Queda das temperaturas faz crescer a incidência de casos de pneumonia

O tempo frio e seco resseca a mucosa das vias aéreas e as defesas naturais do sistema respiratório diminuem, aumentando o risco de contaminação.

Karine Salles

13/05/2015 às 15h32 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

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Com a queda brusca nas temperaturas nos últimos dias, diversas pessoas procuraram os serviços de saúde em decorrência de problemas respiratórios. E nos Estados brasileiros em que o frio está mais rigoroso, a pneumonia - uma das doenças que mais atingem a população -, está se tornando um grande problema de saúde, principalmente entre os idosos e as crianças.

O infectologista Ralcyon Teixeira, do Instituto Emilio Ribas, explica que uma das causas para a maior incidência destes casos está relacionada à maior circulação viral dentro de ambientes fechados. “Uma pessoa que está doente, dentro de um ambiente desse, consegue transmitir o vírus para outras pessoas sadias, que vão desenvolver a doença. E vai virando um ciclo. Por isso que, nesse período, há um aumento de doenças respiratórias de causas virais”. 

A pneumonia é uma infecção respiratória grave. Ela caracteriza-se por febre, tosse com catarro, e, em muitos casos, precisa de internação, podendo levar a pessoa à morte se não tratada adequadamente. A doença é responsável por altas taxas de internações e mortalidade, especialmente entre crianças menores de cinco anos. Cerca de 15 milhões de crianças são hospitalizadas por ano, por pneumonia, em países em desenvolvimento. A doença também é responsável por cerca de 20% dos 8,8 milhões de óbitos anuais em todo o mundo.

A infecção nos pulmões pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e outros micro-organismos e é perigosa. O pneumologista Alex Macedo alerta que "a doença pode ser confundida com outras infecções respiratórias. Ela se manifesta por tosse, escarro amarelado e febre alta, acima de 38ºC. Essa caracteristica é comum em outras infecções respiratórias, confundindo as pessoas. Mas que vai diferenciar uma da outra é o exame de raio-x". 

A doença é transmitida por gotículas de saliva ou espirro do doente, que chegam a outra pessoa ou ao ambiente. Ao tocar em olhos, nariz ou boca, o indivíduo acaba se contaminando. Por isso, o infectologista Ralcyon orienta: “Lavar sempre as mãos. Às vezes, contaminamos as mãos no ambiente. A lavagem das mãos continua e não levar a mão na boca ou nariz acaba diminuindo o risco de infecção". Além disso, a recomendação dos médicos é que exista uma alimentação balanceada para manter a imunidade em alta.