01/07/2022 às 09h45 - sexta-feira | Atualizado em 04/07/2022 às 10h09
Após 4 anos, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo volta a ser presencial. Em sua 26ª edição, o maior evento literário da América Latina, que ocorre até o dia 10 de julho, traz ao público muitas novidades do universo editorial, além de oferecer uma vasta programação cultural. Um programa para ir com a família, os amigos ou com a escola!
Nós, do Portal Boa Vontade, listamos 8 motivos que mostram que você não pode deixar de ir ao evento — além de uma ótima sugestão de leitura.
1) Conheça seus autores favoritos
Já imaginou conversar com o autor do seu livro predileto? A Bienal possibilita o encontro com diversos escritores brasileiros e estrangeiros, por meio de palestras, sessões de autógrafos, workshops, oficinas e pocket shows. Lá também é o local ideal para você ter acesso a lançamentos literários.
Vivian R. Ferreira
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2) Descontos e promoções
Alguns estandes funcionam com o preço normal de livraria, mas diversos espaços promoverão, no decorrer do evento, uma série de promoções. Assim, você poderá levar para a casa vários títulos sem ter que gastar muito. Basta ficar atento aos descontos! Além disso, ao participar de oficinas ou workshops, você ganha brindes bem legais.
Vivian R. Ferreira
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3) Transporte gratuito até o local
Para não ter problemas com o estacionamento ou em se perder, o evento disponibiliza ônibus gratuitos até o local. Eles circularão com ida e volta ao Expo Center Norte a partir da saída das estações Portuguesa-Tietê do metrô, durante todos os dias da semana.
4) Programação cultural
A Bienal do Livro é o evento cultural mais abrangente que mescla literatura, gastronomia, cultura, negócios e muita diversão! Em uma das áreas, chamada “Cozinhando com palavras”, o público poderá participar de conversas com chefs renomados, numa mescla muito interessante entre literatura e gastronomia. Também há uma área de recreação infantil que irá proporcionar aos pequenos atividades interativas como pinturas, teatro de fantoches e muita brincadeira.
Bienal Internacional do Livro de São Paulo
5) Serviços disponíveis
Vá ao Expo Center Norte com tranquilidade, tá? O espaço conta com um posto médico para pronto atendimento, telefone público próximo aos banheiros, um bicicletário gratuito, uma guarda malar para você poder guardar os seus livros enquanto compra mais, uma sala de segurança, praça de alimentação, centro de informações.
Bienal Internacional do Livro de São Paulo
6) Incentivo ao hábito da leitura
Você vai encontrar tantas opções de obras, ganha tanta experiência e adquire tanto conhecimento que será impossível sair de lá sem ter vontade de ler, nem que seja um livro. A Bienal ganha os corações transforma todos em amantes da leitura. É um evento cultural que abrange todos os gostos, então com certeza você irá encontrar algo que goste.
7) Ingressos acessíveis
R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada). Professores, profissionais do livro, crianças menores de 12 anos, adultos maiores de 60 e quem tem a credencial plena do Sesc não pagam entrada. Associados ao Sesc precisam apresentar a credencial válida e documento com foto, ficando limitado a um ingresso por pessoa.
Você pode comprar ingressos pela internet ou na bilheteria.
Vivian R. Ferreira
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8) Horário de funcionamento
Nestes dias, o evento permanece aberto ao público por 12 horas. De segunda a sexta-feira, das 9h às 22h, e a entrada no evento até às 21h. Aos sábados e domingos, das 10h às 22h. Nos dias 2, 3 e 9, a entrada no evento até as 21h. No dia dia 10/7, a entrada é até às 19h Então não tem desculpa, hein? Dá para arranjar um tempinho e curtir a Bienal.
Viu só? Existem muitos motivos para você ir conferir ao evento. Então não perca a oportunidade e convide todo mundo para ir com você.
Sugestão de leitura
Quem for à 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo poderá adquirir a edição revista e ampliada de “Somos todos Profetas” que está disponível na Livraria BookOutlet (Rua C, estande C87).
Rodrigo de Oliveira
Estudioso dos temas bíblicos há mais de seis décadas, Paiva Netto é um dos maiores pregadores da atualidade. Seus best-sellers têm oferecido a seus leitores, ouvintes e telespectadores uma valiosa e original perspectiva para elucidar questões da vida humana pelo prisma da Espiritualidade Ecumênica. Suas publicações já foram traduzidas para mais de 25 idiomas, além de textos em braile, e estão entre as mais vendidas em eventos literários. #FicaaDica
Representante da FAO no Brasil fala sobre a fome no mundo
Da redação
29/06/2022 às 16h05 - quarta-feira | Atualizado em 01/07/2022 às 08h19
Recentemente, mostramos aqui no Portal Boa Vontade que 33 milhões de pessoas estão passando fome no Brasil. O levantamento feito pelo Instituto Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), revela, ainda, que em pouco mais de um ano, foram 14 milhões de brasileiros que entraram para o mapa da fome.
Para entender sobre essa triste realidade, a equipe do programa Boa Vontade Entrevista, da Boa Vontade TV, conversou com o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), dr. Rafael Zavala. Na ocasião, ele traçou um panorama sobre a fome no mundo e comentou os esforços para que ela seja erradicada.
