Da redação

COP28: “Crise climática também é uma crise de saúde”, afirma chefe da OMS

Da redação

04/12/2023 às 10h26 - segunda-feira | Atualizado em 05/12/2023 às 11h06

Na COP28, defensores da saúde realçaram a urgência da discussão climática no setor. O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, lamentou a ausência de diálogos em 27 COPs, ressaltando a necessidade de integração com políticas climáticas

Este primeiro “Dia da Saúde” possui diversos eventos, incluindo parcerias público-privadas para ação climática na saúde e desbloqueio de compromissos financeiros e políticos relevantes.

Saúde pública e clima

Ministros da saúde, meio ambiente e finanças fizeram anúncios e discursos ao lado de figuras notáveis como Bill Gates e o enviado climático dos EUA, John Kerry, para estabelecer um roteiro de ações   lidar com o impacto das mudanças climáticas na saúde humana.

Mundialmente, considerando apenas alguns indicadores de saúde, a OMS prevê um aumento de 250 mil mortes por ano nas próximas décadas devido às mudanças climáticas.

O planeta tem registrado temperaturas médias mais altas a cada ano, com 2023 prestes a ser o ano mais quente já registrado. Incêndios florestais tornaram o ar perigoso em algumas regiões, enquanto em outras, as inundações ameaçam regularmente contaminar a água potável.

Cada vez mais pessoas estão sendo afetadas por desastres, doenças sensíveis ao clima e outras condições de saúde. A mudança climática agrava algumas ameaças à saúde existentes e cria novos desafios de saúde pública. 

Assim, o chefe da OMS avalia que era mais do que necessário que as discussões sobre saúde ambiental, elevação do nível do mar e derretimento de geleiras fossem estendidas para abranger os impactos diretos desses choques climáticos na saúde humana.

Impactos agravantes

A mudança climática está contribuindo diretamente para emergências humanitárias causadas por ondas de calor, incêndios florestais, inundações, tempestades tropicais e furacões. Esses choques climáticos e similares estão aumentando em escala, frequência e intensidade.

Mais de 3 bilhões de pessoas já vivem em áreas altamente suscetíveis às mudanças climáticas, de acordo com a agência de saúde da ONU.

Entre 2030 e 2050, espera-se que a mudança climática cause dezenas de milhares de mortes adicionais por ano - apenas por subnutrição, malária, diarreia e estresse térmico.

Esses impactos na saúde e na vida cotidiana estão sendo sentidos em todo o mundo, e as comunidades indígenas frequentemente sofrem mais.

Respeito a comunidades

A ONU News falou com um representante de uma organização juvenil brasileira chamada Engajamundo, um grupo liderado por jovens focado em enfrentar desafios sociais e ambientais.

Reudji Kaiabi pertence ao povo Kaiabi yudja, que vive na Aldeia Pequizal, região do Xingu, Mato Grosso, no Brasil, que contém três ecossistemas principais: o Cerrado, o Pantanal e a Floresta Amazônica.

"Embora nossa comunidade esteja cercada por florestas, as mudanças têm nos afetado muito. Estamos enfrentando muitas ondas de calor, nossas plantações estão morrendo, a comunidade está sofrendo. O rio começou a secar, os peixes estão morrendo, e os animais não conseguem mais viver", disse ele, pintando um quadro de como a mudança climática está impactando sua terra natal.

"Esta é a minha primeira vez na COP e minha intenção, como jovem indígena, é não apenas ver mudanças em meu território, mas no mundo inteiro. Pedimos para ser ouvidos, respeitados e levados em conta na tomada de decisões", afirmou.

Resiliência aos impactos climáticos

Ao fazer suas observações na reunião ministerial, Tedros destacou vários elementos cruciais para construir respostas eficazes para enfrentar o desafio da saúde e do clima.

Ele destacou que os líderes devem entender que é fundamental focar na interseção entre a saúde e os impactos climáticos, para que a saúde possa ser integrada às políticas climáticas.

O envolvimento com as comunidades é igualmente importante, incluindo comunidades marginalizadas e vulneráveis, que frequentemente estão na vanguarda do desafio climático.

Tedros ressaltou a vitalidade da cooperação entre países, aprendendo com exemplos bem-sucedidos de outros países e implementando-os nos contextos locais. O caminho a seguir está claro: "Não precisamos reinventar a roda", enfatizou.

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Com informações das Nações Unidas

Português, Brasil

Casos de sífilis e de HIV/aids aumentam entre homens jovens

Da redação

01/12/2023 às 08h50 - sexta-feira | Atualizado em 05/12/2023 às 15h25

Public Health Alliance/Ukraine


Símbolo da campanha global de combate ao HIV/Aids
 

Dados do Ministério da Saúde indicam que o país vem registrando queda nos casos de HIV/Aids, mas não entre homens de 15 a 29 anos. Nesta faixa, o índice tem aumentado, chegando, em 2021, a 53,3% dos infectados de 25 a 29 anos. Os números da pasta também registram crescimento dos casos de sífilis em homens, mulheres e gestantes.

