Janine Martins

Contra o aborto: boa relação entre pais e adolescentes pode preservar a vida

Janine Martins

03/08/2018 às 09h44 - sexta-feira | Atualizado em 03/08/2018 às 14h28

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A adolescência é uma fase de grandes momentos. A decisão de qual carreira seguir é tomada, o corpo muda, as responsabilidades vêm chegando. Nessa etapa, também é comum alguns jovens iniciarem a vida sexual, que sempre deve ser tratada com muita responsabilidade, afinal, além dos vínculos materiais e espirituais, ela também pode gerar novas vidas. Neste instante, uma boa relação com os pais pode ser um fator decisivo nas escolhas dos jovens. 

No Brasil, cerca de 19,3% das crianças nascidas vivas em 2010 são filhas de mulheres de 19 anos ou menos*. Um bom relacionamento com os pais e uma base familiar sólida fazem muita diferença numa escolha: a decisão pela vida! Quando por vezes uma jovem se encontra grávida nesta idade, é bastante comum que a insegurança fale alto e o despreparo possa levar a atitudes desesperadas, que não são a solução. Já aprendemos com o presidente-pregador da Religião do Terceiro Milênio, Paiva Netto: "A primeira vítima do desespero é o desesperado". 

Quando pegos de surpresa, é importante que os pais reflitam antes de reagir à notícia: “Quando se tem a notícia que um jovem está sendo pai ou mãe precocemente é muito importante você esfriar a cabeça e esclarecer que precisa de um tempo para absorver a surpresa, respirar um pouco, e depois voltar a conversar sobre o assunto”, aconselha a psicóloga Suzy Camacho, autora do livro Guia Prático dos Pais (Paulinas).

Segundo a especialista, neste momento, os pais devem lembrar aos filhos a responsabilidade de cuidar de uma vida: “É sempre importante você deixar bem claro que dará o apoio, mas a responsabilidade da educação, da criação da criança, será sempre do pai e da mãe dela, e não dos avós ou dos outros parentes”. E fato inegável é que, a partir do momento da concepção, há vida! E ela deve ser respeitada, pois como há décadas preconiza o jornalista Paiva Netto: "Em nossa constante preocupação em valorizar a vida, sustentamos que, se a mulher tem direito sobre o seu corpo, o feto também tem sobre o dele". Você pode saber mais sobre o assunto no artigo Pela Vida.

Outro ponto importante é ter um diálogo franco com os meninos sobre este tema. Afinal de contas, a responsabilidade nessa situação é dos dois. “Normalmente, se diz que a menina que se cuide, a menina que vai cuidar da criança. Não! Tem que mostrar que dentro da família o pai também é responsável pela criação. Ou seja, vai ter de cuidar, vai ter de estar junto, vai ter de aconselhar. E daí, dê exemplos de um pai que seja muito positivo dentro dessa família”.

Ainda sobre este assunto, ouça as considerações do ministro-pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito, Irmão Marco Dametto.

Diálogo em família

Ter uma relação com confiança com os pais pode ajudar o jovem que se vê nessa situação, assim como em tantos outros desafios e aflições dessa idade. Só que esse vínculo não é criado de uma hora para outra, e precisa ser cultivado no Lar. A recomendação da psicóloga é que isso aconteça em momentos nos quais seja possível um encontro entre os pais e os filhos.

“Principalmente sentados à mesa, durante as refeições, conversar sobre como foi o dia, o que fez, como brincou, quais foram as atividades realizadas. À noite, também, na hora de dormir, é sempre importante dar aquele beijo de boa noite”. Nestes momentos, segundo a especialista, é importante mostrar interesse pelos sentimentos dos filhos: “Perguntar como foi o restante do dia, que sentimento aquela criança está tendo: se ela está feliz; se ela está triste. Se perceber que ela está triste, perguntar por que ela está triste, perguntar o que está acontecendo. Então, é importante criar esse hábito de conversar com a criança que está em formação”.

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O diálogo, aliás, tem papel fundamental nas famílias e em todas as entidades sociais. "No entanto, para a segurança e o desenvolvimento humanamente sustentado de qualquer organização é essencial, por exemplo, que todos os seus componentes, de alto a baixo, aprendam uma grande ciência: a ciência do diálogo", elucida o escritor Paiva Netto, em seu artigo Administrar é chegar antes!.