Dr. Rafael Zavala, representante Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), no Brasil, e Alan Lincon, da Boa Vontade TV.
Além disso, Zavala reforça que a fome está diretamente relacionada à pobreza, pontuando que a inclusão social é fundamental para vencer a fome, bem como o combate ao desperdício de alimentos.
Ao amparar famílias vulneráveis, LBV combate a fome
Um dos pontos tratados na entrevista foi a importância da ação da Sociedade Civil, das ONGs no combate à fome. Uma das preocupações mais latentes da Legião da Boa Vontade diz respeito à alimentação. Não à toa, a Entidade oferece a crianças, adolescentes e adultos, durante o período em que estão na Instituição, refeições que contam com um cardápio balanceado, de acordo com a faixa etária de cada um e recebendo o apoio de nutricionista. "Quero parabenizar a Legião da Boa Vontade e as ações que ela faz, que estão assegurando uma boa qualidade de vida às crianças, que são o futuro do Brasil'.
Dr. Rafael Zavala, representante da FAO no Brasil, destacou o trabalho empreendido pela Legião da Boa Vontade em todo o Brasil e no mundo, que contribui para a erradicação da fome. "É fundamental a importância das Organizações da Sociedade Civil, pois são as que ficam mais perto do problema, mais perto da solução e além disso são as que garantem mais continuidade e geram a memória institucional de luta contra a fome", disse.
Ouça!
Não perca!
A entrevista será veiculada, em breve, pelo programa Boa Vontade Entrevista, da Boa Vontade TV, transmitido às terças-feiras, às 22h; às quartas-feiras, às 14h, e aos sábados, às 22h. Não perca!
São Paulo recebe a 26ª Bienal Internacional do Livro
Da redação
29/06/2022 às 08h56 - quarta-feira | Atualizado em 09/07/2022 às 14h51
A Bienal Internacional do Livro de São Paulo será o palco para o encontro das principais editoras, livrarias e distribuidoras do país. Esse reencontro está marcado para os dias 2 a 10 de julho no Expo Center Norte com uma programação multicultural abrangente mesclando literatura, gastronomia, cultura, negócios e muita diversão.
O evento é palco para celebrar a transformação que os livros fazem na vida das pessoas. De acordo com os organizadores, a edição de 2022 disponibilizará ao público cerca de três milhões de livros,185 expositores confirmados e mais de 1.300 horas de uma programação multicultural, que acontecerão nos diferentes espaços oficiais do evento com atividades relacionadas ao universo literário.
SOMOS TODOS PROFETAS
Chegou às prateleiras da 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo a edição revista e ampliada de “Somos todos Profetas”, um dos best-sellers do escritor Paiva Netto.
Giovana Borges Mauro
Adquira a edição revista e ampliada de “Somos todos Profetas”, um dos best-sellers do escritor Paiva Netto.
A obra - que inicialmente surgiu para atender aos anseios dos leitores que também acompanhavam o estudo das Profecias Finais com Paiva Netto pela série radiofônica “O Apocalipse de Jesus para Simples de Coração” - apresenta nos capítulos a explicação sobre símbolos e seus contextos históricos importantes para a compreensão da Profecia. O leitor também se deparará com a transcrição do Apocalipse na íntegra e uma chave bíblica para estudo.
De fácil leitura e entendimento, o título preocupa-se em aproximar os textos bíblicos do cotidiano do leitor, permitindo que o Último Livro da Bíblia Sagrada seja estudado por todos sem medo e independentemente de suas crenças ou descrenças.
A Volta Triunfal de Cristo, o significado dos 144 mil e o que é ser Profeta são algumas temáticas de Esperança e Fraternidade que o leitor encontra nas páginas da obra literária para compreender os acontecimentos mundiais pelo prisma da Espiritualidade Ecumênica.
Rodrigo de Oliveira
Na 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, a obra está à venda na Livraria Book Outlet (Rua C, estande C87).
SERVIÇO
Data: de 2 a 10 de julho
Local: Expo Center Norte | Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme | São Paulo/SP - Brasil
Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 9h às 22h; sábados e domingos, das 10h às 22h;
Preço: Os ingressos estão esgotados. Apenas quem comprou antecipadamente os ingressos, professores, profissionais do livro, crianças menores de 12 anos, adultos maiores de 60 e quem tem a credencial plena do Sesc poderão visitar a feira nos dias 09 e 10 de julho. Associados ao Sesc precisam apresentar a credencial válida e documento com foto, ficando limitado a um ingresso por pessoa.
Informações: www.bienaldolivrosp.com.br
Inverno: especialista apresenta dicas para cuidar da saúde
Da redação
28/06/2022 às 07h46 - terça-feira | Atualizado em 28/06/2022 às 09h42
O inverno já chegou com tudo! Nós, do Portal Boa Vontade, que sempre estamos preocupados com você, já demos importantes dicas para que essa estação não lhe traga problemas. Mas como todo cuidado é pouco, reforçamos mais uma vez que a chegada do tempo frio pede uma atenção redobrada para algumas doenças, como as infecções respiratórias, já que as variações de tempo seco, típicas dos dias frio, são propícias para o aumento de casos. Com saúde não se brinca, né?
