06/04/2017 às 07h33 - quinta-feira | Atualizado em 06/04/2017 às 15h04
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Declaração da LBV para a 59ª sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher
Da redação
09/03/2015 às 15h28 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04
Arquivo BVA LBV esteve presente na Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres, ocorrida em Pequim, em setembro de 1995. Além de aos locais oficiais do evento, representantes da Instituição levaram a mensagem dela de Solidariedade Ecumênica a diversos pontos, entre os quais a Muralha da China (1) e escolas públicas na capital chinesa (2).
Afim de contribuir para os debates da 59ª sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW, na sigla em inglês), a ser realizada entre 9 e 20 de março de 2015, na sede das Nações Unidas em Nova York, nos Estados Unidos, a Legião da Boa Vontade — organização da sociedade civil brasileira que, desde 1999, possui status consultivo geral no Conselho Econômico e Social (Ecosoc) — redigiu documento (transcrito a seguir) no qual compartilha suas boas práticas nas áreas da educação e da assistência social. “Pequim+20 (2015)”, tema do encontro, será um excelente momento para fazer um balanço dos avanços e retrocessos ocorridos desde 1995, ano em que houve, na capital chinesa, a Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres, marco na luta pela igualdade de gêneros e pelo fim da discriminação contra meninas e mulheres.
A desigualdade de gênero persiste, apesar do expressivo progresso socioeconômico de grande parte dos países nos últimos vinte anos. A urgência por maiores avanços estimula a nós, da Legião da Boa Vontade (LBV), na qualidade de organização da sociedade civil, a desenvolver programas educacionais e de assistência social em prol de famílias e comunidades os quais repensem e discutam os padrões culturais existentes, para serem mais inclusivos sob uma perspectiva de gênero e etnia.
Para a LBV, a manutenção desse quadro de desigualdade ocorre porque as raízes da situação ainda não foram eliminadas: o despreparo de milhões de pessoas para o autoconhecimento e o convívio com a diversidade. São questões complexas e delicadas, que não podem ficar em segundo plano, pois requerem, já, políticas públicas eficazes. Por isso, é necessário reeducar os indivíduos para incluí-los, e, assim, transformar e confraternizar a sociedade como um todo. É o que buscamos desenvolver em 150 cidades que contam com a atuação da LBV do Brasil, da Argentina, da Bolívia, dos Estados Unidos, do Paraguai, de Portugal e do Uruguai.
(1) Durante a Reunião de Alto Nível do Ecosoc em 2013, em Genebra, na Suíça, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, é saudado por Adriana Rocha, da LBV, enquanto recebe a edição especial da BOA VONTADE em inglês. Atencioso, folheou a publicação e reafirmou seu apreço pelo trabalho da Instituição. (2) Juan Manuel Santos Calderón (D), presidente da Colômbia, com o representante da LBV Danilo Parmegiani. Em Genebra, Calderón discursou na Sessão Substantiva do Ecosoc. (3) Receberam as recomendações da LBV em inglês a nigeriana Amina J. Mohammed (C), conselheira especial da ONU para o Planejamento de Desenvolvimento pós-2015, e a neozelandesa Helen Clark (D), administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Ao lado delas, Noys Rocha, da LBV.
EDUCAÇÃO: PLATAFORMA PARA O DESENVOLVIMENTO INCLUSIVO
A educação deve ser estruturada como plataforma transformadora, conforme defende o educador brasileiro José de Paiva Netto, diretor-presidente da LBV, em artigos publicados na imprensa desde a década de 1980 e reunidos no livro É Urgente Reeducar!, que fundamenta a proposta educacional da Instituição. “No ensino reside a grande meta a ser atingida, já! E vamos mais longe: ‘somente a Reeducação, até mesmo dos educadores’, como preconizava Alziro Zarur (1914- 1979), saudoso fundador da Legião da Boa Vontade, pode garantir-nos tempos de prosperidade e harmonia. É urgente reeducar-se para poder reeducar. (...) Enquanto não prevalecer o ensino eficaz por todos os de bom senso almejado, qualquer nação padecerá o cativeiro das limitações que o despreparo lhe impõe” (Paiva Netto, 2010).
A essa concepção alinha-se o Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre Educação para o Século 21: “Devemos cultivar, como utopia orientadora, o propósito de encaminhar o mundo para uma maior compreensão mútua, mais sentido de responsabilidade e mais solidariedade, na aceitação das nossas diferenças espirituais e culturais. A educação, permitindo o acesso de todos ao conhecimento, tem um papel bem concreto a desempenhar no cumprimento dessa tarefa universal: ajudar a compreender o mundo e o outro, a fim de melhor se compreender” (Delors, 1996).
Escolas da LBV do Brasil e de outros países da América Latina.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) preconiza quatro pilares da educação, acrescidos de um quinto pilar na temática do desenvolvimento sustentável. Os países têm obtido notáveis avanços em dois dos cinco pilares (“Aprender a conhecer” e “Aprender a fazer”), de carátermais técnico, criando padrões e estratégias avaliativas em âmbito nacional ou mesmo internacional, entre os quais o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Programme for International Student Assessment — Pisa), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os outros três pilares (“Aprender a ser”, “Aprender a conviver” e “Aprender a transformar”) visam justamente prover os indivíduos dessas capacidades reflexivas e socioambientais.
