Da redação

COP27 encerra com acordo sobre perdas e danos: “Um passo em direção à justiça”, diz chefe da ONU

Da redação

21/11/2022 às 10h10 - segunda-feira | Atualizado em 21/11/2022 às 11h44

Kiara Worth

A COP27 finaliza os trabalhos em Sharm el-Sheikh, no Egito

Após dias de intensas negociações em Sharm el-Sheikh, no Egito, os países da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP27) chegaram a um acordo sobre a criação de um mecanismo de financiamento para compensar as nações vulneráveis ​​por 'perdas e danos' causados ​​pelo clima desastres induzidos.

Em mensagem de vídeo, emitida no local da conferência, o secretário-geral da ONU, António Guterres disse que “esta COP deu um passo importante em direção à justiça”, e saudou a decisão de estabelecer um fundo para perdas e danos e operacionalizá-lo no próximo período, ressaltando que as vozes daqueles que estão na linha de frente do conflito da crise climática deve ser ouvida. 

Os países em desenvolvimento fizeram fortes e repetidos apelos para a criação de um fundo de perdas e danos, para compensar as nações mais vulneráveis ​​aos desastres climáticos, e que pouco contribuíram para a crise climática.

Ele ressaltou que “claramente, isso não será suficiente, mas é um sinal político muito necessário para reconstruir a confiança quebrada”, enfatizando que o sistema da ONU apoiará o esforço em cada etapa do caminho.

Após perderem o prazo de sexta-feira à noite, os negociadores finalmente conseguiram chegar numa conclusão sobre os itens mais difíceis da agenda, incluindo uma linha de perdas e danos.

Apesar disso, ainda se discute como esse mecanismo será financiado, e o objetivo do financiamento pós-2025, além do chamado programa de trabalho de mitigação, que reduziria as emissões mais rapidamente, catalisaria ações impactantes e asseguraria garantias dos principais países de que eles vão tomar medidas imediatas para aumentar a ambição e nos manter no caminho de 1,5°C.

No entanto, embora o acordo sobre o financiamento de perdas e danos tenha sido um avanço para os vulneráveis, houve pouco avanço da COP27 em outras questões importantes relacionadas às causas do aquecimento global, particularmente sobre a eliminação gradual de combustíveis fósseis e linguagem mais rígida sobre a necessidade limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius.

O combate às mudanças climáticas continua

Guterres lembrou ao mundo o que continua sendo prioridade em relação à ação climática, incluindo a ambição de reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa e manter o limite de 1,5ºC do Acordo de Paris, e puxar a humanidade “de volta do precipício climático”.

Ele lamentou que é preciso reduzir drasticamente as emissões agora, mas esta é uma questão que a COP não abordou, dizendo que o mundo ainda precisa dar um salto gigantesco na ambição climática e acabar com o vício em combustíveis fósseis investindo “massivamente” em energias renováveis.

O chefe da ONU também enfatizou a necessidade de cumprir a promessa que vem sendo adiada de US$ 100 bilhões por ano em financiamento climático para países em desenvolvimento, estabelecendo clareza e um roteiro confiável para dobrar os fundos para adaptação.

Guterres também reiterou a importância de mudar os modelos de negócios dos bancos multilaterais de desenvolvimento e das instituições financeiras internacionais.

Ele disse que “eles devem aceitar mais riscos e alavancar sistematicamente o financiamento privado para os países em desenvolvimento a custos razoáveis”.

Transição energética

O chefe da ONU disse que, embora um fundo para perdas e danos seja essencial, não é uma resposta se a crise climática apagar um Pequeno Estado Insular do mapa, ou transformar um país africano inteiro em deserto.

Ele renovou o apelo por parcerias de transição energética justa para acelerar a eliminação gradual do carvão e aumentar as energias renováveis ​​e reiterou o pedido que fez em seu discurso de abertura na COP27: um pacto de solidariedade climática.

Guterres explicou que é preciso “um pacto em que todos os países fazem um esforço extra para reduzir as emissões nesta década em linha com a meta de 1,5 grau. E um Pacto para mobilizar, juntamente com instituições financeiras internacionais e o setor privado, apoio financeiro e técnico para grandes economias emergentes acelerarem sua transição para energias renováveis”, ressaltando que isso é essencial para manter o limite de 1,5 grau ao alcance.

O tempo está se esgotando

Guterres destacou que a COP27 foi concluída com “muito dever de casa” a ser feito e pouco tempo para fazê-lo. “Já estamos a meio caminho entre o Acordo Climático de Paris [2015] e o prazo de 2030. Precisamos de todas as mãos no convés para impulsionar a justiça e a ambição”, afirmou.

O secretário-geral acrescentou que isso inclui a ambição de acabar com a “guerra suicida” contra a natureza que está alimentando a crise climática, levando espécies à extinção e destruindo ecossistemas.

Para ele, “a Conferência de Biodiversidade da ONU no próximo mês é o momento de adotar uma estrutura de biodiversidade global ambiciosa para a próxima década, aproveitando o poder das soluções baseadas na natureza e o papel crítico das comunidades indígenas”.

“Compartilho da sua frustração”

O chefe da ONU também enviou uma mensagem à sociedade civil e aos ativistas que tanto se manifestaram desde o dia da abertura da conferência: “compartilho sua frustração”.

Guterres disse que os defensores do clima, liderados pela voz moral dos jovens, mantiveram a agenda em andamento nos dias mais sombrios e devem ser protegidos.

Ele disse que “a fonte de energia mais vital do mundo é o poder das pessoas”, e que “é por isso que é tão importante entender a dimensão dos direitos humanos na ação climática”, acrescentando que a batalha pela frente será dura e que “será necessário que cada um de nós lute nas trincheiras todos os dias… mal podemos esperar por um milagre.”