Nesta época do ano, marcada pelas mudanças de temperatura e o tempo seco, resfriados, rinite e bronquite ~ e várias outras ites ~ costumam ser mais frequentes e acometem muitos mais as crianças e os idosos. Especialistas ouvidos pelo Portal Boa Vontade já explicaram que a menor umidade e o resfriamento do ar deixam a mucosa nasal mais suscetível a infecções, aumentando, assim, a incidência de doenças respiratórias. Para não ser pego de surpresa, a principal medida para evitar a difusão dessas infecções de vias aéreas superiores: lavar as mãos regularmente.
Em entrevista ao programa Boa Vontade Notícias, o dr. Marcelo Otsuka, vice-presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo, mostrou alguns cuidados que todos devem ter nessa época do ano para evitar problemas piores. Assista!
O clínico-geral dr. Eurico Pereira recomenda também que durante o período de frio intenso e tempo seco, "usar creme hidratante para a pele e evitar confinamentos e, se possível, utilizar umidificador nos ambientes". Além disso, é preciso manter a casa sempre arejada, com janelas abertas para o vento circular e diminuir o excesso de umidade em armários. Clique aqui e saiba como amenizar os sintomas durante o inverno.
NESTES DIAS FRIOS, AQUEÇA SEU CORAÇÃO!
Estes dias são marcados pelas quedas bruscas de temperatura. E se nós, mesmo com roupas adequadas e cobertores, sofremos com o frio, imagine as pessoas quem não possuem nem um par de luvas para aquecer as mãos?
Thiago Ferreira
No Brasil existem centenas de pessoas em situação de rua que nesses períodos enfrentam sérios desafios para se protegerem e se alimentarem. E você pode ajudar a transformar essa realidade com uma simples ação: doando agasalhos, cobertores, luvas, gorros. Faça parte dessa Corrente da Boa Vontade. A nossa dica é: ande sempre com uma peça de roupa a mais ou, ainda, leve em algum local de arrecação.
Em todo o Brasil, a Legião da Boa Vontade (LBV) promove, em períodos de frio intenso, campanhas de inverno. A ação emergencial visa entregar alimentos e cobertores a famílias que vivem em extrema pobreza e sofrem com a seca e o frio em dezenas de municípios brasileiros. E você pode entrar para esta corrente da solidariedade, basta acompanhar as redes sociais da LBV.
22/06/2022 às 07h35 - quarta-feira | Atualizado em 22/06/2022 às 10h03
Convidamos você a integrar a Poderosa Corrente Ecumênica de Prece do Templo da Boa Vontade e orar em favor das vítimas do terremoto de magnitude 5,9, que atingiu o Afeganistão nesta quarta-feira, 22, deixando ao menos mil mortos. O número de feridos passa de 1.500.
“O número de mortos provavelmente aumentará, pois algumas das aldeias estão em áreas remotas nas montanhas e levará algum tempo para coletar detalhes”, disse um funcionário do Ministério do Interior, Salahuddin Ayubi.
Segundo Serviço Geológico dos Estados Unidos, o tremor afetou uma área montanhosa e remota no leste do país, perto da fronteira com o Paquistão.
Ainda de acordo com autoridades locais, helicópteros foram mobilizados no esforço de resgate para alcançar os feridos e transportar suprimentos médicos e alimentos.
Divulgação
Ore conosco
Sensibilizados com esta tragédia, elevamos nosso pensamento a Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, e enviamos as mais sinceras vibrações de Paz ao Espírito Eterno de todos envolvidos.
Também oramos em favor das famílias e das equipes de resgate e socorro. Faça conosco a Prece Ecumênica de Jesus, o Pai-Nosso:
_____________________ Com informações da Agência Reuters
Inverno começou e deve sofrer influência do La Niña
Da redação
21/06/2022 às 07h29 - terça-feira | Atualizado em 21/06/2022 às 08h54
Período mais frio do ano, o inverno começou nesta terça-feira, 21, no Hemisfério Sul. A expectativa do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de três meses com chuvas acima da média nas regiões Norte e Nordeste, devido ao fenômeno La Niña. A estação termina em 22 de setembro, às 22h04 (horário de Brasília).
Oposto ao El Niño, o fenômeno La Niña se caracteriza principalmente pelo registro de temperaturas abaixo da média na superfície da parte do Oceano Pacífico que fica próxima à Linha do Equador, o que afeta o clima na América do Sul. No Brasil, entre os efeitos mais comuns está o aumento da precipitação e da vazão dos rios no Norte e a redução das chuvas na Região Sul.
Além de mais chuvas, o Inmet prevê que a Região Norte terá temperaturas mais elevadas. As exceções são o sul do Pará e de Tocantins, onde o clima mais quente deve ser acompanhado de chuvas abaixo da média, o que aumenta as chances de incêndios florestais no sul da Amazônia.
Na região Centro-Oeste, massas de ar seco e quente também devem favorecer incêndios florestais principalmente nos meses de agosto e setembro. O inverno deve intensificar o período seco, e a tendência é de diminuição da umidade relativa do ar nos próximos meses, com valores diários que podem ficar abaixo de 30%, e picos mínimos abaixo de 20%.
