vem em decorrência de uma adversidade ou de um planejamento realizado.

PBV — Quais as atenções que se deve ter no currículo?
Carlos — 
Tenha claro seus objetivos e estruture seu currículo com informações reais e que possam lhe ajudar nesta fase. Mostre suas habilidades e talentos, não apenas os dados técnicos. Se você é um advogado e quer mudar para recursos humanos, busque uma formação acadêmica que possa deixar seu currículo mais próximo deste novo mundo, por exemplo.

Com essas orientações, não permita que o medo continue lhe causando a insegurança de que as mudanças não darão certo. Lembre-se que, fazendo a nossa parte e recorrendo sempre à ajuda de Jesus, o Divino Amigo, venceremos todas as dificuldades que aparecerãoO Portal Boa Vontade deseja um 2015 de novas realizações e muito sucesso para você!

Português, Brasil

Educação sem violência: veja por que e como podemos disciplinar sem agressão

Wellington Carvalho

16/03/2015 às 16h05 - segunda-feira | Atualizado em 08/02/2017 às 09h41


De acordo com o relatório Ocultos à plena Luz, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em 58 países cerca de 17% das crianças estão sujeitas a formas rígidas de punição física e, por isso, podem se tornar adultos mais propensos a ficar sem emprego, a viver na pobreza e a manifestar comportamento agressivo. Outro alerta: o estudo diz respeito apenas aos indivíduos que puderam e quiseram responder aos questionamentos. Ou seja, as estimativas levantadas podem, infelizmente, ser bem maiores.

E isso representa um ciclo vicioso, já que as crianças são como pequenas folhas em branco, o que desenha sua personalidade, em grande parte, são os exemplos que têm em casa. A educadora e mediadora de conflitos Suely Buriasco explica que os comportamentos dos pais nunca devem ser ignorados, já que a criança tende a imitá-los. “Se os pais tratam os filhos de forma violenta, seja em palavras ou atitudes, influenciarão os filhos a agirem da mesma forma”, declara ao programa Educação em Debate*, da Super Rede Boa Vontade de Rádio. 

Vivian R. Ferreira
Andréia Lavelli.

Segundo a oficial de projetos da Fundação Abrinq, Andréia Lavelli, também representante da Rede “Não Bata. Eduque”, a exemplo de comparação, pelo Disque 100 (Disque Direitos Humanos) somente “de junho a julho de 2014 foram feitas mais de 11 mil denúncias de violência contra crianças e adolescentes aqui no Brasil”, conforme declarou em entrevista ao programa Sociedade Solidária*, da Boa Vontade TV.

Acontece que, muitas vezes, o que era pra ser uma mera "palmadinha" acaba tomando dimensões maiores e pode acarretar vários danos a crianças e jovens. E isso partindo de seus próprios pais, que deveriam protegê-los e oferecer amor e carinho. Até porque, é o que exige a Lei. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegura que crianças e jovens não sofram qualquer forma de violência, entre outros prejuízos à integridade física e moral, conforme descrito em seu 5º artigo.

Apoiando o ECA foi sancionada, em 2014, a Lei Menino Bernardo — homenagem ao garoto gaúcho Bernardo Boldrini, que foi vítima de violência, perdendo a vida no ano passado. Segundo a legislação, os pais ou responsáveis que usarem castigo físico ou tratamento cruel e degradante ficam sujeitos a advertência, encaminhamento para tratamento psicológico e cursos de orientação, independentemente de outras medidas.

DICAS PARA OS CONFLITOS DO DIA A DIA

Contudo, devemos ter em mente que educar sem violência é um esforço possível de ser realizado, sempre. Contar até 10 (ou 100), respirar fundo e outras técnicas valem a pena, em curto, médio e longo prazo. Pensando nisso, a especialista Andréia Lavelli oferece algumas dicas para os pais manterem o equilíbrio e não perderem a razão: “Em algum momento de estresse ou nervoso, que os pais parem, respirem, saiam um pouco do local em que está acontecendo a situação. Que retomem a compostura após alguns minutos; se abaixem [à altura da criança] e conversem com um tom de voz normal, não utilizando o grito; tomem água e repensem a situação, para que o uso da força seja evitado em algum momento de descontrole”.

 

Shutterstock
Suely Buriasco.

A educadora Suely Buriasco alerta que é preciso sempre acompanhar a influência que os pequenos recebem da mídia e de amigos. Além disso, prestar atenção à maneira como se conversa com os pequenos é fundamental, já que “a criança não se atenta tanto ao que você diz, mas à forma como fala. Se você grita com seu filho, chama a atenção dele na frente dos outros, está humilhando ele. Além de não escutar a sua orientação, ele se magoará, e a repreensão terá um efeito contrário”.

A especialista ainda pondera que “a verdadeira autoridade é mansa. Os pais que a possuem não precisam bater, gritar, fazer chantagem ou serem violentos. Aqueles que têm autoridade cobram com calma e determinação; assim é que são respeitados. A maneira correta é sempre conversar, esclarecer, explicar os valores que a família nutre, e aí sim disciplinar com a afetividade — que não se pode esquecer”.

À Super Rede Boa Vontade de Comunicação (Rádio, TV, Internet e Publicações), a professora do Conjunto Educacional Boa Vontade Rute Mendonça, que já é avó, exemplifica como sempre trata as crianças que passam pela sua vida, afirmando que além da paciência e da compreensão que procura manter, lembra que cada uma “é um Espírito Eterno e devemos despertar nela toda a parte boa que tem. Ajudá-la a direcionar para o Bem toda a potencialidade que possui, pois ela carrega uma bagagem imensa de conhecimento de vidas anteriores”, conforme preconiza a inovadora linha pedagógica criada pelo educador Paiva Netto.