Sobre o tema e sua importância para as famílias, elucida o ilustre Espírito dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (1831-1900), numa mensagem por intermédio do sensitivo Chico Periotto: "Muitos casais e muitas famílias se desfazem porque não se preocupam com o diálogo salutar, com a compreensão mútua, enfim, com a presença do símbolo da unidade familiar, cujos arroubos sempre causam transtornos perigosos, problemáticos e danos irreparáveis aos que postulam a sedimentação da família no planeta Terra".

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Ícone do teatro brasileiro, apresentador Antônio Abujamra volta à Pátria Espiritual

Janine Martins

28/04/2015 às 11h25 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

TV Cultura / Divulgação

Voltou à Grande Pátria Espiritual nesta terça-feira, 28, o ator, diretor de teatro e apresentador Antônio Abujamra. O artista faleceu em casa, aos 82 anos. Dono de muitas facetas, apresentava desde 2000 o programa Provocações, na TV Cultura, e tem ampla participação na história do teatro, televisão e cinema brasileiros.

Nascido em 1932 em Ourinhos, no interior paulista, Abujamra era reconhecido por ser pioneiro a introduzir no Brasil métodos de mestres do teatro como Bertolt Brecht e Roger Planchon, com quem estudou. Formou-se em filosofia e jornalismo e começou sua carreira como crítico teatral. Atuou em mais de 14 novelas e 19 filmes de cinema, e também foi diretor de diversos programas de TV e peças de teatro.

Acumulou diversos prêmios em mais de 50 anos de carreira, a exemplo do Prêmio Juscelino Kubitschek de Oliveira pela direção de “A Cantora Careca” em 1959; o Kikito do Festival de Gramado como ator pelo filme “Festa” (1989); o Troféu APCA pela atuação na telenovela “Que Rei Sou Eu?” (1989) e o Lifetime Achievement, como diretor, no 11º Festival Internacional de Teatro Hispânico, em Miami (1998).

Legião da Boa Vontade (LBV) e seu diretor-presidente, José de Paiva Netto, dedicam as mais sinceras vibrações de paz ao Espírito Eterno de Antônio Abujamra, extensivas aos seus familiares, amigos e admiradores de sua carreira.

Português, Brasil

Ala dos Estudantes da LBV é opção para estudos neste feriado

Janine Martins

20/04/2015 às 18h13 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

Nos feriados, a exemplo desse 21 de abril, a Ala dos Estudantes, localizada no ParlaMundi da LBV, mantém suas portas abertas. O espaço, voltado a quem se dedica aos estudos, costuma ficar lotado nestes dias. A data que para alguns é de descanso, para outros representa muito estudo e dedicação.

José Gonçalo
Vista parcial da Ala dos Estudantes nesta terça-feira, 21, aniversário de Brasília. O espaço recebe pessoas que querem se concentrar nos estudos.


Vale ressaltar que de segunda a sexta-feira, a Ala funciona das 9h às 22h, com estacionamento gratuito e toda infraestrutura que você precisa para focar nos estudos: lanchonete e banheiros ficam ao lado do espaço.

Além disso, a Ala oferece internet gratuita para pesquisas e uma biblioteca que conta com mais de 20 mil títulos. Criado pelo dirigente da LBV, José de Paiva Netto, o local recebe anualmente mais de 100 mil estudantes, que encontram comodidade e beleza, já que o ambiente também possui, além da fonte, jardins internos. Para combater o ar seco de Brasília — característico da capital brasileira —, o dirigente da LBV fez colocar, no concorrido espaço, uma fonte para umidificar o ambiente.

O Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, faz parte do Conjunto Ecumênico do Templo da Boa Vontade, em Brasília, DF, localizado no quadra 915, Asa Sul. Para outras informações, ligue: (61) 3114-1070.

Português, Brasil

Inadimplência está em alta; para combatê-la é preciso organização

Janine Martins

25/05/2016 às 08h35 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

Vivian R. Ferreira

A inadimplência cresceu em maio deste ano. É o que mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), encomendada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo o levantamento, divulgado nessa terça-feira, 24, o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso passou de 23,2% em abril deste ano para 23,7% neste mês.

O que explica esse endividamento? Um dos motivos retratados pelo responsável pela área de indicadores e estudos econômicos da Boa Vista SCPC, Flavio Calife, é o acúmulo de dívidas no começo do ano. “As contas que aparecem no início do ano, IPVA, IPTU, material escolar, se acumulam àquelas parcelas que normalmente os consumidores fizeram nas compras de natal. Isso acaba gerando, muitas vezes, uma capacidade menor de pagamento do consumidor. Por isso que, muitas vezes, a gente vê os indicadores de inadimplência subirem neste período do ano”.

