Da redação

Crianças e adolescentes sofrem com mudanças climáticas, alerta Unicef

Da redação

23/09/2024 às 11h52 - segunda-feira | Atualizado em 27/09/2024 às 08h39

Em meio a onda de calor e fumaça, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alerta em novo levantamento divulgado para a importância dos investimentos em medidas voltadas à resiliência climática e à garantia dos direitos de crianças e adolescentes. No Brasil, 33 milhões de menores enfrentam pelo menos o dobro de dias quentes a cada ano, em comparação a seus avós.

Utilizando como base uma comparação entre as médias dos anos 1970 e de 2020-2024, a análise mostra a velocidade e a escala com que os dias extremamente quentes estão aumentando. Esses dias são aqueles em que se registram temperaturas acima de 35º Celsius (ºC). No Brasil, a média de dias extremamente quentes passou de 4,9 ao ano na década de 1970 para 26,6 na década de 2020. A análise aponta, também, para o aumento das ondas de calor. Nesse caso, trata-se de períodos de 3 dias ou mais em que a temperatura máxima está mais de 10% maior do que a média local.

As crianças e os adolescentes são os que sentem, por mais tempo e com maior intensidade, impactos de ondas de calor, enchentes, secas, fumaças e outros eventos climáticos extremos. O estresse térmico no corpo, causado pela exposição ao calor extremo, ameaça a saúde e o bem-estar de crianças e mulheres grávidas. Níveis excessivos de estresse térmico, também, contribuem para a desnutrição infantil e doenças não transmissíveis que tornam as crianças mais vulneráveis a infecções que se espalham em altas temperaturas, como malária e dengue.

“Os perigos relacionados ao clima para a saúde infantil são multiplicados pela maneira como afetam a segurança alimentar e hídrica, a exposição à contaminação do ar, do solo, e da água, e a infraestrutura, pois interrompem os serviços para crianças, incluindo educação, e impulsionam deslocamentos. Além disso, esses impactos são mais graves a depender das vulnerabilidades e desigualdades enfrentadas pelas crianças, de acordo com sua situação socioeconômica, gênero, raça, estado de saúde e local em que vive”, explica Danilo Moura, especialista em Mudanças Climáticas do Unicef no Brasil.

Diante desse cenário, o órgão pede que candidatos e candidatas às prefeituras se comprometam a preparar as cidades para enfrentar e lidar com as mudanças climáticas, com foco especial nas necessidades e vulnerabilidades de meninas e meninos.

“Isso inclui implementar ações para enfrentar as mudanças climáticas e adaptar serviços públicos, infraestrutura e comunidades para resistirem a seus efeitos, inclusive a eventos climáticos extremos, priorizando as necessidades e vulnerabilidades específicas de meninas e meninos. Uma ação importante é incorporar o Protocolo Nacional para Proteção Integral de Crianças e Adolescentes em Situação de Desastres aos planos do município”, aponta Danilo.

O tema é uma das cinco prioridades propostas pelo Unicef na agenda Cidade de Direitos – Cinco prioridades para crianças e adolescentes nas Eleições 2024, voltada a candidatos e candidatas de todo o país.

 

Português, Brasil

Cúpula do Futuro: Oportunidade única para reformar a cooperação global e enfrentar novas e urgentes ameaças

Da redação

20/09/2024 às 09h07 - sexta-feira | Atualizado em 20/09/2024 às 10h39

A Cúpula do Futuro, que começa nesta sexta-feira na sede da ONU em Nova Iorque, reunirá mais de 7 mil participantes de diversos setores durante os “Dias de Ação”, para forjar um novo consenso internacional e garantir que o sistema multilateral esteja adequado para liderar uma resposta mais eficaz aos desafios e oportunidades atuais. Um dos destaques é a participação da sociedade civil nas discussões globais.