BUSCAR O EQUILÍBRIO 

É imprescindível, para uma convivência pacífica no lar, a busca pelo equilíbrio interior, ofertado a todos por Jesus, o Cristo Ecumênico, portanto Universal, o Divino Estadista. Assim, quando a tolerância e o respeito vigoram, torna-se mais segura a forma de educar aqueles a quem amamos e com quem temos compromisso para toda a vida.

E isso relaciona-se muito bem à necessidade de orar ou meditar, estudar o Mandamento Novo do Cristo de Deus ("Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros" —  constante do Evangelho, segundo João, 13:34 e 35), assim como permear todas as instruções aos filhos com valores éticos e ecumênicos, desde a primeira infância.

Para aprender mais não só sobre como educar para a Paz, mas também a viver todos os excelsos e edificantes ensinamentos de Jesus, o Divino Pedagogo, sinta-se mais que convidado a frequentar com a toda a família as Igrejas Ecumênicas da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo. Saiba onde fica a mais próxima de você!

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*O programa Sociedade Solidária, da Boa Vontade TV (canal 20 da SKY), vai ao ar de segunda a sexta-feira às 18h30 e 23h30, e aos domingos às 6h30 e 20 horas. O programa Educação em Debate, da Super Rede Boa Vontade de Rádio, é veiculado aos sábados ao meio-dia; aos domingos, às 7 horas; com reapresentação especial às segundas-feiras, às 13h. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local + impostos).

Português, Brasil

Doação de órgãos: a solidariedade pela vida do outro

Wellington Carvalho

11/12/2014 às 14h01 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

fotospublicas.com
No Brasil, a doação de órgãos aumentou 90% nos últimos seis anos.

De repente, começam a surgir dores no corpo. A procura pelo médico é inevitável e o paciente acaba descobrindo que um de seus órgãos perdeu as funções. O transplante é a única saída para continuar vivendo normalmente. Ainda bem que a doação de órgãos tem passado por um panorama nacional mais favorável do que há alguns anos.

O Brasil registrou crescimento nas doações e transplantes de órgãos em 2014, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO): foram 7.898 órgãos doados no ano passado, 3% a mais que em 2013. Em todo o mundo, conforme aponta a ABTO, o País é a segunda nação com mais doadores, atrás apenas dos Estados Unidos.

Tainá Sandes, diretora da ABTO.

Contudo, esses índices podem aumentar mais, já que o número de pessoas que precisam de um transplante tende a aumentar em consonância com os casos de doenças que levam a insuficiências orgânicas. Ao programa Sociedade Solidária, da Boa Vontade TV, a nefrologista Tainá Sandes, diretora da ABTO, destacou algumas circunstâncias que ainda impedem que a fila de transplantes diminua, como o fato de a pessoa não informar a vontade de ser doadora. 

“A doação é importante e não só em vida. A oportunidade de melhoria é maior nas doações originadas de pessoas falecidas”, explicou. Isso porque a quantidade de órgãos que se pode redirecionar a outras pessoas é maior, atendendo a diferentes tipos de casos: transplante de coração, pulmão, ossos, pele, córnea.

A dúvida da família em saber se a pessoa gostaria de doar ou não é uma grande dificuldade. Por isso, quem deseja ser doador deve avisar seus familiares. “Só é possível doar se a família consentir. E, mais ou menos, 50% das famílias recusam o ato.”

GESTO DE AMOR

Arquivo pessoal

Ailson e sua mãe, dona Augusta Maria.

A doação de órgãos é um dos mais nobres gestos que o ser humano pode realizar em favor do próximo. Por isso, os problemas devem ser contrapostos pela solidariedade, como no caso do aposentado Ailson Alves Camargo, de Sorocaba, SP. Ao precisar de um rim novo em decorrência de um cisto, sua mãe, dona Augusta Maria Barbosa Camargo, era a única pessoa da família com órgão compatível mais próxima.

Dona Augusta  relembra como se sentiu diante da situação do filho: “Fiquei desesperada e me ofereci para ajudar. Queria fazer de tudo para salvá-lo", afirmou ao Portal Boa Vontade. O ato solidário fez com que Ailson sentisse mais amor pela mulher que lhe deu a vida por mais de uma vez. “Sou muito grato a ela e sei que se eu fiquei feliz, ela ficou ainda mais. Ela é ‘a peça que não pode faltar no meu relógio'", afirmou. 

É importante ponderar que todo o processo de doação de órgãos deve estar atrelado às atenções espirituais, para que ocorra perfeitamente. O chanceler da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, Haroldo Rocha, salienta essas razões durante o programa Conexão Jesus. Assista!
 

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*O programa Sociedade Solidária, da Boa Vontade TV (canal 20 da SKY), vai ao ar de segunda a sexta-feira às 18h30 e 23h30, e aos domingos às 6h30 e 20 horas. E o programa Conexão Jesus, vai ao ar às terças e sextas-feiras, às 22h; às quartas-feiras, às 19h05; aos sábados, às 13 horas; e aos domingos às 14h30. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local + impostos), ou acesse Boa Vontade TV.

Português, Brasil

Como desacelerar o consumismo infantil com o Natal se aproximando?

Wellington Carvalho

05/12/2014 às 19h58 - sexta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

Pixabay/CC0
No Brasil, 64% dos anúncios veiculados pela TV às vésperas do Dia das Crianças de 2011 foram destinados ao público infantil, conforme aponta pesquisa da Universidade Federal do Espírito Santo em parceria com o Instituto Alana.

“Manhê...Quero aquele videogame de presente de Natal, tá?". Atualmente, é difícil não ouvir isso de um filho nessa época do ano. Na intenção de demonstrar amor e carinho pelos filhos, muitos pais até se motivam a realmente atender aos pedidos, ainda que com muita dificuldade financeira. Porém, é de se pensar se oferecer os objetos desejados é, de fato, a única forma de demonstrar afeto. 