TEMPO SECO
O tempo mais seco que a média deve marcar o inverno na Região Sul, além de temperaturas próximas e abaixo da média com a chegada de massas de ar polar, principalmente entre julho e agosto. O oeste desses três estados, porém, pode ter chuvas acima da média, e o norte do Paraná deve ter um inverno mais quente que o de costume.
No Nordeste, as chuvas acima da média devem incidir sobre o litoral, enquanto no oeste da Bahia e no sul do Piauí e do Maranhão as precipitações poderão ser próximas da média. O La Niña também deve forçar as temperaturas a um patamar próximo ou acima da média em grande parte da região.
O Sudeste pode ter chuvas ligeiramente abaixo da média, mas a passagem de frentes frias deve continuar a causar chuvas no litoral. Sobre a temperatura, a previsão é que permaneça acima da média, mas massas de ar polar podem determinar a formação de geadas em regiões de altitudes elevadas.
Vereador Arnaldo Faria de Sá volta à Pátria Espiritual
Da redação
16/06/2022 às 15h57 - quinta-feira | Atualizado em 17/06/2022 às 09h18
Voltou à Pátria Espiritual na manhã desta quinta-feira, 16, o vereador de São Paulo Arnaldo Faria de Sá, aos 76 anos. Faria de Sá estava internado desde a semana passada após testar positivo para Covid-19. Ele já havia sido submetido a um tratamento de câncer. Atualmente, ele ocupava a Câmara Municipal de São Paulo, onde presidia a Comissão Extraordinária do Idoso e de Assistência Social. Ele foi deputado federal por oito mandatos.
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados Leia mais em: https://v
Arnaldo Faria de Sá, ex-deputado federal e vereador de São Paulo
Em 1988, ao visitar a Legião da Boa Vontade afirmou: “Aproveito a oportunidade de estar junto com o Irmão Paiva para agradecer-lhe e, como a justiça e princípio elementar, ele certamente me permitirá fazer um agradecimento extensivo a todos os Legionários da Boa Vontade. Pelo que acabei de verificar e constatar, apesar dele ser o timoneiro, o condutor, tem em cada um de vocês importante colaboração para que essa Obra pudesse chegar aonde chegou e alcançasse aquilo que se almeja. (...) Posso afirmar a todos que esta Obra é algo de maravilhoso".
E na certeza de que "os mortos não morrem", enviamos também nossas vibrações de Paz aos seus familiares, amigos e admiradores do seu trabalho.
Alunos de radiojornalismo visitam estúdios da Super Rádio Brasil e da Boa Vontade TV
Da redação
15/06/2022 às 08h46 - quarta-feira | Atualizado em 16/06/2022 às 11h57
Neste sábado, 11, a Super Rádio Brasil e a Legião da Boa Vontade (LBV) encerraram a 23ª edição do Curso de Capacitação em Radiojornalismo Esportivo, realizado em parceria com a Unisuam e patrocínio da Honda Rio Tokio.
Os inscritos tiveram a oportunidade de visitar os estúdios de rádio e de TV da emissora da Boa Vontade no Rio de Janeiro e gravar um programa semelhante ao Momento Esportivo*, com vinheta e apresentação.
O curso busca orientar o aluno na montagem de uma notícia jornalística, desde a criação até a publicação. Além da teoria e prática em sala de aula, o cronograma também inclui um miniworkshop com renomados profissionais da área.
Graças ao curso, mais de 100 alunos saíram capacitados para o trabalho na área esportiva, gerando muita repercussão no meio acadêmico. "O curso me fez conhecer toda a estrutura dos programas realizados. Agradeço por todo aprendizado adquirido, a experiência e gostinho de viver bem de perto o que eu amo fazer", disse Paula Meliga.
"Fazer o curso foi uma experiência ímpar na minha vida profissional. Tive certeza que escolhi certo no instante em que cheguei ao estúdio", comentou Renato Ximenes
O coordenador e professor do curso, André Gonçalves avaliou o encerramento da edição: "É sempre gratificante ver a evolução do aluno ao realizar as atividades e no último dia quando é no estúdio é possível entender o brilho no olhar de cada um deles no âmbito profissional".
A próxima edição do curso de Radiojornalismo Esportivo tem previsão para setembro de 2022.
* O programa Momento Esportivo nasceu de um ideal no Bem: levar aos esportes a Paz e a união entre todos. Um sonho realizado pelo grande admirador do esporte e líder da Legião da Boa Vontade, Irmão José de Paiva Netto, que criou um espaço na programação da Super Rede Boa Vontade de Rádio e da Boa Vontade TV para as notícias e transmissões denominado Momento Esportivo. Paiva Netto lançou a Campanha LBV — Esporte é Vida, não violência! em 1978, com o objetivo de levar Paz aos estádios no Brasil e no mundo.
Saiba por que doar sangue é um ato de solidariedade
Da redação
14/06/2022 às 07h35 - terça-feira | Atualizado em 14/06/2022 às 09h13
Neste dia 14 de junho é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data é destinada a todos que se manifestam com esse ato de solidariedade humana, sendo essa uma forma de valorizar a doação voluntária.