UN Photo/Duncan Moore

Participantes da Conferência da Sociedade Civil da ONU em Nairóbi, Quênia, ouvindo os discursos dos palestrantes. (arquivo)

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu aos Estados-membros que adotem um espírito de compromisso diante dos desafios globais, que estão “avançando mais rapidamente do que a capacidade de resposta”. O encontro, com duração de dois dias, é “um primeiro passo essencial para tornar as instituições globais mais legítimas, eficazes e adequadas”.

Guterres expressou a esperança de que os participantes se esforcem ao máximo para que esses documentos avancem e sejam finalizados. Ele ressaltou que não é possível criar um futuro adequado para as próximas gerações com sistemas pensados para o passado, enfatizando a importância do sucesso da Cúpula.

Ele destacou que o mundo passa por divisões geopolíticas “fora de controle e conflitos descontrolados”, citando crises na Ucrânia, em Gaza e no Sudão. O chefe das Nações Unidas também mencionou as mudanças climáticas e desigualdades sociais, bem como o avanço de tecnologias sem proteção adequada.

Crises se acumulando

O secretário-geral alertou que as crises estão se alimentando, citando que as tecnologias digitais espalham desinformação climática, aprofunda a desconfiança e alimenta a polarização.

Para Guterres, as instituições e estruturas globais “são totalmente inadequadas para lidar com esses desafios complexos”. Em sua avaliação, elas foram criadas para um “mundo passado” e enfrentam situações que não estavam no radar há 80 anos. 

Por isso, a Cúpula do Futuro busca adotar um pacto que inclui linguagem mais forte sobre a reforma do Conselho de Segurança e sua ampliação, medidas de governança para Inteligência Artificial e outras tecnologias, bem como avanços na reforma da arquitetura financeira internacional.

Acordos para o futuro

Espera-se que os Estados-membros presentes na Cúpula adotem o Pacto para o Futuro, com o Pacto Digital Global e uma Declaração sobre as Gerações Futuras anexados a ele.

Mais de 130 chefes de Estado e de governo devem participar da Cúpula do Futuro, que será realizada de 22 a 23 de setembro, logo antes do debate anual na Assembleia Geral da ONU.

A Cúpula será precedida por dois “dias de ação”, nos quais organizações não governamentais, acadêmicos e representantes do setor privado vão debater os principais temas.  

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Com informações das Nações Unidas

Português, Brasil

Mostra Cultural e Artística 2024 — ParlaMundi da LBV: uma poderosa força a serviço dos povos

Da redação

19/09/2024 às 06h43 - quinta-feira | Atualizado em 05/10/2024 às 16h45

Em 30 anos de existência, o Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV — localizado ao lado do Templo da Boa Vontade (TBV), integra o Conjunto Ecumênico da Instituição —, tem se constituído num espaço de debates totalmente novo e revolucionário, oferecendo aos mais variados setores do conhecimento humano oportunidades de discutir os maiores problemas que afligem o mundo, tornando-se referência de um local aberto à troca de ideias e proposições ecumênicas visando à Paz Mundial. No local, todos são respeitados, visto que são Irmãos em humanidade, formando a Raça Universal dos Filhos de Deus, pois, como afirma Paiva Netto: “O objetivo do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica é agregar o conhecimento vigente nos mundos físicos com o saber infinitamente amplo situado na dimensão do Espírito Eterno; unir as criaturas às civilizações que existem no Mundo Espiritual, ainda invisíveis aos nossos pobres e restritíssimos cinco sentidos materiais”.

Diante desse contexto, a Mostra Cultural e Artística 2024 — ParlaMundi da LBV: uma poderosa força a serviço dos povos propõe-se a apresentar um pouco dos múltiplos aspectos dessa notável e heroica história, a partir da reunião de trechos das empolgantes palestras de Paiva Netto e de produções culturais dos Soldadinhos de Deus, da Religião Divina, e dos Jovens Ecumênicos da Boa Vontade de Deus, de todas as idades, por meio de um Painel Colaborativo aberto à participação de artistas das diversas modalidades das linguagens visuais e do público em geral.