Se aproveitarmos esse fim de ano para pensarmos mais sobre o assunto, compreenderemos que a questão relaciona-se a alguns fatores, e um deles é o consumismo infantil incentivado pela publicidade. Isso porque “sabemos por pesquisas nacionais e internacionais que a criança é muito vulnerável, é mais suscetível a propaganda”,  explica o jornalista e cientista social Renato Godoy, representante do Instituto Alana, ao programa Sociedade Solidária*, da Boa Vontade TV.

Segundo o especialista, parte da mídia acaba sendo abusiva em seus meios de comunicação, induzindo facilmente o público infantil às compras, já que ele ainda não é maduro o suficiente para interpretar efetivamente o conteúdo que absorve. Como consequência, uma pesquisa nacional do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) mostra que 52% dos pais já atenderam as ‘manhas’ de seus filhos pela compra de um produto mesmo sabendo que poderiam se endividar e comprometer o orçamento da família.

E não é só por publicidade de brinquedos, aparelhos eletrônicos ou roupas que a criançada acaba sendo atraída. As propagandas de alimentos não saudáveis são as mais contempladas por esse público. A “Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, recomenda que não haja publicidade de alimentos para crianças de até 12 anos, muito em função da epidemia mundial que vivemos de obesidade infantil no mundo”, destacou.

O artigo 37 do Código de Defesa do Consumidor prevê o fim da veiculação de propagandas voltadas às crianças por considerá-las abusivas — o que foi reforçado em abril de 2014 pela resolução 163 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Isso significa que o que se espera das empresas é que a comunicação do produto seja direcionada aos adultos e não aos filhos deles.

O PLANETA NÃO É BRINQUEDO

Se combater o consumismo infantil é viável tanto para a segurança financeira da família, assim como ao estilo de vida que a criança desenvolverá, bom também é para o Planeta Terra. Se pegarmos o exemplo o padrão de consumo dos Estados Unidos, precisaríamos de quase mais 5 planetas para atender a demanda de recursos naturais extraídos, de acordo com estudo da rede WWF.

publico.pt
No início de novembro de 2014, cerca de 2 milhões de veículos saíram de circulação em Pequim, na China, para assegurar a qualidade do ar na cidade.

Na China, a fabricação constante de objetos favorece que os níveis de poluição de suas metrópoles, a exemplo de Pequim, atinjam níveis tão críticos na atualidade que mal é possível enxergar o nascer ou pôr do sol. Aqui no Brasil, somente em São Paulo, por exemplo, segundo projeção do Instituto Saúde e Sustentabilidade, 256 mil paulistanos poderão morrer nos próximos 16 anos em decorrência dos altos níveis de poluentes.

Por isso, sempre atento às consequências que a humanidade pode sofrer por seus próprios atos, o  jornalista, radialista e escritor Paiva Netto, alerta em seu artigo O Sentido da Religião, quanto à necessidade de o ser humano "domar os excessos materializantes de uma globalização firmada sobre a mentalidade de que o consumismo desenfreado é a felicidade ideal para a criatura humana. Isso é uma fraude, a começar pelo fato de que multidões não possuem o suficiente para se manterem dignamente vivas".

A CONSCIÊNCIA DA SOLIDARIEDADE

É necessário ponderar que o simples ato de compra não é essencialmente condenável. “Precisamos diferenciar o consumo do consumismo. O consumismo é quase uma ideologia nos tempos atuais e que, ao nosso ver, é muito maléfica para a sociedade, sobretudo para a criança que ainda não tem condições, proteção suficiente para lidar com o apelo publicitário”, ressalta Renato Godoy, representante do Instituto Alana.

Em contrapartida ao consumismo infantil, o especialista aponta que “a primeira medida do lar deve ser o diálogo: observar, compartilhar com os filhos o que eles estão assistindo; procurar entender porque eles estão pedindo tanto aquele produto, notar de onde vem aquele desejo. A criança, aliás, deve passar o maior tempo brincando nem sempre tão ligada em televisão, tablet, celular, enfim, para que consiga exercer melhor sua infância de uma forma livre do consumismo”.

Ao programa Educação em Debate, o professor de economia Gutemberg Sousa explica que “o ato dos pais de querer deixar o filho feliz oferecendo alguma compra deve ser contido”. Para o educador, é interessante que as crianças compreendam os limites de gastos para perceberem o quanto o consumo desenfreado é prejudicial ao bolso, de modo que não sejam endividadas no futuro. “Nos momentos de ida ao supermercado, à feira, ao shopping, é fundamental que as crianças saibam o que podem e o que não podem [comprar].”

Agora, um ponto imprescindível para que os pequenos não sejam alvo fácil do consumismo é o desenvolvimento da Solidariedade, que também colabora para que beneficiem as numerosas esferas do conhecimento, além da vida individual e coletiva. Para isso, a supervisora da inovadora linha pedagógica da LBV, Suelí Periotto, doutoranda em Educação, exemplifica uma ação simples que cabe muito bem para o tempo natalino que se aproxima: “Quando você fala para o filho que ele tem um pouco mais que muitas outras crianças, ele começa a refletir. Se na época de Natal ele ganha quatro brinquedos, por exemplo, deve-se orientá-lo: ‘Bom, agora você escolhe outros quatro que já tenha para doarmos’. E é interessante que a própria criança entregue a doação para promover o desapego [ao bem material]”.

Portanto, não há problema algum em presentear as pessoas que se ama, mas que esse gesto de oferecer o melhor de si seja refletido àqueles que mais precisam, conhecidos ou não, no decorrer de todo o ano, quer seja por uma palavra de conforto, um conselho, ou um simples e sincero sorriso. 