Passou por isso? Nossa dica para que essa situação chata não se repita é que você se organize. Já mostramos aqui que o planejamento é essencial.  O economista Flavio Calife pontua que saber quanto vai gastar, quais despesas são fixas e quais aparecem apenas em alguns meses é essencial para isso.

Caso já se encontre em uma situação complicada, é importante pensar em como renegociar as dívidas e buscar equilibrar de forma que tudo caiba no orçamento. “O primeiro instrumento de planejamento é o orçamento. É importante que o consumidor faça um orçamento para ele do que aconteceu no passado, do que vem acontecendo, e normalmente projetar esse orçamento para o futuro.”

Um exemplo citado pelo economista é o período do início do ano, quando despesas fixas se unem a parcelamentos feitos para as compras de presentes de fim de ano e também eventuais parcelamentos de viagens durante as férias. “Quando se faz as compras de final de ano, já se sabe que em janeiro, fevereiro, março, ele já vai ter contas a pagar, das que ele tem todo ano.”

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Casos de dengue aumentam 240% no primeiro trimestre, veja sintomas e como prevenir

Janine Martins

13/04/2015 às 20h39 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

O número de casos de dengue no País este ano, até o dia 28 de março, aumentou 240% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram registrados mais de 460 mil ocorrências da doença no período, contra pouco mais de 135 mil no primeiro trimestre de 2014, conforme balanço divulgado hoje (13) pelo Ministério da Saúde.

Vale lembrar que o combate à dengue é uma responsabilidade de todos nós. E atenção: a doença pode ser confundida com a febre chikungunya, que é transmitida pelo mesmo vetor, o Aedes aegpypt

Isso requer ainda mais atenção aos seus sinais, e alerta ainda mais o cuidado com a medicação correta. Caso apresente alguns sintomas mostrados acima, procure um serviço de saúde para confirmar o diagnóstico e receber a indicação dos medicamentos a serem utilizados no tratamento. O Portal Boa Vontade lembra que a automedicação nunca é a melhor alternativa, e o apoio médico é essencial.

O caso é grave: o número de óbitos cresceu 29% no período, de 102 para 132, e a quantidade de casos graves da doença também aumentou 39% em relação a 2014, até o momento, foram registrados 235 ocorrências, ante 169 no igual período do ano passado. A gravidade da doença deve ser levada em consideração, e evitá-la requer cuidados simples de todos nós. Reserve alguns minutinhos para verificar se está tudo em ordem na sua casa e no quintal. Ah, se está armazenando água, tem alguns cuidados para tomar também. Verifique aqui alguns lugares onde a água costuma se acumular e alerte seus vizinhos.

Atalison Alves

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Com informações da Agência Brasil

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Plástico: evite, reuse, descarte certo

Janine Martins

07/08/2017 às 07h57 - segunda-feira | Atualizado em 03/07/2019 às 19h03

Já imaginou um monte de lixo do tamanho dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás flutuando por aí? Maior que muitos países do mundo, essa 'ilha' existe e está 'boiando' no Oceano Pacífico. E ela se formou por uma razão vergonhosa: nós não cuidamos dos resíduos gerados do jeito certo, e eles acabam indo parar na natureza, no solo, no mar. Além de criar esse aglomerado de sujeiras, isso também prejudica a vida marinha, que nada tem a ver com a falta de cuidado dos seres humanos, e isso acaba voltando para nós de diferentes maneiras. =/

Cientistas revelaram, em uma conceituada revista publicada pela Associação Americana para o Avanço da Ciência, que cerca de 8 milhões de toneladas de lixo plástico vão parar nos oceanos a cada ano. Além do que vemos nas superfícies, os especialistas explicam que grandes quantidades de resíduos podem estar escondidas no fundo dos oceanos e/ou quebrando-se em microscópicas partículas de plástico.

O presidente da Oito Elementos Sustentabilidade, que realiza o gerenciamento ambiental e ações de responsabilidade social, Renê Monico, reafirma o grande problema: “O plástico não é biodegradável e seu descarte inadequado causa inúmeras consequências ruins”. Dependendo de sua composição, o material pode demorar entre 100 e 450 anos para se decompor.