O tema deste ano é “Doar sangue é um ato de solidariedade. Junte-se a esta causa e salve vidas” e tem o objetivo de chamar a atenção para os papéis que as doações voluntárias de sangue desempenham para salvar vidas e aumentar a solidariedade nas comunidades.
Além disso, este dia oferece uma oportunidade para chamar governos e autoridades nacionais de saúde a fornecer recursos suficientes para aumentar a coleta de sangue doado por voluntários não remunerados e gerenciar o acesso a sangue e transfusões para quem precisa.
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GESTO DE SOLIDARIEDADE
A necessidade de sangue é universal, mas o acesso a ele é limitado – especialmente em países de baixa e média renda, onde a escassez afeta particularmente mulheres e crianças, pois essas tendem a ser as pessoas que mais precisam de sangue.
Tornar-se um doador de sangue voluntário regular é um passo simples, mas altruísta, que todos podem dar para fortalecer suas comunidades, apoiar os sistemas de saúde locais e salvar vidas.
Nessa assistência àqueles que precisam de ajuda, muitas pessoas de Boa Vontade arregaçam as mangas e se dirigem aos hemocentros do Brasil para doar sangue. Uma delas é o sr. Paulo Roberto Brito que colabora há pelo menos 20 anos.
Ao Portal Boa Vontade, ele conta que já doou para vários hospitais e postos de coleta. Sua maior motivação é o fato de saber que está salvando vidas. "Sabemos que muitas pessoas precisam de sangue, após sofrerem acidentes ou fazerem algum tipo de cirurgia. É necessário abastecer os bancos de sangue, para que essas pessoas sejam atendidas”. Sabendo que cada doação ajuda a salvar até quatro vidas, imagine o que 20 anos já não fizeram!
Apesar de encontrarmos pessoas que, assim como o sr. Paulo, doam regularmente, temos que ressaltar que a doação voluntária de sangue precisa ser ainda mais praticada. Por essa razão, em 2012, o Ministério reduziu a idade mínima para doação: de 18 para 16 anos (com autorização do responsável). Em 2014, a idade máxima também foi elevada para os 69 anos, fazendo com que o número possível de doadores voluntários aumentasse.
“Vale muito a pena ser doador de sangue, porque a gente se sente muito útil. Só de pensar que estamos salvando vidas! Quando termina a coleta, a gente se sente feliz, aliviado por saber que doou de si algo que pode sempre doar pelo bem de outros. Quando as pessoas começarem a doar, sentirão essa sensação tão boa e não vão querer abandonar a prática”, destaca Paulo Brito.
Embora seja um número absoluto expressivo, no Brasil ainda são muitas as pessoas que desconhecem ou têm dúvidas sobre como doar, fazendo que a quantidade de bolsas de sangue por ano seja baixa, quando comparada à de outros países. A hematologista Selma Soriano afirmou que "a doação é um ato voluntário, altruísta e de solidariedade. Se as pessoas não se encaminham a um banco de sangue para fazer a sua doação, teremos problema de baixa de estoque e podemos ter, em algumas vezes, dificuldades de atender pacientes que precisam da transfusão".
Ela explicou ainda que, em épocas de chuvas e frio, os bancos ficam em situações críticas, pois geralmente há um aumento nos casos de resfriado ou gripe. "O doador precisa ficar 14 dias afastado dos bancos, [para doar] só quando ele estiver bem. Por isso, qualquer pessoa que tenha tempo disponível pode comparecer a um banco de sangue, de duas a três vezes por ano, e fazer sua doação."
Depois de coletado o sangue, é possível, numa bolsa, obter quatro componentes para o tratamento de diversas doenças. É um procedimento rápido com o qual, numa única doação, o voluntário pode ajudar até 4 vidas. Sendo assim, a sociedade conta com o apoio dos voluntários, que são os heróis do cotidiano, salvando tantas vidas por meio da doação de sangue.
SEJA UM DOADOR
Em seu artigo Doe vida, o jornalista, radialista e escritor Paiva Netto salienta: "A doação de sangue, aplaudível vereda que aproxima o ser humano de sua humanidade, é indispensável em favor de tantos que lutam para sobreviver". Ser doador de sangue é um ato de solidariedade humana, que salva muitas vidas diariamente. Porém, muita gente ainda não faz parte desse time de doadores porque tem algumas dúvidas. E para esclarecer todas e mostrar para você o quanto sua doação faz a diferença, conheça 10 mitos e verdades sobre a doação de sangue e as etapas da doação.
O Portal Boa Vontade lembra que existem algumas normas técnicas definidas pelo Ministério da Saúde para a doação. Elas visam à segurança do doador e de quem irá receber o sangue. Antes, todos os candidatos passam por uma entrevista de triagem, que é realizada por um profissional de saúde, em que serão analisados histórico médico, hábitos e condições de saúde do doador. As respostas são confidenciais e a entrevista é feita individualmente, sem a presença de acompanhantes. Após o questionário, é realizada a aferição dos batimentos cardíacos, da pressão arterial e temperatura, além do teste de anemia. Somente após essas etapas é que o candidato estará aprovado para a doação de sangue. Parece um monte de coisa, mas é super fácil, e salva vidas! =)
a data
A data foi criada com o objetivo de: aumentar a conscientização mundial sobre a necessidade de dispor de sangue e produtos sanguíneos seguros para transfusões; destacar a contribuição essencial que os doadores de sangue voluntários e não remunerados fazem aos sistemas nacionais de saúde e; apoiar os serviços nacionais de transfusão de sangue, organizações de doadores de sangue e outras organizações não governamentais no fortalecimento e expansão de seus programas de doação voluntária de sangue por meio do reforço de campanhas nacionais e locais.