Ecoando esse sentimento, a jovem ativista ambiental queniana Elizabeth Wathuti disse que “a COP27 pode ter acabado, mas a luta por um futuro seguro não. Agora é mais urgente do que nunca que os líderes políticos trabalhem para chegar a um forte acordo global para proteger e restaurar a natureza na próxima Cúpula Global de Biodiversidade, em Montreal.”

Elizabeth acrescentou que “a crise interconectada de alimentos, natureza e clima está afetando a todos nós, mas as comunidades da linha de frente, como a minha, são as mais atingidas. Quantos alarmes precisam soar antes de agirmos?”

O que foi alcançado

A COP27 reuniu mais de 35 mil pessoas, incluindo representantes do governo, observadores e sociedade civil.

Os destaques da reunião incluíram, entre outros, o lançamento do primeiro relatório do Grupo de Especialistas de Alto Nível sobre os Compromissos de Emissões Líquidas Zero de Entidades Não Estatais.

O relatório criticou o greenwashing, que leva o público a acreditar que uma empresa ou entidade está fazendo mais para proteger o meio ambiente do que está, e fracas promessas líquidas zero. O documento também forneceu um guia para trazer integridade aos compromissos líquidos zero da indústria, instituições financeiras, cidades e regiões e para apoiar uma transição global e equitativa para um futuro sustentável.

Ainda durante a conferência, a ONU anunciou o Plano de Ação Executivo para a iniciativa Alerta Precoce para Todos, que prevê novos investimentos iniciais direcionados de US$ 3,1 bilhões entre 2023 e 2027, equivalente a um custo de apenas 50 centavos por pessoa por ano.

Enquanto isso, o ex-vice-presidente dos EUA e ativista climático Al Gore, com o apoio do secretário-geral da ONU, apresentou um novo inventário independente de emissões de gases de efeito estufa criado pela Climate Trace Coalition.

A ferramenta combina dados de satélite e inteligência artificial para mostrar as emissões em nível de instalação de mais de 70 mil locais em todo o mundo, incluindo empresas na China, Estados Unidos e Índia. Isso permitirá que os líderes identifiquem a localização e o escopo das emissões de carbono e metano lançadas na atmosfera.

Outro destaque da conferência foi o chamado plano mestre para acelerar a descarbonização de cinco grandes setores – energia, transporte rodoviário, aço, hidrogênio e agricultura, apresentado pela presidência egípcia da COP27.

A liderança egípcia também anunciou o lançamento da iniciativa Food and Agriculture for Sustainable Transformation ou Fast, para melhorar a quantidade e a qualidade das contribuições financeiras climáticas para transformar a agricultura e os sistemas alimentares até 2030.

Esta foi a primeira COP a ter um dia dedicado à Agricultura, que contribui com um terço das emissões de gases do efeito estufa e deve ser parte crucial da solução.

Outras iniciativas anunciadas na COP27 incluem:

• A Agenda de Adaptação de Sharm El-Sheik

• Iniciativa de Ação para Adaptação e Resiliência da Água (AWARe)

• Iniciativa Africana do Mercado de Carbono (Acmi)

• A Campanha de Aceleração da Adaptação de Seguros

• A Aliança Global de Renováveis

• Compromisso de Cimento e Concreto da First Movers Coalition (FMC)

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Com informações das Nações Unidas

Português, Brasil

Destaques da cerimônia de abertura da Copa do Mundo 2022

Da redação

20/11/2022 às 13h00 - domingo | Atualizado em 23/11/2022 às 13h00

A Copa do Mundo de 2022 está, oficialmente, aberta. Foi dada a largada para a grande festa mundial do futebol. A cerimônia de abertura da Copa do Mundo no Catar ocorreu no início da tarde deste domingo, 20, no horário de Brasília. Focada na mensagem de inclusão dos mais povos, a festa foi realizada no estádio Al Bayt, em Al Khor, cidade localizada a 35 quilômetros de Doha.

@Reuters/Dylan Martinez/Direitos Reservados

A Copa do Mundo de 2022 está, oficialmente, aberta. 

O ex-jogador Marcel Desailly, nascido em Gana, naturalizado francês e campeão do mundo pela seleção europeia em 1998, foi o responsável por entrar no estádio com a taça desta edição da Copa do Mundo. Depois, observado por um grupo de 60 mil pessoas, formado por personalidades do esporte, da política, das artes e por torcedores comuns, que lotavam as arquibancadas, o ator Morgan Freeman recebeu Ghanim Al Muftah, um influenciador local e portador da síndrome de regressão caudal, para deixar uma mensagem de inclusão.

Na sequência, ocorreram o desfile das 32 bandeiras das seleções participantes do torneio, os uniformes dos times e os mascotes das Copas passadas também foram apresentados. O mascote dessa edição, o La'eeb, que significa jogador super habilidoso, desenvolvido a partir de lenços de cabeça bem típicos da cultura árabe, também fez muito sucesso. A parte musical ficou para a banda sul-coreana de K-Pop BTS e para o cantor catari Fahad Al Kubaisi, que também é o embaixador oficial da Copa do Mundo.

O Emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, ao lado do presidente da Fifa, Gianni Infantino, deixou a mensagem oficial do país-sede. "Recebemos a todos de braços abertos na Copa do Mundo 2022. Durante 28 dias, vamos acompanhar essa festa de futebol nesse espaço de diálogo e civilização. Desejo a todas as seleções muito sucesso".

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Informações da Agência Brasil

Português, Brasil

Enem 2022 - Veja os horários e o que pode ou não levar para segundo dia de prova

Da redação

19/11/2022 às 14h26 - sábado | Atualizado em 19/11/2022 às 15h37

O segundo e último dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é neste domingo, 20. Os participantes farão as provas de matemática e ciências da natureza, que engloba química, física e biologia em mais de 1,7 mil municípios. Ao todo, serão 90 questões objetivas. A aplicação terá 5 horas de duração.

As provas serão aplicadas tanto para os candidatos inscritos na versão impressa quanto na versão digital do exame. As questões serão iguais nas duas modalidades.