No mês em que se realiza a campanha Dezembro Vermelho, iniciativa de conscientização para a importância da prevenção contra o vírus HIV/aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta que, se não tratadas, essas infecções podem causar lesões nos órgãos genitais, infertilidade, doenças neurológicas e cardiovasculares e até câncer como o de útero e de pênis.

Vacinação

Apesar de o SUS oferecer a vacinação contra o HPV para meninos e meninas de 9 a 14 anos, segundo o Ministério da Saúde, a cobertura da segunda dose está em 27,7% entre os meninos. Já entre as meninas, a cobertura é maior, atingindo 54,3%, mas ainda longe dos 95% recomendados.

Karin Jaeger Anzolch, diretora de Comunicação da SBU e uma das responsáveis pela campanha, disse que os urologistas têm percebido que o uso dos preservativos nas relações sexuais tem decaído muito nos últimos anos, enquanto a transmissão das ISTs segue em alta.

“Outra grande preocupação é que muitas dessas infecções estão se tornando resistentes aos tratamentos existentes, em várias partes do mundo. Por essas razões, decidimos que temos que voltar a falar mais sobre o assunto, alertar e instruir a população e os agentes de saúde, e este é o terceiro ano consecutivo que adotamos o Dezembro Vermelho, mês já tradicional de conscientização sobre a aids, como o mês dedicado à temática de todas as ISTs”, disse a médica, em nota.

Sintomas

As ISTs podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Entre as mais comuns estão herpes genital, sífilis, HPV, HIV/aids, cancro mole, hepatites B e C, gonorreia, clamídia, doença inflamatória pélvica, linfogranuloma venéreo e tricomoníase.

Algumas ISTs, em seu estágio inicial, são silenciosas, não apresentando sinais ou sintomas, ou os sintomas iniciais podem desaparecer espontaneamente, dando a falsa impressão de que a doença foi curada, o que pode atrasar o tratamento e agravar as complicações e as consequências, que podem ser infertilidade, câncer e até mesmo a morte.

Entre os sintomas mais comuns estão: feridas, corrimento, verrugas, dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas.

O uso do preservativo (masculino ou feminino) continua sendo a melhor forma de prevenção, além da vacinação contra ISTs como HPV e hepatite.

Estatísticas de HIV/aids

Dados do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids 2022 do Ministério da Saúde apontam que o número de infectados vem caindo, exceto entre os homens de 15 a 29 anos. De acordo ainda com o boletim, a quantidade de infectados pelo HIV em 2021 era maior entre os homens de 25 a 29 anos (53,3%). Nas mulheres, o maior índice foi registrado entre 40 e 44 anos (18,4%).

Somente em 2021, foram contabilizadas 28.967 infecções pelo vírus em pessoas com idade entre 15 e 39 anos, sendo 22.699 entre os homens e 6.268 entre as mulheres.

Na análise do número de casos em geral, a maior quantidade nos últimos anos vem sendo registrada entre o sexo masculino.

Segundo Karin Anzolch, na época que eclodiu a Aids, e por vários anos depois, muitas pessoas se assustaram e de fato passaram a adotar e a exigir o uso do preservativo, bem como começaram a ter mais cuidado na escolha de parceiros. Entretanto, com o tempo, muitas pessoas se descuidaram e passaram a banalizar os riscos de contágio, o que não só as deixaram novamente expostas ao HIV, mas a todas as outras ISTs que são altamente prevalentes.

Outro ponto importante de salientar, de acordo com a médica, é que, embora as pessoas que vivem com HIV hoje em dia disponham de tratamentos eficazes que não somente prolongam, mas também oferecem uma boa qualidade de vida, não se pode esquecer que, para isso, elas precisam tomar regular e constantemente medicações e ter uma rotina bem rígida de cuidados, exames e controles médicos, já que ainda se trata de uma doença incurável.

“Agora imagine um jovem, iniciando a sua vida, contraindo uma doença dessas e já tendo que conviver com esse ônus, influenciando todo o seu presente e futuro. E é o que está ocorrendo, infelizmente, sobretudo entre o público jovem masculino, em que se verificou um aumento na incidência da doença. Isso é resultado de uma série de razões, mas sem dúvida a exposição durante a prática de sexo desprotegido, bem como o consumo de drogas injetáveis, estão entre os principais fatores”, afirmou a médica.

Desde o início da epidemia de aids (1980) até 2021, foram notificados no Brasil 371.744 óbitos devido à doença. A maior proporção desses óbitos ocorreu no Sudeste (56,6%), seguido das regiões Sul (17,9%), Nordeste (14,5%), Norte (5,6%) e Centro-Oeste (5,4%).

Estatísticas de sífilis

Segundo o Boletim Epidemiológico Sífilis 2023, do Ministério da Saúde, de 2012 a 2022, foram notificados no país 1.237.027 casos de sífilis adquirida, 537.401 casos de sífilis em gestantes, 238.387 casos de sífilis congênita e 2.153 óbitos por sífilis congênita. Houve aumento na taxa de detecção de sífilis adquirida de 2012 a 2022, exceto em 2020, provavelmente em decorrência da pandemia de covid-19.

