Poluição e clima extremo ampliam doenças alérgicas no Brasil

A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) alertou, em carta enviada ao presidente da Conferência das Partes sobre Mudança do Clima (COP30), que o aquecimento global, a poluição e as alterações climáticas estão agravando doenças alérgicas e respiratórias no Brasil. Segundo a entidade, esses fatores ambientais têm impacto direto na saúde pública e exigem atenção urgente.

Ambiente mais hostil para quem tem alergias

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A presidente da ASBAI, Fátima Rodrigues Fernandes, afirma que, embora a genética influencie o desenvolvimento de alergias, o ambiente exerce papel decisivo. A poluição do ar, as altas temperaturas e a instabilidade climática provocam inflamações nas mucosas respiratórias e na pele, aumentando crises de asma, rinite e conjuntivite.

Crianças, idosos, gestantes e famílias de baixa renda estão entre os mais afetados pelos efeitos climáticos, pela piora das alergias e com doenças respiratórias como asma ou DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica). A ASBAI defende medidas urgentes, incluindo avanços nas discussões da COP30 e a retomada do Tratado Global contra a Poluição Plástica, como forma de proteger a saúde da população.

Eventos extremos ampliam alérgenos

Enchentes, queimadas e ondas de calor, cada vez mais frequentes, favorecem a proliferação de alérgenos como poeira, pólen, fungos e ácaros. Esses fatores agravam quadros de dermatite atópica e outras doenças alérgicas, especialmente em populações já vulneráveis.

Microplásticos e novos riscos

A ASBAI também chama atenção para a poluição plástica. Microplásticos presentes no ambiente e até na água podem causar inflamação intestinal, contribuindo para o aumento de alergias alimentares. O alerta reforça que a crise climática tem impactos que vão além da respiração.

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Com informações da Agência Brasil