Há emergência na saúde global para conter ressurgimento da pólio

Da redação

06/05/2014 às 16h27 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h01

Os sintomas iniciais da poliomielite são febre, fadiga, dores de cabeça, vômitos, rigidez no pescoço e dores nos membros.


Genebra, Suíça —  A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou como um “evento excepcional” o ressurgimento da poliomielite em áreas que a doença já havia sido erradicada, alertando que apenas uma resposta internacional coordenada será capaz de impedir esse retorno.

“Se deixado sem fiscalização, esse fenômeno pode levar ao fracasso da erradicação global de uma das mais sérias doenças evitáveis por vacinação”, concluiu o Comitê, que identificou Camarões, Paquistão e Síria como os países com o maior risco de exportar o vírus para outros territórios.

A situação representa uma reviravolta no cenário presenciado entre 2012 e 2013, que registrou uma transmissão quase nula do poliovírus entre países. De acordo com a OMS, há evidências crescentes de que viajantes adultos tenham contribuído para o retorno da doença, que ataca o sistema nervoso de crianças com até cinco anos de idade e, nos piores casos, pode levar à paralisia total.

Os membros do Comitê afirmaram que a prioridade nos países onde a pólio ainda é uma realidade deve ser o urgente impedimento da transmissão viral através das fronteiras. Campanhas suplementares de imunização, exames de rotina e rastreamento da propagação viral estão entre as principais formas de combate à transmissão.

Os sintomas iniciais da poliomielite são febre, fadiga, dores de cabeça, vômitos, rigidez no pescoço e dores nos membros. Uma em cada 200 infecções leva à paralisia irreversível. Entre os que ficam paralisados​​, cerca de 5 e 10% morrem, já que os músculos respiratórios ficam imobilizados, afirma a Organização.

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*Com informações da ONU-BR.