Para fazer o exame é obrigatório apresentar o documento de identidade e ter uma caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente. No Enem digital, as respostas são dadas no computador, mas os participantes recebem uma folha de rascunho para fazer os cálculos à mão, por isso, a caneta é também necessária no segundo dia de prova.

Entre as identificações aceitas estão a carteira de identidade, o passaporte, carteira de motorista e a carteira de trabalho emitida após 27 de janeiro de 1997. A novidade desta edição é que são aceitos os documentos digitais com foto do e-Título, CNH digital e RG digital. Eles devem ser apresentados nos respectivos aplicativos oficiais Não serão aceitas fotos da tela do celular.

A máscara de proteção facial é obrigatória, exceto nos estados ou municípios onde o uso do item em local fechado esteja liberado por decreto ou ato administrativo de igual poder regulamentar.

No primeiro dia de Enem, os participantes fizeram as provas de linguagens, ciências humanas e redação. Ao todo, cerca de 2,5 milhões, ou seja, 73,3% dos cerca de 3,4 milhões de inscritos compareceram ao exame.

O que levar

Embora não seja obrigatório, é recomendado que os participantes levem lanche e água, já que a prova tem uma duração longa. Também é recomendado que se leve no dia do exame o Cartão de Confirmação da Inscrição. Nele está, entre outras informações, o local de prova. O cartão pode ser acessado na Página do Participante.

Caso necessite comprovar que participou do exame, o estudante pode, também, na Página do Participante, imprimir a Declaração de Comparecimento para cada dia de prova, informando o CPF e a senha. A declaração deve ser apresentada ao aplicador na porta da sala em cada um dos dias. Ela serve, por exemplo, para justificar a falta ao trabalho.

Os portões nos locais de provas abrem às 12h e fecham às 13h. Não é permitido entrar após o fechamento dos portões. As provas começam a ser aplicadas às 13h30 e terminam às 18h30. O horário é o de Brasília. Os gabaritos das provas serão divulgados até o dia 23, na internet.

O Enem seleciona estudantes para vagas do ensino superior em universidades públicas, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), e serve de parâmetro para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados também podem ser usados para ingressar em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Inep.

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Com informações da Agência Brasil

Português, Brasil

Único país a disputar todas as Copas, Brasil busca hexa no Catar

Da redação

18/11/2022 às 10h57 - sexta-feira | Atualizado em 23/11/2022 às 13h02

Todo brasileiro se orgulha de ser cinco vezes campeão do mundo, fazendo jus ao título de país do futebol. Numa breve retrospectiva das Copas passadas, os primeiros episódios são das edições nas quais a taça ficou com a seleção canarinho.

Suécia (1958)

“A taça do mundo é nossa, com o brasileiro não há quem possa”, a marchinha cantada pelo grupo “Titulares do Ritmo” celebra a primeira vez em que a seleção foi campeã. Na época, os brasileiros escutavam pelo rádio as partidas que ocorriam lá na Europa. Aliás, a seleção de Pelé, Garrincha, Didi, Gylmar, Zagalo e companhia só enfrentou adversários europeus do início ao fim. Venceu cinco jogos, empatou um e desbancou a anfitriã Suécia na final por impressionantes 5 a 2. Um título mais do que merecido.

Chile (1962)

Quatro anos mais tarde, com a mesma base da Copa anterior, o Brasil se tornou bicampeão. Houve, é verdade, mudança de técnico: saiu Vicente Feola entrou Aymoré Moreira. Coincidentemente, a conquista veio também com cinco vitórias e um empate. Pelé se contundiu na segunda partida e foi substituído por Amarildo a partir de então. E o treinador utilizou apenas doze jogadores em seis partidas. Na final, o Brasil bateu a Tchecoslováquia por 3 a 1 e fez a festa em Santiago.

México (1970)

“90 milhões em ação, pra frente, Brasil, salve a seleção”. A canção enaltação de Miguel Gustavo se tornou o eterno hino do futebol e é associado tanto ao tricampeonato mundial quanto à época em que a ditadura militar estava no auge. O treinador, agora, era Zagalo e o Brasil podia ser dar o luxo de ter um ataque com Tostão, Rivelino, Pelé e Jairzinho. Em seis partidas, seis vitórias e lances geniais deram ao Brasil a posse definitiva da Taça Jules Rimet. Na decisão, uma goleada impiedosa na Itália: 4 a 1.

Estados Unidos (1994)

Após um longo jejum de 24 anos sem título, o Brasil tornou-se tetracampeão mundial com uma geração que começou a despontar nas Olimpíadas de Seul (1988). Romário, Bebeto, Taffarel, Jorginho, Branco e companhia, sob o comando de Carlos Alberto Parreira, fizeram uma campanha sólida, com cinco vitórias e dois empates até o título. Na decisão, uma partida nervosíssima contra a Itália. Empate em 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação e vitória somente nos pênaltis por 3 a 2.

Japão e Coreia do Sul (2002)

Em um Mundial realizado entre dois países orientais, o Brasil chegou com vários craques, mas amargando uma campanha fraca nas Eliminatórias. A seleção, com Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo, Marcos e Cafu foi passando por todos os adversários, com sete vitórias em sete jogos sob o comando de Luiz Felipe Scolari. Na decisão, no Japão, o Brasil bateu a Alemanha por 2 a 0, com dois gols de Ronaldo e levou o pentacampeonato. Depois disso não conseguiu mais chegar a uma decisão.

Brasil (1950)

O país se preparou para ser campeão em 1950, organizou a Copa, construiu o maior estádio do mundo à época, com capacidade para 200 mil pessoas, montou um esquadrão com craques do quilate de um Ademir, Zizinho, Jair, Chico e Friaça, mas esqueceu de combinar com o Uruguai. O pequeno país vizinho derrubou o Brasil, em pleno Maracanã, de virada, com um fatídico gol de Ghiggia aos 35 minutos do 2º tempo. O país inteiro chorou a derrota e muita gente jurou nunca mais ver futebol por causa daquela derrota.