Convidamos quem deseja compreender de maneira fraterna, abrangente e ecumênica esse legado a conhecer esta exposição, como defende Paiva Netto: “Sem o sentido de Fraternidade Ecumênica, acabaríamos com o planeta, mantendo nossos cérebros brilhantes, mas os corações opacos. A almejada reforma da sociedade não virá em sua plenitude se o Espírito do cidadão (ou cidadã) não for levado em alta conta. (...) O mundo precisa de progresso, sim e sempre, que lhe dê pão e estudo; todavia, necessita igualmente do indispensável alimento do Amor e, por conseguinte, do respeito.” Acompanhe a abertura no dia 5 de outubro, após a Cruzada do Novo Mandamento de Jesus — Reunião da Comunhão com Deus, no Templo da Boa Vontade, em Brasília/DF.

SERVIÇO: Data de abertura: 5 de outubro de 2024, logo após a Cruzada do Novo Mandamento de Jesus Local: Galeria de Arte do Templo da Boa Vontade Endereço: 915 Sul — Brasília/DF Em exposição durante todo o mês de outubro (até 31/10)

Português, Brasil

Especialista do Inca alerta para risco da fumaça das queimadas à saúde

Da redação

17/09/2024 às 16h43 - terça-feira | Atualizado em 17/09/2024 às 17h58

O Brasil precisa reduzir a exposição da população à fumaça gerada pelas queimadas para evitar um aumento do número de casos de câncer nas próximas décadas. O alerta é da epidemiologista Ubirani Otero, chefe da Área Técnica Ambiente, Trabalho e Câncer do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que define o cenário atual como “muito preocupante”.

A pesquisadora conversou com a Agência Brasil nesta terça-feira (17) sobre os efeitos da fumaça na saúde humana. “Se a gente não prevenir essas questões hoje, a gente corre risco de ter um aumento dos tipos câncer relacionados ao sistema respiratório em um futuro próximo”, diz Ubirani Otero.

O alerta da especialista aponta o caminho para evitar o surgimento de casos. “A melhor prevenção contra o câncer é a eliminação da exposição. Se cessar o quanto antes, a gente pode prevenir muitos casos no futuro.”

A epidemiologista explica que a fumaça proveniente dos incêndios florestais é formada por inúmeros compostos químicos, o que a tornam cancerígena.

“As queimadas geram muito material particulado. Estamos falando de liberação de monóxido de carbono, solventes, metais pesados, hidrocarbonetos aromáticos, fuligem, uma gama de material que fica suspenso no ar".

MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL/EBC
  • Impressionantes imagens mostram parede de fogo em Brasília

Incêndios

O Brasil vivencia um panorama grave de queimadas e incêndios florestais em 2024. De janeiro a agosto, os incêndios atingiram 11,39 milhões de hectares, segundo dados do Monitor do Fogo Mapbiomas, divulgados no último dia 12. De acordo com o levantamento, 5,65 milhões de hectares – área equivalente ao estado da Paraíba – foram consumidos pelo fogo apenas no mês de agosto, o que equivale a 49% do total do ano.

Nuvens de fumaça se espalham pelo país, alterando paisagens. Incêndios também surgiram em outras regiões, como o Sudeste. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, também foram criados gabinetes de crise pelos governos locais. Na região serrana do Rio de Janeiro, o chefe do Parque Nacional da Serra dos Órgãos afirma que o fogo consome áreas raramente atingidas por incêndios.

Riscos

O tipo de câncer mais diretamente ligado à exposição prolongada à fumaça e poluição do ar é o de pulmão e outras partes do sistema respiratório. Ubirani Otero aponta que, diferentemente de outras doenças agudas causadas pela exposição prolongada, como síndromes respiratórias, os cânceres podem levar de 20 a 30 anos para serem identificados.

“O período de latência é grande, então os efeitos dessa poluição de hoje para câncer a gente só vai ver depois de 20, 30 anos”, alerta a epidemiologista

A especialista do Inca direciona a preocupação de saúde, incluindo doenças respiratórias, principalmente para crianças, idosos e trabalhadores que atuam em áreas abertas, com destaque para os bombeiros que combatem diretamente as chamas.