Com os pilares de caráter mais holístico e social, contudo, os resultados gerais apresentam-se de forma mais difusa, subjetiva e não instrumentalizada. Nesse sentido, nossa experiência de mais de seis décadas de existência pode trazer grande contribuição para a sociedade, considerando que temos alcançado números crescentes a cada ano. Somente em 2013, somando as cifras dos sete países onde esse trabalho é realizado, prestamos mais de 12 milhões de atendimentos e benefícios a populações em situação de vulnerabilidade social.
Com esse enfoque, nossos educadores desenvolveram diretrizes curriculares para a educação básica partindo da premissa de que cada pessoa deve ser vista como um ser integral, ou seja, um ser espírito-biopsicossocial. Abrangente, essa proposta pode ser aplicada nas mais diversas realidades socioculturais. O ensino de nossa rede educacional não é confessional, e nossos alunos vêm de famílias das mais variadas crenças religiosas e não religiosas.
Os conteúdos pedagógicos são organizados a partir das necessidades sociais, cognitivas e espirituais de cada faixa etária, em diálogo com os pilares da educação propostos pela Unesco e com os parâmetros curriculares nacionais dos países. São definidos temas geradores específicos para cada série/ano, os quais se desdobram em abordagens trimestrais.
Na LBV, o indivíduo em suas diferentes fases da vida é respeitado e valorizado em seus potenciais e história de vida.
Essa proposta também se articula com ações de amparo à família. Promovemos a alocação de equipes multidisciplinares (formadas por psicopedagogos, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais) nas escolas. Tudo isso contribui para a manutenção, na rede educacional da Legião da Boa Vontade, de ótimos níveis de desempenho, de índice zero deevasão escolar e de ambientes livres da drogadição e da violência.
Os eixos temáticos são trabalhados em profundidade na disciplina Cultura Ecumênica e abordados de forma transversal nas demais. Para isso, encontros para capacitação, alinhamento e troca de experiências e de referências pedagógicas entre os professores são realizados antes de cada ciclo pedagógico trimestral.
A equipe pedagógica define objetivos operacionais e/ou atitudinais apropriados para cada faixa etária. Em síntese, alguns dos conteúdos propostos são:
• investigar o sentido da vida, observando as diversas abordagens culturais, sociais e espirituais do tema, inferindo as múltiplas qualidades humanas que não se restringem às circunstâncias materiais de cada indivíduo;
• compreender aspectos da própria identidade, inferir a necessidade humana de cooperação e investigar o papel da amizade e da espiritualidade na conquista do bem- -estar pessoal e coletivo;
• conceituar “liberdade” e relacionar a conquista desta à prática da responsabilidade e da caridade, em seu sentido amplo de solidariedade e altruísmo;
• analisar os sentidos de felicidade, percebendo a relação desta com a prática do ecumenismo e da caridade para a construção da Cultura de Paz;
• conhecer a si, compreendendo a necessidade de viver em grupo (família/ comunidade) e a importância dos bons relacionamentos;
• reconhecer-se como ser único, dotado de qualidades e talentos, que devem ser compartilhados, para ser multiplicados;
• identificar-se com o próximo, exercitando a solidariedade, o respeito e a amizade;
• conhecer o valor da religiosidade, percebendo os valores e caminhos construídos pela Humanidade em busca da própria origem espiritual; destacar a importância do companheirismo e das boas ações para o fortalecimento da cidadania solidária.
A LBV considera fundamental preservar a autonomia de todas as escolas, cabendo aos pais ou responsáveis escolher que tipo de educação querem proporcionar a crianças e adolescentes. Porém, alerta para o fato de que, de forma geral, a minoria das famílias tem o privilégio de exercer esse direito. Há, também, o risco de essa postura representar um incentivo tácito a uma formação exclusivamente conteudista — voltada fortemente à preparação dos estudantes para os mercados acadêmico e profissional, o que é necessário —, mas superficial sob o ponto de vista dos desafios socioambientais que temos a enfrentar. Nesse contexto, as famílias mais pobres, cujos pais geralmente têm formação educacional insuficiente, e as crianças, carga horária escolar reduzida, são penalizadas pelos efeitos deletérios da publicidade infantil e de conteúdos midiáticos que pouco ou nada agregam para mudanças em sua realidade, os quais, muitas vezes, reforçam preconceitos e estereótipos existentes, até mesmo quanto aos papéis de gênero e ao lugar das diferentes etnias na sociedade.
Para nós, da Legião da Boa Vontade, “a mídia igualmente tem essencial papel na Educação, em particular com as crianças. O que se vê hoje é a deseducação da infância, pela violência, pela pornografia, pela falta de uma estrutura de valores e princípios que levem à segurança íntima diante dos desafios de um mundo em constante transformação. E a base infantil periclitante se desdobra pela adolescência e pelos tempos de adulto. Uma lástima!” (Paiva Netto, 2010).
ESTUDANTES DA BOA VONTADE PELA PAZ
Para fomentar a abordagem aprofundada de temas de relevância social, a exemplo da igualdade de gênero, em escolas que não integram nossa rede, criamos o programa Estudantes de Boa Vontade pela Paz. Essa tecnologia social é aplicada em estabelecimentos de ensino de regiões de baixa renda dos Estados Unidos, reúne educadores da Legião da Boa Vontade e de escolas públicas parceiras e consiste em integrar projetos de cunho ético ao currículo delas, levando crianças e adolescentes participantes a melhorar o desempenho acadêmico e a desenvolver atitudes de liderança solidária.