França (1998)

Sob o comando do técnico Zagalo, o Brasil teve ótima oportunidade de ser campeão na última Copa do século XX. O time de Bebeto, Ronaldo, Rivaldo, Cafu e Roberto Carlos chegou até a decisão contra a anfitriã França com ares de favorito, depois de eliminar a Holanda nas semifinais, nos pênaltis. No estádio de Saint-Denis tudo deu errado. Ronaldo passou mal antes do jogo. Zidane fez dois gols de cabeça ainda no 1º tempo e a França passeou em cima da seleção, ganhando por 3 a 0 e adiantou o penta por quatro anos.

 

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Com informações da Agência Brasil

Português, Brasil

OMS promove novas diretrizes para cuidados com bebês prematuros

Da redação

17/11/2022 às 11h02 - quinta-feira | Atualizado em 17/11/2022 às 12h18

© Unicef/Zahara Abdul

OMS lançou uma nova diretriz sobre cuidados, orientando que prematuros sejam colocados diretamente em contato pele a pele com cuidador

Desde 2011, o dia 17 de novembro é reconhecido como o Dia Mundial da Prematuridade com o objetivo de dar visibilidade e sensibilizar sobre as necessidades e direitos dos bebês prematuros e das suas famílias.

Neste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS), lançou uma nova diretriz sobre os cuidados, orientando que prematuros sejam colocados diretamente em contato pele a pele com o cuidador, conhecido como método canguru. Isso deve ser feito imediatamente após o nascimento, sem qualquer período inicial em uma incubadora.

Bebês prematuros e pequenos

A recomendação marca uma mudança significativa em relação à orientação anterior e à prática clínica comum, refletindo os imensos benefícios para a saúde de garantir que os cuidadores e seus bebês prematuros possam ficar próximos, sem serem separados, após o nascimento.

A diretriz é direcionada para bebês nascidos antes de 37 semanas de gravidez, ou pequenos, com menos de 2,5 kg e busca melhorar a chance de sobrevivência e os resultados de saúde.

As diretrizes também fornecem recomendações para garantir apoio emocional, financeiro e no local de trabalho para famílias de bebês muito pequenos e prematuros, que podem enfrentar estresse e dificuldades com a rotina de cuidados intensivos e ansiedades em relação à saúde de seus bebês.

Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, as recomendações mostram que melhorar os resultados para esses bebês pequenos nem sempre é fornecer as soluções de alta tecnologia, mas garantir o acesso a cuidados de saúde essenciais centrados nas necessidades das famílias.

Saúde pública

De acordo com a agência da ONU, a prematuridade é um problema urgente de saúde pública. Todos os anos, cerca de 15 milhões de bebês nascem prematuros, totalizando mais de um em cada 10 de todos os nascimentos em todo o mundo, e um número ainda maior - mais de 20 milhões de bebês - tem baixo peso ao nascer. Esse número está aumentando e a prematuridade é hoje a principal causa de morte de crianças menores de cinco anos.

A OMS explica que, dependendo de onde nascem, ainda existem disparidades significativas nas chances de sobrevivência de um bebê prematuro. Enquanto a maioria dos nascidos com 28 semanas ou mais em países de alta renda sobrevive, em países mais pobres as taxas de sobrevivência podem ser tão baixas quanto 10%.

Doris Mollel Foundation

Método canguru deve ser feito imediatamente após o nascimento, sem qualquer período inicial em uma incubadora

A agência de saúde adiciona que estas vidas podem ser salvas por meio de medidas viáveis ​​e econômicas, incluindo cuidados de qualidade antes, durante e após o parto, prevenção e tratamento de infecções comuns, bem como os cuidados de mãe canguru.

A alternativa prevê uma combinação do contato pele a pele em uma tipoia ou bandagem especial por várias horas possível com um cuidador principal, geralmente a mãe, e amamentação exclusiva.

Mudança de diretriz

A OMS explica que como os bebês prematuros não têm gordura corporal, muitos têm problemas para regular sua própria temperatura quando nascem e geralmente precisam de assistência médica para respirar.

Para eles, as recomendações anteriores eram de um período inicial de separação de seu cuidador principal, com o bebê primeiro estabilizado em uma incubadora ou aquecedor. A duração seria em média, cerca de três a sete dias.

Agora, a pesquisa mostra que iniciar o método mãe canguru imediatamente após o nascimento salva muito mais vidas, reduz infecções e hipotermia e melhora a alimentação.

A médica responsável pela saúde neonatal da OMS, Karen Edmond, explica que durante o pico da pandemia de Covid-19, muitas mulheres foram desnecessariamente separadas de seus bebês.

Para ela, isso pode ser desastroso para a saúde de bebês nascidos prematuros ou pequenos. Por isso, as novas recomendações enfatizam a necessidade de cuidar de famílias e bebês prematuros juntos como uma unidade e garantir que os pais recebam o melhor apoio possível durante o que geralmente é um momento delicado.

Cuidados intensivos neonatais

Embora essas novas recomendações tenham pertinência em ambientes mais pobres que podem não ter acesso a equipamentos de alta tecnologia ou mesmo fornecimento confiável de eletricidade, elas também são relevantes para contextos de alta renda.

Assim, a OMS afirma que isso exige repensar como os cuidados intensivos neonatais são fornecidos para garantir que os pais e os recém-nascidos possam estar juntos o tempo todo.

Ao longo das recomendações, a amamentação é fortemente recomendada para melhorar os resultados de saúde de bebês prematuros e com baixo peso ao nascer, com evidências mostrando que reduz os riscos de infecção em comparação com a fórmula infantil.

Quando o leite materno não está disponível, o leite humano doado é a melhor alternativa, embora a “fórmula pré-termo” fortificada possa ser usada se não houver bancos de leite doado.

