Da redação

Novembro Azul alerta sobre importância de cuidados com saúde masculina

Da redação

16/11/2022 às 15h48 - quarta-feira | Atualizado em 17/11/2022 às 10h45

Sabemos que o câncer de próstata é o mais incidente no homem (excluindo-se o câncer de pele não melanoma) e o segundo que mais mata, atrás do câncer de pulmão. Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde revelam que, de 2019 a 2021, foram mais de 47 mil óbitos em razão desse tipo de tumor. No ano passado, 16.055 homens morreram em consequência da doença, o que corresponde a cerca de 44 mortes por dia.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 65.840 novos casos de câncer de próstata em 2022. Para mudar esse cenário e incentivar o cuidado com a saúde de uma forma global, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) realiza mais uma edição da campanha Novembro Azul, que este ano traz a mensagem: “Saúde também é papo de homem”.

Segundo o presidente da SBU, Alfredo Félix Canalini, o objetivo da campanha é conscientizar os homens sobre a necessidade dos cuidados com a própria saúde de forma rotineira, e não somente quando aparece algum problema. “Além da divulgação dos hábitos para se ter uma vida saudável, também informamos que muitas doenças, na fase inicial, são totalmente assintomáticas, mas podem ser diagnosticadas e tratadas mais facilmente com exames periódicos de check-up. O câncer da próstata é o melhor exemplo disso”, disse o médico.

A DOENÇA

Apesar de poder atingir qualquer homem, os principais fatores de risco da doença são: idade (é um câncer raro antes dos 40 anos e aumenta com o envelhecimento); histórico familiar de câncer de próstata em pai, irmão ou tio; homens de raça negra; obesidade.

Ao Portal Boa Vontade, o urologista Alfredo Canalini destacou que a doença pode ser descoberta no começo por um exame do qual muito homens ainda têm medo, mas que é muito simples e rápido. “O exame de toque é imprescindível e quando o paciente vai ao urologista pela primeira vez, faz também a dosagem do Antígeno Prostático Específico. Por meio destes dois dados é que o médico vai identificar a necessidade de exames complementares”, disse.

Vale lembrar que o exame é rápido, simples e indolor, além de ser fundamental para detectar o estágio da doença e definir o tratamento. Esta prática está relacionada à diminuição de cerca de 21% na mortalidade pela doença em estudos de grande porte e longo seguimento.

Para se prevenir do câncer de próstata a primeira ação é estar atento aos fatores de risco da doença. Segundo o urologista, “recomenda-se que o primeiro exame seja feito a partir dos 50 anos, porém, se esse homem faz parte do grupo de risco, ou seja, tem na família um pai que teve câncer de próstata, por exemplo, e que foi identificado numa idade baixa, é importante que comece a fazer os exames também numa idade mais baixa". Quando a doença é diagnosticada precocemente, as chances de cura são de aproximadamente 90%.

A neoplasia de próstata em estágio inicial, quando as chances de cura chegam a 90%, não apresenta sintomas. Quando aparecem, o tumor geralmente está em uma fase mais avançada, podendo o homem ter dificuldade para urinar, micção frequente, disfunção erétil, presença de sangue na urina ou no sêmen e dores pélvicas ou ósseas.

Para o diagnóstico precoce da doença, a SBU recomenda que homens a partir de 50 anos, mesmo sem apresentar sintomas, procurem um urologista para avaliação individualizada. Aqueles que integram o grupo de risco são orientados a começar os exames mais cedo, a partir dos 45 anos.

Vale ressaltar que o tratamento vai depender do estágio da doença, e pode ser feito com cirurgia, radioterapia, tratamento hormonal e algumas vezes, apenas observação médica.

O QUE É A PRÓSTATA?

A próstata é uma glândula localizada abaixo da bexiga, na frente do reto, envolvendo a parte superior da uretra — por onde passa a urina. Sua função é produzir um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozoides.

Em homens jovens, a próstata possui o tamanho de uma ameixa, mas seu tamanho aumenta com o avançar da idade.

_____________________
Com informações da Agência Brasil

 

Português, Brasil

COP27: Três maneiras de conter a crise climática e diminuir a fome

Da redação

16/11/2022 às 09h13 - quarta-feira | Atualizado em 16/11/2022 às 10h25

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) destaca que a crise climática está deixando cada vez mais pessoas à beira da fome. Na preparação de líderes mundiais para se reunir em Sharm el-Sheikh, no Egito, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP27), a agência pede ações urgentes para apoiar aqueles que estão na linha de frente da emergência climática.

As ondas de calor, secas, inundações e tempestades estão aumentando em intensidade e frequência. Para a agência, essa realidade afeta a capacidade de alimentação das famílias. Em lugares como Iêmen, Somália e República Democrática do Congo, onde os impactos climáticos se cruzam com conflitos, a fome é uma ameaça sempre presente.

