Fique atento às mudanças por conta da greve geral dos caminhoneiros

A greve, que entrou em mais um dia de paralisação, afetou diversos serviços pelo País. Por isso, separamos algumas informações para que você não seja pego desprevenido.

Nathan Rodrigues

24/05/2018 às 08h16 - quinta-feira | Atualizado em 24/05/2018 às 11h21

A greve geral dos caminhoneiros, que entrou em mais um dia de paralisação, afetou diversos serviços pelo País. Por isso, separamos aqui algumas informações para que você não seja pego desprevenido.

São Paulo

A prefeitura anunciou, em nota, que cerca de 40% da frota de ônibus da cidade não deve circular nesta quinta-feira. O rodízio municipal de veículos foi suspenso.

Já o metrô informou que opera com 100% de sua frota, inclusive em horários de pico. Ainda assim, os técnicos da empresa acreditam que o número de passageiros não deve aumentar, já que muitas pessoas não conseguirão chegar às estações por conta da frota estacionada de ônibus.

Uma avaliação será feita para decidir se será preciso colocar mais trens à disposição dos usuários no decorrer do dia, especialmente após às 9 horas.

Rio de Janeiro

A greve nacional dos caminhoneiros está afetando diretamente o abastecimento de óleo diesel dos ônibus em todo o estado. Segundo a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor), algumas linhas de ônibus na capital já operam de forma limitada.

Na tarde de quarta-feira, informou a entidade, a frota operava com 72% da capacidade. Caso o abastecimento não seja normalizado, o cenário para quinta-feira será pior, podendo reter até 70% dos veículos.

Brasília

A greve, além de afetar o Aeroporto JK e a venda de gás de cozinha, também prejudicou o transporte coletivo na capital do País. As empresas de ônibus do DF afirmaram ter estoque de combustível suficiente para rodar até domingo, no máximo.

De acordo com a Associação das Empresas de Transporte Coletivo e Urbano do Distrito Federal, nem mesmo uma frota mínima irá às ruas se a paralisação continuar.

Belo Horizonte

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) e a BHTrans afirmaram que darão prioridade aos horários de maior movimento: início da manhã e fim da tarde. A queda de 50% no número de coletivos circulando na cidade  acontecerá, portanto, fora do horário de pico.

Porto Alegre

A operação em Porto Alegre também funcionará normalmente nos picos da manhã até 8h30, e à tarde, das 17h às 19h30. Nos demais horários, as viagens serão de hora em hora.

Recife

O número de viagens foi reduzido em 8% na quarta-feira e deve sofrer nova diminuição neste quarto dia de paralisação. Segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte, haverá "inevitável diminuição do número de viagens no horário de pico" nesta quinta.

A greve também gerou impactos em outras capitais. Em Porto Velho, por exemplo, a concessionária responsável pelos ônibus teme não ter diesel disponível para os veículos rodarem nesta sexta-feira. Curitiba chegou a anunciar uma diminuição da frota, mas a decisão foi repensada.

Outros setores foram prejudicados pela paralisação dos caminhoneiros. A A Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) afirmou, em nota, que a distribuição de alimentos tem se agravado a cada dia.

"Ainda não há levantamento completo dos prejuízos, mas apenas uma das empresas associadas relata mais de 1,1 mil toneladas de produtos não entregues a clientes, carregadas em caminhões que não chegam ao destino”, informa a associação.

Quanto ao transporte aéreo, a Infraero divulgou, em relatório divulgado na manhã de quarta-feira, que os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e os de Palmas, Recife, Maceió e Aracaju tinham combustível suficiente para abastecer as aeronaves apenas até aquele dia.