Abordagem completa

O novo guia da OMS contou com os comentários de famílias em mais de 200 estudos e recomenda o aumento do apoio emocional e financeiro para os cuidadores. As medidas incluem a defesa da licença parental e políticas de garantia que as famílias de bebês prematuros e com baixo peso ao nascer recebam apoio financeiro e no local de trabalho suficiente.

No início deste ano, a OMS divulgou recomendações relacionadas a tratamentos pré-natais para mulheres com alta probabilidade de parto prematuro.

Estes incluem corticosteróides pré-natais, que podem prevenir dificuldades respiratórias e reduzir os riscos de saúde para bebês prematuros, bem como tratamentos tocolíticos para retardar o trabalho de parto e dar tempo para a conclusão de um curso de corticosteróides.

Juntas, essas são as primeiras atualizações das diretrizes da OMS para prematuros e baixo peso ao nascer.

 

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Com informações da OMS

Português, Brasil

Novembro Azul alerta sobre importância de cuidados com saúde masculina

Da redação

16/11/2022 às 15h48 - quarta-feira | Atualizado em 17/11/2022 às 10h45

Sabemos que o câncer de próstata é o mais incidente no homem (excluindo-se o câncer de pele não melanoma) e o segundo que mais mata, atrás do câncer de pulmão. Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde revelam que, de 2019 a 2021, foram mais de 47 mil óbitos em razão desse tipo de tumor. No ano passado, 16.055 homens morreram em consequência da doença, o que corresponde a cerca de 44 mortes por dia.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 65.840 novos casos de câncer de próstata em 2022. Para mudar esse cenário e incentivar o cuidado com a saúde de uma forma global, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) realiza mais uma edição da campanha Novembro Azul, que este ano traz a mensagem: “Saúde também é papo de homem”.

Segundo o presidente da SBU, Alfredo Félix Canalini, o objetivo da campanha é conscientizar os homens sobre a necessidade dos cuidados com a própria saúde de forma rotineira, e não somente quando aparece algum problema. “Além da divulgação dos hábitos para se ter uma vida saudável, também informamos que muitas doenças, na fase inicial, são totalmente assintomáticas, mas podem ser diagnosticadas e tratadas mais facilmente com exames periódicos de check-up. O câncer da próstata é o melhor exemplo disso”, disse o médico.

A DOENÇA

Apesar de poder atingir qualquer homem, os principais fatores de risco da doença são: idade (é um câncer raro antes dos 40 anos e aumenta com o envelhecimento); histórico familiar de câncer de próstata em pai, irmão ou tio; homens de raça negra; obesidade.

Ao Portal Boa Vontade, o urologista Alfredo Canalini destacou que a doença pode ser descoberta no começo por um exame do qual muito homens ainda têm medo, mas que é muito simples e rápido. “O exame de toque é imprescindível e quando o paciente vai ao urologista pela primeira vez, faz também a dosagem do Antígeno Prostático Específico. Por meio destes dois dados é que o médico vai identificar a necessidade de exames complementares”, disse.

Vale lembrar que o exame é rápido, simples e indolor, além de ser fundamental para detectar o estágio da doença e definir o tratamento. Esta prática está relacionada à diminuição de cerca de 21% na mortalidade pela doença em estudos de grande porte e longo seguimento.

Para se prevenir do câncer de próstata a primeira ação é estar atento aos fatores de risco da doença. Segundo o urologista, “recomenda-se que o primeiro exame seja feito a partir dos 50 anos, porém, se esse homem faz parte do grupo de risco, ou seja, tem na família um pai que teve câncer de próstata, por exemplo, e que foi identificado numa idade baixa, é importante que comece a fazer os exames também numa idade mais baixa". Quando a doença é diagnosticada precocemente, as chances de cura são de aproximadamente 90%.

A neoplasia de próstata em estágio inicial, quando as chances de cura chegam a 90%, não apresenta sintomas. Quando aparecem, o tumor geralmente está em uma fase mais avançada, podendo o homem ter dificuldade para urinar, micção frequente, disfunção erétil, presença de sangue na urina ou no sêmen e dores pélvicas ou ósseas.

Para o diagnóstico precoce da doença, a SBU recomenda que homens a partir de 50 anos, mesmo sem apresentar sintomas, procurem um urologista para avaliação individualizada. Aqueles que integram o grupo de risco são orientados a começar os exames mais cedo, a partir dos 45 anos.

Vale ressaltar que o tratamento vai depender do estágio da doença, e pode ser feito com cirurgia, radioterapia, tratamento hormonal e algumas vezes, apenas observação médica.

O QUE É A PRÓSTATA?

A próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga, na frente do reto, envolvendo a parte superior da uretra — por onde passa a urina. Sua função é produzir um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozoides.

Em homens jovens, a próstata possui o tamanho de uma ameixa, mas seu tamanho aumenta com o avançar da idade.

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Com informações da Agência Brasil

 

Português, Brasil

COP27: Três maneiras de conter a crise climática e diminuir a fome

Da redação

16/11/2022 às 09h13 - quarta-feira | Atualizado em 16/11/2022 às 10h25

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) destaca que a crise climática está deixando cada vez mais pessoas à beira da fome. Na preparação de líderes mundiais para se reunir em Sharm el-Sheikh, no Egito, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP27), a agência pede ações urgentes para apoiar aqueles que estão na linha de frente da emergência climática.

As ondas de calor, secas, inundações e tempestades estão aumentando em intensidade e frequência. Para a agência, essa realidade afeta a capacidade de alimentação das famílias. Em lugares como Iêmen, Somália e República Democrática do Congo, onde os impactos climáticos se cruzam com conflitos, a fome é uma ameaça sempre presente.