O programa segue nossa linha pedagó- gica (detalhada a seguir), que possui uma metodologia própria, o Maprei (Método de Aprendizagem por Pesquisa Racional, Emocional e Intuitiva). Ele é composto de seis etapas, as quais foram condensadas em três fases: Mobilização e Engajamento; Desenvolvimento de Atividade Colaborativa; e Apresentação de Resultados e Internalização Individual. Os alunos dedicam- -se em diferentes projetos, debatendo e, sobretudo, “colocando a mão na massa” em atividades externas, que impactam a comunidade deles.
Na conclusão de cada ciclo, uma grande assembleia reúne os estudantes, familiares destes e os educadores da escola. Os resultados dos projetos desenvolvidos são apresentados a todos, e, em seguida, promovemos uma cerimônia de diplomação e reconhecimento, na qual cada aluno ganha uma insígnia, afirmando a continuidade de seu compromisso com a causa em questão.
Os níveis de participação dos estudantes, assim como a aplicação de questionários estruturados pré e pós-projeto, fornecem indicadores para o monitoramento desse trabalho. Os bons resultados apontam melhoria no desempenho acadêmico de todos os alunos, além de favorecer um ambiente escolar livre de violência. Em 2014, a LBV dos Estados Unidos recebeu reconhecimento oficial da prefeitura de Orange, em Nova Jersey, em virtude dos resultados alcançados pelo programa.
LINHA PEDAGÓGICA
A proposta educacional à qual Paiva Netto se tem dedicado propõe um modelo novo de aprendizado, aliando “Cérebro e Cora- ção”. Aplicada, com sucesso, na rede socioeducacional da Legião da Boa Vontade, possui fundamentalmente dois segmentos:
• a Pedagogia do Afeto, cujo enfoque é sobre as crianças de até os 10 anos de idade e a qual une sentimento ao desenvolvimento cognitivo destas, de forma que o carinho e o afeto permeiem todo o conhecimento e os ambientes da vida delas, incluído o escolar;
• a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, ou Cidadão Solidário, cujo enfoque nos adolescentes e adultos dispõe o indivíduo a buscar o exercício pleno da Cidadania Planetária.
É oportuno mencionar que a linha pedagógica da LBV “fundamenta-se nos valores oriundos do Amor Fraterno, trazido à Terra por diversos luminares, destacadamente Jesus, o Cristo Ecumênico, portanto, universal, o Divino Estadista” (Paiva Netto, 2010). Ressalte-se que o termo “Ecumê- nico” é utilizado pela LBV na acepção etimológica, significando “de escopo ou aplicabilidade mundial; universal”, e não restrita ao âmbito religioso.
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Ao lado das frentes de ação de caráter educacional preventivo, mantemos outros programas socioassistenciais majoritariamente voltados a mulheres que hoje vivenciam situações de vulnerabilidade e/ou de violação de direitos (conforme a demanda de cada território), atingindo todas as faixas etárias com diferentes objetivos (convivência e fortalecimento de vínculos, inclusão produtiva, maternidade saudável e protagonismo social).
Promovemos atendimentos individualizados e oficinas, que capacitam as participantes a exercer seus direitos, fortalecendo a autonomia delas para a construção ou reconstrução de projetos de vida individuais, familiares e comunitários. Diariamente, milhares de histórias são reescritas.
Assim, reafirmamos nosso compromisso com a causa da igualdade de gênero. Como organização da sociedade civil brasileira, a LBV sente-se honrada por ter participado desta ação contínua e coletiva desde a Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres, em Pequim, na China. Colocamo-nos à disposição para colaborar com organizações e governos interessados em reaplicar nossas tecnologias sociais nos campos da assistência social, da educação e da comunicação social.
09/03/2015 às 12h57 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04
Nesta segunda-feira, 9, foi sancionada a Lei do Feminicídio. A iniciativa transforma em crime hediondo o assassinato de mulheres vítimas de violência doméstica ou de discriminação de gênero. A Lei 8305/14, que foi aprovada pela Câmara dos Deputados na última terça-feira, 3, modifica o Código Penal para incluir o crime de assassinato de mulher por razões de gênero entre os tipos de homicídio qualificado.
As penas podem variar de 12 a 30 anos de prisão, dependendo dos fatores considerados. Além disso, se forem cometidos crimes relacionados, as penas poderão ser somadas, aumentando o total de anos que o criminoso ficará atrás das grades.
Para a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, a aprovação do projeto representa avanço político, legislativo e social. “Temos falado há muito tempo da importância de dar um nome a esse crime. A aprovação coloca o Brasil como um dos 16 países da América Latina que identificam o crime com nome próprio”, afirmou.
A secretária-geral da Comissão da Mulher Advogada na Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal, Aline Hack, considera a tipificação do feminicídio um novo marco na busca dos direitos da mulher. Para ela, a promulgação da Lei Maria da Penha, em 2006, foi a primeira conquista da luta feminina para a redução da violência de gênero.