Enquanto não se decompõe, o plástico descartável causa inúmeras consequências. Uma delas tem a ver com as enchentes: “Quando descartados na rua ou jogados no chão, esses plásticos vão para os rios, e uma das primeiras consequências é a poluição e as enchentes. Quando vemos imagens de enchentes em São Paulo, podemos observar milhares de embalagens plásticas boiando nos rios e nas ruas. Depois de passar pelos rios eles chegam aos mares”.

PLÁSTICO NO MAR

E quando chega aos mares um grande problema começa. O plástico, seja ele de sacolinhas, embalagens ou em forma de pallet, que é uma forma mais concentrada do plástico para a fabricação de embalagens e afins, atrapalha e muito a vida no mar. Ao Portal Boa Vontade, a professora e dra. em ciências biológicas Paola Dall’Occo afirmou que isso não afeta só quem vive no mar: "Estamos inseridos nele e somos mega dependentes dele”.

Pesquisadora vinculada ao laboratório de Taxonomia e Ecologia Animal da Universidade Presbiteriana Mackenzie, na capital paulista, ela explica que o plástico acaba enganando os animais e levando-os à morte: “alguns deles que acabam preferindo comer o plástico, acabam não percebendo o que é e comem”.

O problema é que o plástico não é digerido: “Isso não é metabolizado, não conseguimos fazer a digestão, é muito complicado, o bicho come, e ele vai ficar saciado fora a quantidade de substâncias poluentes e tóxicas que ficam agregadas a esse plástico”. Com o estômago cheio de lixo, os animais não conseguem mais comer e acabam morrendo por inanição, que é um processo no qual, por falta de nutrientes a serem absorvidos pelo corpo, o ser enfraquece e perde a vida. Isso sem contar os pedaços de plástico cortantes que podem ferir o animal por dentro.

Além disso, quando o plástico está ali pelas águas do oceano, ele pode encontrar os bichos, e essa combinação não dá certo: “estão nadando, eles acabam passando e isso fica preso quando ele ainda é pequeno, e conforme ele cresce ele tem que crescer ao redor desse plástico, um fragmento grande de plástico acaba deformando e muitas vezes matando mesmo, estrangulamento, prende na nadadeira, impossibilitando o bicho de nadar”.

PROBLEMA DE UM, PROBLEMA DE TODOS

E se você acha que isso é um problema que fica só nos seres marinhos, está enganado. “Isso volta para a gente comendo animal que entrou em contato com plástico contaminado, a chance de ele ficar no estômago e acabar liberando essas substâncias também é grande, isso vai entrar na biomassa desse animal e a gente vai comer depois”.

“Os ecossistemas são dependentes de um equilíbrio extremamente sensível, são cadeias de interdependência, os plásticos matam os animais e alteram o meio ambiente, consequentemente quando uma espécie tem queda significativa do número de indivíduos, outras espécies tem aumento ou diminuição de indivíduos, causando colapso”, como comenta Renê Monico, da Oito Elementos Sustentabilidade.

FAZENDO A NOSSA PARTE

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Abra mão de sacos, papéis, caixas e envelopes como forma de transportar compras.

Isso tudo tem um nome diferente e que certamente nos incentiva a descartar tantas coisas e embalagens: obsolescência programada. Em outras palavras: os produtos são feitos para nos servir pouco tempo, ficarem obsoletos e serem substituídos por outros, novos, gerando lixo. “Esse consumismo fica muito grave quando a gente não tem um descarte correto e a utilização desse material descartado para reuso, ou para reciclagem”, destacou a dra. Dall’Occo.

Monico também pondera a importância do consumo consciente como forma de reduzir os detritos que criamos: “O consumidor consciente sabe que pode ser um agente transformador da sociedade por meio do seu ato de consumo, uma única pessoa ao longo de sua vida produz um impacto significativo à sociedade e ao meio ambiente. Levar em conta os impactos do uso e do descarte dos produtos é um gesto simples praticado no dia-a-dia do consumidor consciente”. Ou seja: a separação do lixo de cada um faz a diferença =)

Um exemplo? A garrafa pet! Seu plástico, que por vezes também vai parar no oceano, infelizmente, é produzido tendo petróleo, um recurso finito, como matéria prima e movimentando uma grande quantidade de recursos. Porém, “quando reciclamos, parte da cadeia de extração de recursos, consumo e geração de resíduos e poluentes, é evitada, no caso da PET, não será necessário extrair mais petróleo, cortando boa parte da cadeia”, destacou Monico.

