Da redação

Saiba por que doar sangue é um ato de solidariedade

Da redação

14/06/2022 às 07h35 - terça-feira | Atualizado em 14/06/2022 às 09h13

Neste dia 14 de junho é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue.  A data é destinada a todos que se manifestam com esse ato de solidariedade humana, sendo essa uma forma de valorizar a doação voluntária.

O tema deste ano é “Doar sangue é um ato de solidariedade. Junte-se a esta causa e salve vidas” e tem o objetivo de chamar a atenção para os papéis que as doações voluntárias de sangue desempenham para salvar vidas e aumentar a solidariedade nas comunidades.

Além disso, este dia oferece uma oportunidade para chamar governos e autoridades nacionais de saúde a fornecer recursos suficientes para aumentar a coleta de sangue doado por voluntários não remunerados e gerenciar o acesso a sangue e transfusões para quem precisa.

Shutterstock

 

GESTO DE SOLIDARIEDADE

 A necessidade de sangue é universal, mas o acesso a ele é limitado – especialmente em países de baixa e média renda, onde a escassez afeta particularmente mulheres e crianças, pois essas tendem a ser as pessoas que mais precisam de sangue.

Tornar-se um doador de sangue voluntário regular é um passo simples, mas altruísta, que todos podem dar para fortalecer suas comunidades, apoiar os sistemas de saúde locais e salvar vidas.

Nessa assistência àqueles que precisam de ajuda, muitas pessoas de Boa Vontade arregaçam as mangas e se dirigem aos hemocentros do Brasil para doar sangue. Uma delas é o sr. Paulo Roberto Brito que colabora há pelo menos 20 anos. 

Ao Portal Boa Vontade, ele conta que já doou para vários hospitais e postos de coleta. Sua maior motivação é o fato de saber que está salvando vidas. "Sabemos que muitas pessoas precisam de sangue, após sofrerem acidentes ou fazerem algum tipo de cirurgia. É necessário abastecer os bancos de sangue, para que essas pessoas sejam atendidas”. Sabendo que cada doação ajuda a salvar até quatro vidas, imagine o que 20 anos já não fizeram!

Apesar de encontrarmos pessoas que, assim como o sr. Paulo, doam regularmente, temos que ressaltar que a doação voluntária de sangue precisa ser ainda mais praticada. Por essa razão, em 2012, o Ministério reduziu a idade mínima para doação: de 18 para 16 anos (com autorização do responsável). Em 2014, a idade máxima também foi elevada para os 69 anos, fazendo com que o número possível de doadores voluntários aumentasse.

“Vale muito a pena ser doador de sangue, porque a gente se sente muito útil. Só de pensar que estamos salvando vidas! Quando termina a coleta, a gente se sente feliz, aliviado por saber que doou de si algo que pode sempre doar pelo bem de outros. Quando as pessoas começarem a doar, sentirão essa sensação tão boa e não vão querer abandonar a prática”, destaca Paulo Brito. 

Shutterstock

a doação

Embora seja um número absoluto expressivo, no Brasil ainda são muitas as pessoas que desconhecem ou têm dúvidas sobre como doar, fazendo que a quantidade de bolsas de sangue por ano seja baixa, quando comparada à de outros países. A  hematologista Selma Soriano afirmou que "a doação é um ato voluntário, altruísta e de solidariedade. Se as pessoas não se encaminham a um banco de sangue para fazer a sua doação, teremos problema de baixa de estoque e podemos ter, em algumas vezes, dificuldades de atender pacientes que precisam da transfusão".

Ela explicou ainda que, em épocas de chuvas e frio, os bancos ficam em situações críticas, pois geralmente há um aumento nos casos de resfriado ou gripe. "O doador precisa ficar 14 dias afastado dos bancos, [para doar] só quando ele estiver bem. Por isso, qualquer pessoa que tenha tempo disponível pode comparecer a um banco de sangue, de duas a três vezes por ano, e fazer sua doação."

Depois de coletado o sangue, é possível, numa bolsa, obter quatro componentes para o tratamento de diversas doenças. É um procedimento rápido com o qual, numa única doação, o voluntário pode ajudar até 4 vidas. Sendo assim, a sociedade conta com o apoio dos voluntários, que são os heróis do cotidiano, salvando tantas vidas por meio da doação de sangue.

SEJA UM DOADOR

Em seu artigo Doe vida, o jornalista, radialista e escritor Paiva Netto salienta: "A doação de sangue, aplaudível vereda que aproxima o ser humano de sua humanidade, é indispensável em favor de tantos que lutam para sobreviver". Ser doador de sangue é um ato de solidariedade humana, que salva muitas vidas diariamente. Porém, muita gente ainda não faz parte desse time de doadores porque tem algumas dúvidas. E para esclarecer todas e mostrar para você o quanto sua doação faz a diferença, conheça 10 mitos e verdades sobre a doação de sangue e as etapas da doação.

Portal Boa Vontade lembra que existem algumas normas técnicas definidas pelo Ministério da Saúde para a doação. Elas visam à segurança do doador e de quem irá receber o sangue. Antes, todos os candidatos passam por uma entrevista de triagem, que é realizada por um profissional de saúde, em que serão analisados histórico médico, hábitos e condições de saúde do doador. As respostas são confidenciais e a entrevista é feita individualmente, sem a presença de acompanhantes. Após o questionário, é realizada a aferição dos batimentos cardíacos, da pressão arterial e temperatura, além do teste de anemia. Somente após essas etapas é que o candidato estará aprovado para a doação de sangue. Parece um monte de coisa, mas é super fácil, e salva vidas! =)

a data

A data foi criada com o objetivo de: aumentar a conscientização mundial sobre a necessidade de dispor de sangue e produtos sanguíneos seguros para transfusões; destacar a contribuição essencial que os doadores de sangue voluntários e não remunerados fazem aos sistemas nacionais de saúde e; apoiar os serviços nacionais de transfusão de sangue, organizações de doadores de sangue e outras organizações não governamentais no fortalecimento e expansão de seus programas de doação voluntária de sangue por meio do reforço de campanhas nacionais e locais.

