Indústria retira mais de 7 mil toneladas de sódio dos alimentos

A meta é que até 2020 as indústrias retirem mais de 28 mil toneladas de sal do mercado brasileiro.

Karine Salles

12/05/2015 às 19h04 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

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De 2011 para 2014, as indústrias de alimentos conseguiram retirar mais de 7 mil toneladas de sódio das maioneses, snaks (batata-palha e salgadinhos de milho), biscoitos e misturas para bolo. Esse foi o resultado do acordo firmado entre o Ministério da Saúde e a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia), que prevê, até 2020, queda de mais de 28 mil toneladas de sal dos produtos alimentícios do mercado brasileiro.

A medida tem o objetivo de reduzir o consumo de sal — cujo principal componente é o sódio — do cardápio dos brasileiros. Atualmente, a média de consumo é de 12 gramas por dia, o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para Arthur Chioro, ministro da Saúde, “conseguir retirar mais de 7 mil toneladas de sódio é uma parte importante no enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis e promoção da saúde do brasileiro", garantiu.

Apesar disso, a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, a Vigitel de 2014, mostra que os brasileiros têm uma percepção pequena sobre o consumo de sal em excesso: 47,9% dos entrevistados consideram seu consumo de sal adequado. Apenas 2,3% admitem ter um consumo muito alto e 13,2% um consumo alto.

A diminuição, segundo o Chiroro, "é garantir  mais 4 anos de vida e uma redução de 15% nos óbitos por Acidente Vascular Cerebral (AVC). Significa também que 1,5 milhões de brasileiros não precisarão de medicamentos e vão poder controlar sua pressão com atividade física e alimentação saudável. É um ganho de vida”, alertou.

HIPERTENSÃO: UM PROBLEMA MUNDIAL

Adultos que consomem diariamente mais de 2 mil miligramas de sódio – equivalente a 5 gramas de sal por dia – têm maior risco de desenvolver pressão alta, o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, bem como insuficiência renal. As diretrizes oficiais da Organização Mundial da Saúde recomendam que estes limites sejam ajustados para baixo quando consideramos o consumo de crianças e adolescentes, que geralmente consomem menos calorias diárias do que os adultos.

A OMS aponta que a hipertensão afeta cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Considerada silenciosa, por não ter sintomas, é também um importante fator de risco para outras doenças, como infartos e acidentes vasculares cerebrais. De acordo com o nefrologista Décio Mion, especialista em hipertensão arterial e responsável pelo Serviço de Monitoração Ambulatorial da Pressão Arterial do Hospital Albert Einstein, a pressão alta tem consequências muito graves, como o derrame, o infarto e a paralização dos rins. "O que acontece é o endurecimento das artérias, que podem entupir ou romper. No infarto, elas entopem. No derrame, elas podem entupir ou romper, causando o derrame que a gente chama isquêmico hemorrágico", explica.

Por isso, é preciso conhecer os números ideais da tensão do sangue nas artérias. "Recomendamos que os adultos meçam a pressão pelo menos uma vez por ano. E, se existem casos na família, pode ser a cada seis meses, porque o mais importante é o diagnóstico precoce", ressaltou o especialista. A Sociedade Brasileira de Hipertensão indica que a pressão considerada normal é aquela que, na média, é igual ou inferior a 12 por 8 mmHg.

É preciso ter muita responsabilidade nas escolhas alimentares que são feitas, por duas razões: a primeira é que assim você mantém uma boa qualidade de vida e a outra é que se faz necessário tratar bem 'a vestimenta que foi emprestada nesta vida'. O nobre Irmão Bezerra de Menezes (espírito) alerta: "Quando tratamos mal o vaso físico, de certa forma, mesmo sem o saber, começamos a violação de uma Lei de Deus”.

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Com informações do Ministério da Saúde