Saiba por que doar sangue é um ato de solidariedade

Este simples ato solidário não faz mal à saúde de quem doa e pode salvar até quatro vidas

Da redação

14/06/2022 às 07h35 - terça-feira | Atualizado em 14/06/2022 às 09h13

Neste dia 14 de junho é celebrado o Dia Mundial do Doador de Sangue.  A data é destinada a todos que se manifestam com esse ato de solidariedade humana, sendo essa uma forma de valorizar a doação voluntária.

O tema deste ano é “Doar sangue é um ato de solidariedade. Junte-se a esta causa e salve vidas” e tem o objetivo de chamar a atenção para os papéis que as doações voluntárias de sangue desempenham para salvar vidas e aumentar a solidariedade nas comunidades.

Além disso, este dia oferece uma oportunidade para chamar governos e autoridades nacionais de saúde a fornecer recursos suficientes para aumentar a coleta de sangue doado por voluntários não remunerados e gerenciar o acesso a sangue e transfusões para quem precisa.

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GESTO DE SOLIDARIEDADE

 A necessidade de sangue é universal, mas o acesso a ele é limitado – especialmente em países de baixa e média renda, onde a escassez afeta particularmente mulheres e crianças, pois essas tendem a ser as pessoas que mais precisam de sangue.

Tornar-se um doador de sangue voluntário regular é um passo simples, mas altruísta, que todos podem dar para fortalecer suas comunidades, apoiar os sistemas de saúde locais e salvar vidas.

Nessa assistência àqueles que precisam de ajuda, muitas pessoas de Boa Vontade arregaçam as mangas e se dirigem aos hemocentros do Brasil para doar sangue. Uma delas é o sr. Paulo Roberto Brito que colabora há pelo menos 20 anos. 

Ao Portal Boa Vontade, ele conta que já doou para vários hospitais e postos de coleta. Sua maior motivação é o fato de saber que está salvando vidas. "Sabemos que muitas pessoas precisam de sangue, após sofrerem acidentes ou fazerem algum tipo de cirurgia. É necessário abastecer os bancos de sangue, para que essas pessoas sejam atendidas”. Sabendo que cada doação ajuda a salvar até quatro vidas, imagine o que 20 anos já não fizeram!

Apesar de encontrarmos pessoas que, assim como o sr. Paulo, doam regularmente, temos que ressaltar que a doação voluntária de sangue precisa ser ainda mais praticada. Por essa razão, em 2012, o Ministério reduziu a idade mínima para doação: de 18 para 16 anos (com autorização do responsável). Em 2014, a idade máxima também foi elevada para os 69 anos, fazendo com que o número possível de doadores voluntários aumentasse.

“Vale muito a pena ser doador de sangue, porque a gente se sente muito útil. Só de pensar que estamos salvando vidas! Quando termina a coleta, a gente se sente feliz, aliviado por saber que doou de si algo que pode sempre doar pelo bem de outros. Quando as pessoas começarem a doar, sentirão essa sensação tão boa e não vão querer abandonar a prática”, destaca Paulo Brito. 

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a doação

Embora seja um número absoluto expressivo, no Brasil ainda são muitas as pessoas que desconhecem ou têm dúvidas sobre como doar, fazendo que a quantidade de bolsas de sangue por ano seja baixa, quando comparada à de outros países. A  hematologista Selma Soriano afirmou que "a doação é um ato voluntário, altruísta e de solidariedade. Se as pessoas não se encaminham a um banco de sangue para fazer a sua doação, teremos problema de baixa de estoque e podemos ter, em algumas vezes, dificuldades de atender pacientes que precisam da transfusão".

Ela explicou ainda que, em épocas de chuvas e frio, os bancos ficam em situações críticas, pois geralmente há um aumento nos casos de resfriado ou gripe. "O doador precisa ficar 14 dias afastado dos bancos, [para doar] só quando ele estiver bem. Por isso, qualquer pessoa que tenha tempo disponível pode comparecer a um banco de sangue, de duas a três vezes por ano, e fazer sua doação."

Depois de coletado o sangue, é possível, numa bolsa, obter quatro componentes para o tratamento de diversas doenças. É um procedimento rápido com o qual, numa única doação, o voluntário pode ajudar até 4 vidas. Sendo assim, a sociedade conta com o apoio dos voluntários, que são os heróis do cotidiano, salvando tantas vidas por meio da doação de sangue.

SEJA UM DOADOR

Em seu artigo Doe vida, o jornalista, radialista e escritor Paiva Netto salienta: "A doação de sangue, aplaudível vereda que aproxima o ser humano de sua humanidade, é indispensável em favor de tantos que lutam para sobreviver". Ser doador de sangue é um ato de solidariedade humana, que salva muitas vidas diariamente. Porém, muita gente ainda não faz parte desse time de doadores porque tem algumas dúvidas. E para esclarecer todas e mostrar para você o quanto sua doação faz a diferença, conheça 10 mitos e verdades sobre a doação de sangue e as etapas da doação.

Portal Boa Vontade lembra que existem algumas normas técnicas definidas pelo Ministério da Saúde para a doação. Elas visam à segurança do doador e de quem irá receber o sangue. Antes, todos os candidatos passam por uma entrevista de triagem, que é realizada por um profissional de saúde, em que serão analisados histórico médico, hábitos e condições de saúde do doador. As respostas são confidenciais e a entrevista é feita individualmente, sem a presença de acompanhantes. Após o questionário, é realizada a aferição dos batimentos cardíacos, da pressão arterial e temperatura, além do teste de anemia. Somente após essas etapas é que o candidato estará aprovado para a doação de sangue. Parece um monte de coisa, mas é super fácil, e salva vidas! =)

a data

A data foi criada com o objetivo de: aumentar a conscientização mundial sobre a necessidade de dispor de sangue e produtos sanguíneos seguros para transfusões; destacar a contribuição essencial que os doadores de sangue voluntários e não remunerados fazem aos sistemas nacionais de saúde e; apoiar os serviços nacionais de transfusão de sangue, organizações de doadores de sangue e outras organizações não governamentais no fortalecimento e expansão de seus programas de doação voluntária de sangue por meio do reforço de campanhas nacionais e locais.