Semifinais da Copa América têm apenas técnicos argentinos

André Gonçalves

28/06/2015 às 14h51 - domingo | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

Vivemos uma nova era. Infelizmente, com um futebol brasileiro burocrático. A eliminação brasileira na Copa América fez com que a semifinal da competição tenha apenas técnicos de um país. E logo do maior rival. A Argentina domina os esquemas táticos das equipes com melhor desempenho na América do Sul. Chile, Peru, Argentina e Paraguai têm treinadores que nasceram no nosso vizinho.

O Chile é treinado por Jorge Sampaoli, que fez sucesso como técnico no Peru e no próprio futebol chileno, até assumir a seleção deste país, que comanda desde 2012 e com bons trabalhos, como o de levar a seleção até as oitavas de final da Copa do Mundo 2014, realizada no Brasil. Jorge Sampaoli ganhou fama na Universidad de Chile na Libertadores em 2010.

O Peru é dirigido por Ricardo Gareca, que chegou a dirigir o Palmeiras em 2014. O treinador fez grande sucesso no comando do Vélez Sarsfield, na Argentina. Em 2015, assumiu o Peru e já levou a equipe às semifinais da Copa América.

A Argentina é treinada por um técnico logal, Gerardo "Tata" Martino, que treinou clubes de Argentina e Paraguai no iníco de sua carreira, até chegar à seleção do Paraguai em 2006. Dirigiu a seleção até 2011 e conquistou vaga nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Depois treinou o Newell´s Old Boys e chegou à semifinal da Copa Libertadores. Além disso, foi técnico do Barcelona, de Messi e Neymar. Assumiu a Argentina após a Copa do Mundo de 2014 e tenta um título para o país 20 anos depois. A última conquista argentina foi a própria Copa América, em 1993.

O Paraguai é comandado por Ramón Díaz. O treinador fez sucesso em clubes da Argentina, como o River Plate, por exemplo. Assumiu a seleção do Paraguai em 2014, com responsabilidade de levar a seleção para a Copa do Mundo de 2018. Neste sábado, 27,  levou o Paraguai às semifinais da Copa América ao eliminar o Brasil nos pênaltis, repetindo o feito de quatro anos atrás.

É hora de começar a pensar numa renovação do futebol brasileiro. Aliás, já passou da hora.