____________________________________ *Com informações da Agência Brasil.
ENTREVISTA EXCLUSIVA: diretora-executiva da ONU Mulheres fala à revista BOA VONTADE
Da redação
08/03/2015 às 08h50 - domingo | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04
Marco GrobPhumzile Mlambo-Ngcuka
Desde que assumiu, há quase dois anos, a diretoria-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka tem conduzido a entidade com toda a sua experiência na questão dos direitos femininos, forte liderança estratégica e prática administrativa. Em maio de 2014, durante o lançamento da campanha internacional Pequim+20 — cujo lema é “Empoderar as Mulheres. Empoderar a Humanidade. Imagine!” —, ela ressaltou que os povos vivem um momento sem precedentes na História, em que se faz um esforço coletivo para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) até 2015 e para definir o próximo conjunto de metas mundiais: os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Por isso, enfatizou: “Devemos aproveitar esta oportunidade única, uma em cada geração, para posicionar a igualdade de gênero, os direitos das mulheres e o empoderamento das mulheres firmemente no centro da agenda global”.
No currículo, Phumzile coleciona passagens marcantes pela política da África do Sul, seu país natal, tendo sido a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-presidente, de 2005 a 2008. Tornou-se membro do Parlamento em 1994 e presidiu o Comitê de Serviço Público. Também foi vice-ministra do Departamento de Comércio e Indústria (1996- 1999), ministra de Minas e Energia (1999-2005) e ministra interina de Artes, Cultura, Ciência e Tecnologia (2004). Em 2008, criou a Fundação Umlambo, com o intuito de dar suporte a escolas em áreas pobres da África do Sul, prestando-lhes orientação e treinamento de professores, e da República do Malawi, ajudando a ocasionar melhorias nos estabelecimentos de ensino por meio do apoio de parceiros locais.
Em entrevista exclusiva à revista BOA VONTADE, a diretora-executiva falou, entre outros assuntos, do 20º aniversário da Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres — ocorrida em 1995, em Pequim, na China —, a ser celebrado quando da 59a Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW, na sigla em inglês), que será realizada entre 9 e 20 de março deste ano, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, nos Estados Unidos. De acordo com ela, este é o momento ideal para caminhar audaciosamente rumo à igualdade de gênero e ao empoderamento feminino, encurtando, assim, o prazo para a consolidação da Plataforma de Ação de Pequim, a fim de que mulheres e meninas tenham realmente direitos iguais aos do gênero masculino, liberdade e plenas oportunidades em todos os setores da vida.
BOA VONTADE — Desde a Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres, quais foram os principais avanços na luta pela igualdade?
Mlambo-Ngcuka — Demos passos importantes nos últimos vinte anos. Há maior conscientização para a necessidade de as mulheres estarem em pé de igualdade em todas as esferas de participação política e socioeconômica. Novas leis e políticas foram adotadas para promover a igualdade de gênero em todos os âmbitos das atividades pública e privada. Avanços significativos foram feitos na agenda mundial de políticas no que tange a envolver globalmente as mulheres nas iniciativas de paz e segurança. Estamos perto de atingir paridade de gênero no ensino básico, e, na maioria das regiões, atualmente há mais mulheres matriculadas em universidades do que homens. Apesar dessas conquistas, (...) uma em cada três mulheres é vítima de violência sexual ou já sofreu maus-tratos por parte do parceiro. Elas continuam carregando o fardo do trabalho doméstico não remunerado e permanecem completamente sub-representadas nas tomadas de decisão, tanto na esfera pública quanto no setor privado. As mulheres ainda recebem de 10% a 30% menos do que os homens, estão concentradas em trabalhos vulnerá- veis e informais, e somente um em cada cinco parlamentares é mulher.
BV — Qual é a maior preocupação da agenda da ONU Mulheres para o desenvolvimento pós-2015?
Mlambo-Ngcuka — Apesar de os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio terem impulsionado progressos significativos, atraído a atenção mundial e desencadeado ações em todo o globo, os resultados desiguais obtidos não foram muito longe na resolução de questões estruturais importantes. Por exemplo, o ODM sobre igualdade de gê- nero e autonomia feminina não abordou questões como o direito da mulher de ter propriedades, a divisão desigual das responsabilidades de cuidar da família e do trabalho doméstico, a saúde e os direitos sexuais e reprodutivos da mulher, a violência contra meninas e mulheres e a baixa participação feminina nas tomadas de decisão em todos os níveis. O Fórum Econômico Mundial estima que, no atual ritmo de progresso, a igualdade de gênero, em termos de oportunidade e participação econômica, só se tornará realidade daqui a oitenta e um anos. Não podemos esperar tanto. Os governos precisam lidar de maneira abrangente com essas questões estruturais, para que a igualdade de gênero possa concretizar-se até 2030. A ONU Mulheres, portanto, defende o objetivo, independentemente da agenda de desenvolvimento pós- -2015 de atingir a igualdade de gênero e de integrá-la a todas as outras áreas e objetivos prioritários, com metas e indicadores bem definidos.
BV — Fazendo uma análise dos 20 anos da Plataforma de Ação de Pequim e dos 15 anos da Cúpula do Milênio, o que precisa ser diferente para que os países alcancem a paridade de gênero?
