Alzheimer: avanços no tratamento e diagnóstico precoce

Donanemabe e Lecanemab: a nova era dos anticorpos monoclonais e o exame de sangue que revoluciona o diagnóstico

Anna Douradinho

26/11/2025 às 16h19 - quarta-feira | Atualizado em 01/12/2025 às 09h56

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O Alzheimer tem sido o foco de avanços significativos no tratamento, trazendo uma nova perspectiva para pacientes e familiares. A ciência médica tem se concentrado em terapias que atuam diretamente na causa da doença, marcando uma evolução em relação aos tratamentos sintomáticos tradicionais.

Entre as inovações mais promissoras, destacam-se os anticorpos monoclonais como o Donanemabe e o Lecanemab. Estes medicamentos representam um marco por sua capacidade de reduzir as placas da proteína beta-amiloide no cérebro, que são a assinatura patológica do Alzheimer. Ao atuar na fase inicial da doença, eles demonstram potencial para retardar a progressão do Alzheimer, o que se traduz em uma melhor qualidade de vida para os pacientes.

Outro pilar fundamental no enfrentamento ao Alzheimer é o diagnóstico precoce. Pesquisas avançadas estão desenvolvendo exames de sangue para Alzheimer capazes de identificar biomarcadores da doença com alta precisão. Essa tecnologia promete tornar o diagnóstico mais acessível e rápido, permitindo a intervenção terapêutica em estágios mais favoráveis. Além disso, técnicas laboratoriais inovadoras, como a criação de neurônios a partir de células da pele, estão aprofundando a compreensão da doença e abrindo caminhos para o desenvolvimento de novos tratamentos para Alzheimer.

No Brasil, o cenário de cuidado com o Alzheimer também evolui. Apesar dos desafios na incorporação de todas as tecnologias de ponta, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem garantido o acesso a medicamentos tradicionais. Paralelamente, centros especializados no país estão integrando metodologias mais modernas de diagnóstico e cuidado. Este esforço conjunto reforça a importância de um tratamento integrado do Alzheimer, que combina a medicação, o acompanhamento multidisciplinar e o essencial apoio familiar.

Ao Boa Vontade Notícias, o dr. Raphael Ribeiro Spera, neurologista do Hospital das Clínicas da USP, detalha sobre esses avanços no tratamento do Alzheimer.