"Álcool, outras drogas e segurança no trânsito" é tema da Semana Nacional do Trânsito

Da redação

18/09/2013 às 21h12 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

Helen Winkler e Felipe Tonin

Mesmo pequenas quantidades afetam a habilidade de direção dos motoristas: perigos como reações mais lentas do que o normal e a falta de noção quanto à velocidade do próprio carro e de outros veículos podem ser causas de acidentes fatais.



Em todo o mundo, estima-se que entre um quarto e metade das vítimas fatais de acidentes de transporte terrestre (ATT) relaciona-se com o uso abusivo do álcool. Para conscientizar os motoristas e pedestres sobre esse assunto, Semana Nacional do Trânsito ocorre entre os dias 18 e 25 deste mês e tem como tema Álcool, outras drogas e segurança no trânsito — efeitos, responsabilidades e escolhas.

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Segundo o estudo Análise da mortalidade por acidentes de transporte terrestre antes e após a Lei Seca - Brasil, 2007-2009, "condutores com concentração de álcool no sangue (alcoolemia) igual ou superior a 0,2 g/l apresentam déficits nas habilidades necessárias à condução segura, como funções de atenção dividida, habilidades visuais reduzidas e prejuízo no acompanhamento de movimento. Logo, quanto maior a concentração de álcool no sangue do condutor, maior a probabilidade de ocorrer um acidente".

Por isso, a Lei 11.705 (Lei Seca) foi criada, fiscalizando e educando as pessoas para o trânsito. A pesquisa citada identificou melhora nos números de acidentes causados pelo consumo de bebida alcoólica entre os anos de 2007 e 2009, apontando redução proporcional significativa no risco de morte por ATT, variando de -7,4% para o Brasil a -11,8% nas capitais.

ATÉ 2020
A meta da Década Mundial de Ações para a Segurança do Trânsito (2011-2020), proposta pela Organização Mundial de Saúde, é evitar 5 milhões de mortes de trânsito no mundo. Sem nenhuma ação preventiva, o número de vítimas pode chegar a 1,9 milhão por ano até 2020. Para diminuir essas projeções, os países — entre eles o Brasil — têm tomado medidas para melhorar a segurança rodoviária, inclusive no aumento da aplicação da legislação existente.

A resolução foi elaborada com base em pesquisa realizada pela OMS em 178 países que estimou que, em 2009, aconteceram cerca de 1,3 milhão de mortes por acidentes de trânsito. A resolução recomenda aos países-membros a elaboração de um plano de ação para guiar as ações nessa área, tendo como meta estabilizar e reduzir o número de mortes no trânsito em todo o mundo.

Para isso, periodicamente o órgão promove ações de conscientização de pessoas de todas as idades, além de disponibilizar cartilhas com dicas de atividades e brincadeiras para todas as faixas etárias, adequando as noções de cidadania no trânsito para as crianças desde a pré-escola.

Vivian R. Ferreira

DADOS ALARMANTES
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), são registradas mais de 1,3 milhão de mortes por ano, além dos milhões de pessoas feridas. Relatórios da OMS revelam que as perdas provocadas pela violência do trânsito se caracterizam como um problema de saúde pública com proporções epidêmicas.

Os acidentes de trânsito têm sido reconhecidos pelas Nações Unidas como um desafio para a realização das metas de saúde e desenvolvimento. Apenas 15% dos países têm leis abrangentes relativas a cinco principais riscos: excesso de velocidade, mistura de álcool e direção; o não uso de capacetes; uso incorreto de cintos de segurança; e sistemas inadequados de segurança para crianças.

O Portal Boa Vontade recomenda a todos, especialmente aos motoristas, que tenham cuidado durante a condução dos veículos, respeitem as leis de trânsito e não bebam.