O boletim também indica aumento em casos e taxa de detecção de gestantes com sífilis, de 2012 a 2022. A Região Sudeste é a campeã, com 248.741 casos registrados, seguida do Nordeste, com 112.073.

“A sífilis se manifesta inicialmente como uma lesão na pele, no local onde foi feita a inoculação por contato direto com a lesão de uma pessoa infectada (sífilis primária). Mesmo sem tratamento, essa lesão inicial cicatriza espontaneamente, dando a falsa impressão de que a lesão não era ‘nada de grave’, mas a pessoa continua infectada e a doença continua evoluindo, podendo provocar a morte do paciente”, destacou Alfredo Canalini, presidente da SBU.

Na opinião do vice-presidente da SBU, Roni de Carvalho Fernandes, para combater a sífilis no Brasil, algumas medidas poderiam ser adotadas, como educação e conscientização, acesso facilitado a testes e tratamentos, melhorias no sistema de saúde, ampliação do pré-natal e fortalecimento da vigilância epidemiológica.

“É importante ressaltar que a adoção dessas medidas deve ser feita de forma integrada e contínua, visando à prevenção, detecção e tratamento adequado da sífilis para reduzir sua incidência e impacto no Brasil”, recomenda Fernandes.

Vacinação contra o HPV

O papilomavírus humano (HPV) é responsável por cerca de 50% dos cânceres, entre os quais colo de útero, ânus, vulva, vagina, orofaringe e pênis. E a vacinação contra o HPV é a forma mais eficaz de prevenir o contágio.

A SBU realiza anualmente, em setembro, a campanha #Vemprouro, de conscientização da saúde do adolescente masculino, e aproveita para chamar a atenção sobre a importância da imunização.

Segundo a médica Karin, o índice de vacinação ainda está muito aquém do ideal, especialmente entre os meninos. Além dos cânceres, o HPV também pode ocasionar verrugas genitais de demorado e difícil tratamento, que estigmatizam a pessoa e levam a consequências nos relacionamentos e risco de transmissão.

“Pessoas com imunossupressão, nas quais se incluem os transplantados e pessoas que vivem com HIV, têm riscos ainda maiores, e a faixa etária para vacinação gratuita nesse grupo e para as pessoas vítimas de violência sexual foi estendida para até 45 anos. Temos trabalhado muito a vacinação do HPV, justamente por todas essas questões, mas especialmente entre os adolescentes masculinos, um público que ainda não está sendo suficientemente motivado ou direcionado para receber esse benefício”, sinaliza Karin.

Como o HPV é uma doença na maioria das vezes assintomática e com remissão espontânea em até dois anos, muitas pessoas não descobrem ter o vírus e o transmitem a seus parceiros. Por isso a importância do incentivo à vacinação. A vacina está disponível no SUS para meninos e meninas de 9 a 14 anos (além de pessoas imunossuprimidas), mas a cobertura ainda não chega nem próxima da meta recomendada de 95%.

Entre as consequências do HPV estão os cânceres de colo de útero e de pênis. Em 2021, foram registradas mais de 6 mil mortes de mulheres devido ao câncer de colo de útero, segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. E a estimativa é que surjam mais de 17 mil novos casos em 2023.

Com relação ao câncer de pênis, de 2007 a 2022, foram realizadas no SUS 7.790 amputações de pênis decorrentes de tumores malignos, o equivalente a uma média de 486 procedimentos por ano. Em relação ao número de mortalidade em decorrência da doença, é registrada uma média de 400 por ano.

 

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Com informações da Agência Brasil

Português, Brasil

Abertura da COP28 destaca recordes quebrados e colapso climático

Da redação

30/11/2023 às 08h05 - quinta-feira | Atualizado em 30/11/2023 às 11h29

Vista geral das bandeiras durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28).
 

Com a presença de mais de 160 líderes mundiais, começa nesta quinta-feira a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP28, considerado um momento decisivo para colocar em prática compromissos climáticos e limitar o aquecimento global a 1,5°C.

A conferência é realizada de 30 de novembro a 12 de dezembro e acontece naquele que está prestes a ser considerado o ano mais quente já registrado. 

Rastro de devastação e desespero

Na abertura da conferência em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, a Organização Meteorológica Mundial, OMM, divulgou o relatório preliminar do Estado Global do Clima.

Em mensagem de vídeo que acompanhou o lançamento do estudo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que “estamos vivendo um colapso climático em tempo real, e o impacto é arrasador”.

O documento ressalta que o ano de 2023 quebrou diversos recordes climáticos e foi assolado por condições meteorológicas extremas que deixaram um “rastro de devastação e desespero”.

COP28 / Christopher Pike

Abertura da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP28) em Dubai, Emirados Árabes Unidos.
 