Mlambo-Ngcuka — Temos uma enorme lacuna a preencher se quisermos atingir o objetivo de viver em um mundo sem desigualdade de gênero. Normas sociais discriminatórias profundamente enraizadas ainda persistem, bem como estereótipos e práticas que impedem esse progresso. Em algumas das regiões do mundo (...), temos de trabalhar ainda mais arduamente a fim de apoiar a criação de espaços seguros para as meninas irem à escola e assumirem papéis profissionais e para as mulheres se candidatarem a cargos políticos sem medo de violência e/ou intimidação. (...) Todas as áreas do governo devem responsabilizar-se e prestar contas da implementação das medidas de igualdade de gênero: dos vilarejos às cidades, do chão da fábrica aos corredores do poder. As leis existentes devem ser cumpridas, e, nos casos em que não haja leis, estas devem ser criadas. Os 128 países que têm pelo menos uma diferença legal entre mulheres e homens devem rever suas leis. Temos de redefinir o que chamamos de progresso e elevar nossas expectativas para dar saltos audaciosos, e não pequenos passos incrementais. Em setembro, vamos pedir a cada chefe de Estado que se comprometa com um plano de ação, um roteiro para um futuro melhor no que tange às mulheres, que indique como serão disponibilizados recursos para os novos compromissos.
BV — Qual é o papel da América do Sul nesse contexto?
Mlambo-Ngcuka — A região da Amé- rica Latina e do Caribe é inspiradora em muitos aspectos. Há notáveis mulheres que são chefes de Estado e presidentes; por exemplo, na Argentina, no Brasil e no Chile, país este que tem como presidente Michelle Bachelet, minha antecessora na ONU Mulheres. A região tem os mais altos níveis de representação feminina no Parlamento, com 26%. Também foi a primeira região a aprovar um documento obrigatório para prevenir, punir e erradicar a violência contra meninas e mulheres: a Convenção de Belém do Pará, de 1994. Essa poderosa convenção serviu de base para o documento da Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Domésti-ca, [mais conhecida como] a Convenção de Istambul, que entrou em vigor no ano passado. A América Latina e o Caribe deram passos significativos rumo à indenização de vítimas de violência sexual em conflitos, à paz e à segurança. Na Colômbia, por exemplo, a sociedade civil, apoiada pela ONU Mulheres, conseguiu defender, com sucesso, uma análise de gêneros mais firme e uma maior representação feminina nas conversações de paz entre o governo e as Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia].
BV — A LBV defende a necessidade de as questões de gênero serem reforçadas nos currículos escolares. Em sua opinião, qual seria a melhor estratégia para tornar as práticas educacionais mais sensíveis a essa questão?
Mlambo-Ngcuka — Parabenizo a Legião da Boa Vontade pela ênfase que dá ao fortalecimento da sensibilidade de gênero nas práticas educacionais. Como vocês, eu acredito firmemente que as perspectivas de gênero devem ser reforçadas na educação. (...) Como fazer isso de modo que haja um impacto amplo e sustentá- vel? Fortalecer a sensibilidade de gênero na educação não quer dizer acrescentar um componente de gênero a processos e estratégias que são inerentemente tendenciosos nesse sentido. Por exemplo, não é suficiente aumentar o número de professoras se não houver iniciativas para transformar a maneira como ensinam e para revisar o currículo, a fim de que se ofereçam oportunidades de aprendizagem iguais para ambos os sexos. Da mesma forma, aumentar a matrícula de meninas em cursos que continuam voltados aos interesses dos meninos é algo que não vai levar aos resultados desejados. Devemos revisar nossos currículos e métodos de ensino, oferecer instalações escolares que atendam às necessidades de meninas e meninos e garantir a segurança e a proteção das meninas na educação. Também precisamos encontrar maneiras de ensinar ciência, tecnologia, engenharia e matemática (áreas conhecidas como STEM, na sigla em inglês) que sejam adequadas para elas, de modo que, ao saírem da faculdade, estejam preparadas para concorrer em um mercado [de trabalho] cada vez mais voltado a empregos em ciência e tecnologia. Isso é fundamental se quisermos manter o interesse de meninas e mulheres na educação, a fim de que elas permaneçam matriculadas por maior tempo e se formem com habilidades relevantes.
Galeria de Fotos: Mulheres que marcaram a História
Da redação
07/03/2015 às 16h14 - sábado | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04
Mulheres que marcaram a História
Eleanor Roosevelt (1884-1962) foi grande defensora dos direitos humanos. Primeira-dama dos Estados Unidos de 1933 a 1945 e viúva do presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt (1882-1945), comandou, desde janeiro de 1947, o Comitê dos Direitos Humanos, reunido pela ONU, até a adoção dos 30 artigos em dezembro de 1948. Considerada a força motriz do projeto, Eleanor ainda liderou um grupo com 18 integrantes de diferentes formações culturais, políticas e religiosas, elaborando o que ficou conhecido como o “Rascunho de Genebra”, em setembro de 1948, apresentado e submetido à aprovação dos mais de 50 países membros.