Português, Brasil

Andrew Knoll apresenta as descobertas mais recentes sobre a evolução do Universo

Da redação

10/06/2022 às 07h45 - sexta-feira | Atualizado em 10/06/2022 às 09h04

Compreender como o Cosmos e tudo o que nele há se formaram é um fascínio para milhares de pessoas. Afinal de contas, alcançar a exatidão de como se deu esse processo pode impactar completamente as crenças e os valores da humanidade, da mesma forma o modo que ela mesma tem encarado o próprio futuro. Andrew Knoll, doutor em Geologia e professor de História Natural na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, é um dos principais estudiosos do assunto e, participando de recente roda de entrevistas, promovida pelo Fórum Mundial Espírito e Ciência (FMEC), da Legião da Boa Vontade, abordou fatos curiosos sobre o tema, fazendo importantes alertas.

“(...) Acho que temos uma boa ideia de como será nosso planeta daqui a 100 anos. E isso deveria nos deixar preocupados, porque vivemos em um tempo geologicamente incomum. A Terra está mudando em uma velocidade raramente observada nos registros geológicos. (...) Se não houver cautela de todos, o mundo no final deste século será muito diferente”, considerou Knoll.

Vale destacar que o fórum da LBV tem o objetivo de incentivar o diálogo fraterno e ecumênico entre as diversas áreas do saber acerca de assuntos relevantes para os povos. A seguir, os principais trechos desse bate-papo, transmitido pelo canal do FMEC no YouTube (www.youtube.com/forumespiritoeciencia). Para outras informações sobre essa iniciativa da LBV, acesse www.forumespiritoeciencia.org.

Boa leitura!

BOA VONTADE — Em seu mais recente livro, A Brief History of Earth (Uma Breve História da Terra, em tradução livre), publicado em 2021, o senhor fala da realidade de há 4 bilhões de anos, da formação do nosso planeta e do Sistema Solar. Como foi esse período?

Andrew Knoll é geólogo, planetologista, paleontólogo, escritor e professor de História Natural na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Faz parte da equipe científica da NASA para as missões a Marte. É membro da Academia Americana de Artes e Ciências e da Royal Society.

Andrew Knoll — Todas as possibilidades de vida, oceanos, atmosfera, continentes, resumem-se a como a Terra se formou e do que ela foi feita. E essa história tem início com o big bang, quando temos o Universo se expandindo de maneira rápida, constituído principalmente por íons de hidrogênio (H). Com o tempo, a grande arquiteta do Cosmos, a gravidade, começou a juntar partículas, as quais formaram a primeira geração de estrelas. No interior quente e denso das estrelas, vimos novos elementos formando-se. Obtivemos o hélio (He), o boro (B), essencialmente, o carbono (C). À medida que avançamos no tempo, e com estrelas maiores, todos os elementos da tabela periódica foram basicamente constituídos. E isso ocorre ao longo de bilhões de anos. Então, foi realmente há pouco mais de 4,5 bilhões de anos quando, mais uma vez, a gravidade fez uma nova estrela com materiais ao seu redor que se unem em planetas. E aí estamos nós.

BV — O Sol também é formado e criado nesse espaço e tempo com esses elementos iniciais?

Andrew Knoll — Sim. O Sol é composto majoritariamente por hidrogênio e hélio, e essa é a maior parte da massa do Sistema Solar. Portanto, à medida que a gravidade começa a juntar os materiais do nosso Sistema Solar, grande parte dela forma essa massa muito quente e densa, que é o Sol. Mas, felizmente para nós, existem partículas de poeira, gases congelados que formam um anel ou um disco ao redor desse sol inicial. E essa é a matéria da qual vêm todos os planetas. Temos a sorte de viver em um planeta formado com muito material rochoso denso, como também com água e gases. Estamos, de certa maneira, em um local ideal dentro do nosso Sistema Solar, onde a vida pode florescer.

BV — E a Lua? Como foi constituída?

Andrew Knoll — Alguns planetas do nosso Sistema Solar têm muitas luas. Nós temos apenas uma, que é grande. Há cerca de 30 ou 40 anos, alguém propôs que a Lua tenha surgido quando um objeto do tamanho de Marte colidiu com a Terra e muito material foi expelido para o espaço. Mas, novamente, por conta da gravidade, grande parte desse material se juntou, criando a Lua. Em resumo, ela tem sido nossa parceira desde o início, formada por uma colisão enorme que afetou tanto nós quanto a própria formação dela.

BV — Em seus trabalhos, o senhor fala que as rochas “contam” a nossa história. Pode nos falar mais a respeito?

Andrew Knoll — Gosto de dizer aos meus alunos que vivemos em um planeta que registra sua própria história, e ele o faz em rochas, principalmente as sedimentares: arenitos, calcários, folhelhos, que vão se acumulando ao longo do tempo. Quando surge uma dessas camadas, ela apresenta características físicas que nos falam sobre o tempo e o lugar em que se formou. Há “assinaturas químicas” e também “assinaturas biológicas”, que nos revelam o que estava ocorrendo ali. Se analisarmos metodicamente as rochas, camada por camada, desenvolveremos uma imagem de uma Terra que mudou fisicamente ao longo do tempo, que mudou quimicamente durante as eras no que diz respeito a coisas como o oxigênio.

BV — O senhor analisa o que chama de “microfósseis” e alguns “sinais químicos sutis”. O que são?

Andrew Knoll — Todos sabem sobre os dinossauros e outros fósseis de animais e plantas. Esses tipos de organismos, na verdade, vieram depois no processo evolutivo. Primeiro, começamos a ver animais cerca de 85% do caminho da história da vida, cuja fase mais longa e profunda é a microbiana. (...) E a boa notícia é que alguns desses microrganismos podem ser preservados como fósseis. É preciso um microscópio para vê-los, parte de sua química é preservada. Moléculas compostas por microrganismos, às vezes, são mantidas e nos falam sobre sua presença. Há algumas coisas simples como o carbono, que vêm de diversas formas. E certas atividades metabólicas de organismos, na verdade, imprimem uma assinatura diferente neles. Acontece que, mesmo quando olhamos para essas rochas de mais de, digamos, 600 milhões de anos, e não há esqueletos, não há rastros, ou traços, ou folhas, ou qualquer coisa assim, se observarmos com cuidado, há uma assinatura bem preservada desse mundo microbiano bem mais antigo.

