
13 distritos de São Paulo estão em epidemia de dengue; 5 só na Zona Norte
Da redação
23/04/2015 às 19h35 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

Foi divulgado nesta quinta-feira, 23, o sétimo balanço do ano sobre a situação da dengue na cidade de São Paulo. De 4 de janeiro a 11 de abril, foram notificados 62.799 casos, destes 20.764 foram contraídos na capital paulista. No mesmo período de 2014, a cidade teve 15.367 casos notificados e pouco menos da metade, 7.126, foi confirmado como adquirido na cidade. Cerca de 38,5% dos casos estão concentrados na Zona Norte de São Paulo. Ainda segundo o relatório, outra morte foi confirmada, somando cinco óbitos pela doença neste ano.

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O secretário-adjunto de saúde, Paulo Puccini, destacou que o aumento do número com relação ao último balanço foi ocasionado por casos de semanas anteriores que ainda não tinham sido confirmados. Mesmo assim, a situação no município não é considerada epidêmica pelo Ministério da Saúde. Essa situação só acontece quando a cidade atinge 300 casos para cada 100 mil habitantes. Considerando a porcentagem de habitantes por distrito, 11 estão em situação de epidemia: Brasilândia, Cidade Ademar, Jaraguá, Pirituba, Cachoeirinha, Raposo Tavares, Rio Pequeno, Freguesia do Ó, Perus, Limão, Casa Verde, Pari e Parque do Carmo.
COMBATE AO MOSQUITO
A Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) considera que o aumento dos casos neste ano está associado ao calor, que acelera o desenvolvimento do mosquito e ao acúmulo de água limpa sem proteção, devido à crise de abastecimento dos últimos meses. Portanto, os paulistanos devem se atentar à necessidade de ação individual preventiva para eliminar criadouros de mosquito Aedes aegypti.

APOIO DO EXÉRCITO
Teve início na manhã desta quinta-feira, 23, o apoio dos 50 soldados do exército na busca por focos de proliferação do mosquito. Os militares foram colocados à disposição para combater os criadouros dos transmissores da doença, possibilitando a visita em 1.064 imóveis localizados no bairro do Limão, zona norte da cidade. Outros 309 imóveis foram encontrados fechados e 16 munícipes não permitiram a entrada dos agentes.
Os soldados foram treinados por equipes da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) e se somam aos 2.500 agentes de zoonoses que diariamente visitam domicílios e orientam os cidadãos sobre como evitar a proliferação do Aedes aegypti, que além da dengue também é vetor da chikungunya. A atuação dos soldados se dará em locais onde há maior resistência da população em receber os agentes da Covisa.
TENDAS DE ATENDIMENTO
A cidade de São Paulo conta com nove tendas de atendimento nos distritos do Jaraguá, Brasilândia, Freguesia do Ó, Cidade Ademar, M’ Boi Mirim, Lapa, Rio Pequeno, Itaquera e Aricanduva/Carrão, que têm o objetivo de desafogar as unidades de saúde em regiões de maior incidência da doença. Mais de 7 mil atendimentos já foram realizados nos locais.
Cada uma das instalações possui uma máquina de teste rápido de sangue, que possibilita a contagem de plaquetas para a identificação de eventuais agravamentos e potenciais evoluções para dengue hemorrágica. Os munícipes devem primeiro procurar a unidade de saúde junto às tendas. Dpois de uma triagem inicial, quem têm suspeita de dengue é encaminhado para as tendas, onde recebem atendimento, orientação e tratamento para a doença.
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Com informações da Prefeitura de São Paulo