Por isso, o PMA traz três recomendações para os líderes que estão nos debates da COP27:

1. Ampliar a adaptação climática e as soluções para evitar, minimizar e abordar perdas e danos

De inundações no Paquistão, que afetam uma em cada sete pessoas no país, a secas consecutivas levando as pessoas à beira da fome no Chifre da África, eventos climáticos extremos estão acontecendo em todas as regiões do mundo. Mesmo com essas dificuldades, as comunidades precisam de soluções para ter alimentos suficientes.

Para o PMA, os líderes globais devem investir em sistemas que prevejam riscos climáticos e forneçam proteção física e financeira aos mais vulneráveis.

© Acnur/Moise Amedje Peladai

De inundações no Paquistão, que afetam uma em cada sete pessoas no país, a secas consecutivas levando as pessoas à beira da fome no Chifre da África, eventos climáticos extremos estão acontecendo em todas as regiões do mundo.

Antes das recentes inundações no Nepal, por exemplo, o PMA lançou seu programa de ação antecipada, que usa sistemas de alerta antecipado para garantir ação antes que os desastres aconteçam, transferindo dinheiro para mais de 15 mil pessoas em três dos distritos mais atingidos.

Os fundos ajudaram as comunidades a se prepararem para as enchentes, se protegerem e evitarem perdas e danos comprando comida, reforçando casas ou movendo pessoas vulneráveis ​​para terrenos mais altos.

2. Investir em ação climática em comunidades em contextos frágeis

Aqueles que vivem na linha de frente das mudanças climáticas também são frequentemente afetados por conflitos, deslocamentos e desigualdades sociais. Essas comunidades precisam de mais apoio, mas recebem menos.

Para enfrentar a crise climática e garantir que todos tenham comida suficiente para comer, o PMA recomenda que seja priorizada a ação e o financiamento para áreas vulneráveis ​​e atingidas por conflitos, apoiando as comunidades a se adaptarem a um clima em mudança, ao mesmo tempo em que busca a paz.

© Acnur/Moise Amedje Peladai

Uma família que perdeu sua casa para as inundações transporta o que resta de sua casa por canoa escavada no Extremo Norte de Camarões.

3. Transformar os sistemas alimentares

O PMA avalia que a cadeia que produz, processa e transporta alimentos para nossas mesas não é equitativa nem sustentável. Por um lado, eventos climáticos extremos causam destruição em todos os sistemas alimentares; por outro, os sistemas alimentares são os principais contribuintes para o aquecimento global. Agricultura, transporte e culinária contribuem com emissões nocivas significativas que estão elevando a temperatura do nosso planeta.

A falta de diversidade nos sistemas alimentares, a dependência de práticas poluidoras e a exposição a interrupções como conflitos ameaçam a segurança alimentar global. Um recorde de 345 milhões de pessoas em 82 países enfrenta atualmente fome aguda, acima dos 282 milhões no início do ano.

Banco Mundial/Maria Fleischmann

O PMA avalia que a cadeia que produz, processa e transporta alimentos para nossas mesas não é equitativa nem sustentável.

O que o PMA está fazendo

Em 123 países e territórios, o PMA apoia comunidades que enfrentam alguns dos piores impactos de eventos climáticos extremos para aumentar sua resiliência em um clima em mudança.

A agência conta com os governos locais para antecipar os riscos climáticos antes que eles se transformem em desastres, restaurar ecossistemas e infraestruturas degradadas, proteger os mais vulneráveis ​​com redes de segurança financeira e dar às pessoas novas oportunidades de cultivar, cozinhar e abastecer suas casas por meio do acesso à energia limpa.

Em cinco países do Sahel da África Ocidental e Central – Burquina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger – o PMA implementa um programa integrado de resiliência que apoia a adaptação climática e protege os sistemas alimentares.

Na prática, isso significa reabilitar a terra, melhorar o acesso das pessoas a alimentos e dietas saudáveis, levar as crianças de volta à escola e desenvolver cadeias de valor para aumentar a renda e os empregos verdes.

Para agência da ONU, com mais ambição e vontade política, o mundo pode diversificar, descarbonizar e melhorar a resiliência dos sistemas alimentares para enfrentar simultaneamente a crise climática e a insegurança alimentar.

O PMA reconhece que os líderes mundiais têm um enorme desafio pela frente, mas acredita que com uma ação global coordenada, é possível enfrentar a crise climática.

