Idade máxima para doação de sangue amplia para 69 anos

Agência Brasil

12/11/2013 às 20h40 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

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O Ministério da Saúde anunciou a ampliação da idade máxima de doação de sangue para 69 anos. Atualmente, a faixa etária é de 16 a 67 anos. O ministro Alexandre Padilha assinou, também, a portaria que torna obrigatória a realização do Teste de Ácido Nucleico (NAT) em todas as bolsas de sangue coletadas pelos bancos de sangue públicos e privados do Brasil. Os bancos de sangue terão 90 dias para se adequar às novas regras, sob a fiscalização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Hoje são coletadas no Brasil 3,6 milhões de bolsas por ano, o que corresponde ao índice de 1,8% do parâmetro estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O ministro destacou que o objetivo do governo é atingir o parâmetro de 3% de bolsas coletadas ao ano.

No ano passado houve a diminuição de 18 anos para 16 anos a idade mínima para a doação de sangue. Com as idades mínima e máxima para doação ampliadas, 8,7 milhões de novos voluntários poderão contribuir para manter os bancos de sangue. 

Em se tratando do NAT, o teste permite maior rapidez e eficácia na identificação de vírus como o HIV e da hepatite C no sangue de doadores, já que identifica o material genético do vírus e não os anticorpos como ocorre com o exame Elisa, normalmente utilizado nos bancos de sangue. De acordo com Padilha, a implantação desse teste aumenta a sensibilidade para detectar a infecção pelo HIV e pela hepatite. Contudo, o questionário de critério para doação será preservado por ser “a parte mais importante da segurança de um banco de sangue e afasta qualquer pessoa que tenha se exposto a uma situação de risco”, conforme destacou Padilha.

O Sistema Único de Saúde (SUS) conta com 32 hemocentros coordenadores e 368 regionais, além de núcleos de hemoterapia distribuídos em todo o Brasil. Atualmente, 75% da coleta de sangue são feitos na rede pública e 25%, na rede privada.