Andrew Knoll apresenta as descobertas mais recentes sobre a evolução do Universo
Da redação
10/06/2022 às 07h45 - sexta-feira | Atualizado em 10/06/2022 às 09h04
Compreender como o Cosmos e tudo o que nele há se formaram é um fascínio para milhares de pessoas. Afinal de contas, alcançar a exatidão de como se deu esse processo pode impactar completamente as crenças e os valores da humanidade, da mesma forma o modo que ela mesma tem encarado o próprio futuro. Andrew Knoll, doutor em Geologia e professor de História Natural na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, é um dos principais estudiosos do assunto e, participando de recente roda de entrevistas, promovida pelo Fórum Mundial Espírito e Ciência (FMEC), da Legião da Boa Vontade, abordou fatos curiosos sobre o tema, fazendo importantes alertas.
“(...) Acho que temos uma boa ideia de como será nosso planeta daqui a 100 anos. E isso deveria nos deixar preocupados, porque vivemos em um tempo geologicamente incomum. A Terra está mudando em uma velocidade raramente observada nos registros geológicos. (...) Se não houver cautela de todos, o mundo no final deste século será muito diferente”, considerou Knoll.
Vale destacar que o fórum da LBV tem o objetivo de incentivar o diálogo fraterno e ecumênico entre as diversas áreas do saber acerca de assuntos relevantes para os povos. A seguir, os principais trechos desse bate-papo, transmitido pelo canal do FMEC no YouTube (www.youtube.com/forumespiritoeciencia). Para outras informações sobre essa iniciativa da LBV, acesse www.forumespiritoeciencia.org.
Boa leitura!
BOA VONTADE — Em seu mais recente livro, A Brief History of Earth (Uma Breve História da Terra, em tradução livre), publicado em 2021, o senhor fala da realidade de há 4 bilhões de anos, da formação do nosso planeta e do Sistema Solar. Como foi esse período?
Andrew Knoll é geólogo, planetologista, paleontólogo, escritor e professor de História Natural na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Faz parte da equipe científica da NASA para as missões a Marte. É membro da Academia Americana de Artes e Ciências e da Royal Society.
Andrew Knoll — Todas as possibilidades de vida, oceanos, atmosfera, continentes, resumem-se a como a Terra se formou e do que ela foi feita. E essa história tem início com o big bang, quando temos o Universo se expandindo de maneira rápida, constituído principalmente por íons de hidrogênio (H). Com o tempo, a grande arquiteta do Cosmos, a gravidade, começou a juntar partículas, as quais formaram a primeira geração de estrelas. No interior quente e denso das estrelas, vimos novos elementos formando-se. Obtivemos o hélio (He), o boro (B), essencialmente, o carbono (C). À medida que avançamos no tempo, e com estrelas maiores, todos os elementos da tabela periódica foram basicamente constituídos. E isso ocorre ao longo de bilhões de anos. Então, foi realmente há pouco mais de 4,5 bilhões de anos quando, mais uma vez, a gravidade fez uma nova estrela com materiais ao seu redor que se unem em planetas. E aí estamos nós.
BV — O Sol também é formado e criado nesse espaço e tempo com esses elementos iniciais?
Andrew Knoll — Sim. O Sol é composto majoritariamente por hidrogênio e hélio, e essa é a maior parte da massa do Sistema Solar. Portanto, à medida que a gravidade começa a juntar os materiais do nosso Sistema Solar, grande parte dela forma essa massa muito quente e densa, que é o Sol. Mas, felizmente para nós, existem partículas de poeira, gases congelados que formam um anel ou um disco ao redor desse sol inicial. E essa é a matéria da qual vêm todos os planetas. Temos a sorte de viver em um planeta formado com muito material rochoso denso, como também com água e gases. Estamos, de certa maneira, em um local ideal dentro do nosso Sistema Solar, onde a vida pode florescer.
BV — E a Lua? Como foi constituída?
Andrew Knoll — Alguns planetas do nosso Sistema Solar têm muitas luas. Nós temos apenas uma, que é grande. Há cerca de 30 ou 40 anos, alguém propôs que a Lua tenha surgido quando um objeto do tamanho de Marte colidiu com a Terra e muito material foi expelido para o espaço. Mas, novamente, por conta da gravidade, grande parte desse material se juntou, criando a Lua. Em resumo, ela tem sido nossa parceira desde o início, formada por uma colisão enorme que afetou tanto nós quanto a própria formação dela.
BV — Em seus trabalhos, o senhor fala que as rochas “contam” a nossa história. Pode nos falar mais a respeito?
