O prato de seu filho determina se ele será um adulto saudável

Em tempos de fast-foods e comidas industrializadas, é cada vez mais necessário prestar atenção aos hábitos alimentares dos pequenos.

Nathan Rodrigues

13/01/2015 às 18h44 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

Nos dias atuais, tornou-se comum ver crianças com doenças que eram considerados problemas de adultos, como hipertensão, diabetes e obesidade. Mas o que determina esses quadros clínicos? A resposta está no prato que você oferece aos seus filhos.

Em tempos de fast foods e comidas industrializadas, é cada vez mais necessário prestar atenção aos hábitos alimentares dos pequenos. E não apenas como uma forma de nutrir a criança para que ela tenha energia para o dia a dia, mas também como uma base importante para o seu desenvolvimento.

Como garantir isso? Basta oferecer uma alimentação equilibrada, na qual a quantidade de cada grupo nutritivo dever variar de acordo com a necessidade de cada criança. Ao fazer isso, você faz que o seu filho receba os nutrientes necessários para fortalecer o organismo, já que falhas nessa idade podem se refletir durante toda a vida.

 

“A constituição do organismo é feita a base de nutrientes. Se você oferece uma alimentação inadequada desde cedo, essa criança vai se tornar um adulto não tão saudável”, pontua a nutricionista Fatima Corradini ao programa Viver é Melhor, da Boa Vontade TV (canal 20 da SKY e 212 da Oi TV).


O INCENTIVO COMEÇA NA AMAMENTAÇÃO
 

Para fugir desses problemas, é preciso incentivar a criança desde os primeiros meses de vida. E o trabalho começa logo na amamentação. “O organismo se prepara desde a infância e o leite materno tem todos os nutrientes que a criança precisa”, explica a corresponsável pelo gerenciamento do lactário do Hospital Sepaco, Neusa de Jesus Pires Unger.

Após o sexto mês, o leite materno já não garante todos os nutrientes para o desenvolvimento do bebê. Esse é o momento ideal para incluir outros alimentos ao cardápio do pequeno, como frutas, sucos e comidas feitas em casa. “Isso é importante para garantir toda a parte nutricional, para que a criança possa ingerir todos os grupos de nutrientes”, ressalta Neusa.

 

 

Para Fatima Corradini, esse é o momento-chave para a criança. “Ele é que faz a diferença, apresentando a ela uma alimentação variada e ir despertando esses sabores”. Por isso, é importante que a alimentação não seja repetitiva. Isso não significa, no entanto, que os pequenos possam comer de tudo.

“Até o primeiro ano de idade, os alimentos devem ser inseridos de uma forma gradativa, para que o organismo se acostume com aquele novo nutriente”, reitera a nutricionista.

E SE A CRIANÇA RECUSAR ALGUM ALIMENTO?

Os pais podem fazer a sua parte e oferecer a seus filhos um cardápio equilibrado e saudável. Mas e quando a criança recusa algum alimento? Para enfrentar essa situação, as especialistas afirmam que é preciso ter discernimento para entender se aquele prato realmente não agrada a criança ou se é apenas “birra”.

“Existem alguns truques. Você pode montar o prato de uma forma decorada, divertida, para estimulá-la a experimentar novamente aquele alimento”, conta Neusa de Jesus. Fatima completa: “É importante não forçar e criar aquele momento tenso na hora da alimentação.  Se ela está naquele momento de birra, deixa passar um tempo e volta a oferecer aquele alimento como se nada tivesse acontecido”.
 

 

O programa Viver é Melhor vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 14 horas, pela Boa Vontade TV. Para outras informações, ligue: 0300 10 07 910 (custo de uma ligação local + impostos).