Jornalista Myltainho Severiano

Nathan Rodrigues

15/09/2016 às 10h47 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h08

A seção Linha do Tempo resgata memoráveis depoimentos de personalidades brasileiras e internacionais acerca do trabalho socioassistencial realizado pela Legião da Boa Vontade há mais de seis décadas.

Nesta semana, o Portal Boa Vontade destaca as palavras do respeitado jornalista Myltainho Severiano (1940-2014). Amigo de longa data da LBV e de seu diretor-presidente, entrevistou, para a edição 17 da revista Jornal dos Jornais,  Paiva Netto — que foi capa — durante visita ao Centro Educacional da Entidade no Rio de Janeiro, RJ, ocorrida no ano de 2000. Na publicação, ele destacou o dirigente legionário como "O maior comunicador do Brasil".

Arquivo Pessoal
O saudoso jornalista Mylton Severiano

Sobre esse momento especial da carreira, Myltainho afimou: “Nessa entrevista com o Paiva Netto, fui, mais uma vez, um repórter bissexto, pois não era a minha praia, mas o que eu senti naquele dia na LBV foi muita emoção. Criança me emociona muito, e eu vi aquelas crianças se alimentando e sendo bem tratadas. Aquilo me embargou a voz em alguns momentos. Foi uma das entrevistas de campo que fique mais me emocionaram, sem dúvida. Não teve outro trabalho que me emocionasse tanto”.

Confira a entrevista exclusiva do jornalista Myltainho à revista Boa Vontade

Ivan Souza
 
Em 2000, o jornalista Myltainho entrevistou Paiva Netto, seu colega de profisão. Na época, conheceu a unidade da LBV no Rio de Janeiro, RJ.

E ainda destacou o trabalho socioeducacional desenvolvido há mais de seis décadas pela Entidade, que atende crianças, jovens, adultos e idosos em risco social: "Pelo que vi na LBV lá no Rio de Janeiro, já me dá a consciência do trabalho bonito que Paiva Netto e todos os seus colaboradores fazem. Só posso esperar mais e mais desse coração imenso da LBV. Espero que sempre continue assim, as crianças precisam".

Mylton Severiano da Silva nasceu em Marília, interior de São Paulo, em 10 de setembro de 1940. Sua vocação para comunicar era perceptível desde muito cedo. Aos 9 anos de idade, publicou no jornal Terra Livre seu primeiro texto, que abordava as condições em que vivia um casal de camponeses na Fazenda Bonfim. Aos 12, fez um poema sobre o Dia das Mães para o Correio de Marília.

Ao mudar-se para a capital paulista, buscando melhores condições de vida, ingressou no curso de Direito e começou a trabalhar na Folha de S. Paulo. Rendido à paixão pelo jornalismo, na década de 1960 deixou a graduação e dedicou-se totalmente à comunicação, alcançando grande êxito nas principais publicações do Brasil. Myltainho trabalhou em O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde, Quatro Rodas, Realidade, entre muitas outras. Na revista Caros Amigos, foi colunista e editor-executivo até 2009. Além disso, escreveu vários livros, como Se liga — o livro das drogasBiografia de João XXIII: Um Século de Boa Vida e Paixão de João Antônio.