BV — É verdade que já houve um tempo em que não existia oxigênio (O2) na Terra?

Andrew Knoll — Com certeza! É difícil para muitos de nós imaginar um mundo sem oxigênio, porque não duraríamos cinco minutos nele. Mas existem, ainda hoje, vários tipos de bactérias que vivem em ambientes onde não há O2, e algumas delas morrem com a presença desse gás. Quando interrogamos rochas de mais de 2,4 bilhões de anos, a química delas revela-nos que não havia O2. E isso significa que quase metade da história do nosso planeta foi sem ele. O primeiro bilhão de anos ou mais de evolução foi uma biota que existiu na ausência de oxigênio. As rochas revelam-nos claramente que, há cerca de 2,4 bilhões de anos, houve uma mudança no sistema. A atmosfera acumula talvez 1% ou 2% dos níveis de oxigênio atuais. E isso é o suficiente para que haja uma revolução biológica.

BV — O senhor participou de uma missão da NASA (National Aeronautics and Space Administration) em Marte e pôde verificar materiais rochosos desse planeta. As rochas de lá revelam algo sobre a Terra?

Andrew Knoll — Pela primeira vez usando astro móvel, pudemos analisar camadas de rochas sedimentares, assim como fazemos na Terra. E elas nos revelam que Marte tem sido um planeta bastante diferente da Terra durante a maior parte de sua história. Não há evidências de placas tectônicas, esse motor que torna a Terra tão dinâmica. Há pouquíssimo oxigênio, e isso provavelmente vem das próprias reações químicas. Então, de certa forma, quando olhamos para Marte e Vênus, nossos vizinhos mais próximos, as características deles indicam que o nosso orbe é muito distinto e, certamente, há coisas que temos em comum com outros planetas. Mas tudo o que torna a Terra habitável é, de fato, singular.

BV — Como é conectar tantas áreas do conhecimento humano, como a Biologia, a Química, a História, entre outras, para desvendar nossas origens?

Andrew Knoll — É assim que gosto de trabalhar. Sempre que você descobre algo em uma dessas áreas, surgem questões sobre outros setores. Não posso fazer toda a Ciência sozinho. Mas, se eu encontrar provas de alguma mudança biológica, adoraria saber se existe algo associado ao ambiente. Se vou fazer isso, não posso ser apenas um paleontólogo analisando fósseis; tenho que ser um químico e analisar as rochas. E essa tem sido, pelo menos para mim, uma maneira bem satisfatória de olhar para a Terra e a vida. Porque acredito sinceramente que não se pode entender uma dessas coisas sem associá-la a outras.

BV — Nesse longo período, surge o Homo sapiens. Existe uma correlação para o surgimento desse ser cognitivo que é único em nosso sistema?

Andrew Knoll — Existe. Aprendemos bastante sobre nossa própria ancestralidade nos últimos 30 ou 40 anos. Grande parte dela vem da África, há vários trabalhos sobre evolução e clima desenvolvidos nesse continente. Está bem claro que, há cerca de 6 ou 7 milhões de anos, nossa linhagem se separou de nossos parentes mais próximos, os chimpanzés. Com o tempo, nossos ancestrais ficaram cada vez mais parecidos conosco. Eles começaram a andar sobre duas pernas (bipedismo), o que nos torna únicos entre os grandes primatas. Eles começaram a mudar a anatomia do corpo, de modo que se tornaram menos dependentes de subir em árvores e mais aptos a andar. Os dentes mudaram de forma, indicando que a alimentação estava se transformando. Tudo isso aconteceu em uma África que está se tornando mais seca ao longo do tempo. E as pessoas discutem sobre como isso está impulsionando a evolução humana. Mas está bem claro que muitas das características que nos separam dos chimpanzés, por exemplo, realmente surgiram, pelo menos em parte, como adaptações a um mundo mais parecido com uma savana, em vez de um mundo florestal. E outra coisa interessante é que os humanos mais velhos no sentido de nossa própria espécie, Homo sapiens, têm cerca de 300 mil anos... Algo [significante] aconteceu. E podemos discutir sobre há cerca de 45 mil anos, porque naquela época começamos a ver pinturas rupestres incríveis — as mais antigas na Indonésia. Começamos a ver ferramentas novas e mais sofisticadas, assim como diferentes evidências de práticas sociais, funerais etc. Acredita-se que talvez seja quando a linguagem tenha surgido, porque ela passa a ser fundamental para os humanos. E é quase de tirar o fôlego ver o registro dos humanos antes de 45 mil anos e depois; porque, após esse período, começamos a caminhar mais rapidamente em direção à agricultura, às cidades e, mais recentemente, ao tipo de tecnologia que é nossa glória e nosso problema hoje.

BV — Podemos considerar que o tipo de vida na Terra é algo raro?

Andrew Knoll — É difícil para mim acreditar que as condições sob as quais a vida surgiu na Terra sejam únicas no Universo. Como sempre dizem, existem bilhões de estrelas. E o que aprendemos com a Astronomia nas últimas duas décadas é que a maioria das estrelas que podemos observar tem planetas. Deve haver bilhões de planetas por lá. E mesmo que as chances de qualquer um deles dar origem à vida sejam pequenas, quando se tem tantos assim, acho muito provável que haja alguma forma de vida em outro lugar. O problema é: como podemos provar que existem? Essa é uma questão técnica difícil.

BV — Existem grandes questões sobre as quais refletimos ao longo da nossa existência. Entre elas: “De onde viemos? O que estamos fazendo aqui? Para onde iremos?” O seu trabalho pode ajudar a responder a algumas dessas perguntas?

Andrew Knoll — Não sei como as coisas serão daqui a um milhão de anos. Por outro lado, acho que temos uma boa ideia de como será nosso planeta daqui a 100 anos. E isso deveria nos deixar preocupados, porque vivemos em um tempo geologicamente incomum. A Terra está mudando em uma velocidade raramente observada nos registros geológicos. E, quando observada, geralmente é um período em que muitas espécies se tornam extintas. Então, a boa notícia é que nós somos seres inteligentes e tecnologicamente experientes. Se quisermos mudar as coisas, podemos, mas, se não fizermos escolhas corretas, não apenas em nossas vidas pessoais, mas em âmbito governamental, acredito que nossos netos poderão viver em um mundo depauperado, no qual a mudança climática afetará tudo, desde a floresta tropical aos recifes, à agricultura. Se não houver cautela de todos, o mundo no final deste século será muito diferente.