Por isso, o PMA traz três recomendações para os líderes que estão nos debates da COP27:

1. Ampliar a adaptação climática e as soluções para evitar, minimizar e abordar perdas e danos

De inundações no Paquistão, que afetam uma em cada sete pessoas no país, a secas consecutivas levando as pessoas à beira da fome no Chifre da África, eventos climáticos extremos estão acontecendo em todas as regiões do mundo. Mesmo com essas dificuldades, as comunidades precisam de soluções para ter alimentos suficientes.

Para o PMA, os líderes globais devem investir em sistemas que prevejam riscos climáticos e forneçam proteção física e financeira aos mais vulneráveis.

© Acnur/Moise Amedje Peladai

De inundações no Paquistão, que afetam uma em cada sete pessoas no país, a secas consecutivas levando as pessoas à beira da fome no Chifre da África, eventos climáticos extremos estão acontecendo em todas as regiões do mundo.

Antes das recentes inundações no Nepal, por exemplo, o PMA lançou seu programa de ação antecipada, que usa sistemas de alerta antecipado para garantir ação antes que os desastres aconteçam, transferindo dinheiro para mais de 15 mil pessoas em três dos distritos mais atingidos.

Os fundos ajudaram as comunidades a se prepararem para as enchentes, se protegerem e evitarem perdas e danos comprando comida, reforçando casas ou movendo pessoas vulneráveis ​​para terrenos mais altos.

2. Investir em ação climática em comunidades em contextos frágeis

Aqueles que vivem na linha de frente das mudanças climáticas também são frequentemente afetados por conflitos, deslocamentos e desigualdades sociais. Essas comunidades precisam de mais apoio, mas recebem menos.

Para enfrentar a crise climática e garantir que todos tenham comida suficiente para comer, o PMA recomenda que seja priorizada a ação e o financiamento para áreas vulneráveis ​​e atingidas por conflitos, apoiando as comunidades a se adaptarem a um clima em mudança, ao mesmo tempo em que busca a paz.

© Acnur/Moise Amedje Peladai

Uma família que perdeu sua casa para as inundações transporta o que resta de sua casa por canoa escavada no Extremo Norte de Camarões.

3. Transformar os sistemas alimentares

O PMA avalia que a cadeia que produz, processa e transporta alimentos para nossas mesas não é equitativa nem sustentável. Por um lado, eventos climáticos extremos causam destruição em todos os sistemas alimentares; por outro, os sistemas alimentares são os principais contribuintes para o aquecimento global. Agricultura, transporte e culinária contribuem com emissões nocivas significativas que estão elevando a temperatura do nosso planeta.

A falta de diversidade nos sistemas alimentares, a dependência de práticas poluidoras e a exposição a interrupções como conflitos ameaçam a segurança alimentar global. Um recorde de 345 milhões de pessoas em 82 países enfrenta atualmente fome aguda, acima dos 282 milhões no início do ano.

Banco Mundial/Maria Fleischmann

O PMA avalia que a cadeia que produz, processa e transporta alimentos para nossas mesas não é equitativa nem sustentável.

O que o PMA está fazendo

Em 123 países e territórios, o PMA apoia comunidades que enfrentam alguns dos piores impactos de eventos climáticos extremos para aumentar sua resiliência em um clima em mudança.

A agência conta com os governos locais para antecipar os riscos climáticos antes que eles se transformem em desastres, restaurar ecossistemas e infraestruturas degradadas, proteger os mais vulneráveis ​​com redes de segurança financeira e dar às pessoas novas oportunidades de cultivar, cozinhar e abastecer suas casas por meio do acesso à energia limpa.

Em cinco países do Sahel da África Ocidental e Central – Burquina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger – o PMA implementa um programa integrado de resiliência que apoia a adaptação climática e protege os sistemas alimentares.

Na prática, isso significa reabilitar a terra, melhorar o acesso das pessoas a alimentos e dietas saudáveis, levar as crianças de volta à escola e desenvolver cadeias de valor para aumentar a renda e os empregos verdes.

Para agência da ONU, com mais ambição e vontade política, o mundo pode diversificar, descarbonizar e melhorar a resiliência dos sistemas alimentares para enfrentar simultaneamente a crise climática e a insegurança alimentar.

O PMA reconhece que os líderes mundiais têm um enorme desafio pela frente, mas acredita que com uma ação global coordenada, é possível enfrentar a crise climática.

 

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Com informações das Nações Unidas

Português, Brasil

Número de pessoas com diabetes mais do que triplica em três décadas

Da redação

14/11/2022 às 10h21 - segunda-feira | Atualizado em 14/11/2022 às 18h29

shutterstock

As taxas crescentes de obesidade, má alimentação, falta de atividade física, entre outros fatores, contribuíram para mais que triplicar o número de adultos que vivem com diabetes nas Américas nos últimos 30 anos, de acordo com novo relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

O Panorama da Diabetes da OPAS nas Américas pede aos países que melhorem o diagnóstico precoce, aumentem o acesso a cuidados de qualidade para o controle da diabetes e desenvolvam estratégias para promover estilos de vida saudáveis e nutrição.

Ao menos 62 milhões de pessoas vivem com diabetes nas Américas, um número que deve ser muito maior, já que cerca de 40% das pessoas não sabem que têm a doença. Se as tendências atuais continuarem, o número de pessoas com diabetes na região poderá chegar a 109 milhões até 2040.

O aumento de casos de diabetes ao longo de três décadas está ligado ao aumento nos fatores de risco – dois terços dos adultos nas Américas estão com sobrepeso ou obesos, e apenas 60% fazem exercícios suficientes. O relatório também aponta para uma tendência alarmante entre os jovens da região: mais de 30% são considerados obesos ou com sobrepeso – quase o dobro da média global.

“Essas altas taxas de diabetes destacam a necessidade urgente de os países se concentrarem na prevenção e na promoção de estilos de vida saudáveis”, disse Anselm Hennis, diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da OPAS. “Ao mesmo tempo, é crucial garantir o diagnóstico precoce e o bom gerenciamento da doença, que são fundamentais para controlar a diabetes e prevenir deficiências e problemas de saúde relacionados a doença”.