 

____________________________________
Com informações das Nações Unidas

Português, Brasil

Número de pessoas com diabetes mais do que triplica em três décadas

Da redação

14/11/2022 às 10h21 - segunda-feira | Atualizado em 14/11/2022 às 18h29

shutterstock

As taxas crescentes de obesidade, má alimentação, falta de atividade física, entre outros fatores, contribuíram para mais que triplicar o número de adultos que vivem com diabetes nas Américas nos últimos 30 anos, de acordo com novo relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

O Panorama da Diabetes da OPAS nas Américas pede aos países que melhorem o diagnóstico precoce, aumentem o acesso a cuidados de qualidade para o controle da diabetes e desenvolvam estratégias para promover estilos de vida saudáveis e nutrição.

Ao menos 62 milhões de pessoas vivem com diabetes nas Américas, um número que deve ser muito maior, já que cerca de 40% das pessoas não sabem que têm a doença. Se as tendências atuais continuarem, o número de pessoas com diabetes na região poderá chegar a 109 milhões até 2040.

O aumento de casos de diabetes ao longo de três décadas está ligado ao aumento nos fatores de risco – dois terços dos adultos nas Américas estão com sobrepeso ou obesos, e apenas 60% fazem exercícios suficientes. O relatório também aponta para uma tendência alarmante entre os jovens da região: mais de 30% são considerados obesos ou com sobrepeso – quase o dobro da média global.

“Essas altas taxas de diabetes destacam a necessidade urgente de os países se concentrarem na prevenção e na promoção de estilos de vida saudáveis”, disse Anselm Hennis, diretor do Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da OPAS. “Ao mesmo tempo, é crucial garantir o diagnóstico precoce e o bom gerenciamento da doença, que são fundamentais para controlar a diabetes e prevenir deficiências e problemas de saúde relacionados a doença”.

O relatório mostra, entretanto, que apenas 12 países da região possuem as seis tecnologias básicas necessárias para o manejo da diabetes nas instalações de saúde pública, incluindo equipamentos para medir a glicemia, testes para o diagnóstico precoce de complicações e tiras de teste de urina para análise de glicose e cetona. "É crucial que todos, em todos os lugares, tenham acesso a essas ferramentas básicas de diagnóstico e gerenciamento necessárias para prevenir as deficiências relacionadas", acrescentou o Dr. Hennis.

O relatório também observa que as pessoas com diabetes têm maiores riscos para formas graves de COVID-19 e morte, destacando a importância de integrar os cuidados nos planos de preparação e resposta para emergências.  

A fim de reduzir a prevalência da doença e permitir que as pessoas com diabetes tenham uma vida mais saudável e evitem complicações, o relatório pede aos países que:

- melhorem a capacidade de diagnóstico precoce e de prevenção de complicações relacionadas com a diabetes;
- aumentem a disponibilidade e o acesso a cuidados de qualidade, incluindo medicamentos essenciais, como insulina, dispositivos de monitoramento de glicose e apoio a autogestão;
- construam estratégias e políticas para promover estilos de vida saudáveis, nutrição e prevenção da obesidade.
- fortaleçam a vigilância e o monitoramento para garantir um bom controle da diabetes.

 

Diabetes nas Américas

O diabetes é a sexta causa de mortalidade nas Américas e foi responsável por mais de 284 mil mortes em 2019. Também é a segunda maior causa de incapacidade na região, precedida apenas pela doença isquêmica do coração. A diabetes é a principal causa de cegueira em pessoas de 40 a 74 anos, amputações de membros inferiores e doença renal crônica. Além disso, triplica o risco de morte por doença cardiovascular, doença renal ou câncer.

Embora o diabetes tipo 1 não possa ser prevenida, pode ser controlada. Entretanto, há medidas disponíveis para prevenir a diabetes tipo 2, incluindo políticas e programas para promover a boa saúde e nutrição, exercícios regulares, evitar o fumo e controlar a pressão sanguínea.

Diabetes no Brasil

De acordo com o Atlas do Diabetes 2021, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF), a doença é uma preocupação global: um em cada dez adultos vive com diabetes no mundo. São mais de 537 milhões de pessoas com idade entre 20 e 79 anos com a doença, e quase metade ainda não foi diagnosticada.

No Brasil, existem cerca de 15,7 milhões de adultos com a doença. O país é o primeiro em número de casos na América Latina e o quarto no mundo, informa o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Levimar Araujo. Estima-se que, até 2045, a doença alcance 23,2 milhões no país.

Marcelo Camargo/Agência Brasil

A DOENÇA

O diabetes é uma doença crônica, metabólica, caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue. O diabetes tipo 2 é a tipo mais comum, que geralmente ocorre em adultos quando o corpo se torna resistente ou não produz insulina suficiente. O diabetes tipo 1 ocorre quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina por si só.

O Dia Mundial da Diabetes é realizado todos os anos em 14 de novembro, no aniversário do dr. Frederic Banting, co-descobridor da insulina, para aumentar a conscientização sobre a doença.