BV — O que pode nos dizer sobre esse momento específico diante das mudanças ambientais da atualidade?

Andrew Knoll — Há várias coisas que podemos fazer como indivíduos. Nesse sentido, provavelmente, consigo pensar mais sobre a vida aqui nos Estados Unidos do que no Brasil, mas há semelhanças. Só de isolar minha casa de uma maneira diferente pode reduzir a energia necessária para aquecê-la ou resfriá-la; optar por comer alimentos cultivados localmente economiza os custos de energia do transporte; fazer escolhas sobre que tipo de carro você dirige, de aparelhos que utiliza, todas essas coisas ajudam. Há também ações que só podem ser feitas quando se tem apoio em grande escala do tipo que o governo pode oferecer. Acho que uma das coisas que prevejo será importante na próxima ou em duas décadas: já existem programas-piloto bem-sucedidos com tecnologia que pode remover o dióxido de carbono do ar. Eles são implementados apenas em uma pequena escala local, e são necessários trilhões de dólares para fazer isso em uma escala maior. Mas isso, na verdade, poderia reverter pelo menos um dos problemas causados pelos seres humanos, porque, como o público deve saber, mudanças como o aquecimento global alteram o pH dos oceanos. E elas ocorrem por causa do aumento do dióxido de carbono. E isso é, em grande parte, causado pela queima de combustíveis fósseis.

shutterstock

BV — Agradecemos a entrevista, professor. Fique à vontade para deixar sua mensagem final aos nossos leitores.

Andrew Knoll — Espero que todos que estejam lendo minhas palavras busquem aprender mais sobre nosso planeta. O Brasil tem uma história geológica excepcional. E há cientistas muito bons no Brasil que estão trabalhando nessa história. Espero que as pessoas reflitam mais sobre as ações dos seres humanos, que não somos simples e pequenos agentes no sistema da Terra, mas somos agentes dominantes nesse sistema. E espero que, com uma melhor compreensão disso, todos nós, em todos os países, trabalhemos com afinco para garantir que nossos netos tenham um mundo com muitas das alegrias que temos hoje. 

Português, Brasil

33 milhões de pessoas passam fome no Brasil

Da redação

08/06/2022 às 09h58 - quarta-feira | Atualizado em 13/06/2022 às 15h59

Shutterstock

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 8, revela que 33 milhões de pessoas estão passando fome no Brasil. Em pouco mais de um ano, foram 14 milhões de brasileiros que entraram para o mapa da fome. O levantamento, realizado pelo instituto Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), mostra, ainda, que 58,7% da população vivem com insegurança alimentar.

Infelizmente, a falta de acesso regular à alimentação ainda é uma realidade para multidões espalhadas pelo Brasil e pelo Mundo. A extensa duração da crise da pandemia, que extenua a todos e gera implicações econômicas, emocionais e para a saúde da população, ganha contornos extras para os mais pobres. 

Por incrível que pareça, a escolha do que comer não é condição acessível a todos. Ainda há muitos brasileiros que mal garantem as refeições diárias, nem mesmo o tradicional arroz com feijão. A nova pesquisa mostra que a fome atinge as regiões do País de forma muito desigual. Em média, 15% dos brasileiros estão abaixo da linha da pobreza. O porcentual, entretanto, chega a 25% e 21% no Norte e no Nordeste. A situação também é pior entre os negros e as mulheres. 

Problemas além da fome

Para as camadas mais pobres da população, que, mesmo antes da pandemia, mal garantiam as refeições básicas, a situação está ainda mais difícil. Cerca de metade das famílias que deixaram de comprar arroz, feijão, vegetais e frutas nos últimos três meses, convivem com insegurança alimentar moderada ou grave. Comprar itens de hortifrúti então, para muitos, é um luxo, embora se saiba que é preferível consumi-los em lugar de comidas industrializadas, geralmente prejudiciais à saúde. Vale lembrar que com baixo valor nutritivo, vários conservantes e altas calorias, estes podem, a médio prazo, deixar seus consumidores mais vulneráveis a desenvolver doenças como a obesidade, o diabetes e a hipertensão.

Ao enumerar outros sérios estudos, percebe-se ainda que as consequências da fome no organismo são agravadas pelo estresse crônico decorrente da pobreza. O estudo “Poverty impedes cognitive function” (“Pobreza impede a função cognitiva”, em tradução livre), publicado na prestigiada revista Science, revela que a pobreza causa um prejuízo cognitivo enorme sobre quem a enfrenta, fazendo com que o organismo destine poucos recursos cognitivos às atividades que poderiam modificar a situação de vulnerabilidade dessas pessoas, como estudar e trabalhar. "A escassez de comida não afeta só a saúde física futura, mas como essas crianças vão se sair na escola, como conseguirão contribuir para o mercado de trabalho”, alertou Tessa Roseboom, professora de Desenvolvimento e Saúde na Primeira Infância na Universidade de Amsterdã.

Banco Mundial/Maria Fleischmann

ODS 12 que pede que o desperdício e perda de alimentos seja reduzido pela metade até 2030

Consumo consciente dos alimentos

Ao programa Viver é Melhor!*, da Boa Vontade TV, o dr. Gustavo Chianca, representante adjunto da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), alertou que o desperdício e as crises ambientais e político-econômicas, estão como os principais culpados na manutenção desse problema mundial.

Para ele, o consumo consciente por parte da população e a Solidariedade em “compartilhar o pão** com quem tem menos são ações indispensáveis para o fortalecimento da segurança alimentar. "Desperdiça-se quase um terço do que é produzido no mundo. Com isso, daria para alimentar toda a população que passa fome. Desemprego e crise econômica causam um impacto enorme na segurança alimentar. E estamos vendo crise econômica e índices de desemprego alarmantes. A pandemia tem agravado isso, impactando na quantidade de pessoas que passam fome. É uma situação grave. Aqueles que podem ser solidários devem ajudar da forma que for possível. Precisamos fazer a nossa parte para atenuar essa situação tão grave que estamos vivendo neste momento", disse.