“Arrepio na espinha dos líderes”

A temperatura média global próxima à superfície até outubro foi cerca de 1,4 °C acima da média da era pré-industrial. O valor está bem acima dos recordes anteriores registrados em 2016, que chegou a 1,29°C e 2020, que chegou a 1,27°C. A OMM considera que os dois últimos meses do ano não vão mudar essa classificação.

Para Guterres “o calor global recorde deveria causar arrepios na espinha dos líderes mundiais” e isso deveria “levá-los a agir”.

A OMM destaca também que os últimos nove anos, de 2015 a 2023, foram os mais quentes já registrados. O evento El Niño, que surgiu este durante a primavera no Hemisfério Norte, deverá aumentar ainda mais o calor em 2024. 

O secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, enfatizou que “os níveis de gases de efeito estufa são recordes. As temperaturas globais são recordes. A subida do nível do mar é recorde. O gelo marinho da Antártida está em uma baixa recorde”. 

Segundo ele, esse cenário representa “uma cacofonia ensurdecedora de recordes quebrados” e o risco de um clima “cada vez mais inóspito”. 

Subida do nível do mar

Taalas alertou que as estatísticas revelam “o risco de perder a corrida para salvar as geleiras e controlar a subida do nível do mar”.

Nesta terça-feira, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, divulgou um estudo apontando que até o fim do século, 5% ou mais da área habitável de diversas cidades costeiras pode estar submersa. Dentre elas, Santos e Rio de Janeiro, no Brasil.

Na véspera da abertura da COP28, o secretário executivo da ONU sobre Mudanças Climáticas, Simon Stiell, disse que a conferência acontece em momento em que a crise climática entra em uma nova fase e mostra toda a sua força, prejudicando bilhões de pessoas e custando trilhões em prejuízos econômicos. 

Expectativas com o “Balanço Global”

Segundo ele, “agora todos estão na linha de frente. Nenhum país está imune”.

Para Stiell, em Dubai, os governos devem concordar com quais ações mais ousadas precisam ser tomadas e como realizá-las.

A programação da COP 28 inclui ao primeiro “Balanço Global” para avaliar o progresso coletivo na redução das emissões de gases do efeito estufa e no aumento dos esforços de adaptação e apoio aos países em desenvolvimento duramente atingidos pelo aquecimento climático.

O secretário-geral da ONU disse que os governos devem “ir mais longe e mais rápido na proteção das pessoas do caos climático”.

Compromissos que precisam ser cumpridos

As medidas incluem garantir que toda a população da Terra esteja coberta por alertas precoces contra condições meteorológicas extremas até 2027. 

Além disso, o chefe da ONU defendeu a operacionalização do “Fundo para Perdas e Danos” para ajudar os mais vulneráveis ​​atingidos por inundações, secas e outros desastres climáticos. Ele afirmou que as nações mais ricas precisam realizar “contribuições generosas e antecipadas” ao mecanismo.

Guterres pediu ainda que os países desenvolvidos honrem a promessa de disponibilizar US$ 100 bilhões de por ano em financiamento climático, que foi feita pela primeira vez na COP15 em 2009, e dupliquem o montante do financiamento destinado aos esforços de adaptação. 

 

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Com informações das Nações Unidas

Português, Brasil

COP28: A ação climática não pode esperar

Da redação

29/11/2023 às 14h41 - quarta-feira | Atualizado em 29/11/2023 às 16h12

O secretário-geral da ONU, António Guterres, apresentou suas preocupações com o “caos climático” ao retornar de uma viagem para a Antártida.

Falando a jornalistas em Nova Iorque, ele disse que “é profundamente chocante estar no gelo da Antártida e ouvir diretamente dos cientistas sobre a rapidez com que o gelo está desaparecendo”.

Consequências graves

Segundo Guterres, juntas a Antártida e a Groelândia estão derretendo três vezes mais depressa do que estavam no início dos anos 90.

Novos dados mostram que em setembro deste ano o gelo marinho da Antártida ficou 1,5 milhão de km2 menor que a média para esta época do ano, uma área aproximadamente igual ao tamanho de Portugal, Espanha, França e Alemanha juntas.

Além disso, este ano o gelo no mar antártico atingiu o nível mais baixo de todos os tempos.

O líder da ONU afirmou que as consequências são graves, pois o derretimento do gelo marinho significa a elevação dos mares e “isso põe diretamente em perigo vidas e meios de subsistência em comunidades costeiras em todo o mundo”.

ONU News

O secretário-geral António Guterres informa os repórteres sobre a crise climática após a sua recente viagem ao Chile e à Antártida

Guterres alertou que as inundações e a intrusão de água salgada põem em perigo as plantações e a água potável, ameaçando os alimentos e a segurança hídrica. Cidades costeiras e pequenos estados insulares inteiros correm o risco de serem submersos nos mares.

A importância do gelo

Para ele, a causa de toda esta destruição é clara: “A poluição por combustíveis fósseis que cobre a Terra e aquece o planeta”.

O chefe das nações Unidas disse que “se continuarmos como estamos, as camadas de gelo da Groelândia e da Antártida Ocidental atravessarão um ponto de inflexão mortal que poderia elevar o nível do mar em cerca de dez metros”.