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*Pela Boa Vontade TV (canal 20 da SKY e 212 da Oi TV), o programa Sociedade Solidária vai ao ar de segunda a sexta-feira às 18h30 e às 23h30, e aos domingos às 6h30 e às 20 horas. Já o programa Educação em Debate, vai ao ar às segundas-feiras, às 20 horas e 22h30; às sextas-feiras, às 15h30; aos sábados, às 11h30; e aos domingos, às 21h10. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local + impostos).

Português, Brasil

Professora paraplégica acredita na inclusão de pessoas com deficiência a partir do olhar solidário

Wellington Carvalho

02/12/2014 às 20h58 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

Arquivo Pessoal

Para dirigir, Léia utiliza o freio e o acelerador com as mãos, por meio de alavancas ligadas aos pedais do veículo.

Rosileia da Costa Borges. Esse é nome da professora “Léia”, que, com cerca de 20 anos de experiência, tem inspirado inúmeros alunos e profissionais da Escola Estadual Henriqueta Miranda, da cidade de Rifaina, SP, com sua história de superação. A vida da educadora é inspiração para nos atentarmos à acessibilidade e à inclusão daqueles que enfrentam as limitações do corpo dia a dia, principalmente nesta quarta-feira, 3, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

Em 2007, ela perdeu o movimento dos membros inferiores num acidente de carro. Alguns órgãos também foram prejudicados. Ao Portal Boa Vontade, ela relembrou que voltava de uma fazenda quando saiu de uma estrada de terra para uma rodovia cheia de curvas. Um descuido foi fatal. “Sempre usei cinto de segurança e pedia para os passageiros do carro também usarem, mas nesse dia eu não estava usando. Enquanto dirigia, abaixei para pegar um CD. A rodovia não tinha acostamento e sim uma beirada alta. Como o carro estava ‘puxando’ um pouco para a direita, perdi o controle e ele capotou. Nenhum dos meus irmãos se machucou, mas fui arremessada para fora do veículo”, conta.

Léia ficou internada por 25 dias e passou por uma cirurgia na coluna. No entanto, os movimentos das pernas não eram mais os mesmos. "Fui percebendo que eles não estavam voltando. Fui para o centro de reabilitação de um hospital de Belo Horizonte, MG, e lá fui aprendendo a viver em cadeira de rodas."

Arquivo Pessoal

Léia e seu filho, Lucas.

Emocionada, ela relatou que o filho Lucas serviu como incentivo para que continuasse a lutar pela vida. “Por ele, eu sentei na cadeira; por ele, eu aprendi a jogar basquete sobre cadeira de rodas, aprendi a dançar, a voltar a trabalhar, a viajar no meu carro adaptado, a passear, a estar com ele na escola. Independentemente de estar de cadeira de rodas ou não, estar com ele é a minha maior razão de viver, minha maior motivação", ressalta.

A volta de Léia à sala de aula ocorreu cinco anos depois do acidente. O retorno foi na Escola José dos Reis Miranda Filho, em Franca, no interior paulista. Há seis meses pediu transferência para Rifaina, onde encontrou toda uma infraestrutra para continuar sua vocação. "A escola foi reformada com acessibilidade. Quando cheguei, o colégio já estava adaptado. Colocaram rampas, deixaram os banheiros acessíveis. Eu me senti acolhida, foi uma satisfação enorme e uma alegria de me sentir útil novamente. Quando somos incentivados, sentimos mais ânimo para fazer a diferença. Os pequenos me receberam muito bem”, reitera.

Para lecionar, a educadora usa uma cadeira de rodas motorizada, que a deixa em pé e facilita o trabalho. Entretanto, ela pondera que seus “familiares e amigos fizeram uma rifa para adquirir o equipamento. Deveria haver um acesso econômico, mais em conta, para uma melhor qualidade de vida para outras pessoas com deficiência".

NADA DE SE ISOLAR EM CASA

Pegar o carro adaptado e dirigir 30 quilômetros de Sacramento, MG, onde mora, até Rifaina é motivo de satisfação para Léia. Até porque locomover-se duas vezes por semana para dar suas aulas de apoio pedagógico a educandos dos quintos e sextos anos é problema superado.

Com o dinheiro reembolsado pela seguradora do carro capotado, a professora comprou outro veículo e adaptou-o às suas necessidades. “Uma lei permite que as pessoas com deficiência adquiram carro isentos do ICMS e IPVA. Então, consegui um desconto bom. É uma forma de garantir maior mobilidade e exercer os direitos de cidadão, como o de ir e vir", alertou.

Tendo consciência de que é um exemplo de superação e independência diante das limitações físicas que tem, Léia acredita que a sociedade tem progredido, ainda que a passos “muito lentos”, na inclusão das pessoas com deficiência. Ela lembra que, ao conhecer o basquete adaptado na Universidade de Franca, teve contato com “pessoas que já se encontravam 20 anos na cadeira de rodas e que relatavam não saírem de casa por sentirem vergonha da condição limitada.”

OLHAR SOLIDÁRIO

Léia serviu de inspiração para as pessoas que não notavam a importância da promoção da acessibilidade. Ela contou que tinha dificuldades para frequentar alguns estabelecimentos. Por conta das visitas constantes da educadora, os donos adaptaram seus espaços e, hoje, tais mudanças servem a outras tantas pessoas com limitações físicas. “Locais onde só havia escadas, agora há elevadores e rampas. Ainda lutamos [para conscientizar] os motoristas que colocam o carro na vaga para deficientes. Mas a sociedade está se humanizando e cumprindo melhor as leis de direito à pessoa com deficiência”.

A professora destaca que um sentimento pode trazer mudanças significativas a partir do momento em que for compartilhado por todos: “Se você não tiver sensibilidade para perceber a limitação do outro, não terá para perceber a sua própria. Cada um de nós tem limitações e temos que enfrentá-las todos os dias. A minha é de não andar, a do outro, talvez, seja de não conseguir pegar algum objeto com as mãos ou ainda não saber se concentrar. Cada um, integrando a humanidade, está aqui para evoluir. E devemos auxiliar um ao outro. Precisamos muito desse ‘despertar’ de saber olhar para o outro com sensibilidade, com amor".