(Foto: Reprodução BV)Chamada por alguns de "a Redentora", a Princesa Isabel (1850-1991) assinou a Lei Áurea que aboliu a escravidão no Brasil, enquanto regente do Império Brasileiro. Ela ainda defendeu a indenização de ex-escravos, a reforma agrária e a oportunidade das mulheres expressarem suas opiniões. Foi a terceira chefe de Estado e chefe de Governo brasileira após sua avó, Leopoldina, e sua trisavó, Maria I.Ativista dos direitos humanos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Irena Sendler (1910-2008) contribuiu para salvar mais de 2.500 vidas ao conseguir que várias famílias cristãs escondessem filhos de judeus no seio do seu lar e ao levar alimentos, roupas e medicamentos aos afetados pelo regime nazista.Rosa Parks (1913-2005) foi uma costureira negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Ficou famosa, em 1º de dezembro de 1955, por ter recusado frontalmente a ceder o seu lugar no ônibus a um branco, o que favoreceu o início da luta antissegregacionista. Enfermeira inglesa nascida na cidade italiana de Florença, Florence Nightingale (1820-1910) desenvolveu um importante trabalho de assistência aos enfermos e de organização da infra-estrutura hospitalar durante a guerra da Criméia (1854 -1856). Helen Adams Keller (1880-1968) foi a primeira pessoa surda e cega a conquistar um bacharelado. Tornou-se uma célebre escritora, filósofa, conferencista e ativista social estadunidense. Personagem famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das pessoas com deficiência. Irmã Dulce (1914-1992), também conhecida como "Dulce dos Pobres" e "o Anjo Bom da Bahia", foi uma religiosa católica brasileira que ganhou notoriedade por suas obras de caridade e de assistência aos pobres e necessitados. Dado à importância de seu trabalho, até hoje exercido por sucessores e admiradores, foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz no ano de 1988 pelo então presidente do Brasil, José Sarney. Também conhecida como Baronesa Thatcher, Margaret Thatcher (1925-2013) foi uma política britânica, primeira-ministra do Reino Unido de 1979 a 1990 — uma época de crescente tensão racial no Reino Unido e problemas financeiros para o Estado. Conduziu a situação com firmeza e ficou conhecido por ser uma das poucas mulheres no comando de uma potência.(Foto: gov.uk)Maria da Penha Maia Fernandes é uma biofarmacêutica brasileira que tornou-se líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres. Após sofrer violência doméstica, seu caso favoreceu que em 7 de agosto de 2006 fosse sancionada pelo então presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei Maria da Penha, na qual há aumento no rigor das punições às agressões contra a mulher, quando ocorridas no ambiente doméstico ou familiar. (Foto: Divulgação)Representação do quadro da Virgem Maria, presente de Giacomitti a Paiva Netto. Foi um exemplo de abnegação e força, estando ao lado do Divino Amigo da Humanidade, Jesus, em momentos cruciais de Sua Primeira Vinda Visível à Terra.
Madre Teresa de Calcutá (1910-1997) foi uma religiosa católica naturalizada na Índia. Considerada por alguns a missionária do século 20, fundou a congregação "Missionárias da Caridade", ajudando os mais necessitados por meio de cuidados com a saúde, alimentação, entre outros.
Inezita Barroso volta à Pátria Espiritual e deixa legado à cultura brasileira
Da redação
08/03/2015 às 23h10 - domingo | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04
Em 2009, Inezita Barroso recebeu, pela passagem de seu aniversário de 84 anos, a homenagem dos alunos da LBV em São Paulo.
Na noite deste domingo, 8, a cantora e apresentadora de TV Inezita Barroso, grande expoente da música sertaneja, voltou à Pátria da Verdade aos 90 anos — completados na última quarta-feira, 4. Ela estava internada em um hospital da capital paulista desde o dia 19 de fevereiro.
Inezita Barroso, nome artístico de Ignez Magdalena Aranha de Lima, nasceu no bairro da Barra Funda, em São Paulo, em 4 de março de 1925. Adotou o sobrenome Barroso ao se casar, em 1947, aos 22 anos, com o advogado cearense Adolfo Cabral Barroso. Sua paixão pela música e literatura foram as razões para ser cantora, atriz, instrumentista, folclorista, professora e doutora Honoris Causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa, Portugal.
Fez carreira no rádio e na televisão, além de passagens pelo cinema e teatro, onde atuou e produziu espetáculos musicais. Seu destaque maior nas últimas décadas foi como apresentadora do programa “Viola, Minha Viola”, da TV Cultura, no qual promoveu, durante 35 anos, a música sertaneja de raiz — seu maior legado.
Ao todo, foram 62 anos de carreira, com mais de 80 discos gravados e importantes premiações, entre elas: "Troféu Roquette Pinto", como Melhor Cantora de Rádio; "Prêmio Guarani", como Melhor Cantora em Disco, além do "Prêmio Saci" de cinema.
PARCEIRA DA LEGIÃO DA BOA VONTADE
Inezita Barroso foi grande admiradora e apoiadora do trabalho desenvolvido pela Legião da Boa Vontade (LBV), que há mais de seis décadas trabalha por “um Brasil melhor e uma humanidade mais feliz”. Exemplo disso foi quando apoiou a campanha SOS Nordeste, em 1998. Na oportunidade, declarou à Super Rede Boa Vontade de Comunicação: “Meu apoio [à campanha] é incondicional. É uma coisa muito humana, muito bonita. Devemos dar às mãos aos nossos Irmãos e a LBV tem feito isso brilhantemente”.
Inezita Barroso
Inezita é entrevista pela Super Rede Boa Vontade de Comunicação durante o 1º Congresso Brasileiro de Direito Coletivo do Trabalho em 1986. (Foto: Rogério Boni)Inezita é entrevista pela Super Rede Boa Vontade de Comunicação durante o 1º Congresso Brasileiro de Direito Coletivo do Trabalho em 1986 (Foto: Rogério Boni)Em 2006, a apresentadora participou de uma entrevista na Boa Vontade TV. (Foto: Cida Linares)Durante a entrevista, fez questão de registrar sua visita à Super Rede Boa Vontade de Comunicação posando com o livro As Profecias Sem Mistério, do escritor Paiva Netto. (Foto: Cida Linares)Inezita durante entrevista à Boa Vontade TV, na qual rememorou fatos marcantes de sua carreira. (Foto: Reprodução BVTV)Em 2009, Inezita Barroso recebeu, pela passagem de seu aniversário de 84 anos, a homenagem dos alunos da LBV em São Paulo.