Ele destacou também que há “um ciclo mortal” em curso, pois o gelo reflete os raios do sol. À medida que desaparece, mais calor é absorvido pela atmosfera.

Isso significa mais aquecimento, o que significa mais tempestades, inundações, incêndios e secas em todo o mundo e mais derretimento, que por sua vez gera ainda mais aquecimento.

Expectativa com a COP28

O secretário-geral pediu que as negociações da 28ª Cúpula do Clima, COP28, quebrem este ciclo.

Ele reforçou o apelo por um compromisso global para triplicar as energias renováveis, duplicar a eficiência energética e trazer energia limpa para todos, até 2030.

Além disso, Guterres enfatizou a importância de um compromisso claro e credível para eliminar progressivamente os combustíveis fósseis num prazo que se alinha com a meta de manter o limite de aumento de temperatura em 1,5°C até o fim do século.

O líder da ONU saudou os milhares de pesquisadores na Antártida e em todo o mundo que estão “expandindo a compreensão das mudanças que ocorrem no continente”.

Para ele, estas pesquisas são um testemunho da engenhosidade humana e dos imensos benefícios da cooperação internacional.

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Com informações das Nações Unidas

Português, Brasil

COP28: Negociações impactarão casos de asma, câncer e doenças infecciosas

Da redação

29/11/2023 às 11h08 - quarta-feira | Atualizado em 29/11/2023 às 14h58

Nas vésperas da 28ª Cúpula do Clima, a COP28, a Organização Mundial da Saúde (OMS), pede que o impacto das alterações climáticas no setor esteja no centro das negociações. 

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que "priorizar a saúde não é apenas uma escolha, é a base de sociedades resilientes".

Os mais vulneráveis

Segundo ele, é preciso mudar a conversa e demonstrar “os enormes benefícios de uma ação climática mais ousada para a saúde e bem-estar.”

Em entrevista para a ONU News, a diretora do Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, Maria Neira, disse que “todo mundo, em todos os lugares, é afetado pelas mudanças climáticas”.

No entanto, Maria Neira ressaltou que os mais vulneráveis são aqueles que vivem “nos países subsaarianos, no sudeste asiático e nos pequenos Estados insulares”.

Clima e saúde

A especialista disse que na COP28, os negociadores precisam perceber que o que está em jogo não é apenas a redução de emissões de gases. Ela apontou também a quantidade de casos de asma, câncer de pulmão e outras doenças respiratórias associadas à exposição à poluição ou às consequências das alterações climáticas.

Maria Neira afirmou que maior acesso a fontes limpas de energia pode impedir 5 milhões de mortes todos os anos.

Nesse sentido, a especialista defendeu estratégias para transferência de novas tecnologias verdes para os países com o objetivo de reduzir as emissões, acelerando a transição para fontes de energia limpas e garantindo a harmonização dos dispositivos médicos necessários para os novos desafios de saúde pública.

A agência defende que os acontecimentos climáticos extremos em todo o mundo nos últimos meses oferecem uma visão aterradora do que está por vir num mundo em rápido aquecimento. 

3,5 bilhões de pessoas em alto risco

O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima, IPCC, afirma que cerca de 3,5 bilhões de pessoas, quase metade da humanidade, vivem em áreas altamente vulneráveis ​​às alterações climáticas. 

As mortes relacionadas com o calor entre pessoas com mais de 65 anos aumentaram 70% em todo o mundo em duas décadas, de acordo com dados da OMS.

Desastres cada vez mais frequentes e graves, como secas, inundações e ondas de calor, também irão sobrecarregar as infraestruturas de saúde. 

As inundações do ano passado no Paquistão deslocaram 8 milhões de pessoas e afetaram 33 milhões no total. 

Primeiro Dia da Saúde durante a COP

As previsões do Banco Mundial indicam que, sem uma ação ousada e imediata, as alterações climáticas poderão deslocar aproximadamente 216 milhões de pessoas até 2050.

Paralelamente, as alterações climáticas estão catalisando um aumento de doenças infecciosas como a dengue e a cólera, colocando milhões de pessoas em perigo.

A OMS espera que os líderes mundiais reunidos na COP28 compreendam que as mudanças climáticas são uma ameaça direta à saúde global, que já não pode ser ignorada ou subestimada.

O primeiro Dia da Saúde durante o evento pretende destacar o nexo entre clima e saúde na agenda das alterações climáticas. Espera-se que um número recorde de ministros da saúde participe na COP28. 

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Com informações das Nações Unidas

Português, Brasil

COP28: O que é e por que importa?

Da redação

29/11/2023 às 10h42 - quarta-feira | Atualizado em 29/11/2023 às 12h07

As temperaturas globais continuam atingindo níveis recordes e, conforme o ano termina, o “calor diplomático” aumenta com todos os olhares voltados para Dubai. A capital dos Emirados Árabes Unidos reúne líderes mundiais de 30 de novembro a 12 de dezembro para traçar um caminho ambicioso na luta global contra as alterações climáticas.

