Dados da OMS revelam que bilhões de pessoas ainda respiram ar insalubre

A OMS estima que mais de 13 milhões de mortes em todo o mundo a cada ano são resultado de causas ambientais evitáveis.

Karine Salles

04/04/2022 às 18h21 - segunda-feira | Atualizado em 13/04/2022 às 08h58

 

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Foi-se o tempo que morar afastado das grandes metrópoles era garantia de 'ar puro'. Isso porque quase toda a população do mundo (99%) respira ar que excede os limites de qualidade, de acordo com dados divugados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas ainda assim, mesmo em cidades que não apresentem uma ampla área verde, é possível sentir a diferença na qualidade do ar, pelo número reduzido de carros nas ruas.

Ao pedir ações mais urgentes e efetivas para reduzir o uso de combustíveis fósseis, o que gera poluentes que causam problemas respiratórios e de fluxo sanguíneo e levam a milhões de mortes evitáveis a cada ano, a OMS estima que mais de 13 milhões de mortes em todo o mundo a cada ano são resultado de causas ambientais evitáveis.

Diante da situação atual, a diretora do Departamento de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da OMS, Maria Neira, reitera: "Depois de uma pandemia, é inaceitável ainda ter 7 milhões de mortes evitáveis e incontáveis anos perdidos de boa saúde devido à poluição do ar. É isso que estamos dizendo quando analisamos a montanha de dados, evidências e soluções sobre poluição do ar disponíveis. No entanto, continua-se fazendo muitos investimentos em um meio ambiente contaminado e não em um ar limpo e saudável”, disse em comunicado. 

Má qualidade do ar pode levar a danos à saúde

Pela primeira vez, o banco de dados de qualidade do ar da OMS apresenta as medições terrestres das concentrações de dióxido de nitrogênio (NO2), um poluente urbano comum e precursor do material particulado e do ozônio. Inclui também medições de partículas com diâmetros iguais ou inferiores a 10 μm (PM10) ou 2,5 μm (PM2,5). Ambos os grupos de poluentes se originam principalmente de atividades humanas relacionadas à queima de combustíveis fósseis.

Para se ter uma ideia, a base de evidências para os prejuízos que a poluição do ar causa ao corpo humano vem crescendo rapidamente e aponta para danos significativos causados até mesmo por baixos níveis de muitos poluentes do ar.

O material particulado, especialmente o PM2,5, é capaz de penetrar profundamente nos pulmões e entrar na corrente sanguínea, causando impactos cardiovasculares, cerebrovasculares (AVC) e respiratórios. Há evidências emergentes de que o material particulado afeta outros órgãos e também causa outras doenças.

O dióxido de nitrogênio (NO2) está associado a doenças respiratórias, principalmente asma, levando a sintomas respiratórios (como tosse, chiado ou dificuldade para respirar), internações hospitalares e busca por serviços de emergência.

CONSCIENTIZAÇÃO: PRIMEIRO PASSO PARA MUDANÇAS URGENTES

É necessário que a consciência socioambiental seja propagada, unindo a preservação do meio ambiente ao desenvolvimento do Ser Humano e seu Espírito Eterno, na resolução de uma estratégia de sobrevivência, como ensina a Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo. Em seu artigo Cuidado, estamos respirando a morte, o jornalista, radialista e escritor Paiva Netto alerta para o fato de que “(...) estamos respirando a morte. Encontramo-nos diante de um tipo de progresso que, ao mesmo tempo, espalha ruína. A nossa própria. (...) As questões são múltiplas, mas esta é gravíssima: estamos respirando a morte. Encontramo-nos diante de um tipo de progresso que, ao mesmo tempo, espalha ruína. A nossa própria. Comprova-se a precisão urgente de ampliar em largo espectro a consciência ecológica do povo, antes que a queda de sua qualidade de vida seja irreversível. Este tem sido o desafio enfrentado por vários idealistas pragmáticos (...)".

Considerando a importância do assunto, o Portal Boa Vontade preparou dicas práticas para que você também contribua para um mundo menos poluído:

Alexandre Salles

Reforçamos que todos têm a necessidade de desfrutar de um ecossistema equilibrado, o esforço tanto dos cidadãos como do Poder Público é imprescindível. Ainda mais porque a situação crítica, pede esforços cada vez mais intensos — razão pela qual o jornalista Paiva Netto assegura no artigo Cuidado, estamos respirando a morte: “(...) A destruição da Natureza é a extinção da Raça Humana. Se não suplantarmos o difícil hoje, poderemos ser esmagados pelo impossível amanhã”.
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Com informações da ONU