___________________________
Com informações da Opas Brasil

Português, Brasil

Dr. Jair de Carvalho e Castro toma posse na Academia Nacional de Medicina

Da redação

14/11/2022 às 13h42 - segunda-feira | Atualizado em 16/11/2022 às 15h16

Cristina Granato

Dr. Jair de Carvalho e Castro

O otorrinolaringologista Jair de Carvalho e Castro tomou posse na Academia Nacional de Medicina (ANM) nesta sexta-feira, 11, na sede da instituição. O médico assumiu a cadeira de número 68, na secção de cirurgia da ANM.

Em seu discurso de posse, o dr. Jair de Carvalho reforçou que a sua chegada pode representar um avanço nas discussões sobre a especialidade. Em sua candidatura, o médico apresentou a tese inédita sobre cirurgia da surdez, uma das áreas de atuação da otorrinolaringologia. "Estar aqui na academia abre uma janela de oportunidades para difusão de problemas especialmente da surdez, da fala, do equilíbrio, da respiração e do sono e nessa casa a gente pode criar fóruns de debate com os melhores médicos do país e isso transformar em informação para os alunos de medicina, para os médicos e para os governantes que podem tomar posturas de saúde como no caso da surdez, onde já temos um programa de reabilitação interessante, mas que pode melhorar".

À Super Rede Boa Vontade de Comunicação (Rádio, TV e Internet), o otorrinolaringologista descreveu sua emoção em fazer parte da ANM: "Pertencer ao quadro da Academia Nacional de Medicina é uma grande honra, pois aqui se já se prestou grandes serviços ao país, continua prestando e com certeza continuará prestando serviços, informações e suporte para a ciência brasileira, especialmente a ciência médica. Estou muito feliz de estar participando desse grupo. É uma alegria muito grande. A minha entrada aqui fecha um hiato de 30 anos sem especialista em otorrinolaringologia e nesses 30 anos a nossa especialidade teve um desenvolvimento fantástico em todos os setores". 

O Amigo de Boa Vontade ainda retribuiu o abraço do presidente da LBV: "Queria agradecer a presença de vocês aqui, agradecer a amizade que eu tenho com todo o pessoal da Boa Vontade. O Irmão Paiva é  uma pessoa que eu admiro. Eu agradeço muito e desejo a toda família da Boa Vontade que nós tenhamos um Natal de paz, de alegria, de felicidade, de irmandade”. 

A cerimônia foi acompanhada por amigos, familiares do dr. Jair de Carvalho e vários integrantes da Academia Nacional de Medicina entre eles a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz dra. Margareth Dalcolmo e o epidemiologista e professor dr. Roberto de Andrade Medronho, que recentememte foram empossados na ANM. 

Reprodução BVTV

Dr. Roberto de Andrade Medronho

Para o dr. Medronho pertencer ao quadro da Academia Nacional de Medicina é “o auge da carreira de qualquer médico. É o coroamento de tudo o que nós fizemos em prol da medicina, da ciência e da saúde da população. É uma honra inenarrável, que nos dá mais força para continuarmos na luta por melhores condições de saúde para essa nossa população. A desigualdade social nesse país é a principal causadora dos graves problemas de saúde que nós temos”, afirmou em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação. "Eu mando também um grande abraço ao nosso presidente Paiva Netto, que tanto faz pela população, especialmente dos mais desvalidos”. 
 

ASSISTA

 

JAIR DE CARVALHO E CASTRO

O dr. Jair de Carvalho e Castro é professor Adjunto do Departamento de Otorrino e Oftalmologia da Faculdade de Medicina da UFRJ, formado pela Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda. Pós-graduado em Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Medicina da Escola Paulista de Medicina, na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e mestrado em Otorrinolaringologia pela UFRJ e doutorado em Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço na Unifesp.

A ACADEMIA

Desde a sua fundação, seus membros se reúnem toda quinta-feira, às 18 horas, para discutir assuntos médicos da atualidade, numa sessão aberta ao público. Esta reunião faz da Academia Nacional de Medicina a mais antiga e única entidade científica dedicada à saúde a reunir-se regular e ininterruptamente por tanto tempo.

A Academia também promove congressos nacionais e internacionais, cursos de extensão e atualização e, anualmente, durante a sessão de aniversário, distribui prêmios para médicos e pesquisadores não pertencentes aos seus quadros.

 

Português, Brasil

Enem 2022: saiba tudo sobre os documentos necessários e locais de prova

Da redação

11/11/2022 às 15h21 - sexta-feira | Atualizado em 11/11/2022 às 16h43

 

O Enem será aplicado nos dias 13 e 20 de novembro para cerca de 3,4 milhões de estudantes em todo o país. No primeiro dia, os participantes farão as provas de linguagens, ciências humanas e redação. No segundo, de matemática e ciências da natureza.