Aqui está o que você precisa saber:

O que é uma ‘COP’?

As Cúpulas do Clima da ONU são reuniões anuais de alto nível governamental focadas na ação climática. São também referidas como COPs, Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, Unfccc.

A convenção da Unfccc entrou em vigor em 21 de março de 1994 para evitar interferências humanas “perigosas” no sistema climático.

Hoje, ratificada por 198 países, tem adesão quase universal. O Acordo de Paris, adotado em 2015, funciona como uma extensão dessa convenção.

Espera-se que mais de 60 mil representantes participem na COP28, incluindo os Estados-membros da Unfccc, líderes da indústria, jovens ativistas, integrantes de comunidades indígenas, jornalistas e outras partes interessadas.

É um momento crucial para a ação climática global.

A COP28 proporcionará um panorama da realidade atual, com o culminar de um processo denominado “Balanço Global”. O objetivo é avaliar até que ponto o mundo avançou no combate à crise climática e em que medida é necessária uma correção de rumo.

Por que a conferência COP28 é importante?

Desde a adoção do Acordo Climático de Paris na COP21, em 2015, as conferências subsequentes focaram na implementação do seu objetivo principal: Limitar o aumento da temperatura média global para bem abaixo dos 2°C e avançar nos esforços para limitar o aumento a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

Em Paris o acordo foi forjado. Em Katowice, onde aconteceu a COP24, e em Glasgow, palco da COP26, foi elaborado o plano de ação. Na COP27, em Sharm el-Sheikh, começou a fase da implementação.

Agora, espera-se que a COP28 seja um ponto de virada, onde os países não só decidirão sobre quais ações climáticas mais fortes devem ser tomadas, mas também “como” realizá-las.

Medir o progresso em relação aos objetivos de Paris em temas como mitigação, adaptação e financiamento climático e adaptar os planos existentes é uma parte fundamental dos esforços. Por isso, a COP28 tem grande importância.

O primeiro Balanço Global, que começou na COP26 em Glasgow, será concluído em Dubai.

O processo foi concebido para ajudar a identificar o que ainda precisa ser feito e orientar os países para planos de ação climática mais ambiciosos e acelerados.

Nesse contexto, a decisão que será adotada pelos países na COP28 poderá se destacar como o resultado mais importante após a Conferência de Paris de 2015.

O que está em jogo?

Literalmente, a saúde do planeta Terra e o bem-estar da humanidade.

“A Antártida foi chamada de gigante adormecido, mas agora está sendo despertada pelo caos climático”, alertou o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante a sua visita à Antártida antes da COP28.

O gelo marinho da Antártida está no nível mais baixo de todos os tempos. Novos números mostram que, em setembro deste ano, o nível estava 1,5 milhões km2 menor do que a média para esta época do ano, “uma área aproximadamente do tamanho de Portugal, Espanha, França e Alemanha juntos”.

“Tudo isso significa uma catástrofe em todo o mundo. O que acontece na Antártica não fica na Antártida. E o que acontece a milhares de quilômetros de distância tem um impacto direto aqui”, disse Guterres.

Mais de um século de queima de combustíveis fósseis e uso insustentável da energia e do solo já causaram um aquecimento global de 1,1°C acima dos níveis pré-industriais. É provável que cada aumento do aquecimento exacerbe a intensidade e a frequência de fenômenos meteorológicos extremos, como ondas de calor, inundações, tempestades e alterações climáticas irreversíveis.

Este 2023 está prestes a se tornar o ano mais quente já registrado. Além disso, os últimos oito anos foram os mais quentes já registados a nível mundial, alimentados pelo aumento das concentrações de gases do efeito estufa e pelo calor acumulado.

Guterres soou o alarme em diversas ocasiões com o aviso de que, se nada mudar, o mundo caminha para um aumento de 3°C na temperatura, que terá como consequência um planeta perigoso e instável.

“A humanidade abriu as portas do inferno. O calor intenso está tendo um efeito horrendo”, disse ele.

Quase metade da população mundial vive em regiões altamente vulneráveis ​​às alterações climáticas.

Os países menos desenvolvidos, sem litoral e pequenos Estados insulares podem ter contribuído pouco para esta crise, mas estão na linha de frente da crise, tendo de lidar com as suas consequências mortais.

O que quer dizer ação climática mais forte?

O secretário-geral da ONU fez diversos alertas de que a urgência da ação climática está sendo ofuscada pela escala da crise, mas segundo ele o “futuro não está definido”.

A ciência afirma que ainda é possível limitar o aumento da temperatura a 1,5°C e evitar o pior das alterações climáticas, mas apenas com uma ação climática dramática e imediata, que inclui:

• Uma redução de 45% nas emissões de gases do efeito estufa até 2030, em comparação com os níveis de 2010;

• Atingir zero emissões globais até 2050;

• Uma “transição justa e equitativa” dos combustíveis fósseis, como petróleo e gás, para fontes de energia renováveis; e

• Aumento dos investimentos na adaptação e resiliência aos distúrbios climáticos.