Itala Kelly

LBV na luta contra a fome

A fim de aliviar o sofrimento dos que enfrentam a fome, a Legião da Boa Vontade (LBV) continua a mobilização social, por meio de suas campanhas emergenciais que visam angariar donativos para entregar itens essenciais, a exemplo do leite, que compõe a cesta de alimentos, tão necessário para reforçar a alimentação da família e ajudar no desenvolvimento de crianças para garantir que milhares de famílias em situação de risco social e insegurança alimentar tenham o que comer neste difícil momento.

Por isso, a LBV precisa da SUA AJUDA para continuar prestando o atendimento a milhares de famílias em risco alimentar. A sua doação é esperança na vida de milhares de famílias, pois ela possibilita com que o trabalho humanitário continue e seja intensificado, proporcionando um fundamental amparo a crianças, adolescentes e adultos que vivem em situação de vulnerabilidade em todo o Brasil.

Como ajudar?

Via Pix: LBV — E-mail: pix@lbv.org.br

Contas bancárias:
CNPJ: 33.915.604/0001-17
Bradesco: Agência: 0292-5 — C/C: 92830-5
Itaú: Agência: 0237 — C/C: 73700-2
Banco do Brasil: Agência: 3344-8 — C/C: 205010-2
Caixa Econômica Federal: Agência: 1231 — operação: 003 — C/C: 100-0
Santander: Agência: 0239 — C/C: 13.002754-6

____________________________________

* Viver é Melhor! — O programa pode ser acompanhado na Boa Vontade TV (de segunda a sexta-feira, das 15 às 16 horas) pela Claro/Net 196 e 696; pela TV digital aberta: canal 45.1 (São Paulo/SP e na região metropolitana); pelo YouTube e site da emissora: www.boavontade.com/pt/tv.

** “Compartilhar o pão” — Título de artigo do diretor-presidente da Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto, que, há décadas, alerta para a importância da Solidariedade entre os seres humanos. Para lê-lo, clique aqui

Português, Brasil

Estocolmo+50 termina com chamado por transformação ambiental e econômica urgente

Da redação

03/06/2022 às 08h18 - sexta-feira | Atualizado em 07/06/2022 às 10h08

Shutterstock

Centenas de palestrantes presentes no encontro internacional Estocolmo+50 clamaram por um compromisso real para solucionar urgentemente as preocupações ambientais globais e uma transição justa rumo a economias sustentáveis ​​que funcionem para todas as pessoas.

O encontro de dois dias foi concluído com uma declaração com várias recomendações para uma agenda acionável, incluindo, entre outras, colocar o bem-estar humano no centro de um planeta saudável e prosperidade para todos e todas; reconhecer e implementar o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, saudável e sustentável; adotar mudanças sistêmicas na forma como nosso sistema econômico atual funciona e acelerar as transformações de setores de alto impacto.

“Acreditamos que temos – coletivamente – mobilizado e usado o potencial deste encontro. Agora temos um plano de aceleração para ir mais longe”, disse a ministra do Clima e Meio Ambiente da Suécia, Annika Strandhäll, em seu discurso de encerramento. “Estocolmo+50 foi um marco no nosso caminho rumo a um planeta saudável para todos e todas, sem deixar ninguém para trás.”

O evento contou com quatro sessões plenárias nas quais os líderes fizeram apelos a ações ambientais ousadas para acelerar a implementação da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Três diálogos de liderança, centenas de eventos paralelos – incluindo várias sessões lideradas por jovens – e webinars, bem como uma série de consultas regionais com várias partes interessadas no período que antecedeu a reunião, permitiram que milhares de pessoas em todo o mundo se envolvessem em discussões e apresentassem seus pontos de vista.

“A diversidade de vozes e mensagens ousadas que emergiram destes dois dias demonstram um desejo genuíno de fazer jus ao potencial deste encontro e construir um futuro para nossos filhos e filhas, bem como netos e netas, neste nosso único planeta”, disse Keriako Tobiko, Secretária de Gabinete do Meio Ambiente do Quênia. “Não viemos aqui apenas para comemorar, mas para avançar e melhorar, com base nos passos dados desde 1972.”

Digital Buggu/Pexels

"Chegamos a Estocolmo 50 anos após a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano sabendo que algo deve mudar. Sabendo que, se não mudarmos, a tripla crise planetária de mudança climática, perda de natureza e biodiversidade, poluição e resíduos só vai acelerar, " disse Inger Andersen, Secretária-Geral de Estocolmo+50 e Diretora Executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. "Agora devemos levar adiante essa energia, esse compromisso com a ação para moldar nosso mundo", acrescentou.

"Fim da guerra suicida contra a natureza”

O secretário-geral das Nações Unidas fez um apelo “ao fim da guerra sem sentido e suicida contra a natureza”. António Guterres discursou na abertura da Conferência Stockholm+50 sobre os 50 anos de criação da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, que deu início ao movimento ambientalista. 

Ele explicou que os recursos naturais não estão conseguindo atender a demanda da população mundial, que está consumindo a uma taxa de 1,7 planeta por ano. E se o nível de consumo global fosse o mesmo dos países mais ricos do mundo, seriam necessários mais de três planetas Terra.  

Na capital sueca, ele mencionou a tripla crise planetária, que está causando 9 milhões de mortes anualmente devido à poluição e aos resíduos. Guterres fez um apelo aos líderes de todos os setores, para que tirem o mundo desta situação.  

Durante a conferência, o secretário-geral falou ainda sobre novas oportunidades, como uma nova rede global de biodiversidade para reverter as perdas da natureza até 2030. O acordo deverá ser firmado no fim deste ano. 