A separação do seu lixo, aí na sua casa mesmo, faz a diferença! Separe, incentive seus amigos a fazer o mesmo e vamos, juntos, diminuir a quantidade de lixo descartado de forma incorreta, que poluem os mares e o solo.

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Mensagem Ecumênica de Paiva Netto pela valorização da mulher

Janine Martins

07/03/2015 às 14h14 - sábado | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

Em uma série especial de quatro programas que estreia na segunda-feira, 9, José de Paiva Netto, diretor-presidente da Legião da Boa Vontade, apresentará trechos de importante documento intitulado: “Beijing+20 (2015) — O protagonismo da mulher na construção da Paz”, na Super Rede Boa Vontade de Comunicação (Rádio, TV, Internet e Publicações).

O artigo foi encaminhado à Organização das Nações Unidas (ONU), para a 59ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher, que acontece entre os dias 9 e 20 de março, na sede das Nações Unidas, em Nova York. 

Acompanhe o primeiro programa nesta segunda-feira, 9, às 16h15, na Super Rede Boa Vontade de Rádio, e às 18h15, na Boa Vontade TV. A reprise nas emissoras de rádio da Boa Vontade acontece às 22h40 no mesmo dia e também à 1h40 e às 9h40 do dia seguinte. Já na televisão, você acompanha a reapresentção às 21h45 na segunda-feira, e também à 0h15, às 6h15 e 10h45 do dia seguinte.

Não perca a mensagem ecumênica de Paiva Netto pela valorização da mulher!

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Não às bebidas alcoólicas: desmentimos cinco desculpas básicas

Janine Martins

18/02/2015 às 21h32 - quarta-feira | Atualizado em 24/02/2020 às 11h08

Você bebe? Sabe as consequências das bebidas alcóolicas para o organismo? Elas alteram várias funções do nosso corpo e podem atrapalhar nossos reflexos, atenção, sono... Os prejuízos são muitos, seja na nossa saúde, passando pelo rendimento no trabalho e interferindo até na vida social. Para esclarecer dúvidas sobre o assunto, conversamos com a psiquiatra Ana Cecília Marques, presidente da Associação Brasileira para o Estudo do Álcool e outras Drogas (Abead).

O primeiro passo é identificar se é um caso de abuso ou de dependência. “A dependência é uma doença que acontece no cérebro, e, portanto, afetando o cérebro, afeta o organismo como um todo; o comportamento e as relações sociais também, sem a menor dúvida”. Sabia que o consumo abusivo de álcool é fator de risco das principais doenças crônicas não transmissíveis? Independe de ser um caso ou outro, é importante riscar o álcool do cardápio de uma vez por todas. E nós explicamos o porquê e desmistificamos algumas das desculpas mais comuns:

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1) “É só um copinho pra relaxar”

A história não é bem assim. A intenção pode até ser, mas nem sempre é o que se consegue. Quando mais se bebe, mais se quer. Conforme o corpo vai se acostumando à bebida, mais a pessoa precisa para ter o “efeito” inicial. “O indivíduo que tem uma carreira de usuário, ele vai adquirindo, no seu organismo, tolerância, o organismo vai precisando de mais doses, mais doses, para obter o efeito inicial”

2) “Eu paro a hora que eu quiser"

Para um organismo acostumado ao consumo de álcool, pode não ser fácil cortar este hábito de uma vez por um motivo que os especialistas advertem: a síndrome de abstinência. “É quando o indivíduo não consegue ficar sem o álcool, pois há um processo no seu organismo como um todo, que é muito grave e isso faz com que ele volte a consumir a substância”. Nesse momento, o apoio da família é fundamental na superação dos vícios.

3) “Pode sim. Não faz mal pra saúde”

Às vezes parece que não, mas a bebida mexe com todo o nosso corpo, como explica a psiquiatra Ana Cecília: “Altera o apetite, as condições do cérebro de regular todas as glândulas do organismo, porque nós temos a nossa glândula maior no cérebro, que comanda as diferentes glândulas no organismo”. Ovários e tiroide são algumas dessas.

E não é só isso. “Ele [o álcool] vai também desregular o sistema cardiovascular, o sistema respiratório, a nossa imunidade, o sistema renal, e por aí vai, bem na verdade o comprometimento é no organismo como um todo”. E continua: “Também altera o padrão de sono e vigília, o indivíduo tem muita alteração no horário de dormir, e o relógio biológico fica muito comprometido”.