O relatório mostra, entretanto, que apenas 12 países da região possuem as seis tecnologias básicas necessárias para o manejo da diabetes nas instalações de saúde pública, incluindo equipamentos para medir a glicemia, testes para o diagnóstico precoce de complicações e tiras de teste de urina para análise de glicose e cetona. "É crucial que todos, em todos os lugares, tenham acesso a essas ferramentas básicas de diagnóstico e gerenciamento necessárias para prevenir as deficiências relacionadas", acrescentou o Dr. Hennis.

O relatório também observa que as pessoas com diabetes têm maiores riscos para formas graves de COVID-19 e morte, destacando a importância de integrar os cuidados nos planos de preparação e resposta para emergências.  

A fim de reduzir a prevalência da doença e permitir que as pessoas com diabetes tenham uma vida mais saudável e evitem complicações, o relatório pede aos países que:

- melhorem a capacidade de diagnóstico precoce e de prevenção de complicações relacionadas com a diabetes;
- aumentem a disponibilidade e o acesso a cuidados de qualidade, incluindo medicamentos essenciais, como insulina, dispositivos de monitoramento de glicose e apoio a autogestão;
- construam estratégias e políticas para promover estilos de vida saudáveis, nutrição e prevenção da obesidade.
- fortaleçam a vigilância e o monitoramento para garantir um bom controle da diabetes.

 

Diabetes nas Américas

O diabetes é a sexta causa de mortalidade nas Américas e foi responsável por mais de 284 mil mortes em 2019. Também é a segunda maior causa de incapacidade na região, precedida apenas pela doença isquêmica do coração. A diabetes é a principal causa de cegueira em pessoas de 40 a 74 anos, amputações de membros inferiores e doença renal crônica. Além disso, triplica o risco de morte por doença cardiovascular, doença renal ou câncer.

Embora o diabetes tipo 1 não possa ser prevenida, pode ser controlada. Entretanto, há medidas disponíveis para prevenir a diabetes tipo 2, incluindo políticas e programas para promover a boa saúde e nutrição, exercícios regulares, evitar o fumo e controlar a pressão sanguínea.

Diabetes no Brasil

De acordo com o Atlas do Diabetes 2021, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF), a doença é uma preocupação global: um em cada dez adultos vive com diabetes no mundo. São mais de 537 milhões de pessoas com idade entre 20 e 79 anos com a doença, e quase metade ainda não foi diagnosticada.

No Brasil, existem cerca de 15,7 milhões de adultos com a doença. O país é o primeiro em número de casos na América Latina e o quarto no mundo, informa o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Levimar Araujo. Estima-se que, até 2045, a doença alcance 23,2 milhões no país.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

A DOENÇA

O diabetes é uma doença crônica, metabólica, caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue. O diabetes tipo 2 é a tipo mais comum, que geralmente ocorre em adultos quando o corpo se torna resistente ou não produz insulina suficiente. O diabetes tipo 1 ocorre quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina por si só.

O Dia Mundial da Diabetes é realizado todos os anos em 14 de novembro, no aniversário do dr. Frederic Banting, co-descobridor da insulina, para aumentar a conscientização sobre a doença.

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Com informações da Opas Brasil

Português, Brasil

Dr. Jair de Carvalho e Castro toma posse na Academia Nacional de Medicina

Da redação

14/11/2022 às 13h42 - segunda-feira | Atualizado em 16/11/2022 às 15h16

Cristina Granato

Dr. Jair de Carvalho e Castro

O otorrinolaringologista Jair de Carvalho e Castro tomou posse na Academia Nacional de Medicina (ANM) nesta sexta-feira, 11, na sede da instituição. O médico assumiu a cadeira de número 68, na secção de cirurgia da ANM.

Em seu discurso de posse, o dr. Jair de Carvalho reforçou que a sua chegada pode representar um avanço nas discussões sobre a especialidade. Em sua candidatura, o médico apresentou a tese inédita sobre cirurgia da surdez, uma das áreas de atuação da otorrinolaringologia. "Estar aqui na academia abre uma janela de oportunidades para difusão de problemas especialmente da surdez, da fala, do equilíbrio, da respiração e do sono e nessa casa a gente pode criar fóruns de debate com os melhores médicos do país e isso transformar em informação para os alunos de medicina, para os médicos e para os governantes que podem tomar posturas de saúde como no caso da surdez, onde já temos um programa de reabilitação interessante, mas que pode melhorar".

À Super Rede Boa Vontade de Comunicação (Rádio, TV e Internet), o otorrinolaringologista descreveu sua emoção em fazer parte da ANM: "Pertencer ao quadro da Academia Nacional de Medicina é uma grande honra, pois aqui se já se prestou grandes serviços ao país, continua prestando e com certeza continuará prestando serviços, informações e suporte para a ciência brasileira, especialmente a ciência médica. Estou muito feliz de estar participando desse grupo. É uma alegria muito grande. A minha entrada aqui fecha um hiato de 30 anos sem especialista em otorrinolaringologia e nesses 30 anos a nossa especialidade teve um desenvolvimento fantástico em todos os setores". 

O Amigo de Boa Vontade ainda retribuiu o abraço do presidente da LBV: "Queria agradecer a presença de vocês aqui, agradecer a amizade que eu tenho com todo o pessoal da Boa Vontade. O Irmão Paiva é  uma pessoa que eu admiro. Eu agradeço muito e desejo a toda família da Boa Vontade que nós tenhamos um Natal de paz, de alegria, de felicidade, de irmandade”. 

A cerimônia foi acompanhada por amigos, familiares do dr. Jair de Carvalho e vários integrantes da Academia Nacional de Medicina entre eles a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz dra. Margareth Dalcolmo e o epidemiologista e professor dr. Roberto de Andrade Medronho, que recentememte foram empossados na ANM. 