Em 19/11/1984, durante o programa Viola, Minha Viola, a apresentadora Inezita Barroso gentilmente recebeu um exemplar do LP Negrada — Jesus, O Grande Libertador, do compositor Paiva Netto. (Foto: Airton Raniel)
Em 2006, ano em que o dirigente da LBV, José de Paiva Netto, completou 50 anos de trabalho na Instituição, a cantora foi entrevistada pela Boa Vontade TV. Na oportunidade, afirmou: “é um grande homem à frente de uma grande Obra. Ele se dedicou muito, mas muito, a tudo isso que é tão bonito, tão família e tão Brasil. Quero mandar um grande abraço a ele. [Paiva Netto], parabéns pelo seu trabalho e continue”.
Ao Espírito Eterno de Inezita Barroso, a Legião da Boa Vontade e seu diretor-presidente, José de Paiva Netto, dedicam as mais sinceras vibrações de Paz, extensivas aos seus familiares, amigos e admiradores de sua carreira.
Revista BOA VONTADE Mulher discute o papel da educação para a igualdade de gênero
Da redação
05/03/2015 às 10h15 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04
O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, traz à nossa memória a lembrança dos sacrifícios e desafios enfrentados por essas guerreiras, ao longo dos anos, na luta por seus direitos. Nessa semana de festejos, a revista BOA VONTADE Mulher, publicação especial da Legião da Boa Vontade (LBV), mostra o quanto ainda é preciso trabalhar pela valorização feminina e como a sua presença, nos mais variados postos da sociedade, influencia o desenvolvimento das nações.
A nova edição será lançada durante a 59ª Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW, na sigla em inglês), que ocorre entre os dias 9 e 20 de março, na sede das Nações Unidas em Nova York, EUA. O evento marca os 20 anos da Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres, realizada pela ONU em 1995, na capital da China, e tem como objetivo mensurar avanços e envolver governos e sociedade civil na consolidação da Plataforma de Ação de Pequim, que, há duas décadas, já desenhava os caminhos rumo à igualdade de gênero e ao empoderamento da mulher.
Nesta revista (disponível em português, inglês, francês e espanhol), a LBV apresenta recomendações de boas práticas sociais, com base em seu trabalho solidário, em diversas frentes de ação e de maneira integrada, nas áreas da educação, capacitação profissional, sustentabilidade e comunicação, que fazem com que mulheres e meninas atendidas pela Instituição tenham a oportunidade de construir um futuro melhor dentro da perspectiva da Cultura de Paz.
Um dos destaques deste número é o texto “Beijing+20 (2015)”, do jornalista José de Paiva Netto, dirigente da LBV, que realça o papel feminino na evolução da humanidade. Nele, o autor afirma: “Não se pode conceber qualquer empreendimento que vise à solução dos males terrestres sem a participação efetiva das mulheres”.
Sâmara MalamanDurante a 58ª sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher, ocorrida em 2014, a diretora-executiva da ONU Mulheres, sra. Phumzile Mlambo-Ngcuka, recebeu as recomendações da LBV, em inglês, das mãos de Adriana Rocha (D), representante da Instituição no evento.
A edição ainda traz uma entrevista exclusiva com a diretora-executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, que tem conduzido a entidade com forte liderança estratégica e prática administrativa. Para ela, são necessários medidas de urgência e esforço global consistentes, a fim de que mulheres e meninas tenham realmente a igualdade de direitos com os homens respeitada, além de liberdade e plenas oportunidades para todos os setores da vida.
Adquira seu exemplar físico pelo telefone 0300 10 07 940 (custo de ligação local + impostos) ou a versão digital por meio do aplicativo gratuito da BOA VONTADE para iOS e Android.
Nível do Rio Acre passa dos 18 metros, e cheia afeta mais de 70 mil pessoas
Da redação
04/03/2015 às 18h36 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04
Angela Peres/Agência de Notícias do Acre
Áreas atingidas por cheia em Xapuri, no Acre
A cheia doRio Acre obrigou mais de sete mil pessoas da capital acriana, Rio Branco, a se instalarem nos 29 abrigos disponíveis no município. De acordo com o último balanço do Governo do Estado, o nível do rio chegou aos históricos 18,18 metros, segundo medição feita às 15h dessa terça-feira, 3. Ao todo, mais de 70 mil pessoas de 40 bairros da capital foram afetadas de alguma forma pela cheia, fazendo com que o Acre permaneça em estado de Calamidade Pública.
Na semana passada, a capital e os municípios Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri tiveram situação de emergência reconhecida pela Defesa Civil em razão de inundações causadas pelas fortes chuvas no Estado.
Segundo a assessoria de imprensa do Governo do Acre, as águas já estão baixando e, agora, é necessário reorganizar o ambiente para os moradores que, aos poucos, estão voltando para casa.