“Eles precisam estar totalmente equipados, bem protegidos, com as máscaras e devidos equipamentos de proteção individual, para que eles não sofram efeitos dessa fumaça”, orienta ela, acrescentando que é preciso cuidado também com a lavagem das roupas usadas por eles em serviço. “Está cheia de fuligem. Todo cuidado tem que ser tomado.”

Ela defende medidas como a suspensão de aulas em locais e período críticos, para diminuir a exposição prolongada de crianças à fumaça.

“As crianças têm uma atividade física maior, elas acabam aspirando mais essa fumaça que os adultos. Os efeitos para elas são maiores, principalmente respiratórios”, explica.

A epidemiologista aponta que a fumaça das queimadas é tão maléfica quanto a do tabaco. Ao evidenciar que o câncer é uma doença multifatorial, ela chama atenção para o perigo de se acumular fatores de risco, por exemplo, o fato de ser fumante.

“De um risco que seria dez vezes maior em relação à população geral, passa a 20 vezes maior ou até mais [entre fumantes]”, afirma.

Recomendações

A chefe da Área Técnica Ambiente, Trabalho e Câncer do Inca orienta que pessoas em áreas afetadas pela fumaça das queimadas tomem precauções, como evitar sair de casa, para diminuir a exposição, usar máscara de proteção, beber bastante água e fazer lavagem das narinas.


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Com informações da Agência Brasil

Português, Brasil

Combinação de calor com baixa umidade do ar exige hidratação e alimentação saudável

Da redação

12/09/2024 às 13h17 - quinta-feira | Atualizado em 12/09/2024 às 14h28

Nesta semana, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta amarelo e laranja para baixa umidade em alguns estados, o que significa que o índice está entre 30% e 20%. O ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é 60%.

Shutterstock

O perigo da baixa umidade do ar é justamente o aumento da incidência de doenças respiratórias.Para encarar esse período, a nutricionista Laila Lemos, explica que é preciso ficar em alerta quanto à ingestão de água no período de estiagem, já que o próprio corpo sinaliza mais vezes a necessidade de hidratação. “A desidratação pode gerar diferentes sintomas no nosso corpo, como cansaço, fome e falhas no sistema circulatório. Se for continuada, a desidratação pode ter efeitos a longo prazo na saúde”, explica a nutricionista.

Para evitar tais problemas, Laila dá algumas dicas:

- Ande sempre com uma garrafinha de água;
- Para ter uma noção da quantidade de água que você deve beber ao longo do dia, multiplique o seu peso por 35ml;
- Não vale beber 2 litros de água de uma vez, o consumo deve ser fracionado;
- A temperatura da bebida indefere na hidratação, porém, não vale achar que beber 2 litros de chá ou café é a mesma coisa que beber dois litros de água;
- A água que ingerimos deve vir predominantemente do consumo de água como tal e da água contida nos alimentos e preparações culinárias.

Alimentação adequada

A maioria dos alimentos in natura, minimamente processados e das preparações desses alimentos, têm alto conteúdo de água. O leite e boa parte das frutas contêm de 80% a 90% de água. Verduras e legumes cozidos ou na forma de saladas costumam ter mais do que 90% do seu peso em água. Um prato de feijão com arroz é constituído de dois terços de água. Sendo assim, uma boa pedida para esse período mais seco.

Os alimentos ultraprocessados são, em geral, escassos em água, exatamente para que durem mais nas prateleiras. Refrigerantes e vários tipos de bebidas adoçadas possuem alta proporção de água, mas contêm açúcar ou adoçantes artificiais e vários aditivos, razão pela qual não podem ser considerados fontes adequadas para hidratação.

“Nesse tempo seco, aposte em vegetais e frutas que contêm mais água em sua composição para auxiliar na hidratação, como pepino, alface romana, aipo, rabanete, abobrinha, tomate, couve-flor, espinafre, brócolis, cenoura, brotos, carambola, melancia, morango, abacaxi, mirtilo, kiwi, maçã, pera e uva”, sugere Laila Lemos.

