5 fatores de risco para doenças cardiovasculares

Existem vários fatores de risco que afetam diretamente o coração, podendo causar acidentes vasculares e muitas outras complicações.

Gabriele de Barros

21/02/2019 às 09h01 - quinta-feira | Atualizado em 27/02/2019 às 15h14

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A relação entre cintura e estatura pode indicar risco cardiovascular, sabia? Pois é, o acúmulo excessivo de gordura na região abdominal já é um indicador de possibilidade para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a medida da cintura não deve ultrapassar 94 centímetros nos homens e 90 cm nas mulheres.

Existem vários fatores de risco que afetam diretamente o coração, podendo causar ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais, insuficiência cardíaca e muitas outras complicações.

Diante disso, nós, do Portal Boa Vontade, citaremos aqui 5 problemas de saúde que afetam diretamente o seu coração, pedindo uma atenção especial.

5 fatores de risco para doenças cardiovasculares

SEDENTARISMO

Pessoas que não costumam se exercitar regularmente acumulam mais calorias, o que posteriormente se reflete no ganho de peso, nos níveis mais elevados de colesterol, hipertensão, diabetes e entre outras enfermidades. 

Portanto, investir em uma rotina de atividade física impede e retarda todas essas complicações de saúde, além de agir beneficamente no sistema vascular, uma vez que os exercícios físicos evitam a formação de placas de gordura e aumentam a capacidade do vaso contrair e relaxar.

Nós, inclusive, já citamos 5 maneiras criativas de se livrar do sedentarismo.

Então, bora se exercitar! \o/

OBESIDADE

Segundo a OMS, a obesidade é considerada uma epidemia global. Estima-se que 1,9 bilhão de adultos tenham sobrepeso, dos quais 600 milhões estão obesos.

No Brasil, a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2017, do Ministério da Saúde, mostrou que 18,9% dos brasileiros estão obesos.

+ Como a obvesidade pode prejudicar seus rins

Dessa maneira, se torna imprescindível cuidar de sua alimentação — separe um tempo para ler as 6 dicas de alimentação saudável que preparamos para você, tá? — e uma rotina de exercícios.

Até porque a obesidade ainda pode vir acompanhada de hipertensão, colesterol alto, diabetes e outros problemas de saúde.

COLESTEROL ALTO

O colesterol é uma gordura que circula no sangue. Existem dois tipos: o HDL, conhecido como o colesterol “bom”, uma vez que ele ajuda a remover o colesterol “ruim” da parede das artérias; e o LDL, também chamado de colesterol “mau”, já que se acumula no interior das artérias obstruindo os vasos e podendo levar a sérias complicações de saúde como o infarto e o AVC.

Temos por aqui, vale a pena ressaltar, uma lista com MITOS e VERDADE sobre o colesterol.

Evitar comer alimentos muito gordurosos e cheios de açúcar ajuda na prevenção contra o alto nível de colesterol no organismo. Aliás, não se esqueça de fazer check-ups todos os anos para ver como anda a saúde. Isso é MUUUITO importante ;)

+ Como a alimentação pode controlar Colesterol Alto

HIPERTENSÃO

A hipertensão, ou pressão arterial elevada, é o fator de risco mais significativo para as doenças cardiovasculares. Se não for bem controlada, ela pode danificar as paredes das artérias e aumentar o risco do aparecimento de um coágulo sanguíneo

A presença dessa parte coagulada aumenta o risco do infarto, posto que impossibilita a passagem natural do sangue pelas artérias. 

Vale destacar que 90% dos hipertensos não apresentam sintomas e somente 20% deles estão com os níveis de pressão equilibrados. Por isso, todo cuidado é pouco.

Como prevenção, adote uma dieta com muitos vegetais, não exagere no sal, verifique a pressão de tempos e tempos e caso seja diagnosticado com hipertensão, tome certinho os medicamentos prescritos pelo médico.