Local de prova

O local onde a prova será feita está no Cartão de Confirmação de Inscrição, na Página do Participante.

Os portões serão abertos às 12h, e o acesso às salas de exame será permitido até as 13h. Os estudantes terão cinco horas e meia para responder a todas as questões.

É indicado ao candidato que se programe com antecedência para planejar o deslocamento, de forma a evitar atrasos.

Documentos

De acordo com o edital, para a identificação os participantes devem apresentar documentos originais, com foto. Entre as identificações aceitas estão a Carteira de Identidade, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o passaporte e a Carteira de Trabalho, desde que emitida após 27 de janeiro de 1997.

Nesta edição, serão aceitos os documentos digitais e-Título, CNH digital e RG digital, desde que apresentados nos respectivos aplicativos oficiais. É recomendado ainda que se leve também o Cartão de Confirmação da Inscrição.

Caneta, dispositivos, vestimentas

É preciso estar atento também ao que é permitido no local de prova, para não correr o risco de ser eliminado do exame.

A caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, é item obrigatório para todos candidatos, inclusive para aqueles que concorrem ao Enem digital, já que a redação será feita em papel e não no computador, como o restante da prova.

Os candidatos não podem portar, durante o exame, nenhum dispositivo eletrônico, como telefones celulares, smartphones, tablets, wearable tech, máquinas calculadoras, agendas eletrônicas e/ou similares, gravadores, pendrive, mp3 e/ou similares; alarmes, chaves com alarme ou com qualquer outro componente eletrônico.

Os celulares devem ser desligados, pois se o aparelho eletrônico, ainda que dentro do envelope porta-objetos, emitir qualquer tipo de som, como toque ou alarme, o participante será eliminado do exame.

Os candidatos não podem ter em mãos fones de ouvido e/ou qualquer transmissor, gravador e/ou receptor de dados, imagens, vídeos e mensagens. São também considerados “itens proibidos” óculos escuros e artigos de chapelaria, como boné, chapéu, viseira, gorro ou similares; caneta de material não transparente, lápis, lapiseira, borrachas, réguas, corretivos, livros, manuais, impressos, anotações; protetor auricular, relógio de qualquer tipo.

Esses objetos, caso o estudante leve para o exame, devem ser colocados dentro do envelope porta-objetos fornecido pelo aplicador, ao ingressar na sala de provas.

O envelope deve ser lacrado e identificado, desde o ingresso na sala até a saída definitiva do local. Caso o participante descumpra essas regras, poderá ser eliminado do exame.

Máscara, lanche e água

Embora não seja obrigatório, é recomendado que os participantes levem lanche, água e/ou outras bebidas, com exceção de alcoólicas, que não são permitidas e podem levar à eliminação do candidato.

Nas duas últimas edições do Enem, por causa da pandemia de covid-19, o uso de máscara de proteção facial era obrigatório. Agora, o uso continua sendo permitido, mas deixa de ser obrigatório nos estados e municípios onde é liberado em locais fechados.

Declaração de comparecimento

Caso necessitem comprovar que compareceram ao exame, os estudantes podem, na Página do Participante, imprimir a Declaração de Comparecimento para cada dia de prova, informando o CPF e a senha.

A declaração deve ser apresentada ao aplicador na porta da sala, em cada um dos dias. Ela serve, por exemplo, para justificar a falta ao trabalho. De acordo com o Inep, a Declaração de Comparecimento também deve ser colocada dentro do envelope porta-objetos.

Resultados

O Enem seleciona estudantes para vagas do ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), e serve de parâmetro para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados podem ser usados para ingressar em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Quem está se preparando para o Enem pode acessar todas as provas e gabaritos de edições anteriores no site do Inep, para se preparar para as provas.

_________________________________
Com informações da Agência Brasil

Português, Brasil

Cantor e compositor Rolando Boldrin volta à Pátria Espiritual

Da redação

09/11/2022 às 18h46 - quarta-feira | Atualizado em 09/11/2022 às 20h11

 

 Pierre Yves Refalo/Divulgação

Rolando Boldrin

Enviamos as mais sinceras vibrações de Paz ao Espírito Eterno  do ator, cantor, compositor e apresentador de TV Rolando Boldrin que retornou à Pátria Espiritual na tarde desta quarta-feira, 9, aos 86 anos. 

Nascido em São Joaquim da Barra/SP, em 1936, Boldrin foi ator de filmes premiados, de novelas de grande audiência e compositor, cantor, apresentador e grande contador de causos. Atuou em mais de 30 novelas. Com seus programas de televisão, Boldrin tornou-se uma figura emblemática da cultura popular brasileira. Apresentou os programas Som Brasil, na Rede Globo; Empório Brasileiro, na TV Bandeirantes; e Empório Brasil, no SBT. Na TV Cultura, esteve à frente do Sr. Brasil desde 2005.

