Planeta corre o risco de ficar 3,6ºC mais quente, adverte a AIE

Agência Brasil

13/11/2013 às 14h29 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

Nessa terça-feira, 12, a Agência Internacional de Energia (AIE) alertou que o mundo ficará, a longo prazo, 3,6ºC mais quente se os governos simplesmente mantiverem seus objetivos atuais. Em Varsóvia, na Polônia, os representantes da Agência participam de discussões sobre as alterações climáticas.

No cenário estabelecido pela AIE para os países desenvolvidos, as emissões dos gases de efeito estufa relacionados com a energia — que representam cerca de dois terços do total das emissões — sofrerão um aumento de 20% até 2035, mesmo com os esforços já anunciados pelos países comprometidos com as preocupações ambientais.

Este cenário "leva em conta o impacto das medidas anunciadas pelos governos para melhorar a eficiência energética, o apoio às energias renováveis, a redução dos subsídios aos combustíveis fósseis e, em alguns casos, a colocação de um preço nas emissões de gás carbônico", declarou a Entidade no relatório anual de referência, apresentado nesta terça-feira em Londres.

Observando o papel fundamental do componente energético no sucesso ou no fracasso da política climática internacional, o departamento de energia da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apoiou as iniciativas recentes, como o plano de ação apresentado pelo presidente americano Barack Obama; o anúncio de Pequim relativo a uma limitação de carvão; e o debate europeu sobre metas climáticas para 2030, salientando que "todas têm o potencial de limitar o crescimento das emissões de gás carbônico".