
Clima seco atinge Sudeste e aumenta casos de doenças respiratórias
Wellington Carvalho
07/08/2014 às 12h48 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h02

São Paulo, SP — Por muito tempo, boa parte dos brasileiros considerou que a seca era característica somente na região Nordeste, não é verdade? Porém, o ano de 2014 está mostrando que esta ideia está um tanto quanto equivocada, visto que, na região Sudeste, São Paulo — a maior cidade da América Latina, com mais de 11 milhões de habitantes —, enfrenta a pior estiagem dos últimos 80 anos.
Em decorrência do período, o volume de água do Sistema Cantareira continua registrando quedas sucessivas e operando na média de 18% de sua capacidade de armazenagem, segundo dados da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp). Considerando apenas o volume útil, os reservatórios do sistema contam com 8,2% da capacidade. Há um ano, esse volume era 57,5%. Convém ressaltar que, sem água, é praticamente impossível realizar as atividades humanas. O sistema é responsável de abastecer 9 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo.
Além disso, com a seca em São Paulo, ocorrem altas temperaturas e baixo índice de umidade relativa do ar — o que favorece prejuízos à saúde, como viroses e conjuntivites. E se falarmos dos problemas ocasionados pela poluição são inúmeros por esse agravante. Os pulmões que o digam!. De acordo com recente pesquisa do Instituto Saúde e Sustentabilidade, a poluição atmosférica mata o triplo do que os acidentes de trânsito — que já são altíssimos, diga-se de passagem: 1.556 somente em 2011. E quem dera se a poluição não fosse além fronteira.
Por isso, todos devem estar atentos à cidadania com o meio ambiente, já que os problemas ambientais são também consequências de nossas próprias ações e, portanto, podem ocorrer em qualquer lugar mediante nossas escolhas. Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, já advertiu que “a cada um é dado de acordo com as suas próprias obras” (Evangelho de Jesus, segundo Mateus, 16:27). Portanto, devemos empregar ações sustentáveis no presente, para não sermos castigados com um destino que nós mesmos construimos. O jornalista, radialista, escritor e diretor-presidente da Legião da Boa Vontade (LBV), José de Paiva Netto, sempre ensina que “administrar é chegar antes”.
Contribuindo para o assunto, Erwin De Nys, especialista sênior em recursos hídricos do Banco Mundial, ressalta que “o principal desafio que o Brasil enfrenta agora é aproveitar esse momento crucial e a oportunidade de agir de forma ousada, para avançar em direção a uma gestão e um planejamento com ações proativas, que minimizem os efeitos das secas no País”. Afinal, “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”, como determina o artigo 225 da Constituição Federal.
CUIDAR DA NATUREZA É DEVER DE TODOS OS QUE DELA DESFRUTAM. PORTANTO...

DICAS PARA ECONOMIZAR ÁGUA
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*Com informações da Onu Brasil.