A melhor opção para a ingestão de líquidos é a água pura. E para quem acha que beber tanta água é um sofrimento, a nutricionista dá uma dica de ouro: "vale apostar em água temperada, com rodelas de limão ou folhas de hortelã, por exemplo. Também há opções de sucos refrescantes como melancia com hortelã, laranja com acerola e manga com limão. As frutas também vão te ajudar a repor os nutrientes perdidos no calor”, explica.

Atividade física

Em algumas situações muito críticas, a umidade pode ser tão baixa que talvez seja necessária a suspensão de atividades que exijam maior esforço físico. Por isso, deve-se evitar atividades externas no período de maior exposição ao sol. Nesse sentido, o Ministério da Saúde recomenda que, durante a seca, a população evite exercícios físicos ao ar livre entre 10h e 16h.

O sangramento nasal também é comum durante a seca. Se isso acontecer, a primeira medida a ser tomada é sempre conter, pressionando a narina do lado que está sangrando por alguns minutos, esperando que pare espontaneamente. Se o sangramento for mais agudo, o conselho é usar um tampão nasal, que pode ser feito com algodão, papel higiênico macio ou lenço de papel. Caso o sangramento não pare, é necessário recorrer ao serviço de saúde.

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Com informações saude.gov.br

Português, Brasil

Mônica Sousa lança obra literária na 27ª Bienal Internacional do Livro

Da redação

10/09/2024 às 14h56 - terça-feira | Atualizado em 17/09/2024 às 14h37

Mônica Spada e Sousa

Na 27ª Bienal Internacional do Livro, realizada em São Paulo, a escritora Mônica Spada e Sousa, filha do renomado cartunista Mauricio de Sousa, promoveu sessão de autógrafos do livro “Mônica: a mulher à frente da personagem (Ed. Record). 

Na obra, a executiva abre o coração e compartilha suas memórias desde a infância, a descoberta da personagem que levava seu nome e a relação singular com a fama do pai, Mauricio de Sousa.  A escritora revela ainda como a força e determinação, características marcantes da menina do vestido vermelho, também moldaram sua vida como mulher, mãe, avó e a executiva à frente da área comercial da empresa.

Representantes da Legião da Boa Vontade (LBV) prestigiaram o evento, cumprimentando a escritora, que dedicou um exemplar da obra ao presidente da Instituição com a seguinte mensagem: ""Oi Paiva Netto, beijos Mônica".

Português, Brasil

Dia Mundial da Prevenção do Suicídio incentiva quebra do silêncio

Da redação

10/09/2024 às 09h13 - terça-feira | Atualizado em 15/09/2024 às 22h12

O dia 10 de setembro marcou o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. A questão de saúde pública causa de mais de 700 mil mortes a cada ano em nível global, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Até 2026, o tema “Mudando a Narrativa sobre o Suicídio” visa chamar a ação com o tópico “Comece a Conversa”. A data pretende aumentar a consciência sobre a importância da redução do estigma e encorajamento do diálogo aberto para a prevenção.

Mudando a cultura de silêncio e estigma

A OMS aponta consequências sociais, emocionais e econômicas de longo alcance provocadas pela situação que “afeta profundamente indivíduos e comunidades”. Para a agência, é essencial mudar a narrativa sobre o suicídio alterando a percepção e mudando da cultura de silêncio e estigma em favor da abertura, da compreensão e do apoio

Como forma de evitar a quarta principal causa de morte entre jovens entre 15 e 29 anos, a OMS defende que uma conversa contribui para uma sociedade solidária e compreensiva, independentemente da duração.

A agência lista como benefícios do início deste diálogo a quebra de barreiras, o aumento da consciência e a criação de costumes incentivando o apoio.

Outro ponto que se pretende atingir com o tema é enfatizar a necessidade de se priorizar a prevenção do suicídio e a saúde mental na definição de políticas contando com mais ação governamental.

Acesso ao tratamento e apoio

A proposta da OMS é que essas decisões coloquem em primeiro plano a saúde mental, aumentem o acesso ao tratamento e forneçam apoio às pessoas que precisem.