Estocolmo+50

Estocolmo+50: um planeta saudável para a prosperidade de todos – nossa responsabilidade, nossa oportunidade” (Estocolmo+50) é um encontro internacional, organizado pelo Governo da Suécia e convocado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, que foi realizado em Estocolmo, Suécia , de 2 a 3 de junho de 2022, para marcar os 50 anos desde a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano de 1972, que tornou o meio ambiente uma questão global urgente pela primeira vez. Cerca de 113 países compareceram na Conferência de 1972 e os participantes adotaram uma série de princípios sobre o meio ambiente, incluindo a Declaração de Estocolmo e o Plano de Ação para o Meio Ambiente Humano. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) foi criado como resultado da conferência.

 

____________
Com informações do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)

Português, Brasil

“Uma só Terra” é tema do Dia Mundial do Meio Ambiente

Da redação

05/06/2022 às 07h51 - domingo | Atualizado em 06/06/2022 às 09h49

Unsplash/Matthew Smith

Neste 5 de junho, as Nações Unidas celebram o Dia Mundial do Meio Ambiente. Com o tema “Uma só Terra”, a data busca conscientizar sobre a importância de proteger a atmosfera, a riqueza e a diversidade da vida no planeta.

Em mensagem, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que os sistemas naturais não podem mais atender as “nossas demandas crescentes”. A exploração e degradação do meio ambiente já afeta cerca de 3 milhões de pessoas.

Números alarmantes

Segundo Guterres, a poluição também é responsável por 9 milhões de mortes prematuras e mais de 1 milhão de plantas e animais estão em risco de extinção.

O chefe da ONU lembra que metade da humanidade vive em zonas de perigo climático, estando 15 vezes mais expostos a serem vítimas de impactos como calor intenso, secas e alagamentos.

Ressaltado que existe 50% de chance que a temperatura média global se mantenha no patamar desejado no Acordo de Paris, de 1.5C nos próximos cinco anos, ele reforça que mais de 200 milhões de pessoas podem ser deslocadas por abalos climáticos até 2050.

Ação e Conferência Stockholm+50

O secretário-geral esteve na Suécia de 2 a 3 de junho para a Conferência Stockholm+50, que reuniu líderes de todo o mundo para debater sobre os desafios ambientais e climáticos.

Em sua mensagem para a comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente e reforçando as recomendações para o evento, ele destacou que os governos precisam priorizar urgentemente ações para o clima e sustentabilidade.

Guterres enumerou cinco recomendações para acelerar o uso de energia renovável, incluindo a disponibilização igual de tecnologias e matérias-primas renováveis, redução da burocracia, transferência de subsídios e triplicação do investimento.

Para o líder das Nações Unidas, as empresas precisam colocar a sustentabilidade no centro de sua tomada de decisão para o bem da humanidade e de seus próprios resultados.

Catástrofe climática

Ele adiciona que “um planeta saudável é a espinha dorsal de quase todos os setores da Terra”.

Além da responsabilidade dos governos, Guterres afirmou que também é responsabilidade de todos impedir uma catástrofe climática. Segundo ele, todos devem estar atentos as políticas que apoiam, aos alimentos que comem, ao transporte que escolhem, e às empresas que apoiam.

De acordo com Guterres, todos podem fazer “escolhas ecologicamente corretas que se somarão à mudança de que precisamos”.

Agora ou nunca

Também em mensagem para a data, a diretora executiva do Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, afirma que a hora de agir pelo planeta “é agora, ou nunca”.

Inger Andersen adiciona que “somos um povo e temos uma só Terra” e destaca que vale a pena defender nossa casa.

Ela lembrou que a data existe há 50 anos e foi criada do entendimento que é necessário entrar em ação para proteger os recursos naturais.

Para Inger Andersen, o cenário atual exige que todos se esforcem em fazer a diferença para salvar o meio ambiente, desde os governantes até cada indivíduo.

Alertas sobre Direitos Humanos

O relator especial* da ONU sobre direitos humanos e meio ambiente, David R. Boyd, alertou que a devastação ambiental causada por conflitos no mundo está impactando os direitos humanos, incluindo o direito de viver em um ambiente limpo, saudável e sustentável.

O especialista explica que a paz é um pré-requisito fundamental para o desenvolvimento sustentável e o pleno gozo dos direitos humanos, incluindo o direito a um ambiente limpo, saudável e sustentável.

Citando o exemplo da Ucrânia, Boyd adiciona que a invasão russa continua a fazer muitas vítimas, matando e ferindo milhares de civis e causando graves violações dos direitos humanos.

Tripla crise ambiental

Além disso, também está consumindo grandes quantidades de energia, produzindo enormes emissões de gases de efeito estufa que perturbam o clima, gerando poluição tóxica do ar, da água e do solo e destruindo a natureza.

O relator adiciona que o uso pesado de energia resultante da guerra exacerba a crise climática, tanto por meio de emissões diretas de gases de efeito estufa provenientes de atividades militares quanto por efeitos indiretos em nível global.

Para Boyd, acabar com guerras e garantir a paz para superar a tripla crise ambiental e acelerar o progresso para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de 2030 é uma obrigação.

SOBRE A DATA

O Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho, é o principal dia internacional relacionado ao meio ambiente. Liderado pelo PNUMA e promovido anualmente desde 1974, o evento cresceu e se tornou a maior plataforma global de divulgação ambiental, com milhões de pessoas de todo o mundo engajadas na proteção do planeta. 

 

________________________
Com informações das Nações Unidas

Português, Brasil

Revista BOA VONTADE: Consciência ambiental, o foco das próximas décadas

Da redação

31/05/2022 às 21h50 - terça-feira | Atualizado em 01/06/2022 às 14h27

Lançada nesta quarta-feira, 1º de junho, a nova edição da revista BOA VONTADE nº 272, enfoca, em reportagem especial, que merece destaque de capa, a iminência de uma crise climática mundial e por que o assunto merecerá de todos nós grande atenção nas próximas décadas. Especialistas ouvidos pela publicação explicam, por exemplo, as razões de já presenciarmos temperaturas mais quentes, tempestades mais severas e escassez de água, bem como os reflexos desses eventos, que têm provocado catástrofes ambientais e a perda de vidas, principalmente em comunidades mais pobres. Nesse contexto, realce para a atuação da Legião da Boa Vontade em favor dos mais vulneráveis às mudanças climáticas e o trabalho da Entidade para reduzir o impacto das ações humanas ao meio ambiente a partir da educação de crianças e jovens.

