
Número de doadores de órgãos no Brasil subiu quase 90% em seis anos
Agência Brasil
24/09/2014 às 15h20 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h02

O número de doadores de órgãos no Brasil aumentou 89,7% nos últimos seis anos, passando de 1.350, em 2008, para 2.562, em 2013. No mesmo período, o indicador nacional de doadores por milhão de habitantes subiu de 5,8 para 13,4, enquanto a fila de espera para transplante caiu de 64.774 mil para 37.736 mil (41,7%).
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 24, pelo Ministério da Saúde. O levantamento aponta que, nos primeiros seis meses deste ano, o País realizou 11,4 mil transplantes. Desses, 6,6 mil foram cirurgias de córnea, 3,7 mil de órgãos sólidos (coração, fígado, rim, pâncreas e pulmão) e 965 de medula óssea. Em 2013, foram realizados 23.457 transplantes.

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O coordenador geral do Sistema Nacional de Transplantes, Heder Murari, sinalizou que os números devem subir, atingindo a marca de 14 doadores por milhão de habitante até o fim do ano. Ele lembrou ainda que o Brasil é o país latino-americano com maior percentual de aceitação familiar para doação de órgãos. Das famílias brasileiras com situações de morte encefálica, 56% autorizaram a retirada. Na Argentina, Uruguai e Chile, os índices são, respectivamente, 52,8%, 52,6% e 51,1%.
Apesar dos avanços, a pasta lançou uma campanha para aumentar a adesão das famílias à doação de órgãos. O objetivo é mostrar a importância da autorização para retirada de órgãos, após a confirmação do óbito.
Para reforçar a iniciativa, foi desenvolvido um aplicativo que fará interface com o Facebook, notificando familiares no momento em que o usuário da rede social se declarar doador de órgãos. O internauta pode, ainda, adicionar à foto do perfil um laço verde, símbolo mundial da doação de órgãos.
Qualquer pessoa que concorde com a doação pode ser doador, desde que o procedimento não prejudique sua saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, da medula óssea ou do pulmão. No caso de doadores falecidos, é preciso constatar a morte encefálica. O ministério ressaltou que a doação de órgãos só ocorre com a autorização da família.