Na certeza de que "os mortos não morrem", estendemos também nossas melhores vibrações de Paz aos familiares, amigos e admiradores de seu trabalho.

Português, Brasil

Aumento de casos de Covid-19 deixa o Brasil em alerta

Da redação

09/11/2022 às 09h08 - quarta-feira | Atualizado em 11/11/2022 às 20h21

Nós, do Portal Boa Vontade, reforçamos que, diante da confirmação do aumento de casos de Covid-19, é de extrema importância que as pessoas 'voltem' a investir, cada vez mais, em cuidados básicos, sobretudo o uso de máscara e o distanciamento adequado. Além disso, quem ainda não se vacinou ou esteja com alguma dose pendente procure as unidades de saúde para atualizar a cardeneta.

O Boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira, 10, mostra aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) provocados por Covid-19 entre a população adulta dos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e de São Paulo. Casos também estão aumentando na Europa, Estados Unidos e Ásia. A flexibilização das medidas preventivas pode explicar o aumento. A principal recomendação é estar com o calendário vacinal completo e atualizado, incluindo as duas doses de reforço.

NIAD

BQ.1 no Brasil*

A subvariante BQ.1 foi identificada pela primeira vez no Brasil em 20 de outubro, após um sequenciamento feito pela Fiocruz Amazonas no estado. 

De acordo com o infectologista Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, a BQ.1 é derivada da variante ômicron. "É a mesma cepa que circula hoje na Europa e causou o aumento de infecções em países como Alemanha e França."

Não há mudanças em relação aos sintomas, que continuam sendo, para a maioria dos pacientes, dor de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar. A característica principal que a difere de outras cepas, explica o médico, é um escape muito maior da proteção das vacinas.

IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO

Embora a vacinação mantenha as taxas de mortalidade relativamente baixas, o risco segue alto. As pessoas que receberam a primeira dose ou mesmo a segunda ou terceira aplicação do imunizante contra o coronavírus não devem reduzir os cuidados. Nós, do Portal Boa Vontade, separamos algumas medidas de proteção. Veja na galeria abaixo:

Aproveitamos a oportunidade e convidamos você a integrar a Poderosa Corrente Ecumênica de Prece do Templo da Boa Vontade e orar em favor das mais de 700 mil vítimas da Covid-19 e seus familiares. Neste momento de dor, também oramos em favor da valorosa equipe que trabalha na linha de frente nos serviços essenciais.

 

________________________
*Com informações da BBC e FioCruz

Português, Brasil

COP27: secretário da ONU defende pacto de solidariedade climática

Da redação

08/11/2022 às 08h37 - terça-feira | Atualizado em 08/11/2022 às 10h57

António Guterres

António Guterres

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu um “pacto de solidariedade climática” entre os países participantes da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP27). Segundo ele, essa é a alternativa que resta para evitar, como consequência, o “suicídio coletivo” do planeta.

“Nosso planeta está se aproximando rapidamente do ponto de inflexão que tornará o caos climático irreversível. Estamos em uma estrada para o inferno climático com o pé no acelerador”, disse Guterres no discurso de abertura das atividades desta segunda-feira no Egito. 

Ele defendeu que, durante os trabalhos da COP27, seja feito um “pacto histórico de solidariedade climática” entre economias desenvolvidas e emergentes. Esse pacto implica, disse, a ampliação de esforços para reduzir, na atual década, as emissões  mantendo, dessa forma, os países em linha com a meta de limitar o aquecimento global a 1,5º acima das temperaturas pré-industriais.

Pacto

“Trata-se de um pacto no qual os países mais ricos e as instituições financeiras internacionais deverão fornecer assistência financeira e técnica para ajudar as economias emergentes a acelerarem sua própria transição de energia renovável”, afirmou.

De acordo com o secretário, o pacto buscará acabar com a dependência de combustíveis fósseis e visar à eliminação do uso de carvão como combustível de usinas até 2040. “É também um pacto para fornecer energia universal, acessível e sustentável a todos e em que economias desenvolvidas e emergentes se unam em torno de uma estratégia comum, combinando capacidades e recursos em benefício da humanidade”.

Citando as duas maiores economias do mundo, Guterres disse que os Estados Unidos e a China têm a responsabilidade de “juntar forças” para tornar esse pacto uma realidade. “É a nossa única esperança de cumprir as metas climáticas. A humanidade tem uma escolha: cooperar ou perecer. Ou faremos um pacto de solidariedade climática, ou teremos um pacto de suicídio coletivo”, argumentou.

“As atividades humanas são as causas dos problemas climáticos. Portanto, a ação humana tem de ser a solução, de forma a restabelecermos ambições e reconstruirmos a confiança, em especial entre o Norte e o Sul”, completou.