Andrew Knoll — Gosto de dizer aos meus alunos que vivemos em um planeta que registra sua própria história, e ele o faz em rochas, principalmente as sedimentares: arenitos, calcários, folhelhos, que vão se acumulando ao longo do tempo. Quando surge uma dessas camadas, ela apresenta características físicas que nos falam sobre o tempo e o lugar em que se formou. Há “assinaturas químicas” e também “assinaturas biológicas”, que nos revelam o que estava ocorrendo ali. Se analisarmos metodicamente as rochas, camada por camada, desenvolveremos uma imagem de uma Terra que mudou fisicamente ao longo do tempo, que mudou quimicamente durante as eras no que diz respeito a coisas como o oxigênio.
BV — O senhor analisa o que chama de “microfósseis” e alguns “sinais químicos sutis”. O que são?
Andrew Knoll — Todos sabem sobre os dinossauros e outros fósseis de animais e plantas. Esses tipos de organismos, na verdade, vieram depois no processo evolutivo. Primeiro, começamos a ver animais cerca de 85% do caminho da história da vida, cuja fase mais longa e profunda é a microbiana. (...) E a boa notícia é que alguns desses microrganismos podem ser preservados como fósseis. É preciso um microscópio para vê-los, parte de sua química é preservada. Moléculas compostas por microrganismos, às vezes, são mantidas e nos falam sobre sua presença. Há algumas coisas simples como o carbono, que vêm de diversas formas. E certas atividades metabólicas de organismos, na verdade, imprimem uma assinatura diferente neles. Acontece que, mesmo quando olhamos para essas rochas de mais de, digamos, 600 milhões de anos, e não há esqueletos, não há rastros, ou traços, ou folhas, ou qualquer coisa assim, se observarmos com cuidado, há uma assinatura bem preservada desse mundo microbiano bem mais antigo.
BV — É verdade que já houve um tempo em que não existia oxigênio (O2) na Terra?
Andrew Knoll — Com certeza! É difícil para muitos de nós imaginar um mundo sem oxigênio, porque não duraríamos cinco minutos nele. Mas existem, ainda hoje, vários tipos de bactérias que vivem em ambientes onde não há O2, e algumas delas morrem com a presença desse gás. Quando interrogamos rochas de mais de 2,4 bilhões de anos, a química delas revela-nos que não havia O2. E isso significa que quase metade da história do nosso planeta foi sem ele. O primeiro bilhão de anos ou mais de evolução foi uma biota que existiu na ausência de oxigênio. As rochas revelam-nos claramente que, há cerca de 2,4 bilhões de anos, houve uma mudança no sistema. A atmosfera acumula talvez 1% ou 2% dos níveis de oxigênio atuais. E isso é o suficiente para que haja uma revolução biológica.
BV — O senhor participou de uma missão da NASA (National Aeronautics and Space Administration) em Marte e pôde verificar materiais rochosos desse planeta. As rochas de lá revelam algo sobre a Terra?
Andrew Knoll — Pela primeira vez usando astro móvel, pudemos analisar camadas de rochas sedimentares, assim como fazemos na Terra. E elas nos revelam que Marte tem sido um planeta bastante diferente da Terra durante a maior parte de sua história. Não há evidências de placas tectônicas, esse motor que torna a Terra tão dinâmica. Há pouquíssimo oxigênio, e isso provavelmente vem das próprias reações químicas. Então, de certa forma, quando olhamos para Marte e Vênus, nossos vizinhos mais próximos, as características deles indicam que o nosso orbe é muito distinto e, certamente, há coisas que temos em comum com outros planetas. Mas tudo o que torna a Terra habitável é, de fato, singular.
BV — Como é conectar tantas áreas do conhecimento humano, como a Biologia, a Química, a História, entre outras, para desvendar nossas origens?
Andrew Knoll — É assim que gosto de trabalhar. Sempre que você descobre algo em uma dessas áreas, surgem questões sobre outros setores. Não posso fazer toda a Ciência sozinho. Mas, se eu encontrar provas de alguma mudança biológica, adoraria saber se existe algo associado ao ambiente. Se vou fazer isso, não posso ser apenas um paleontólogo analisando fósseis; tenho que ser um químico e analisar as rochas. E essa tem sido, pelo menos para mim, uma maneira bem satisfatória de olhar para a Terra e a vida. Porque acredito sinceramente que não se pode entender uma dessas coisas sem associá-la a outras.
BV — Nesse longo período, surge o Homo sapiens. Existe uma correlação para o surgimento desse ser cognitivo que é único em nosso sistema?