+ Música pode ajudar no tratamento contra hipertensão, diz estudo

+ Hipertensão: conheça as causas e saiba como tratar

TABAGISMO

As toxinas do tabaco lesionam a camada interna dos vasos, deixam os tubos sanguíneos mais estreitos e ainda aceleram o aparecimento de placas de gordura, o que representa um quadro propício para infartos e AVCs.

A nicotina, por exemplo, é uma substância que causa alterações na pressão arterial, podendo levar a graves problemas de saúde no futuro.

É importante destacar também há consequências espirituais do uso do cigarro.

Sabemos que a luta para deixar de fumar é árdua, mas não é impossível. Por isso, como forma de incentivo a quem procura largar esse vício, deixamos aqui a inspiradora história de Cláudio Gonçalves Moreira. Ele abandonou o cigarro e adotou hábitos saudáveis, como andar de bicicleta. =)

Vale lembrar que existem diversos métodos e remédios que auxiliam a deixar o vício e também grupos de apoio que ajudam a apaziguar as aflições da abstinência.

Cuide de seu coração!

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Citamos como algumas doenças, motivadas por péssimos hábitos, podem afetar nosso coração.

Porém, um estudo feito por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), identificou que pessoas fisicamente ativas e sem sobrepeso, mas com valores de relação cintura-estatura (RCE) próximos ao limite de risco, também têm maior probabilidade de desenvolver problemas no coração.

O RCE é calculado pela divisão da circunferência da cintura pela estatura.

Ou seja: todo cuidado é pouco quando se trata de saúde! O_O

Para o estudo, 52 homens saudáveis e fisicamente ativos, com idade entre 18 e 30 anos, foram selecionados. Eles foram divididos em três grupos:

- Primeiro grupo: formado por pessoas com menor percentual de gordura corporal e RCE entre 0,40 e 0,449;
- Segundo grupo: com integrantes com RCE entre 0,45 e 0,50 (próximo ao limiar de risco);
- Terceiro grupo: constituído por homens com RCE acima do limite de risco (entre 0,5 e 0,56).

O professor da Unesp de Marília e coordenador da pesquisa, Vitor Engrácia Valenti, explica: “Os valores acima de 0.5 indicavam alto risco de desenvolver alguma doença cardiovascular ou metabólica. Os valores abaixo de 0.5 indicavam que a pessoa tinha aparentemente menor risco”.

Após a divisão, os participantes foram avaliados durante dois dias. No primeiro exercício, os integrantes tiveram que permanecer 15 minutos sentados em repouso e logo depois correr com em uma esteira ergométrica. O objetivo era constatar que todos eram fisicamente ativos, ou seja, mantinham atividades regulares.

No segundo dia, foram submetidos a um exercício físico moderado: uma caminhada de 30 minutos. A intensidade seria de aproximadamente 60% do esforço máximo. A intenção era observar, durante o repouso e a primeira hora após os exercícios, a velocidade de recuperação cardíaca autonômica.

“Quanto mais tempo o organismo demora para se recuperar após o exercício, [maior é a] probabilidade de desenvolver uma doença cardiovascular como hipertensão, infarto e AVC”, conta Valenti.

Os resultados mostraram que os grupos com RCE próximo e acima do limite de risco para o desenvolvimento de doenças cardíacas apresentaram recuperação autonômica mais lenta, tanto no esforço máximo quanto no moderado.

Estudos recentes sugerem que a RCE fornece informações mais precisas de riscos cardiovasculares do que o Índice de Massa Corporal (IMC), que avalia a distribuição de gordura pelo corpo. “O resultado que encontramos chama a atenção daquelas pessoas que acham que [estão fora dos grupos de risco] por não ter barriga, mas não fazem atividade física ou mantêm hábito alimentar saudável. Mesmo sem barriga, pode ser um risco”, alertou o professor, com base no trabalho.

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*Com informações dos sites Agência Brasil, Minuto Saudável e Saúde Abril.