A data assinalada a cada ano foi estabelecida há 2003 pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e a Organização Mundial da Saúde.

 A meta é dedicar maior atenção ao problema, reduzir o estigma e aumentar a consciência de organizações, governos e o público ressaltando que os suicídios são evitáveis.

Vinte anos após a criação da data, a OMS adotou o Resumo de Política sobre os Aspectos de Saúde da Descriminalização do Suicídio e Tentativas de Suicídio destacando os efeitos profundos e arrasadores em famílias e comunidades.

Baixar a taxa global de suicídio em um terço até 2030

Os desafios que levam uma pessoa a tirar a própria vida são complexos e “associam-se a fatores sociais, econômicos, culturais e psicológicos, incluindo a negação de direitos humanos básicos e acesso a recursos”.

A OMS defende ainda que o suicídio pode ser impulsionado por eventos da vida que geram tensões, como perda de meios de subsistência, pressões de trabalho ou acadêmicas, rompimentos de relacionamento e discriminação, entre outros.

A redução da taxa global de suicídio em um terço até 2030 é uma meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, e do Plano de Ação Global de Saúde Mental da OMS.

Especialista reforça a necessidade de tratamentos eficazes para transtornos mentais e a prevenção ao suicídio

No mês dedicado à prevenção ao suicídio, confira trechos da palestra ministrada pelo dr. Antônio Geraldo, em 2022, durante live promovida pelo canal do YouTube do Fórum Mundial Espírito e Ciência, da Legião da Boa Vontade, destacando a importância do tratamento desse grave problema de saúde pública. 

Para o dr. Antônio Geraldo, “o transtorno mental é uma doença como qualquer outra, que pode acometer qualquer pessoa em qualquer época da vida” e, a fim de que os índices de suicídio diminuam, deve ser tratado como uma emergência médica. Segundo ele, o prontuário de 96,8% de pacientes que se suicidaram dizia que eles passavam por algum transtorno mental. Portanto, quando não tratado, pode levar a uma grande ameaça de a pessoa atentar contra sua vida.

Em todos os povos, são os menos favorecidos que correm maior risco de problemas de saúde mental e são os menos propensos a receber os serviços adequados. “A maioria dos adolescentes que morreu por suicídio, por exemplo, era de países de baixa e média renda, entre 15 e 29 anos. É a quarta principal causa de morte em jovens de ambos os sexos. Fica atrás apenas de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal. (...) Mais da metade dos suicídios globais, 58%, ocorreram antes dos 50 anos, quando se está completamente produtivo.”

Conforme explicou em sua palestra, os principais fatores que levam à ideação suicida são a perda de emprego, o estresse financeiro e isolamento social — ainda bastante presentes na sociedade. Enfatizou que a questão requer cuidados médicos imediatos para proteger o indivíduo, especialmente quando ele está passando por um estreitamento cognitivo, o que o faz enxergar essa opção como única saída por causa da doença.

MEDIDAS EFETIVAS DE PREVENÇÃO

De acordo com a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), apesar da complexidade e dos desafios variados envolvendo o suicídio, ele pode ser evitado com intervenções individuais e coletivas de diagnóstico, atenção, tratamento dos transtornos mentais, ações de conscientização, promoção de apoio socioemocional, limitação de acesso a meios letais, entre outras. Conhecer e estudar o fenômeno é primordial para a elaboração de políticas públicas que permitam o correto enfrentamento do problema. “Para se ter medida efetiva de prevenção ao suicídio, é importante fazer o tratamento dos transtornos mentais, ter acesso a tratamentos de qualidade, fazer intervenções psicoterapêuticas. Fomentar habilidades socioemocionais nos adolescentes é importantíssimo”, defendeu o palestrante.

