
No Dia Mundial da Saúde, Brasil deve continuar avançando contra a dengue
Wellington Carvalho
07/04/2014 às 00h30 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00
Nesta segunda-feira, 7, Dia Mundial da Saúde, toda a sociedade é alertada aos cuidados com as doenças transmitidas por vetores — organismos que transportam vírus, parasitas e bactérias, como mosquitos e caramujos —, já que eles "são responsáveis por uma alta carga de morbidade e mortalidade, especialmente nos países mais pobres, resultando em ausência escolar, aumento da pobreza, redução na produtividade econômica e sistemas de saúde sobrecarregados com procedimentos de alto custo", conforme informa a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ainda de acordo com a OMS, as doenças transmitidas por vetores de maior importância epidemiológica nas Américas são a malária, doença de chagas, leishmaniose, filariase linfática, esquistossomose, tracoma e dengue. Esta última tem aumentado drasticamente sua incidência nas últimas décadas — metade da população global está em risco em relação à doença.

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No entanto, o Brasil pôde compartilhar, recentemente, uma ótima notícia com os demais países: apenas no primeiro bimestre, os casos de dengue diminuíram 80% no País, de acordo com o Ministério da Saúde. Ao todo, foram registrados 87 mil notificações de casos da doença, entre janeiro e fevereiro deste ano, contra 427 mil no mesmo período de 2013. Ao Portal Boa Vontade, o diretor do departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, explica que esse é um resultado dos investimentos do órgão no ampliamento do atendimento às pessoas diagnosticadas com a doença, bem como a maior participação dos municípios brasileiros no Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa).
Porém, mesmo com este período favorável, não se pode considerar a acomodação em relação à dengue. A prevenção é a melhor forma para evitar a picada do Aedes aegypti — mosquito transmissor da doença — e, consequentemente, as chances de morte. Cláudio alerta que o combate à doença deve permanecer, até mesmo onde não pareça ter água, como no caso de São Paulo, que nos últimos dias enfrenta uma estiagem anormal: "Embora a população do vetor possa reduzir em decorrência da baixa pluviosidade, existem diversos criadouros propícios à manutenção da densidade do Aedes aegypti mesmo nessas condições, como as caixas d’água. A população deve manter suas residências livres de criadouros do mosquito, realizando todas as ações de combate à dengue preconizadas pelo Ministério, mesmo em períodos de longa estiagem".
Por isso, Cláudio Maierovitch salienta o compromisso de toda a população, afimando que "o Brasil, como vários países de clima predominantemente tropical, abriga insetos transmissores de várias doenças. Os três níveis de organização do Sistema Único de Saúde (SUS) vêm trabalhando muito e conseguindo alguns avanços importantes no controle desses males. E, para ajudar nessa tarefa, é fundamental que cada um faça também sua parte, ajudando nas medidas preventivas para evitar a proliferação de vetores".
Confira as dicas para manter o bem-estar de todos em relação à dengue:
