Teste do Pezinho: saiba mais sobre os benefícios do exame

Wellington Carvalho

05/06/2015 às 18h21 - sexta-feira | Atualizado em 07/06/2021 às 09h58

Embora muitas pessoas desconsiderem a necessidade do Teste do Pezinho, sua importância é grande. Realizado por meio da gota de sangue coletada do calcanhar do bebê, ele ajuda a promover um futuro saudável à criança, já que detecta possíveis doenças, como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, doença falciforme e outras hemoglobinopatias. Desde 2014, também passaram a ser detectadas a deficiência de biotinidase e a hiperplasia adrenal congênita. São muitas doenças, não é?

No caso da hiperplasia adrenal congênita, ela faz parte de um grupo de doenças genéticas em que as duas glândulas suprarrenais, situadas acima dos rins, não funcionam corretamente. Já a deficiência biotinidase pode causar convulsões, falta de equilíbrio, lesões na pele, perda de audição e atraso no desenvolvimento integral.

De acordo com coordenadora estadual do Programa Nacional de Triagem Neonatal de São Paulo, Carmela Maggiuzzo Grindler, as doenças detectadas são crônicas, genéticas e incuráveis. Contudo, o diagnóstico rápido faz muita diferença, “quando identificadas e tratadas precocemente, aumentamos a chance de sobrevida normal, de integração social e de preservação da capacidade cognitiva e da qualidade da vida dos pacientes”.

Em 70% dos casos, a coleta para o exame é feita dentro da própria maternidade, seja ela pública ou privada. O tempo ideal para a realização do teste é entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê. Os exames coletados são encaminhados para o Serviço de Referência de Triagem Neonatal (Laboratório do Teste do Pezinho). Quando um resultado é positivo para alguma das doenças, a família é comunicada e a criança é submetida a um novo teste. Se o diagnóstico for confirmado o recém-nascido será encaminhado a um serviço especializado.

AMPLIAÇÃO

Em maio deste ano, foi sancionada a Lei nº 14.154, que amplia de seis para aproximadamente 50 diagnósticos. 

A nova lei entra em vigor daqui a um ano, tempo necessário para que os centros que fazem o atual diagnóstico do teste do pezinho possam se capacitar e adaptar do ponto de vista técnico, para sair de seis doenças para um grupo de 14 doenças que envolvem cerca de 53 enfermidades.
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*Com informações da Agência Brasil.