O chefe da ONU destacou que em breve o mundo atingirá a marca de oito bilhão de habitantes e esse marco coloca em perspectiva o que é a COP27. Guterres perguntou aos líderes como responderiam a essa geração quando forem perguntados “o que você fez pelo mundo e pelo planeta quando teve a chance?”.

Adaptação

Para evitar um “destino terrível”, António Guterres disse que todos os países do G20 [grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo] devem acelerar a transição já nesta década. “Os países desenvolvidos devem assumir a liderança, mas as economias emergentes são também fundamentais para isso”.

Ele lembrou que, atualmente, há cerca de 3,5 bilhões de pessoas vivendo em países “altamente vulneráveis aos impactos climáticos” e que, durante o encontro de Glasgow, os países desenvolvidos se comprometeram a dobrar seu apoio à adaptação para US$ 40 bilhões por ano até 2025.

“Precisamos de um roteiro sobre como isso será implementado e devemos reconhecer que é apenas um primeiro passo, porque as necessidades de adaptação ultrapassam US$ 300 bilhões por ano até 2030”, afirmou ao defender que metade do financiamento climático deve ser dedicado a medidas de adaptação.

“As instituições financeiras internacionais e os bancos multilaterais de desenvolvimento devem mudar o modelo de negócios, fazer sua parte para aumentar o financiamento de medidas de adaptação e atuar como alavanca para mobilizar mais financiamento privado destinado à ação climática”, acrescentou.

Sistemas de alerta

O secretário-geral ressaltou que os países que menos contribuíram para a crise climática têm “colhido turbilhões semeados por outros países”. Ele se referiu assim a desastres ambientais potencializados pelas mudanças climáticas, causadas por outros países.

“Em muitos casos, esses países são pegos de surpresa, impactados por eventos inesperados ou para os quais não haviam se preparado. É por isso que estou pedindo a cobertura universal dos sistemas de alerta precoce dentro de cinco anos. E é por isso que estou pedindo que todos os governos tributem lucros das empresas de combustíveis fósseis”, disse.

Tributos

Segundo Guterres, os valores arrecadados por meio dessas tributações devem ser direcionado aos países que sofrem “perdas e danos causados pela crise climática”, à luta contra o aumento dos preços de alimentos e em favor do uso de energias renováveis.

“A boa notícia é que sabemos o que fazer e temos as ferramentas financeiras e tecnológicas para realizar o trabalho. É hora de as nações se unirem para a implementação. É hora de solidariedade internacional. Uma solidariedade que respeite todos os direitos humanos e que garanta espaço seguro para os defensores do meio ambiente e para todos que venham a contribuir à nossa resposta climática. Não esqueçamos que a guerra contra a natureza é, em si, uma violação massiva dos direitos humanos”.

____________________
Com informações das Nações Unidas

Português, Brasil

COP27 inicia com discussões sobre mudanças climáticas

Da redação

06/11/2022 às 18h28 - domingo | Atualizado em 08/11/2022 às 13h28

Divulgação

Teve início neste domingo, 6, em Sharm el-Sheikh, no Egito, a 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP27). O encontro reúne, até o dia 18 de novembro, representantes oficiais de governo e da sociedade civil para discutir maneiras de enfrentar e se adaptar às mudanças climáticas.

Os debates terão, como eixo principal, o novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que analisa vulnerabilidades, capacidades e limites do mundo e da sociedade para se adaptarem ao contexto de alterações climáticas que decorrem, em larga escala, da interferência humana no meio ambiente.

Organizada pelas Nações Unidas (ONU), a conferência ocorre em um cenário que abrange, também, uma crise de energia impulsionada pela guerra na Ucrânia. A entidade alerta que há dados que mostram, de forma cada vez mais clara, que “o mundo não está fazendo o suficiente para combater as emissões de carbono e proteger o futuro do planeta”.

A expectativa do secretário-geral da ONU, António Guterres, é de que a COP27, “a mais importante conferência anual sobre clima”, apresente, entre seus resultados “soluções climáticas que correspondam à escala do problema”. 

Histórico

As edições da COP tiveram início em 1992, durante a ECO-92: encontro organizado pela ONU no Rio de Janeiro, marcado pela adoção da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC).

De acordo com a ONU, na oportunidade os países participantes chegaram a um acordo visando diminuir as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera, de forma a “evitar interferências perigosas da atividade humana no sistema climático”.

O tratado entrou em vigor em 1994. Desde então a ONU reuniu “quase todos os países” nas 27 edições das chamadas conferências das partes (as COPs). O documento original recebeu, ao longo dos encontros, vários acréscimos “para estabelecer limites juridicamente vinculativos para as emissões”. Atualmente, o documento é assinado por 197 países.