Português, Brasil

Criatividade gera inspiração para ser um profissional mais eficiente

Wellington Carvalho

01/12/2014 às 13h56 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

Para alcançar destaque no mercado de trabalho, algumas competências são fundamentais: pontualidade, flexibilidade de horário, Boa Vontade em colocar a mão na massa, entre outras. A criatividade, então, é quesito de grande importância para o sucesso. Quantos casos você já ouviu de empresários que tiveram grandes inspirações e desenvolveram ideias inovadoras? 

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Ligia Campos

Para a consultora de recrutamento e seleção Ligia Campos, “toda fase de criação requer uma busca por sonhos, muitas vezes impossíveis”. Por isso, é importante traçar metas para se inovar. Para desenvolver a competência, a especialista aponta que algumas ações durante e fora do trabalho são sempre favoráveis: “Atividades que promovam satisfação, felicidade ou estímulos positivos que libertem o cérebro para o processo criativo. Rodas de conversa tratando de assuntos variados são fundamentais para que relampejos de ideias venham ao mundo”.

ACABAR COM O MEDO

O medo não cai bem em nenhum momento da vida. No mundo profissional, é um inimigo declarado à criatividade, já que leva a pensar que qualquer mudança pode ser um desastre. Acabar com ele é essencial para que os caminhos se abram, principalmente nos momentos de crise. E nada como a Fé Realizante para aplacá-lo, firmada em Jesus, o Administrador Celeste. Em seu livro Como Vencer o Sofrimento, o jornalista, radialista e escritor Paiva Netto ensina: “Quando temos Fé Realizante, por mais dificultoso que seja o momento, a dor não é empecilho à nossa sobrevivência. Pelo contrário, é quando a criatividade torna-se maior e mais requintada".

OFERECER ESTÍMULOS AO CÉREBRO

Atos simples e saudáveis bastam para aguçar a criatividade. Um estudo da American Psychological Association indicou, por exemplo, a prática de caminhadas. Já uma pesquisa publicada no Personality and Social Psychology Bulletin mostrou que deixar um vaso com planta em sua mesa de trabalho também pode estimular a inovação graças à cor verde. Vale lembrar que ler diversos gêneros de livros, ouvir músicas, praticar atividades que incitem ao raciocínio como palavras cruzadas, por exemplo, também auxiliam o processo criativo. 

INICIALMENTE, TODA IDEIA É VÁLIDA

Nada de limitar as ideias. Evite frases como:

— “Isso não tem lógica, não é prático, e não funciona”;
— “Isso não é da minha área”;
— “O chefe não vai aceitar”;
— “Não dá certo nessa empresa”.

Ligia Campos explica que nenhuma sugestão para melhorias deve ser menosprezada. E é importante que o funcionário tenha a liberdade de compartilhar seus pensamentos colaborativos. Para projetos inovadores, a consultora de recrutamento e seleção destaca que, no ambiente de trabalho, “deve ser fomentado, oficialmente, o desejo de ter funcionários criativos. Promover, além da individualidade, encontros de criatividade. Saber premiar as melhores ideias. Conhecer os colaboradores, pois será mais fácil criar planos e projetos assertivos na medida em que se sabe como cada um funciona”.

Português, Brasil

Tráfico humano: o vilão que arranca milhares de crianças de suas nações

Wellington Carvalho

17/09/2015 às 17h04 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

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duas em cada três.

Separar-se de algum familiar por uma guerra é algo que leva qualquer pessoa a grande lamento. Contudo, muitos deixam de conviver sem nenhuma batalha declarada. O tráfico humano é o grande vilão e coloca todos os cidadãos de bem em alerta: em todo o mundo, a cada três vítimas de tráfico, uma tem menos de 18 anos — aumento de 5% entre 2010 e 2012, em relação ao período de 2007 a 2010. Dentre as crianças vitimadas, as meninas representam a maior parte: duas em cada três. A violência também se estende às mulheres, que representam 70% dos traficados.

Os dados são do Relatório Global 2014 sobre Tráfico de Pessoas, produzido pelo Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC). De acordo com o documento, a maior parte das vítimas são exploradas sexualmente, mas há também grande número de pessoas que sofrem por trabalho forçado. As porcentagens variam de acordo com a região. Na Europa e Ásia Central, 66% são vítimas de exploração sexual, enquanto 26% são forçados ao trabalho em regime de escravidão. A situação é inversa no Leste e Sul da Ásia e no Pacífico, onde 64% são vítimas de trabalho forçado e 26% de exploração sexual.

O relatório destaca que a impunidade continua sendo um problema sério: 40% dos países apontam apenas algumas ou nenhuma condenação para os traficantes e, ao longo dos últimos dez anos, não houve aumento perceptível na resposta da Justiça global a estes crimes, deixando parcela significativa da população vulnerável.

BRASILEIRINHOS EXPOSTOS

Ainda de acordo com o documento, no Brasil, cerca de 3 mil pessoas por ano são vítimas de tráfico para trabalho forçado e condições análogas à escravidão. Em 2010, constatou-se que 59 pessoas de nosso povo haviam sido traficadas para exploração sexual; o número aumentou para 145 em 2012. Parte das vítimas foi destinada à Europa.

Contudo, o número de alertas relacionados ao problema é mais gritante: em 2013, de acordo com o Disque 100 — serviço de atendimento telefônico gratuito —, foram contabilizadas mais de 27.664 denúncias sobre exploração sexual em todo o país. Em 2014, a cada hora, quase três denúncias de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes foram registradas. Além disso, de 2005 a 2012, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontrou 3.324 menores de idade em situação de risco nas estradas brasileiras.