Além disso, é necessário cumprir os compromissos financeiros de apoio aos países em desenvolvimento, assegurando anualmente US$ 100 bilhões em financiamento climático. Outro requisito é operacionalizar o fundo de perdas e danos, que foi acordado no ano passado na COP27, proporcionando justiça climática.

No entanto, o relatório de síntese das Contribuições Nacionalmente Determinadas, NDC, da Unfccc, divulgado em novembro, mostra que o mundo não está conseguindo controlar a crise climática.

“A ambição global estagnou durante o ano passado e os planos climáticos nacionais estão surpreendentemente desalinhados com a ciência”, disse o chefe da ONU.

Qual é o papel dos Emirados Árabes Unidos, país anfitrião da COP28?

As conferências climáticas da ONU são organizadas por um país diferente a cada ano. Em 2023, os Emirados Árabes Unidos acolhem o evento.

O país anfitrião também nomeia um presidente que lidera as negociações climáticas e fica a cargo da direção e visão geral.

O ministro da Indústria e Tecnologia Avançada dos Emirados Árabes Unidos, Sultan al-Jaber, presidirá as negociações na COP28.

A próxima presidência declarou o seu foco em quatro áreas principais:

• Acelerar a transição energética e reduzir as emissões antes de 2030;

• Transformar o financiamento climático, cumprindo antigas promessas e estabelecendo um quadro para um novo acordo;

• Colocar a natureza, as pessoas, as vidas e os meios de subsistência no centro da ação climática;

• Fazer a mobilização para a COP de forma mais inclusiva de todas.

Como a COP28 contribuirá para a luta global contra as mudanças climáticas?

Quase oito anos após o Acordo de Paris e na metade do caminho da Agenda 2030, a COP28 é uma oportunidade para estabelecer num novo caminho para uma ação climática eficaz.

Como mostram vários relatórios da ONU, o mundo não está na direção certa para cumprir os objetivos do Acordo de Paris, mas a esperança é que os governos na estabeleçam na COP28 um roteiro para acelerar os esforços.

Em 2020, cada país apresentou os seus planos nacionais de ação climática destinados a reduzir as emissões e avançar na adaptação aos impactos das mudanças climáticas.

Com a próxima rodada destes planos planejada para 2025, o resultado do processo de Balanço Global poderá encorajar os países a aumentar a ambição e a definir novas metas, indo além das políticas e compromissos existentes.

Com várias questões em jogo, a conferência em Dubai é tida como um momento decisivo para transformar os planos climáticos em ações ambiciosas e virar o jogo contra a crise climática.

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Fonte: Nações Unidas

Português, Brasil

Em Brasília, é lançado o 11º volume da obra Terceiro Setor e Tributação

Da redação

24/11/2023 às 16h54 - sexta-feira | Atualizado em 27/11/2023 às 15h51

Brasília, DF — Ocorreu na noite desta quinta-feira, 23, o lançamento do 11º volume do livro Terceiro Setor e Tributação (Editora Elevação) em uma prestigiada noite de autógrafos na capital federal. A obra foi organizada pelo Procurador de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal José Eduardo Sabo Paes e teve a coordenação-adjunta das advogadas Juliana Aparecida Magalhães e Mayara Adrioli.

A cerimônia, que se realizou no Salão Nobre do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, contou com a presença de promotores de justiça, dirigentes e representantes do Ministério Público, além de familiares e amigos da equipe que produziu o livro. A obra reúne artigos de mestrandos e mestres em Direito, pesquisadores do Núcleo de Estudo e Pesquisas Avançadas no Terceiro Setor (NEPATS) e outros profissionais de área jurídica e apresenta uma visão aprofundada acerca da tributação do Terceiro Setor. 

Na ocasião, o professor Sabo Paes dedicou um exemplar ao presidente da Legião da Boa Vontade: "Ao Jornalista Paiva Netto, digno Presidente da LBV, ofereço nossos recentes estudos a respeito  do terceiro setor e o cumprimento pela visão humanista e dedicação social que norteiam sua vida. Abraços, Eduardo Sabo".

Português, Brasil

Eliminatórias: Brasil perde de 1 a 0 para Argentina no Maracanã

Da redação

22/11/2023 às 14h06 - quarta-feira | Atualizado em 22/11/2023 às 15h20

Ricardo Moraes

Brasil perde de 1 a 0 para Argentina no Maracanã

O Brasil chegou à terceira derrota consecutiva nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 após ser superado por 1 a 0 pela Argentina, na noite desta terça-feira, 21, no Estádio do Maracanã. Com este revés, a seleção brasileira passa a ocupar a 6ª posição da classificação com sete pontos.

Para a Argentina, que contou com o craque Lionel Messi na sua formação inicial, provavelmente em sua última partida oficial no Maracanã, a vitória representou a manutenção da liderança na classificação, com 15 pontos.