ESPIRITUALIDADE: UMA ALIADA INDISPENSÁVEL

Ao ser perguntado pela audiência sobre como a Espiritualidade pode evitar o suicídio, o dr. Antônio Geraldo respondeu: “Espiritualidade, Religiosidade é você ter fé, entender que viver é a melhor escolha que temos. E que, quando vier o pensamento suicida na cabeça, ele está errado, pois a pessoa está doente. E se você tem Religiosidade, tem um compromisso com o Ser Supremo, com você mesmo. Significa cuidar, acreditar, orar, pedir a Deus e ir atrás daquilo que acredita. Mesmo os ateus ou os agnósticos podem chamar por Deus. A Religiosidade é fator de proteção. Está provado a cada dia. (...)”. Com base em evidências científicas e abordagens humanizadas, a integração da saúde mental com a Espiritualidade abre portas para salvar vidas. Além do tratamento médico especializado, o diálogo e apoio mútuo, a prática da meditação, oração ou mesmo momentos de reflexão pessoal podem fortalecer os recursos de enfrentamento. Ao aliar esses aspectos, é possível construir e/ou intensificar uma rede de apoio que se estenda para além dos consultórios e se enraíze nas relações humanas, tornando-se um verdadeiro escudo protetor na luta contra o suicídio.

Olhar atento que salva vidas

Paula Soares Lopes, 31 anos, residente em São Paulo/SP, passou por momentos difíceis
que a levaram a considerar tirar sua própria vida. Após vivenciar o término de um casamento, relacionamentos conturbados e a perda do emprego, “já estava decidida a acabar com aquele sofrimento”, relatou.

No auge de sua angústia, Paula resolveu procurar respostas na internet sobre o que acontece após o suicídio e encontrou links da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo. Foi então redirecionada ao atendimento on-line Pela Vida, da Religião Divina, no qual se deparou com o acolhimento de que precisava: “Foi tudo muito perfeito, porque a pregadora me mandou orações, músicas elevadas e ficou o tempo todo conversando comigo, me ligou (...)”. Além do apoio espiritual, a equipe a conduziu a buscar ajuda profissional no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Nos diálogos com pregadores da Religião Divina, foi incentivada a não se culpar pelos desafios que enfrentava, mas encontrar forças para lutar e vencê-los. “Tenho uma gratidão imensa por tudo o que aconteceu, pelos Irmãos que foram em casa orar. Ganhei um livro de presente e minha filha também. Foi lindo o que fizeram comigo, foi emocionante. Na época, eu pensava: Essas pessoas nem me conhecem, nem sabem quem sou e vieram até a minha casa para orar, para levar uma palavra de conforto, para me ver bem. Isso é compaixão. Isso é o Amor de Deus agindo.”

Superando os pensamentos suicidas, conseguiu encontrar uma nova perspectiva para sua vida, incluindo a busca por emprego e a construção de um relacionamento mais saudável com sua família. Hoje, Paula é capaz de falar abertamente sobre suas experiências e oferece Esperança a outras pessoas que passam por situações semelhantes.

Shutterstock

ATENDIMENTO PELA VIDA

Desde 2018, a Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo oferece o atendimento on-line Pela Vida por meio do chat do Facebook. Totalmente gratuito, seguro e sigiloso, o serviço acolhe pessoas de diferentes faixas etárias (independentemente da tradição religiosa que professem ou não), que necessitam de apoio para alcançar equilíbrio, paz, conforto e esclarecimento espiritual em momentos de grande desespero.

A iniciativa contempla outros desafios trazidos pelos que o procuram, como o luto, conflitos familiares e dificuldades financeiras. Se você está passando por desafios em qualquer área de sua vida ou conhece alguém que precise de ajuda, fale no chat da Religião Divina, no Facebook @Religião de Deus e no WhatsApp do atendimento Pela Vida tel.: (11) 3225-4703.

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Com informações das Nações Unidas

Português, Brasil

Daniela Arbex relata os bastidores do caso "Ninho do Urubu"

Da redação

07/09/2024 às 10h28 - sábado | Atualizado em 09/09/2024 às 16h20

Geyse Francielle, da LBV; e a jornalista Daniela Arbex.

