Use o tempo a seu favor

Lazer ativo contribui para uma vida saudável

Da redação

21/11/2013 às 23h37 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

É clara a relação entre a atividade de lazer e o estado de saúde. O tempo livre pode e deve ser utilizado também para despertar o potencial criativo e desenvolver a capacidade socioafetiva. Recomenda-se que toda pessoa esteja disposta a aprender, a buscar o autoconhecimento e a tentar coisas novas.

De acordo com estudo desenvolvido por alunos do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a maior parte do tempo do idoso está dedicada ao lazer, mas mal aproveitado. Estima-se que 26% do dia é destinado ao lazer ocioso, passivo, como assistir à televisão e ficar deitado descansando, atividades que pouco contribuem para a melhoria da saúde.

O trabalho, apresentado na Sessão de Posters da 35a Conferência da Associação Internacional para Pesquisas de Uso do Tempo (Iatur), alerta para a necessidade de o idoso praticar atividade que ajude a manter corpo e mente ativos, a exemplo de exercícios utilizados em terapia ocupacional: artesanato, jogos de memória, dança, rodas de conversa e outros. O lazer ativo é o que traz mais benefícios à saúde.

Um dos responsáveis pelo estudo, Luís Fernando Bevilaqua destacou: “O Brasil está enfrentando um processo de envelhecimento rápido, então o olhar para a velhice tem que estar presente. Nosso trabalho vem trazer um pouco dessa necessidade que é pouco explorada”.

Segundo a pesquisadora do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Cíntia Simões Agostinho, que analisa as informações de projeto-piloto do IBGE sobre o uso do tempo, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita anualmente pelo instituto, já inclui perguntas sobre o tema. Ela explica que o assunto, debatido há muito tempo em outros países, só há poucos anos passou a receber atenção na América Latina. Para Cíntia, é uma forma de captar o cotidiano das pessoas, como elas preenchem as horas diárias.

As questões consideram o uso do tempo relacionado à locomoção, ao cuidado de pessoas da família, aos afazeres domésticos e ao trabalho voluntário. “Além de conseguir caracterizar melhor os perfis das diferentes pessoas, a gente pode cruzar com muitas variáveis. (...) É uma pesquisa que avalia vários aspectos da vida da pessoa e pode ser muito útil. Qualquer setor público pode olhar para esses dados sob a ótica de políticas sociais”, afirmou a pesquisadora.

 

Fonte: Agência Brasil.