Variante Delta do coronovírus avança no Brasil

Pandemia ainda não acabou e requer todos os cuidados sanitários

18/08/2021 às 09h59 - quarta-feira | Atualizado em 18/08/2021 às 10h18

A Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz, que monitora a pandemia da Covid-19 no país alerta para o risco de maior transmissibilidade da variante Delta da doença, atrelada ao lento avanço da imunização entre os grupos mais jovens e mais expostos, que retornam às atividades de trabalho presencial e de educação, como as aulas escolares.

Em quatro semanas, triplicou a proporção da variante delta identificada em amostras do Sars-CoV-2 depositadas pelo Brasil na plataforma internacional Gisaid, que reúne dados genômicos de 172 países.

Fiocruz

Pesquisadora e médica da Fiocruz, Margareth Dalcolmo

Ainda de acordo com dados da Fiocruz, o Rio de Janeiro é o estado com maior número de casos registrados da cepa originária da Índia. Segundo a pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo, “a distribuição não é homogênea, mas o potencial de contaminação da Delta pode transformá-la na principal variante em circulação no Brasil”.

“A Delta parece, preliminarmente, mais transmissível e menos letal. E o perfil de quem tem se infectado com ela é com certeza mais jovem até agora. Nós já sabemos que a Covid é uma inflamação séria que pode complicar até nos jovens, que estão começando a serem vacinados agora. A vacina pode ajudar e muito. É preciso entender que tem que tomar as duas doses e que tem o período de 15 dias até ser considerado imunizado”, explicou Dalcolmo.  

Especialistas destacam que, com o que se sabe até agora sobre a Delta, é necessário continuar com estratégias de prevenção para reduzir sua transmissão. Por enquanto, a melhor proteção é a vacinação, sem abandonar o uso da máscara e a higienização das mãos.

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