Depressão na Terceira Idade: saiba como prevenir

Estudo aponta que os maiores índices de mortes relacionadas à depressão estão concentrados em pessoas com mais de 60 anos.

Cris Haidar

23/05/2016 às 08h59 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h05

Um levantamento feito pelo jornal O Estado de São Paulo, com base nos dados do sistema de mortalidade do Datasus, mostra que, em 16 anos, o número de mortes relacionadas à depressão cresceu 705% no Brasil. As estatísticas incluem casos de suicídio e outros óbitos provenientes do processo depressivo. 

O estudo aponta que os maiores índices de mortes relacionadas à depressão estão concentrados em pessoas com mais de 60 anos. O ápice dos casos ocorre após os 80 anos. Na Terceira Idade, explica os pesquisadores, as pessoas tornam-se mais vulneráveis ao quadro depressivo por conta da chegada de doenças crônicas incuráveis, o luto pela perda de pessoas próximas e a frustração por não poder mais realizar algumas atividades.

Antes de falarmos em prevenção, contudo, precisamos aprender a identificar os sintomas de uma possível depressão. O sinal mais evidente é a tristeza em excesso e o isolamento. A fala do idoso gira em torno de questionamentos sobre ainda estar entre nós e uma profunda sensação de inutilidade.

Esse comportamento, muitas vezes, é percebido pela própria família, mas por não estar acostumada a ver o idoso desta forma, exige dele uma postura que teria quando mais jovem. Nestas situações, os cuidados devem ser redobrados. Os parentes e cuidadores têm que monitorar os idosos, mostrando-se interessados em seu dia a dia. Pode ser feito de forma presencial ou à distância. O importante é dar atenção.

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A depressão é  cada vez mais comum em pessoas acima dos 60 anos. Isso ocorre, geralmente, porque as limitações físicas impostas pelo passar dos anos faz com que o idoso se sinta incapaz.  


Ao perceber esses sintomas o próximo passo é agir. Uma medida importante é fazer com que o idoso perceba que ainda pode ser feliz, colaborando para que encontrem a felicidade dentro de si, com suas próprias realizações. Além disso, ele precisa ser incentivado a formar grupos, estudar, fazer trabalhos voluntários, cultivar amizades e frequentar lugares para lazer. Tudo isso fará com que sinta mais feliz e inserido no meio em que vive.  Outra atitude positiva é também cuidar de um animal de estimação, o que traz uma resposta rápida ao amor que o idoso tem para oferecer.

Todas essas atitudes aliadas aos cuidados médicos e remédios próprios para depressão farão com que o idoso tenha uma melhor qualidade de vida. No que diz respeito a idosos doentes, o processo também se aplica, mas com restrições, pois eles são mais limitados. Neste caso, a atenção, o acolhimento e o afeto também são fundamentais.

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* Cris Haidar é colaboradora do Portal Boa Vontade