Ministério da Saúde firma novo acordo para redução de sal nos alimentos

Da redação

05/11/2013 às 15h26 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00


O Ministério da Saúde firmou o 4º pacto para a redução de sódio nos alimentos industrializados com a Associação Brasileira de Indústrias de Alimentação (Abia). Essa é uma forma de o governo incentivar a diminuição do alto índice de consumo de sal no Brasil, um dos fatores de risco para doenças crônicas como hipertensão e doenças cardíacas. 

O foco é reduzir o índice de sódio em alimentos como requeijão, sopa instantânea, queijo muçarela, empanados, hambúrguer, presuntos, salsicha, mortadela, dentre outros. Também é previsto que novos alimentos sejam acrescentados aos três acordos firmados anteriormente.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um consumo máximo e diário de 4 gramas de sal por pessoa. Entretanto, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o consumo do brasileiro está em 12 gramas por dia. Como resultado do consumo exagerado do sal, pesquisa feita com mais de 54 mil brasileiros em 2011 mostrou que a hipertensão arterial atingia 22,7% da população adulta.

O cardiologista Geniberto Paiva Campos, ex-presidente da Sociedade de Cardiologia do Distrito Federal (SBC-DF) e atual coordenador do Observatório da Saúde do Distrito Federal informa que “o excesso de sal é o grande responsável por problemas como o infarto, problema para os rins, a diabetes e a hipertensão, esta última de difícil diagnóstico que se tornou um problema de saúde pública”.



Apesar de alguns alimentos terem níveis de sal acima do ideal — como os expostos acima — o mineral é fundamental para o corpo humano. Por isso, o segredo é diminuir gradativamente o consumo e evitar cortá-lo da dieta de uma vez.  A nutricionista Raquel Botelho orienta como controlar o consumo de sal: “Temos que incentivar a população a usar temperos à base de ervas, até mesmo pimentas, já que não contêm sódio. O alho também pode ajudar, por ser benéfico à saúde, contribuir no tratamento de infecções patogênicas e prevenir problemas cardiovasculares e determinadas doenças, como o câncer”.