O artigo Caridade: a ideologia divina do espírito de justiça”, do jornalista e escritor José de Paiva Netto, presidente da LBV, é leitura também indispensável a todos que almejam construir um mundo melhor, onde vigore o respeito e o devido cuidado a todos os seres humanos e componentes da Mãe Natureza. Nele, o autor exalta o poder transformador da Caridade Completa material e espiritual, proposta há décadas pela Instituição, e, prestes a completar 66 anos de trabalho na Obra (em 29 de junho), agradece a todos os apoiadores dela.

Na seção “Terceira Idade”, o(a) amigo(a) leitor(a) poderá perceber quão empolgados estão os idosos atendidos pelo serviço de convivência e fortalecimento de vínculos Vida Plena, da LBV, por voltarem às atividades presenciais da Entidade. Atendidas em Salvador/BA contam como se sentem acolhidas e alegres por conviverem juntas durante as atividades no Centro Comunitário de Assistência Social.

Por fim, na seção “Espírito e Ciência”, em entrevista exclusiva, Andrew Knoll, planetologista, escritor e professor de História Natural na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, apresenta as descobertas mais recentes sobre a evolução do Universo.

Conheça todo esse conteúdo, veiculado pela plataforma Revista Digital Online (RDO). Acesse: www.revistaboavontade.com.br.

Português, Brasil

Fortes chuvas deixam estados do Nordeste em situação de calamidade pública; ore pelos afetados

Da redação

28/05/2022 às 14h10 - sábado | Atualizado em 03/06/2022 às 10h42

TV Brasil

As fortes chuvas que atingem a região metropolitana do Recife, desde a madrugada de sábado, 28, deixaram mais de cem mortos confirmados até o momento, mas a quantidade de vítimas fatais pode ser maior, pois houve muitos deslizamentos de terra. 

O Grande Recife amanheceu com fortes chuvas nesta sexta-feira, 3. A previsão é de que o tempo permaneça chuvoso até o sábado, 4.  De acordo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), a previsão é de chuvas moderadas, especialmente na noite desta sexta-feira no Grande Recife e Zona da Mata.

O número de desabrigados subiu para 9.302 pessoas, que estão alojadas em 111 instituições de 27 municípios. No total, 31 municípios decretaram estado de emergência e 51 tiveram algum tipo de prejuízo em consequência das chuvas.

Diego Nigro/Reuters


Bombeiros, voluntários e oficiais do exército trabalham no local onde uma casa desabou devido a um deslizamento de terra causado por fortes chuvas no Jardim Monte Verde, no bairro do Ibura, em Recife
 

De acordo com o Corpo de Bombeiros, ocorreram diversos deslizamentos e desabamentos. Quatro deles foram nas seguintes localidades: Sítio dos Pintos, Zona Oeste do Recife; no Córrego do Jenipapo, na Zona Norte; Sucupira, em Jaboatão; e São Lourenço da Mata. A Defesa Civil do Recife orientou a população a não sair de casa por conta dos riscos de problemas causados pelas chuvas.  

De acordo com informações do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), ainda há alguns trechos de rodovias em Pernambuco com alagamentos ou deslizamento de barreiras, que provocam interdições parciais ou tráfego em meia pista.

Chuvas continuam provocando estrados em Alagoas
Sobe para 4 mil o número de pessoas desabrigadas e desalojadas em Alagoas pelas chuvas. De acordo com o balanço da Cordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), 1.854 pessoas estão desabrigas e 2.258 desalojadas. Antes o número pessoas atingidas pelo temporal era 3.813, agora são 4.112.

A previsão é de que continue a chover nos estados de Alagoas, Pernambuco, da Paraíba e do Rio Grande do Norte, com precipitações que podem chegar até a 100 mm. O alerta para deslizamentos de terra e alagamentos na região é de Grande Perigo, o nível máximo.

ORAÇÃO AOS AFETADOS

Como gesto de solidariedade, nós, do Portal Boa Vontade, convidamos você a integrar a Corrente Ecumênica de Oração em favor dos desabrigados e desalojados, a fim de confortar os corações de todas as vítimas desse desastre natural e seus famíliares. Integre a Corrente Ecumênica de Oração por meio da Prece do Pai-Nosso, a Oração Ecumênica de Jesus*. 

MOBILIZAÇÃO SOLIDÁRIA

Legião da Boa Vontade (LBV) por meio de sua Campanha SOS Calamidades está mobilizando a população para fazer doações em prol das pessoas e famílias afetadas pelos fortes temporais.

Em um momento emergencial como este, toda a ajuda se faz necessária, por isso, a LBV abriu postos de arrecadação para receber donativos, os quais serão entregues à Defesa Civil para atendimento às vítimas das chuvas.

 

 

Faça parte dessa força-tarefa para enviar a assistência humanitária aos que mais necessitam. Acompanhe a entrega das doações acessando @LBVBrasil nas redes sociais.


* Nota de Paiva Netto, presidente-pregador da Religião do Amor Universal: Todos podem rezar o Pai-Nosso. Ele não se encontra adstrito a crença alguma, por ser uma oração universal, consoante o abrangente Espírito do Cristo Ecumênico. Qualquer pessoa, até mesmo ateia (por que não?!), pode proferir suas palavras sem sentir-se constrangida. É o filho que se dirige ao Pai, ou é o Ser Humano a dialogar com a sua elevada condição de criatura vivente. Trata-se da Prece Ecumênica por excelência.

Português, Brasil

Fiocruz faz 122 anos fabricando vacinas e remédios para todo o Brasil

Da redação

25/05/2022 às 09h53 - quarta-feira | Atualizado em 25/05/2022 às 11h28

Fiocruz Imagens

No início do ano de 1900, a cidade do Rio de Janeiro enfrentava uma epidemia de febre amarela e peste bubônica. Para conter o avanço destas doenças, há exatos 122 anos, em 25 de maio daquele ano, o governo inaugurou o Instituto Soroterápico Federal. Começava ali a história da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Em 1908, o Instituto Soroterápico recebeu o nome de Oswaldo Cruz, em homenagem ao bacteriologista que foi o primeiro diretor científico do Instituto e que depois assumiu a direção-geral da instituição. A transformação do instituto em fundação, reunindo diversas unidades de pesquisas científicas e de produção de remédios e vacinas, ocorreu em 1970, quando um decreto estabeleceu a criação da Fundação Instituto Oswaldo Cruz.