E vale lembrar: quando não vulneráveis em espaços físicos, nossas crianças e jovens correm risco de entrarem nas lamentáveis estatísticas por meio da ação covarde de gente mal-intencionada que se utiliza da internet. O perigo também é on-line. Ao Portal Boa Vontade, o psicólogo e diretor de prevenção da Safernet no Brasil, Rodrigo Nejm, 33, afirmou que a exposição excessiva dos filhos na web é algo que os pais devem estar atentos, pois, muitos dos jovens acabam divulgando imagens próprias de conotação sexual: "Se o próprio adolescente divulga na rede esse tipo de imagem, certamente isso irá atrair a atenção de pessoas que não são amigas dele. Um criminoso sexual ou um agressor sexual, que está em busca de vítimas e de alguém mais vulnerável, vai se aproximar desse adolescente".

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Para fazer denúncias ou procurar ajuda, ligue para o Disque 100 (Disque Direitos Humanos).

DEFENDER ACABOU SENDO MEDIDA URGENTE

O assunto coloca em alerta até mesmo os Irmãos do Mundo da Verdade, a Pátria Espiritual de onde todos nós reencarnamos. Em mensagem publicada pela revista JESUS ESTÁ CHEGANDO!, edição 108 (p. 48), o nobre dr. Bezerra de Menezes (Espírito), Coordenador da Revolução Mundial dos Espíritos de Luz na Quarta Revelação, a Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, alerta quanto à exposição excessiva: "Todos têm a oportunidade de corrigir os excessos, as exposições pessoais. Sejam mais comedidos, caríssimos Irmãos e Irmãs, menos expostos. Cuidado! A Humanidade se encarrega de destruir aqueles que se expõem demais quando por conta de assuntos particulares!".

Em contrapartida à vulnerabilidade, promover o acesso de crianças e jovens à educação é iniciativa que livra de diversos males, assim como erradicar a ignorância de muitos da sociedade quanto ao assunto. A gerente de comunicação e marketing da Plan International Brasil¹*, Mônica Souza, que compartillhou as experiências da entidade na defesa dos direitos infantojuvenis ao programa Sociedade Solidária²*, da Boa Vontade TV, ressalta que “lugar de criança é na escola, ela não tem que estar na rua ou nas praias trabalhando. Conscientizar a comunidade, trabalhar com ela, proporcionar seminários, mostrar o que acarreta o problema e trazer soluções, são oportunidades educativas". Por isso mesmo, lutar por condições mais dignas de existência, de modo que os pequenos não precisem começar a luta pelo pão de cada dia antes da hora, abandonando, assim, os estudos, é passo decisivo contra o tráfico humano.

Valorizar os direitos humanos tendo em vista o combate ao risco social é visão necessária que devemos ter para enfrentar o grave problema, como reforça a advogada Juliane Armede, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Combate ao Trabalho Escravo da Secretaria de Estado da Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo: "As possibilidades de solução por meio da prevenção, mais do que tudo, é garantir informação para as pessoas e fortalecer políticas públicas de base, (...) no que tange à oportunidade de acesso ao trabalho, condições de moradia, regularização dos estrangeiros, acesso à educação e à garantia de desenvolvimento para a família".

E vale destacar que quanto mais fortalecidas estiverem as famílias, mais difícil será afetar algum de seus componentes. Portanto, a integração entre pais e filhos, tios e sobrinhos, avós e netos, conservada em sadio relacionamento, sempre favorece a proteção material e espiritual de cada um; razão pela qual o jornalista, radialista e escritor Paiva Netto salienta em seu artigo Administrar é chegar antes:

Na vida pessoal ou coletiva, temos de saber, com honestidade, nos preparar para o amanhã. Daí o imenso valor dos pais, das mães e dos educadores. Repetidas vezes retomo o que declarei, em 1981, numa entrevista ao veterano jornalista italiano, radicado no Brasil, Paulo Rappoccio Parisi: administrar o próprio lar, entidades, empresas e nações é chegar antes. Isto é, com decisão e postura eficaz, procurar antecipar-se aos acontecimentos, evitando dificuldades ou mesmo estabelecendo correção de rumo ante os riscos que se anunciam, independentemente de tempo ou lugar. (...) No entanto, para a segurança e o desenvolvimento humanamente sustentado de qualquer organização, é essencial, por exemplo, que todos os seus componentes, de alto a baixo, aprendam uma grande ciência: a ciência do diálogo".

Proteger a juventude é dever de todos os cidadãos. Por isso, o Disque 100 (Disque Direitos Humanos) está disponível 24 horas por dia, 7 dias na semana, para quem necessitar fazer alguma denúncia ou precisar de ajuda. A ligação é gratuita e não é preciso se identificar.
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¹* A Plan International Brasil desenvolve programas e projetos com o objetivo de capacitar e empoderar crianças, adolescentes e suas comunidades, para que adquiram competências e habilidades que os ajude a transformar a sua realidade. 

²* O programa Sociedade Solidária, da Boa Vontade TV (canal 20 da SKY e 212 da Oi TV), vai ao ar de segunda a sexta-feira às 18h30 e 23h30, e aos domingos às 6h30 e 20 horas. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local + impostos), ou acesse Boa Vontade TV.

*Colaboração: Karine Salles.

Português, Brasil

Doar sangue: ação solidária de heróis comuns

Wellington Carvalho

24/11/2014 às 21h26 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

tribunadoceara.com
Segundo o Ministério da Saúde, o índice de doações no Brasil está abaixo do proposto, não chegando a 2%. Doe sangue.

Em seu mais recente livro, Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade, que teve a primeira edição esgotada apenas quatro horas após o lançamento, o escritor Paiva Netto refresca a mente de seus leitores sobre a importância da renúncia e da prática da Solidariedade para a existência de uma sociedade mais feliz.

