Mesmo com chuvas, crise hídrica em São Paulo continua
Agência Brasil
12/01/2015 às 18h15 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

Represa de Vargem, no interior paulista.
São Paulo, SP — A irregularidade das chuvas isoladas e passageiras, acompanhadas de temporal, continua impedindo a recuperação dos reservatórios de abastecimento da região metropolitana e de regiões próximas da capital paulista. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o volume de água armazenada no Sistema Cantareira caiu nesta segunda-feira, 12, de 6,6% para 6,5% depois de ficar estável entre o último sábado, 10, e domingo, 11.

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A quantidade de chuva atingiu 49,2 milímetros (mm) nos dez dias corridos deste mês ante a média histórica para janeiro: 271,1 mm. A situação é mais confortável em relação ao mesmo período de 2014, quando essa região sofreu o verão mais seco de todos os tempos. Nos dez primeiros dias de janeiro do ano passado, o acumulado de chuva alcançou apenas 22,7 mm.
Entre esse domingo e esta segunda-feira, foram registradas quedas também nos níveis dos demais sistemas de abastecimento administrados pela Sabesp: Alto Tietê, Guarapiranga, Alto Cotia, Rio Grande e Rio Claro.
Para tentar evitar um colapso na distribuição de água, o Governo do Estado recorreu, na semana passada, à tarifa de contingência, que pune quem consumir além do gasto médio do período entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014 . O consumidor que elevar o gasto em até 20%, pagará um adicional de 40%; acima dos 20%, terá a conta corrigida em 100%.
De acordo com as previsões do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climático (CPTEC), a tendência é de novas pancadas de chuva sempre nos finais de tarde tanto na região Leste do Estado de São Paulo, onde fica a capital paulista, quanto no Sul de Minas Gerais, nas cabeceiras do Sistema Cantareira.