Reprodução BVTV

Dr. Roberto de Andrade Medronho

Para o dr. Medronho pertencer ao quadro da Academia Nacional de Medicina é “o auge da carreira de qualquer médico. É o coroamento de tudo o que nós fizemos em prol da medicina, da ciência e da saúde da população. É uma honra inenarrável, que nos dá mais força para continuarmos na luta por melhores condições de saúde para essa nossa população. A desigualdade social nesse país é a principal causadora dos graves problemas de saúde que nós temos”, afirmou em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação. "Eu mando também um grande abraço ao nosso presidente Paiva Netto, que tanto faz pela população, especialmente dos mais desvalidos”. 
 

ASSISTA

 

JAIR DE CARVALHO E CASTRO

O dr. Jair de Carvalho e Castro é professor Adjunto do Departamento de Otorrino e Oftalmologia da Faculdade de Medicina da UFRJ, formado pela Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda. Pós-graduado em Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Medicina da Escola Paulista de Medicina, na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e mestrado em Otorrinolaringologia pela UFRJ e doutorado em Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço na Unifesp.

A ACADEMIA

Desde a sua fundação, seus membros se reúnem toda quinta-feira, às 18 horas, para discutir assuntos médicos da atualidade, numa sessão aberta ao público. Esta reunião faz da Academia Nacional de Medicina a mais antiga e única entidade científica dedicada à saúde a reunir-se regular e ininterruptamente por tanto tempo.

A Academia também promove congressos nacionais e internacionais, cursos de extensão e atualização e, anualmente, durante a sessão de aniversário, distribui prêmios para médicos e pesquisadores não pertencentes aos seus quadros.

 

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Enem 2022: saiba tudo sobre os documentos necessários e locais de prova

Da redação

11/11/2022 às 15h21 - sexta-feira | Atualizado em 11/11/2022 às 16h43

 

O Enem será aplicado nos dias 13 e 20 de novembro para cerca de 3,4 milhões de estudantes em todo o país. No primeiro dia, os participantes farão as provas de linguagens, ciências humanas e redação. No segundo, de matemática e ciências da natureza.

Local de prova

O local onde a prova será feita está no Cartão de Confirmação de Inscrição, na Página do Participante.

Os portões serão abertos às 12h, e o acesso às salas de exame será permitido até as 13h. Os estudantes terão cinco horas e meia para responder a todas as questões.

É indicado ao candidato que se programe com antecedência para planejar o deslocamento, de forma a evitar atrasos.

Documentos

De acordo com o edital, para a identificação os participantes devem apresentar documentos originais, com foto. Entre as identificações aceitas estão a Carteira de Identidade, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o passaporte e a Carteira de Trabalho, desde que emitida após 27 de janeiro de 1997.

Nesta edição, serão aceitos os documentos digitais e-Título, CNH digital e RG digital, desde que apresentados nos respectivos aplicativos oficiais. É recomendado ainda que se leve também o Cartão de Confirmação da Inscrição.

Caneta, dispositivos, vestimentas

É preciso estar atento também ao que é permitido no local de prova, para não correr o risco de ser eliminado do exame.

A caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, é item obrigatório para todos candidatos, inclusive para aqueles que concorrem ao Enem digital, já que a redação será feita em papel e não no computador, como o restante da prova.

Os candidatos não podem portar, durante o exame, nenhum dispositivo eletrônico, como telefones celulares, smartphones, tablets, wearable tech, máquinas calculadoras, agendas eletrônicas e/ou similares, gravadores, pendrive, mp3 e/ou similares; alarmes, chaves com alarme ou com qualquer outro componente eletrônico.

Os celulares devem ser desligados, pois se o aparelho eletrônico, ainda que dentro do envelope porta-objetos, emitir qualquer tipo de som, como toque ou alarme, o participante será eliminado do exame.

Os candidatos não podem ter em mãos fones de ouvido e/ou qualquer transmissor, gravador e/ou receptor de dados, imagens, vídeos e mensagens. São também considerados “itens proibidos” óculos escuros e artigos de chapelaria, como boné, chapéu, viseira, gorro ou similares; caneta de material não transparente, lápis, lapiseira, borrachas, réguas, corretivos, livros, manuais, impressos, anotações; protetor auricular, relógio de qualquer tipo.

Esses objetos, caso o estudante leve para o exame, devem ser colocados dentro do envelope porta-objetos fornecido pelo aplicador, ao ingressar na sala de provas.

O envelope deve ser lacrado e identificado, desde o ingresso na sala até a saída definitiva do local. Caso o participante descumpra essas regras, poderá ser eliminado do exame.

Máscara, lanche e água

Embora não seja obrigatório, é recomendado que os participantes levem lanche, água e/ou outras bebidas, com exceção de alcoólicas, que não são permitidas e podem levar à eliminação do candidato.

Nas duas últimas edições do Enem, por causa da pandemia de covid-19, o uso de máscara de proteção facial era obrigatório. Agora, o uso continua sendo permitido, mas deixa de ser obrigatório nos estados e municípios onde é liberado em locais fechados.

Declaração de comparecimento

Caso necessitem comprovar que compareceram ao exame, os estudantes podem, na Página do Participante, imprimir a Declaração de Comparecimento para cada dia de prova, informando o CPF e a senha.

A declaração deve ser apresentada ao aplicador na porta da sala, em cada um dos dias. Ela serve, por exemplo, para justificar a falta ao trabalho. De acordo com o Inep, a Declaração de Comparecimento também deve ser colocada dentro do envelope porta-objetos.

Resultados

O Enem seleciona estudantes para vagas do ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), e serve de parâmetro para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados podem ser usados para ingressar em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Quem está se preparando para o Enem pode acessar todas as provas e gabaritos de edições anteriores no site do Inep, para se preparar para as provas.

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Com informações da Agência Brasil

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