Na página 178 da versão tradicional da obra, o autor relembra o que foi publicado em seu artigo Aplacar a tempestade, publicado em diversos jornais e sites do Brasil e do exterior em 2013: “Diante das mais variadas situações, em que a dor, a angústia e o desespero chegam, muitas vezes sem avisar, é imprescindível o gesto solidário das criaturas em prestar socorro espiritual e material ao seu próximo. E, ao lado desse apoio imediato, é preciso alimentar a força da esperança e da Fé Realizante, que movem o ser humano a se manter sob a proteção do Pai Celestial e o estimulam a arregaçar as mangas e concretizar suas mais justas súplicas”.

Nessa assistência àqueles que precisam de ajuda, muitas pessoas de Boa Vontade arregaçam as mangas e se dirigem aos hemocentros do Brasil para doar sangue. Uma delas é o sr. Paulo Roberto Brito, 49, que colabora há pelo menos 20 anos. 

Ao Portal Boa Vontade, ele conta que já doou para vários hospitais e postos de coleta. Sua maior motivação é o fato de saber que está salvando vidas. "Sabemos que muitas pessoas precisam de sangue, após sofrerem acidentes ou fazerem algum tipo de cirurgia. É necessário abastecer os bancos de sangue, para que essas pessoas sejam atendidas”. Sabendo que cada doação ajuda a salvar até quatro vidas, imagine o que 20 anos já não fizeram!

Arquivo Pessoal
Paulo Roberto Brito.

Apesar de encontrarmos pessoas que, assim como o sr. Paulo, doam regularmente, temos que ressaltar que a doação voluntária de sangue precisa ser ainda mais praticada. Segundo o Ministério da Saúde, o índice de doações no Brasil está abaixo do proposto, não chegando a 2%. São apenas 3,6 milhões de bolsas coletadas anualmente, número que não atende à demanda. Por essa razão, em 2012, o Ministério reduziu a idade mínima para doação: de 18 para 16 anos (com autorização do responsável). Em 2014, a idade máxima também foi elevada para os 69 anos, fazendo com que o número possível de doadores voluntários aumentasse.

“Vale muito a pena ser doador de sangue, porque a gente se sente muito útil. Só de pensar que estamos salvando vidas! Quando termina a coleta, a gente se sente feliz, aliviado por saber que doou de si algo que pode sempre doar pelo bem de outros. Quando as pessoas começarem a doar, sentirão essa sensação tão boa e não vão querer abandonar a prática”, destaca Paulo Brito. A próxima doação dele será em dezembro; e a sua?

JOVENS DE BOA VONTADE DOAM VIDA

A Juventude Ecumênica Militante da Boa Vontade de Deus sempre se mobiliza para mutirões solidários de doação de sangue. Aproveite a oportunidade! Consulte o endereço da Igreja Ecumênica da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo mais próxima de você, ou, para obter outras informações, ligue: 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local + impostos). A coleta de sangue dura, em média, 40 minutos.

Português, Brasil

Uma em cada três mulheres é vítima de violência no mundo, alerta OMS

Wellington Carvalho

21/11/2014 às 18h20 - sexta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

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No Brasil, entre 2001 e 2011, uma mulher morria vítima de violência a cada 90 minutos.

Uma em cada três mulheres é vítima de abusos físicos em todo o mundo, indica uma série de estudos divulgados nesta sexta-feira, 21, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). As pesquisas apontam que aproximadamente 140 milhões de mulheres são vítimas de mutilação genital e cerca de 70 milhões se casam antes dos 18 anos, frequentemente contra a própria vontade. Os dados mostram, ainda, que 7% das mulheres correm o risco de sofrer violência em algum momento de suas vidas.

Embora muitos países tenham feito progressos importantes em criminalizar a violência contra o gênero feminino, promovendo a igualdade entre os sexos, os autores da série salientam que a violência contra essa população só retrocederá se os governos fornecerem mais recursos na luta e reconhecerem que ela prejudica o crescimento econômico.

“Precisamos, definitivamente, fortalecer os serviços para as mulheres vítimas de violência. Mas para fazer uma diferença real na vida delas, temos de trabalhar no sentido de alcançar a igualdade de gênero e prevenção da violência antes mesmo de começar”, afirmou Charlotte Watts, professora na Escola de Higiene e Medicina Tropical em Londres e coautora dos documentos.

Unicef
baixe o aplicativo Proteja Brasil e denuncie os casos de violência. Acesse www.protejabrasil.com.br.

Apesar do aumento da atenção global contra a violência e os recentes avanços no conhecimento sobre como lidar com esses abusos, os níveis de violência contra elas, incluindo a íntima do parceiro, estupro, mutilação genital, tráfico e os casamentos forçados, permanecem altos, com graves consequências para a saúde física e mental das vítimas.

O documento também sustenta que os líderes mundiais devem mudar legislações e instituições discriminatórias que encorajam a desigualdade e preparam o terreno para mais violência. Contudo, mesmo nos casos em que há leis fortes e avançadas de defesa das mulheres, muitas continuam a ser vítimas de discriminação, violência e falta de acesso adequado a serviços jurídicos e de saúde.

Divulgação
A farmacêutica bioquímica Maria da Penha Fernandes.

A VIOLÊNCIA E AS BRASILEIRAS

Desde 2006, as cidadãs brasileiras são protegidas pela Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340), criada para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Mas, mesmo com a legislação, os brasileiros ainda precisam tomar passos importantes para que a vida feminina seja preservada.

No País, entre 2001 e 2006 — antes da implementação da Lei Maria da Penha —, a cada 100 mil mulheres, 5,28, em média, perderam a vida por conta da violência. Já entre 2007 e 2011 (depois da Legislação), a taxa diminuiu para 5,22 a cada 100 mil mortes, aponta o estudo Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil, divulgado em 2013 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O relatório mostra que no período de 2001 a 2011, ocorreram mais de 50 mil feminicídios*¹, o que equivale a, aproximadamente, 5 mil mortes por ano, ou uma a cada uma hora e meia.