4) “A bebida entra, a verdade sai”

Uma série de prejuízos na vida social, como desavenças com amigos e familiares. “O indivíduo, em função desse consumo, ele já tem prejuízo em diferentes áreas da vida dele, social, familiar, no trabalho, na sua própria relação do lazer”. Isso porque, entre outras alterações, a bebida alcoólica causa uma mudança de humor: “Esse tipo de alteração mental, digamos assim, do cérebro, altera o comportamento”.

“O indivíduo muda de humor, mostra esse humor alterado, ele pode se deprimir, pode ficar muito ansioso, pode ter uma oscilação, uma instabilidade do humor, pode estar impulsivo, agressivo”. Independente da reação que cada um apresente, uma coisa é certa: “com o álcool, ele vai manifestar diferentes problemas, e repercute no corpo como um todo”.

5) “Bebo socialmente, não interfere no meu trabalho”

O alcoolismo é o terceiro motivo para faltas e a causa mais frequente de acidentes no trabalho no Brasil. Além disso, atrapalha a produtividade: “É uma doença que se desenvolve no cérebro, e, portanto, altera todas as funções cerebrais: a atenção, a capacidade de se concentrar, e finalmente, nesse processo cognitivo, a memória”.

Bônus: “Ele bebe porque quer. É um problema moral”

Opa, opa, opa... antes de julgar alguém é importante perceber que o alcoolismo e outras dependências são causadas por uma série de fatores, e o apoio da família e dos amigos é essencial para a pessoa sair dessa o quanto antes. Para a psiquiatra Ana Cecília Marques, presidente da Associação Brasileira para o Estudo do Álcool e outras Drogas (Abead), “só tem um jeito de a família ajudar: ela se tratar também!”.

“É uma doença que atinge a família: ela adoece também”. Mesmo que, por hora, a pessoa não aceite ou peça ajuda, buscar profissionais pode ajudar as pessoas mais próximas a saberem como agir: “Essa é a recomendação para a família: busque ajuda, mesmo que o paciente não queira se tratar, você busca primeiro ajuda, como família. Consiga sua estabilização, seu entendimento do processo, e aí vai ser muito mais fácil inclusive ajudar o dependente”. 

 

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Planejamento é a palavra de ordem para um ano longe do vermelho

Janine Martins

11/02/2015 às 21h49 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

Anotar e contabilizar quais sãos as despesas de casa ajuda, e muito, a não perder o controle das finanças.

O ano já começou e com certeza você deve se lembrar daquelas despesas não tão legais que vem com ele: o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotivos (IPVA), matrícula de escola ou faculdade... A lista é grande e a melhor forma de dar conta de tudo é fazendo um planejamento. Se já está no vermelho, saiba que isso também pode ajudar você a sair dessa.

Para dar uma mão nessa, conversamos com o PhD em gestão pela Fundação Getúlio Vargas, Fernando Cosenza. A dica principal é simples, mas requer esforço: “Planejamento é fundamental para todo mundo, independente da renda, da idade e inclusive para aquelas pessoas que já estão inadimplentes”.

Para quem vive com o orçamento apertado, se organizar para emergências é uma ótima maneira de não ser pego de surpresa por imprevistos que acontecem com todo mundo: um pequeno acidente de carro, uma doença que exija gasto com remédios, algum problema na casa, a quebra de um eletrodoméstico essencial para o cotidiano, como a geladeira, e tantas outras coisas que podem acabar atrapalhando a vida financeira de quem vive com o dinheiro contadinho. Já ensina o educador Paiva Netto, "Administrar é chegar antes". 

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Poupar é fundamental para conseguir realizar compras com mais facilidade. Afinal, pagando à vista sempre é mais fácil negociar descontos.

Poupar, para essas situações, também é palavra de ordem: “O segredo é ter uma pequena poupança para essas horas, e sempre ir a aumentando”. Segundo Cosenza, R$500 já é um bom valor para começar essa reserva de emergência, “já é bastante útil para ajudar as famílias a enfrentar imprevistos muito comuns. Você tem que considerar conforme sua condição, sua realidade e da sua família”.

Essa parte em ordem, já dá para fazer outros planos: “Partir para uma segunda poupança, que vai ser de longo prazo, para garantir a compra de um bem de maior valor ou até a sua maior tranquilidade na aposentadoria”.