Voltando a apostar em uma formação com apenas dois homens no meio e quatro atacantes, a equipe comandada pelo técnico Fernando Diniz começou lutando muito e igualando o jogo diante dos atuais campeões mundiais. Com isso, o que se viu na primeira etapa foi uma partida com poucas oportunidades de lado a lado. A melhor delas foi justamente do Brasil, aos 43 minutos, em chute da entrada da área de Gabriel Martinelli.

Após o intervalo, a Argentina conseguiu chegar ao gol da vitória em jogada de bola parada. Aos 17 minutos do segundo tempo, Lo Celso cobrou escanteio e Otamendi subiu muito para ganhar no alto e cabecear com precisão.

A situação da seleção se complicou de vez aos 36 minutos, quando Joelinton foi expulso após dividir bola com De Paul e o juiz entender que o brasileiro acertou o argentino no rosto em marcação muito contestada.

 

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Com informações da Agência Brasil

Português, Brasil

Acompanhe a Boa Vontade TV pela Banda K.U

Da redação

22/11/2023 às 10h09 - quarta-feira | Atualizado em 24/11/2023 às 12h00

Sintonize a Boa Vontade TV com sua antena parabólica, em todo o território nacional, pela Banda K.U., via satélite StarOne D2, e assista a uma programação que leva Educação com Espiritualidade Ecumênica, Cultura, Desenvolvimento Sustentável e Cidadania, inspirada nos ensinamentos de Esperança do Evangelho-Apocalipse de Jesus.

Anote os novos parâmetros para sintonizar a nossa programação no novo satélite: Star One D2, frequência 12.000 Mega-hertz, Symbol Rate 29900, polarização vertical. Para executar corretamente o redirecionamento de sua antena parabólica, procure uma casa de antenas ou um profissional habilitado.

No caso de dúvidas em como realizar o procedimento, basta entrar em contato pelo telefone 0300 10 07 940 (custo de uma ligação local + impostos) ou enviar um e-mail para info@boavontade.com.

Português, Brasil

Fortes chuvas voltam a castigar o Sul do Brasil; ore pelos afetados

Da redação

21/11/2023 às 13h25 - terça-feira | Atualizado em 21/11/2023 às 16h48

Os temporais que atingiram o Rio Grande do Sul no final de semana causaram danos e transtornos em 158 cidades, deixando 13.264 pessoas desalojadas e 3.737 desabrigadas, de acordo com a Defesa Civil do RS. O governo do Rio Grande do Sul confirmou nesta terça-feira, 21, mais uma morte causada pelas enchentes que atingem o estado desde o fim de semana. 

Cidades como São Sebastião do Caí e Eldorado do Sul sofreram com a alta dos níveis dos rios. Em Porto Alegre, o Guaíba atingiu nível máximo e superou a marca histórica pela segunda vez em dois meses.

Defesa Civil de Santa Catarina alerta para riscos de novos temporais

A população de Santa Catarina deve estar alerta nos próximos dias. Com 71 cidades em situação de emergência devido às consequências de fenômenos climáticos, o estado deve voltar a enfrentar temporais e uma nova frente fria durante a semana.

Em um boletim divulgado nesta segunda-feira, 20, a Defesa Civil estadual alerta que, após um dia de tempo firme, hoje, o clima deve voltar a ficar instável a partir desta terça-feira, 21. 

Embora o solo siga encharcado e, consequentemente, instável em parte do estado, os técnicos da Defesa Civil consideram baixo o risco das chuvas desta terça-feira causarem novas ocorrências. Já entre quarta-feira (22) e quinta-feira (23), uma nova frente fria causará temporais, podendo causar alagamentos, deslizamentos, enxurradas, destelhamentos, queda de galhos e de árvores e danos à rede elétrica, principalmente no Grande Oeste catarinense, onde pode chover o equivalente a algo entre 70 milímetros e 130 mm.

Com os níveis dos rios elevados e o solo encharcado, a Defesa Civil considera alto o risco de ocorrerem inundações nas bacias hidrográficas nas regiões do Grande Oeste, Vale do Itajaí e Planalto Sul – regiões onde o órgão considera muito alto o perigo de alagamentos e enxurradas.

Na sexta-feira (24), um sistema de alta pressão avança pelo estado e mantém o tempo firme com variação de nuvens nas regiões de divisa com o Rio Grande do Sul. Nas demais áreas, ainda há condição para chuvas fracas. O final de semana deve ser marcado pelo tempo nublado e temperaturas amenas. Não se descarta a possibilidade de pancadas de chuva isoladas, especialmente nas áreas de divisa com o Paraná.

ORAÇÃO AOS AFETADOS

Como gesto de solidariedade, nós, do Portal Boa Vontade, convidamos você a integrar a Corrente Ecumênica de Oração em favor dos desabrigados e desalojados, a fim de confortar os corações de todas as vítimas desse desastre natural e seus famíliares.

Integre a Corrente Ecumênica de Oração por meio da Prece do Pai-Nosso, a Oração Ecumênica de Jesus*.

 

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Com informações da Agência Brasil
 

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