Infográfico mostra as principais complicações do diabetes no organismo; veja

Karine Salles

11/11/2015 às 23h11 - quarta-feira | Atualizado em 09/11/2021 às 12h15

A insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, controla o ritmo com que o organismo consome o açúcar e os alimentos com amido. Muitas vezes, o pâncreas não produz insulina suficiente ou o corpo não consegue utilizar eficazmente a insulina que produz. Nesses casos, é possível identificar uma doença crônica chamada diabetes.

As taxas normais de glicose no sangue de um paciente em jejum devem ser de até 110 mg/dl. Se esses níveis ultrapassam a marca de 140 mg/dl, a pessoa pode ser diagnosticada como diabética. Ao Portal Boa Vontade, a endocrinologista Lidiane Indiani Perlamagna apontou que, "a cada 3 minutos, um novo caso é diagnosticado no mundo".

Ainda segundo a médica, é importante saber a diferença entre o tipo 1 e o 2. De 5% a 10% dos casos de diabetes são do tipo 1, que frequentemente começa já na infância. Os portadores classificados nesse grupo são chamados de insulinodependentes.  Já o tipo 2 é a forma mais comum da doença, responsável por cerca de 90% dos casos. O início se dá geralmente em pessoas já adultas, obesas e com forte influência da hereditariedade. "Esse diagnóstico novo é normalmente dos pacientes portadores tipo 1", ponderou.

Ainda há um terceiro tipo, o gestacional, caracterizado pela hiperglicemia que apareceu pela primeira vez ou foi reconhecida durante a gravidez. Depois da gestação, ela normalmente desaparece.

Alexandre Salles

TRATAMENTO NECESSÁRIO: TOTAL DE ÓBITOS PODE AUMENTAR

O diabetes tipo 2 pode ser prevenido com trinta minutos de atividade física de intensidade moderada na maioria dos dias e uma dieta saudável pode reduzir drasticamente o risco de desenvolver a doença. Já o diabetes de tipo 1 não pode ser evitado, porém controlado.

O total de óbitos por diabetes pode aumentar em mais de 50% nos próximos 10 anos. Embora haja evidências de que uma grande proporção de casos de diabetes e suas complicações possam ser evitados sem uso do tabaco e com uma dieta saudável, atividade física regular, peso normal e controlado, não existe ampla implantação dessa cultura na sociedade. "Antes de ser uma doença que mata, ela é uma doença incapacitante daqueles que não se cuidam", afirma o endocrinologista e presidente da Associação Nacional de Assistência ao Diabético (Anad), dr. Fadlo Fraige Filho.

O principal objetivo do tratamento é normalizar a atividade de insulina e os níveis sanguíneos de glicose, na tentativa de reduzir o desenvolvimento das complicações vasculares e neuropáticas. O diabetes é a principal causa de cegueira, amputações e insuficiência renal.

O dr. Fadlo salienta aos que já têm a doença de que o mais importante é a conscientização. Para ele, "educação, informação, ir ao tratamento e cumprir as metas que o médico prescreveu" são importantes ações para o êxito no controle da doença. A dr. Lidiane também destaca o equilíbrio como ponto crucial para o tratamento, seja medicamentoso seja por meio da insulinoterapia.