Mas, se você ainda está longe de chegar nesta fase, fique tranquilo e comece a se organizar. A primeira dica é simples, mas requer disposição a se reeducar: “Fazer um plano de corte de despesas, para que uma parte da renda seja poupada e possa ser utilizada posteriormente no pagamento de dívidas vencidas”.

Corte pode ser uma palavra forte, mas pense em coisas pequenas: leve um lanche de casa ao invés de gastar com isso quando estiver fora, economize energia elétrica e água, compre apenas os alimentos que realmente vai consumir para diminuir o desperdício e as despesas, use o transporte público ao invés do carro. Pode parecer pouco, mas no fim do mês, essas coisas fazem a diferença. #FicaDica

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Impressora braille de lego: a força de vontade desse menino de 13 anos vai inspirar você

Janine Martins

07/02/2015 às 11h15 - sábado | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

Você, amigo leitor, que está lendo estas palavras agora, só pode fazer isso porque enxerga. As pessoas com deficiência visual tem um jeito diferente de se informar e conhecer histórias: com os ouvidos, no caso dos textos narrados, e com as mãos, quando se trata de livros e outros materiais impressos em braille.

Contudo, imprimir em braille não é tão simples assim: você já viu um aparelho que faz essa impressão?  Caros, eles estão restritos a gráficas e empresas especializadas. Mas isso vai mudar: um garoto de 13 anos, chamado Shubham Banerjee, inventou uma impressora para braille usando lego. Sim! As pecinhas de brinquedo foram matéria-prima do jovem por um motivo bem simples: custam pouco.

Nbanerjee/Divulgação

De origem indiana, nacionalidade belga e residente nos Estados Unidos, o menino, que ainda não pode dirigir ou votar, está ajudando a tornar o processo de impressão braille mais acessível. Em vídeo gravado para o Campus Party Brasil 2015*, evento no qual palestrou, ele conta como surgiu a ideia: “Em 2013 eu estava voltando da escola e recebi um flyer na minha casa. Era uma mensagem de uma associação para pessoas com dificuldades visuais. Eu parei por um momento e pensei: como os cegos leriam isso se recebessem?”.

Diante desta inquietação, Shubham não ficou parado e buscou se informar: “Pesquisei e descobri que existe uma linguagem específica chamada braille, que são pequenas elevações no papel”. Segundo a OMS, há entre 40 e 45 milhões de cegos no mundo. E até 2020 esse número pode dobrar.

Dar a essas pessoas condições para que possam se desenvolver e ter uma vida produtiva e feliz é um dos objetivos da invenção de Shubham. A maioria das pessoas com deficiência visual está nos países onde há menos recursos: cerca de 90% vivem em países emergentes e subdesenvolvidos. Logo, uma impressora que custa caro afasta dessas pessoas várias oportunidades, como as de estudar e se especializar.

“Considerando o preço da impressora em braille, que é de aproximadamente 2 mil dólares, é muito alto. Eu estava debatendo sobre esse assunto para chegar ao meu objetivo, que era fazer uma impressora braille acessível. E foi isso que eu fiz no último ano e tive um retorno positivo”. Além das pecinhas coloridas, a impressora também conta com um microcomputador, do tamanho de um cartão de memória, desenvolvido por uma empresa de tecnologia para apoiar esse tipo de iniciativa. 

Mas Shubham sabe que ninguém faz nada sozinho, como há décadas preconiza o educador Paiva Netto. E ressalta que a união de todos para resultados positivos é fundamental: “Eu vejo que existem algumas pessoas que acham que podem construir tudo sozinhas, mas isso não é totalmente verdade. As pessoas precisam colaborar e trabalhar juntas para conquistar algo”.

Após criar o protótipo, a Braigo (Braille + Lego), em janeiro do ano passado, muita coisa mudou na vida do jovem, que palestrou na Campus Party 2015, aqui no Brasil. Para chegar aí, claro, contou com o apoio da família. Seu pai ajudou financeiramente, e hoje sua mãe é quem gerencia seus negócios. Ele conta os próximos objetivos: “Atualmente estamos trabalhando numa versão comercial e acessível para o mercado. Em paralelo trabalhamos em outras invenções que vão ajudar a comunidade”.

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* Evento para amantes de tecnologia, que aconteceu entre 3 e 8 de fevereiro de 2015 em São Paulo, SP, reuniu conferencistas e pensou sobre a tecnologia e seus usos atuais.

Com informações de agências

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