TRANQUILIDADE EM JESUS
Diante da situação, o desespero ou desânimo não devem prevalecer. Para amenizar o teor das dificuldades a serem enfrentadas pela população local, o Portal Boa Vontade dedica aos acrianos a bela "Prece para Ter Tranquilidade", composição de Paiva Netto constante no Oratório O Mistério de Deus Revelado. Esperamos que a melodia e letra desta bela Música Legionária, inspiradas em Jesus, o Divino Amigo em Quem podemos confiar, tranquilizem todos que passam por este momento desafiador.
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*Com informações da Agência Brasil.
Mundo sertanejo se despede de José Rico, da dupla com Milionário
Da redação
03/03/2015 às 18h52 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04
Dupla sertaneja Milionário e José Rico (de óculos).
Nesta terça-feira, 3, o cantor sertanejo José Rico, da dupla com Milionário, retornou à Pátria Espiritual aos 68 anos. Ele estava internado desde segunda-feira, 2, em um hospital da cidade de Americana, no interior de São Paulo, onde morava.
José Alves dos Santos, que adotou o nome artístico José Rico, nasceu em São José do Belmonte, PE, em 20 de junho de 1946. Foi em São Paulo que conheceu o companheiro de dupla Milionário, chamado Romeu Januário de Matos. O duo ficou conhecido como "gargantas de ouro". A dupla, formada no início dos anos 70, ganhou popularidade com o tempo. Milionário & José Rico se consolidaram nos anos 80 como uma das duplas mais importantes da música sertaneja brasileira.
José Rico foi um grande admirador da Legião da Boa Vontade (LBV) e de seu dirigente, José de Paiva Netto. Numa entrevista àSuper Rede Boa Vontade de Comunicação(Rádio, TV, Internet e Publicações), assim se expressou sobre o trabalho da Instituição: “A gente acompanha sempre e vemos os benefícios que são feitos com relação aos carentes. Isso é importante. Eu só quero parabenizar a Legião da Boa Vontade, o Paiva Netto, por essa iniciativa e por essa Pregação que vale a pena, já que todos nós precisamos”.
A Legião da Boa Vontade e seu diretor-presidente, José de Paiva Netto, dedicam as mais sinceras vibrações de Paz ao Espírito Eterno de José Rico, extensivas aos familiares, amigos e fãs.
Conta de luz sobe nesta segunda-feira; saiba como economizar energia
Da redação
02/03/2015 às 18h38 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04
Shutterstock
Vamos pagar, em média, 23,4% a mais nas contas de luz a partir desta segunda-feira, 2. O efeito decorre de uma decisão tomada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última sexta-feira, 27: a Revisão Tarifária Extraordinária (RTE) de 58 concessionárias de distribuição do Brasil.
Os impactos da revisão serão diferentes conforme a região de cada distribuidora. Para as concessionárias das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o impacto médio será de 28,7% e, para as distribuidoras que atuam nas regiões Norte e Nordeste, de 5,5%. A diferença ocorre principalmente por causa da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e da compra de energia proveniente de Itaipu.
Segundo a Aneel, a revisão leva em consideração diversos fatores, como:
— O orçamento da CDE deste ano;
— O aumento dos custos com a compra de energia da Usina de Itaipu — por causa da falta de chuvas;
— O resultado do último leilão de ajuste, que aumentou a exposição das distribuidoras ao mercado livre;
— E o ingresso de novas cotas de energia hidrelétrica.
DICAS PARA ECONOMIZAR ENERGIA
Além de fazer bem ao bolso, a economia de energia ajuda a economizar água. Isso porque o líquido precioso é o recurso principal para a produção de energia elétrica no Brasil. Portanto, se a economia dos recursos naturais é indispensável em qualquer época, ainda mais agora.
A seguir, o Portal Boa Vontade apresenta dicas para você economizar energia elétrica em casa:
Veja maneiras de economizar energia
Evite deixar aparelhos eletrônicos em stand-by. Apesar de desligados, esse modo pode representar um gasto mensal de até 12%(Foto: Shutterstock)Troque as lâmpadas incandescentes por fluorescentes. Estas duram mais e utilizam menor quantidade de energia.(Foto: Shutterstock)Procure comprar aparelhos eletrodomésticos que consomem menos energia, a exemplo dos que são registrados pelo Inmetro como de classe A, B e C.(Foto: Shutterstock)Use a máquina de lavar roupas em sua capacidade máxima. Isso serve para a lava-louças também.(Foto: Vivian R. Ferreira)Acumule uma quantidade razoável de roupas e passe tudo de uma só vez. Quando ligado e desligado várias vezes, o ferro provoca um grande desperdício de energia.(Foto: Gustavo Henrique Lima)Evite o abre-fecha sem necessidade da geladeira. Retire dela todos os ingredientes de uma só vez. Toda vez que a porta da geladeira é aberta, o ar frio de dentro escapa e a temperatura interna sobe, fazendo com que o termostato acione o motor. Quanto mais tempo ou mais vezes o motor funcionar, maior será o consumo de eletricidade.(Foto: Shutterstock)Evite colocar alimentos ainda quentes, pois pode haver choque térmico e prejudicar o funcionamento da geladeira. Espere esfriar fora da geladeira ou coloque na parte inferior. Além disso, não deixe 'paninhos' nas prateleiras, pois isso dificulta a circulação do ar fazendo o motor trabalhar mais.(Foto: Shutterstock)
Não deixe a luz acesa em cômodos desnecessariamente. (Foto: Shutterstock)
___________________________________ *Com informações da Agência Brasil.