Metade dos brasileiros não usa cinto de segurança no banco de trás

Ao sair com o seu carro, você se lembra de colocar o cinto de segurança? Esse ato pode salvar vidas!

Da redação

02/06/2015 às 16h58 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

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Dados do Ministério da Saúde mostram que metade dos brasileiros não usa cinto de segurança no banco de trás do carro. Os entrevistados mostram mais consciência quando estão no banco da frente, situação na qual 79,4% das pessoas com 18 anos ou mais dizem sempre usar o item, que é indispensável em qualquer dos bancos do veículo. Contudo, o cinto na parte traseira reduz o risco de morte não só do passageiro que o está usando, mas também dos outros, pois, em uma colisão, impede que o corpo seja projetado para frente, atingindo o motorista e o carona.

Estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) revela que o cinto de segurança no banco da frente reduz em 45% o risco de morte, e no banco de trás, em 75%. Em 2013, um levantamento da Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação apontou que 80% dos passageiros do banco da frente deixariam de morrer se os cintos do banco de trás fossem usados com regularidade.

Ele impede, em caso de colisão, que o corpo se choque contra o volante, painel e pára-brisas, ou que seja projetado para fora do carro. Os passageiros sentados no banco traseiro, sem os cintos de segurança, não somente se põem em perigo, como também colocam em perigo os passageiros dos bancos dianteiros. Numa colisão frontal eles também se moverão para a frente, onde podem bater e ferir o motorista ou passageiro do banco dianteiro.

USO DE CAPACETES

Também preocupa o percentual de pessoas que vivem na área rural que deixam de usar o capacete quando estão como passageiros em motocicletas. Entre os entrevistados, 80,1% afirmaram usar capacete mesmo quando não estão dirigindo, mas esse índice cai para 59% se consideramos somente os moradores da área rural.

A pesquisa revelou ainda que 4,4 milhões (3,1%) de brasileiros sofreram acidente de trânsito com lesões corporais nos últimos 12 meses anteriores à pesquisa. O número é maior entre os homens (4,5%) do que as mulheres (1,8%). Do total de pessoas que sofreram acidentes, 47,2% deixaram de realizar atividades habituais, 7,7% tiveram que ser internadas e 15,2% tiveram sequelas ou incapacidades.

No Brasil, 42,2 mil pessoas morreram por conta de acidentes de trânsito em 2013, sendo 12.040 envolvendo motocicletas. Foram registrados no ano passado, mais de 127 mil internações por conta desses acidentes, o que representa um gasto de R$ 183,1 milhões para o Sistema Único de Saúde, o SUS. Os acidentes com moto responderam pela maior parte das internações: 83,4 mil.

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Com informações do Ministério da Saúde e da Polícia Militar do Paraná