Em mais uma edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, a jornalista investigativa Daniela Arbex reuniu leitores para sessão de autógrafos de seu mais novo livro Longe do ninho (Intrínseca), que traz os bastidores do trágico incêndio no Ninho do Urubu, o centro de treinamento do Flamengo, em fevereiro de 2019. 

Daniela Arbex, conhecida por seu estilo de reportagem investigativa e narrativa contundente, reconstrói o contexto do incêndio, explorando desde as condições precárias do alojamento até as falhas de segurança que contribuíram para a tragédia. Em "Longe do Ninho", a autora dá voz aos sobreviventes, familiares e pessoas envolvidas diretamente com o clube, revelando os impactos emocionais e psicológicos que o episódio causou.

A jornalista recebeu os cumprimentos de representantes da Legião da Boa Vontade (LBV). Na ocaisão, dedicou um exemplar da obra ao presidente da Instituição com a seguinte mensagem: "Querido Paiva Netto, este livro é uma declaração de amor de dez pais e mães para seus filhos. É também recusa ao esquecimento", escreveu.

Português, Brasil

São Paulo recebe a 27ª Bienal Internacional do Livro

Da redação

06/09/2024 às 22h14 - sexta-feira | Atualizado em 07/09/2024 às 11h26

Vivian R. Ferreira

 

A 27ª Bienal internacional do livro de São Paulo começou nesta sexta-feira, 6,  na capital paulista. Nos próximos dez dias, mais de duas mil horas de programação levarão 716 autores ao Anhembi, na zona norte de São Paulo.

A Câmara Brasileira do Livro espera que mais de 600 mil pessoas circulem pela Bienal até o dia 15 de setembro. São três milhões e meio de livros à disposição do público. Além dos lançamentos e sessões de autógrafos, quem visitar a Bienal vai ter que ter fôlego para caminhar entre os estandes de 227 expositores espalhados pelos 75 mil metros quadrados. 

Entre as grandes tendências do mundo literário, temas variados, de diversos formatos, para públicos de todos os gostos. Entre os mais procurados, livros que falam da questão climática, ficção científica, literatura infantil e religiosidade. 

Maior e mais diversa, a Bienal do Livro de São Paulo este ano traz 683 autores brasileiros e 33 estrangeiros, 17 deles da Colômbia, país homenageado desta edição. A 27ª edição promete ser um evento memorável, com pessoas de todas as idades que poderão se reunir, explorar uma vasta gama de livros, participar de discussões fascinantes e interagir com seus autores favoritos.

SERVIÇO

Data: de 6 a 15 de setembro
Local: Av. Olavo Fontoura, 1209 – Santana
Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 9h às 22h; sábados e domingos, das 10h às 22h;
Informações: www.bienaldolivrosp.com.br

 

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Com informações da Agência Brasil

Português, Brasil

Inmet emite alerta laranja de baixa umidade para 16 estados e o DF

Da redação

05/09/2024 às 06h37 - quinta-feira | Atualizado em 05/09/2024 às 07h39

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mantém o alerta laranja de perigo para baixa umidade em 16 estados e no Distrito Federal. O instituto também registra alerta amarelo - de perigo potencial - para baixa umidade em três estados: Rio de Janeiro, Amazonas e Espírito Santo. 

Com umidade relativa do ar variando entre 12% e 20%, os estados com alerta laranja são:

Tocantins, Rondônia e Pará, na Região Norte.

Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão, na Região Nordeste.

Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste.

Minas Gerais e São Paulo, na Região Sudeste, e o Paraná, na Região Sul.

O Inmet recomenda que a população beba mais líquidos e evite atividades físicas e exposição ao sol nas horas mais quentes do dia, das 10h às 16h. Também é importante que as pessoas intensifiquem o uso de hidratantes e umidifiquem os ambientes.

Brasília

Depois de registrar ontem o dia mais seco do ano com umidade de 7%, a capital federal chegou hoje a 12% de umidade relativa do ar e 31ºC de temperatura, às 15 horas. Não há previsão de chuva para a cidade nos próximos dias.

 

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Com informações da Agência Brasil

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