No início de 2014, a farmacêutica bioquímica Maria da Penha Fernandes, que inspirou a criação da Lei, após ficar paraplégica pelas agressões do marido, afirmou à revista BOA VONTADE Mulher (publicação especial da LBV para a 57ª sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher, ocorrida neste ano, na sede da ONU, em Nova York) que "é necessário mais delegacias da mulher, centros de referência de atendimento em situação de violência doméstica, casas de abrigo para a mulher que não pode retornar para casa por correr risco de morte, além de mais centros do juizado da mulher."

DESARMAR OS CORAÇÕES

Quanto mais meios eficazes de proteção à mulher forem instituídos, mais benefícios a sociedade colherá. Afinal, nenhuma nação pode desenvolver-se sem a valorosa contribuição das mulheres, que, de variadas formas, emprega esforço pela manutenção da vida.

Sobre o assunto, o jornalista, radialista e escritor Paiva Netto, elucida as mentes em seu artigo A mulher no conSerto das nações: “O papel da Mulher é tão importante, que, mesmo com todas as obstruções da cultura machista, nenhuma organização que queira sobreviver — seja ela religiosa, política, filosófica, científica, empresarial ou familiar — pode abrir mão de seu apoio. Ora, a Mulher, bafejada pelo Sopro Divino, é a Alma de tudo, é a Alma da Humanidade, é a boa raiz, a base das civilizações, a defesa da existência humana. Qual mãe deseja ver seu filho morto na guerra? Ai de nós, os homens, se não fossem as mulheres esclarecidas, inspiradas, iluminadas!”.

É essencial para a sobrevivência de todos que cada coração seja desarmado, de onde se originam as ações, quer sejam boas ou más. “Cada espaço conquistado pelo Amor é perdido pelo ódio”, afirma Paiva Netto; ou seja, elevando as condições morais e éticas, respeitando o ser humano e suas diferenças, o resultado alcançado será a Paz e não a violência.

Daí a importância de reeducar as mentes com o luminoso Mandamento Novo de Jesus, o Cristo Ecumênico — portanto, Universal —, o Divino Estadista: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros", constante do Evangelho, segundo João, 13:34 e 35. Trabalho realizado pela Legião da Boa Vontade (LBV) em suas Escolas e Unidades Socioeducacionais espalhadas pelo Brasil e pelo exterior, difundindo a cultura de Paz desde bebês aos atendidos da Terceira Idade.

Para as vítimas de violência, o número da Central de Atendimento à Mulher é 180. 
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*Feminicídio é o homicídio de mulheres em decorrência de conflitos de gênero, geralmente cometidos por um homem, parceiro ou ex-parceiro da vítima. Esse tipo de crime costuma implicar situações de abuso, ameaças, intimidação e violência sexual.

**Com informações da Agência Brasil.

Português, Brasil

Seu filho está de recuperação escolar? Saiba como ajudá-lo

Wellington Carvalho

19/11/2015 às 15h18 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

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O apoio da família é essencial para que o educando sinta-se preparado para os desafios da vida escolar.

O fim do ano letivo já está quase aí e boa parte dos estudantes não vê a hora de entrar de férias, sinônimo de diversão e brincadeiras. Porém, alguns deles têm que ser lembrados que irão encarar a tão temida recuperação. Nesse instante, vem a dúvida para muitos pais: ‘E agora? Como ajudar meu filho?’

Corre o risco de ficar em recuperação aqueles que não são tão dedicados aos estudos e os que realmente têm dificuldade em assimilar o conteúdo pedagógico. Daí a importância dos pais não negarem apoio, elevando ainda a autoestima do filho nesse período.

Ao Portal Boa Vontade, a coordenadora pedagógica Debora Stelzer explicou que os pais devem incentivar as crianças aos estudos: “Sempre o coloque ‘para cima’, dizendo que ele é capaz”, disse. Aliado a esse importante fator, é fundamental esclarecer que ele não deve perder as oportunidades de tirar dúvidas com o professor “que está presente para facilitar seu aprendizado”.

E o acompanhamento deve ser constante. Os pais devem supervisionar os cadernos e livros da criança, procurando ainda os educadores para saber dos rendimentos e comportamento do filho no colégio, além de colaborarem na resolução das lições de casa. “Eles têm que se envolver 100% na educação dos filhos porque nós precisamos desse apoio”, reiterou a professora.

É importante destacar que o aluno não deve ser instruído sem que seus bons sentimentos também se desenvolvam. É o que propõe a Pedagogia do Afeto e a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, criadas pelo educador Paiva Netto, diretor-presidente da Legião da Boa Vontade (LBV). As propostas são aplicadas, com sucesso, nas unidades socioeducacionais da LBV. A primeira dirige-se às crianças de até 10 anos, enquanto a segunda é trabalhada a partir dos 11 anos.

Assim, nas Escolas da Instituição, toda o conteúdo pedagógico é somado à promoção de valores éticos e ecumênicos, valorizando a condição de espírito eterno de cada educando. Se o aluno apresenta dificuldades, não é eficaz que ele seja avaliado somente em um momento (no caso, a prova), já que seu desempenho pode ser analisado por outras competências, como a participação nas atividades propostas em sala de aula.

Não basta somente aprender as matérias regulares, como português e matemática. “O estudante precisa estudar para aprender, inclusive, a conviver, a respeitar o próximo, porque quem sabe viver bem, aprenderá qualquer outra coisa. Por isso que formamos ‘Cérebro e Coração’”, salientou Debora Stelzer.

E para não deixar que o problema se repita no ano seguinte, atenção: participe das reuniões de pais propostas pelo colégio. Nesses momentos a parceria entre Escola e Família se confirma pelo bem-estar dos educandos.

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