Nos primeiros anos, os cientistas desenvolviam soros e vacinas em um pequeno prédio que ficava na fazenda de Manguinhos. Um local que na época era considerado bucólico, mas que hoje fica ao lado da Avenida Brasil, a principal via de acesso ao centro do Rio de Janeiro, por onde passam cerca de 250 mil veículos por dia.

Ao longo do tempo, a fundação cresceu e se expandiu. Ela está presente nas cinco regiões do Brasil, com núcleos em dez estados, além do Distrito Federal, e ainda tem parcerias com instituições científicas de 50 países e com organizações internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, cerca de 12 mil pessoas trabalham na Fiocruz.

Expansão

Nos próximos anos, o complexo de produção de vacinas de Bio-Manguinhos vai ganhar uma nova fábrica que está sendo construída em um terreno de Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro.

Além das vacinas, a Fiocruz também fabrica remédios. A produção é realizada no laboratório de Farmanguinhos, sediado no Rio de Janeiro e que é o maior fornecedor de medicamentos ao governo federal. Ele tem capacidade para produzir mais de 2,5 bilhões de comprimidos em um ano.

A produção nacional de medicamentos e de vacinas só é possível graças ao trabalho dos pesquisadores da Fiocruz. Todos os anos, cerca 800 artigos científicos são produzidos pela instituição. Estes estudos ajudam a enfrentar doenças como aids, malária, tuberculose, hanseníase, sarampo e meningites.

A diretora do Instituto Oswaldo Cruz, Tânia Araújo-Jorge, diz que estas pesquisas permitem a criação de novos remédios e vacinas, como uma que está sendo testada para combater a esquistossomose e a fasciolose. “Ao longo da história, tivemos diversas conquistas como a erradicação da varíola e a descoberta da doença de Chagas. O investimento permanente em pesquisa permite que a fundação continue oferecendo medicamentos modernos e de qualidade para a população.”

Formação profissional

A Fiocruz também atua na área de formação profissional. Atualmente, a instituição oferece 48 cursos de mestrado e de doutorado e 31 de residência nas áreas médicas de enfermagem e multiprofissional. A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, Cristiani Machado, diz que a ideia de formar novos profissionais surgiu com o próprio Oswaldo Cruz.

“Ele acreditava que apenas produzir remédios e vacinas não seria suficiente para melhorar a saúde da população. Na visão de Oswaldo Cruz, era preciso preparar os cientistas do futuro e por isso ele decidiu que a instituição também seria um centro de ensino.”

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, diz que o futuro do Brasil está relacionado com o futuro da fundação. “Esta pandemia mostrou que é fundamental investir de forma continua em ciência, tecnologia e educação. Por este motivo é muito importante o trabalho que a Fiocruz realiza de forma integrada para beneficiar a sociedade.”

________________
Informações da Agência Brasil

Português, Brasil

Surdez no Brasil: acessibilidade ainda é um desafio

Da redação

25/05/2022 às 08h48 - quarta-feira | Atualizado em 25/05/2022 às 09h57

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que cerca de 360 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de perda de audição. Segundo dados do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 2,1 milhões de brasileiros são deficientes auditivos, parcial ou totalmente

Interagir com outras pessoas ou compreender os conteúdos aplicados durante os primeiros anos da vida escolar, por exemplo, são problemas enfrentandos por quem não ouve. Isso porque há uma dificuldade maior em aprender o significado de algumas palavras.

Ao programa Boa Vontade NotíciasAndrea Venancino, tradutora-intérprete de Língua de Sinais, destacou que apesar de avanços, pessoas com deficiência auditiva ainda enfrentam barreiras de acessibilidade. Assista! 

 

 

Nós, do Portal Boa Vontade, reforçamos que essas recomendações contribuem para que mais pessoas mantenham uma boa audição ao longo da vida, pois é crescente o número de pessoas vivendo com e em risco de perda auditiva.

______________________________________________

O programa Boa Vontade Notícias vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 12h,16h e às 19h30. Aos sábados às 8h e às 18h30 e aos domingos às 8h. Para outras informações, ligue: (11) 99801-1242.

Português, Brasil

Ore pelas vítimas do atentado em escola primária no Texas

Da redação

24/05/2022 às 19h41 - terça-feira | Atualizado em 25/05/2022 às 08h25

Elevamos os pensamentos a Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, pedindo que Ele ampare todas as vítimas do tiroteio em uma escola primária no Estado norte-americano do Texas nesta terça-feira, 24.  As autoridades locais confirmaram ao menos 21 mortos, entre estudantes e funcionários.

Até o início da noite desta terça-feira, os detalhes oficiais ainda eram incompletos sobre as circunstâncias do ataque, que aconteceu por volta do meio-dia (horário local) na Robb Elementary School, na cidade de Uvalde, cerca de 130 quilômetros a oeste de San Antonio.

ORAÇÃO PELAS VÍTIMAS

Diante de mais um acontecimento lamentável, convidamos você a integrar a Poderosa Corrente Ecumênica de Oração, pedindo que Deus conforte os corações daqueles que passam por essa difícil situação e encaminhando ao espírito eterno daqueles que desencarnaram nossas mais profundas vibrações de Paz, igualmente direcionadas aos feridos e a todos os familiares e amigos das vítimas. 

Integre a Poderosa Corrente Ecumênica de Oração por meio da Prece do Pai-Nosso, a Oração Ecumênica de Jesus*:

 

___________________________________________________
*Nota de Paiva Netto, presidente-pregador da Religião do Amor Universal: Todos podem rezar o Pai-Nosso. Ele não se encontra adstrito a crença alguma, por ser uma oração universal, consoante o abrangente Espírito do Cristo Ecumênico. Qualquer pessoa, até mesmo ateia (por que não?!), pode proferir suas palavras sem sentir-se constrangida. É o filho que se dirige ao Pai, ou é o Ser Humano a dialogar com a sua elevada condição de criatura vivente. Trata-se da Prece Ecumênica por excelência.

 

Português, Brasil