Andrew Knoll — Existe. Aprendemos bastante sobre nossa própria ancestralidade nos últimos 30 ou 40 anos. Grande parte dela vem da África, há vários trabalhos sobre evolução e clima desenvolvidos nesse continente. Está bem claro que, há cerca de 6 ou 7 milhões de anos, nossa linhagem se separou de nossos parentes mais próximos, os chimpanzés. Com o tempo, nossos ancestrais ficaram cada vez mais parecidos conosco. Eles começaram a andar sobre duas pernas (bipedismo), o que nos torna únicos entre os grandes primatas. Eles começaram a mudar a anatomia do corpo, de modo que se tornaram menos dependentes de subir em árvores e mais aptos a andar. Os dentes mudaram de forma, indicando que a alimentação estava se transformando. Tudo isso aconteceu em uma África que está se tornando mais seca ao longo do tempo. E as pessoas discutem sobre como isso está impulsionando a evolução humana. Mas está bem claro que muitas das características que nos separam dos chimpanzés, por exemplo, realmente surgiram, pelo menos em parte, como adaptações a um mundo mais parecido com uma savana, em vez de um mundo florestal. E outra coisa interessante é que os humanos mais velhos no sentido de nossa própria espécie, Homo sapiens, têm cerca de 300 mil anos... Algo [significante] aconteceu. E podemos discutir sobre há cerca de 45 mil anos, porque naquela época começamos a ver pinturas rupestres incríveis — as mais antigas na Indonésia. Começamos a ver ferramentas novas e mais sofisticadas, assim como diferentes evidências de práticas sociais, funerais etc. Acredita-se que talvez seja quando a linguagem tenha surgido, porque ela passa a ser fundamental para os humanos. E é quase de tirar o fôlego ver o registro dos humanos antes de 45 mil anos e depois; porque, após esse período, começamos a caminhar mais rapidamente em direção à agricultura, às cidades e, mais recentemente, ao tipo de tecnologia que é nossa glória e nosso problema hoje.
BV — Podemos considerar que o tipo de vida na Terra é algo raro?
Andrew Knoll — É difícil para mim acreditar que as condições sob as quais a vida surgiu na Terra sejam únicas no Universo. Como sempre dizem, existem bilhões de estrelas. E o que aprendemos com a Astronomia nas últimas duas décadas é que a maioria das estrelas que podemos observar tem planetas. Deve haver bilhões de planetas por lá. E mesmo que as chances de qualquer um deles dar origem à vida sejam pequenas, quando se tem tantos assim, acho muito provável que haja alguma forma de vida em outro lugar. O problema é: como podemos provar que existem? Essa é uma questão técnica difícil.
BV — Existem grandes questões sobre as quais refletimos ao longo da nossa existência. Entre elas: “De onde viemos? O que estamos fazendo aqui? Para onde iremos?” O seu trabalho pode ajudar a responder a algumas dessas perguntas?
Andrew Knoll — Não sei como as coisas serão daqui a um milhão de anos. Por outro lado, acho que temos uma boa ideia de como será nosso planeta daqui a 100 anos. E isso deveria nos deixar preocupados, porque vivemos em um tempo geologicamente incomum. A Terra está mudando em uma velocidade raramente observada nos registros geológicos. E, quando observada, geralmente é um período em que muitas espécies se tornam extintas. Então, a boa notícia é que nós somos seres inteligentes e tecnologicamente experientes. Se quisermos mudar as coisas, podemos, mas, se não fizermos escolhas corretas, não apenas em nossas vidas pessoais, mas em âmbito governamental, acredito que nossos netos poderão viver em um mundo depauperado, no qual a mudança climática afetará tudo, desde a floresta tropical aos recifes, à agricultura. Se não houver cautela de todos, o mundo no final deste século será muito diferente.
BV — O que pode nos dizer sobre esse momento específico diante das mudanças ambientais da atualidade?
Andrew Knoll — Há várias coisas que podemos fazer como indivíduos. Nesse sentido, provavelmente, consigo pensar mais sobre a vida aqui nos Estados Unidos do que no Brasil, mas há semelhanças. Só de isolar minha casa de uma maneira diferente pode reduzir a energia necessária para aquecê-la ou resfriá-la; optar por comer alimentos cultivados localmente economiza os custos de energia do transporte; fazer escolhas sobre que tipo de carro você dirige, de aparelhos que utiliza, todas essas coisas ajudam. Há também ações que só podem ser feitas quando se tem apoio em grande escala do tipo que o governo pode oferecer. Acho que uma das coisas que prevejo será importante na próxima ou em duas décadas: já existem programas-piloto bem-sucedidos com tecnologia que pode remover o dióxido de carbono do ar. Eles são implementados apenas em uma pequena escala local, e são necessários trilhões de dólares para fazer isso em uma escala maior. Mas isso, na verdade, poderia reverter pelo menos um dos problemas causados pelos seres humanos, porque, como o público deve saber, mudanças como o aquecimento global alteram o pH dos oceanos. E elas ocorrem por causa do aumento do dióxido de carbono. E isso é, em grande parte, causado pela queima de combustíveis fósseis.
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BV — Agradecemos a entrevista, professor. Fique à vontade para deixar sua mensagem final aos nossos leitores.
Andrew Knoll — Espero que todos que estejam lendo minhas palavras busquem aprender mais sobre nosso planeta. O Brasil tem uma história geológica excepcional. E há cientistas muito bons no Brasil que estão trabalhando nessa história. Espero que as pessoas reflitam mais sobre as ações dos seres humanos, que não somos simples e pequenos agentes no sistema da Terra, mas somos agentes dominantes nesse sistema. E espero que, com uma melhor compreensão disso, todos nós, em todos os países, trabalhemos com afinco para garantir que nossos netos tenham um mundo com muitas das alegrias que temos hoje.