EXPECTATIVAS

Na atual edição da COP, a expectativa é de que os países participantes avancem nas negociações e deem início a um planejamento que garanta a implementação das promessas já feitas.

O encontro terá novamente como tema principal questões relacionadas ao financiamento climático, mecanismo por meio do qual países desenvolvidos podem garantir apoio aos mais vulneráveis.

“O Egito pediu uma ação completa, oportuna, inclusiva e em grande escala. De acordo com especialistas, além de revisar como implementar o Livro de Regras de Paris, a conferência também terá negociações sobre alguns pontos que permaneceram inconclusivos após Glasgow”, explica a organizadora do encontro (ONU).

Os pontos a serem debatidos incluem o financiamento de “perdas e danos” para que os países na linha de frente da crise possam lidar com as consequências das mudanças climáticas que vão “além do que podem se adaptar”; e o cumprimento da promessa de US$ 100 bilhões todos os anos para financiamento de adaptação destinado a países de baixa renda.

Também fazem parte das pautas de debate discussões técnicas sobre como mensurar as emissões feitas pelos países, “de forma prática, para que haja igualdade de condições para todos”.

COMPROMISSOS

A ONU vê no atual encontro condições para que as nações “capturem e avaliem seu progresso para aumentar a resiliência e ajudar as comunidades mais vulneráveis”. Para tanto, acrescenta, será necessário que os países participantes assumam “compromissos mais detalhados e ambiciosos nos componentes de adaptação de seus planos climáticos nacionais”.

As discussões da COP27 servirão de base para o primeiro Balanço Global, previsto para a COP28 em 2023, quando se avaliará o “progresso coletivo global” para a mitigação, a adaptação e a implementação do Acordo de Paris.

______________________________
Com informações das Nações Unidas

Português, Brasil

Secretário-geral da ONU alerta para caos climático e pede ação global

Da redação

06/11/2022 às 19h05 - domingo | Atualizado em 06/11/2022 às 20h15

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez um alerta contundente para a gravidade da situação climática global e pediu ação urgente para evitar o caos climático. Guterres fez o alerta em transmissão de vídeo na abertura da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP27).

Divulgação

A cúpula reúne, até o dia 18 de novembro, em Sharm el-Sheikh, no Egito, representantes oficiais de governos e da sociedade civil para discutir maneiras de enfrentar e se adaptar às mudanças climáticas. Guterres citou o relatório, lançado pela Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês), órgão ligado à ONU.

“O último relatório global é de caos climático crônico. Como a WMO mostrou claramente, mudanças em velocidade catastrófica vão devastar vidas em todos os continentes. Os últimos oito anos foram os mais quentes registrados, fazendo cada onda de calor mais intensa, especialmente para as populações vulneráveis. O nível do mar está subindo duas vezes a velocidade do que nos anos 1990, ameaçando países insulares e bilhões de pessoas nas faixas costeiras”, disse o secretário-geral das Nações Unidas.

Outro problema apontado pelo relatório e citado por Guterres é o derretimento de geleiras em todo o mundo, o que contribui para elevar ainda mais o nível do mar, ao mesmo tempo em que afeta o abastecimento de água doce de muitos países.

“Geleiras estão derretendo, ameaçando a segurança hídrica de continentes inteiros. Pessoas e comunidades devem ser protegidas da imediata e crescente emergência climática. Por isso, nós estamos pressionando tanto por um sistema universal de alerta dentro de cinco anos. Nós temos que responder aos sinais de sofrimento do planeta com ação, ambição e credibilidade. A COP27 é o lugar e o momento”, concluiu Guterres.

Relatório

O documento da WMO apresentado na abertura da COP27 traz alertas dramáticos sobre o aquecimento global e seus impactos sobre todo o planeta, o que afetará bilhões de pessoas.

“Os sinais e impactos das mudanças climáticas estão se tornando mais dramáticos. O ritmo de elevação do mar dobrou desde 1993. Subiu 10 milímetros desde janeiro de 2020 para um novo recorde este ano. Os últimos dois anos e meio contribuíram para 10% do total de elevação do mar desde quando se começou a medir por satélites, cerca de 30 anos atrás”, apontou o relatório.

A WMO também alertou para um aquecimento global atual acima dos níveis que existiam antes da era pré-industrial, no século 19, e considerou que uma nova onda de calor deve atingir o mundo em breve.

“A temperatura global em 2022 é atualmente estimada em cerca de 1,15 grau celsius (°C) acima do que havia de média pré-industrial em 1850-1900. A média para o período 2013-2022 é  estimada em 1,14°C acima do patamar pré-industrial. Isso se compara com o aumento de 1,09°C de 2011 a 2020, conforme estimado pelo sexto relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês)”, destacou o documento da WMO.

______________
Com informações da Agência Brasil

Português, Brasil