Maestro Achille Picchi relembra participação na inauguração do TBV

Na ocasião, ele contou como foi reger a primeira audição mundial da Sinfonia Apocalipse.

Gabriele de Barros

12/07/2019 às 11h46 - sexta-feira | Atualizado em 16/07/2019 às 10h55

Este ano, o Templo da Boa Vontade (TBV), em Brasília/DF, comemora 30 anos de fundação.  Em sua inauguração, no dia 21 de outubro de 1989, foi apresentada a primeira audição mundial da Sinfonia Apocalipse, composta, em 1987, a quatro mãos, com o maestro e pianista Almeida Prado (1943-2010), a partir dos temas do Poema Sinfônico Argentina, que o diretor-presidente da Legião da Boa Vontade (LBV), Paiva Netto, escrevera ainda na década de 1980.

 

 

Na oportunidade, sob a regência do maestro Achille Picchi e diante de um público estimado em mais de 50 mil pessoas, a obra foi interpretada pela Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro e pelo Coral Ecumênico Boa Vontade, tendo como solistas a saudosa Victoria Kerbauy (1929-2017), soprano, e Francisco Frias (1949-2018), barítono.

Vivian R. Ferreira
O maestro Achille Picchi em recente participação no programa Músicas que Elevam, da Boa Vontade TV, ao lado do maestro legionário Alziro Tonin.

Em recente participação no programa Músicas que Elevam, da Boa Vontade TV, o maestro Achille Picchi, contou um pouco sobre como foi participar da inauguração do TBV como regente da Sinfonia Apocalipse: "(...) Foi uma grande emoção na minha vida, porque, primeiro que tivemos pouco tempo para ensaio, mas algo aconteceu que eu não sei explicar e em pouco tempo e com pouca possibilidade de espaço, inclusive, (...) os solistas se prontificaram rapidamente. Foi uma coisa meio inexplicável. E no dia da apresentação, a emoção era tão grande que eu não conseguia me conter, era uma multidão de pessoas ali, tinha mais ou menos 50 mil pessoas, não dá para imaginar fazer uma coisa dessas. Foi realmente algo inacreditável”, destacou.

Picchi também relatou a sua experiência emocionante ao ter contato com o Templo da Boa Vontade pela primeira vez: “Foi uma outra coisa espantosa para mim. Eu tive, na verdade, um contato primeiro exterior com [o TBV] e depois eu o visitei. E nossa, é algo grandiosíssimo, algo realmente inusitado no Brasil. E justamente inspirador por essa razão, porque tem essa grandiosidade interna e externa (...).”

Vivian R. Ferreira

O maestro, compositor, pianista e musicólogo Achille Picchi.

Na ocasião, o regente Achille Picchi conheceu as instalações da LBV na capital paulista e deixou suas considerações positivas sobre o trabalho solidário da Instituição: “(...) A LBV tem o elemento grandeza em si, não grandeza pelo tamanho, mas é a grandeza interna. É o trabalho de assistência, é o trabalho musical, é o trabalho de educação, enfim, e tudo isso é oferecido para as pessoas, essa é a grandeza da LBV. (...) É algo exemplar”, ressaltou.