
Epidemia do Ebola coloca 4 países africanos em estado de emergência
Wellington Carvalho
13/08/2014 às 18h50 - quarta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h02

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou que a epidemia de febre hemorrágica causado pelo vírus do ebola, registrada em pelo menos quatro países da África Ocidental, é emergência de saúde pública com alcance em todo o mundo.
De acordo com a diretora-geral da entidade, Margaret Chan, a Comissão de Emergência Sanitária foi unânime em considerar o surto nessa escala. Diante de uma situação que continua a agravar-se, é necessária uma resposta internacional coordenada para "travar e recuar a propagação do ebola pelo mundo", acrescentou.
A epidemia do ebola, que é a pior dos últimos 40 anos, já causou mais de 930 mortes e infectou mais de 1.700 pessoas desde que surgiu, no início do ano, na Guiné-Conacri. Os países da África Ocidental mais atingidos — Libéria, Guiné-Conacri, Serra Leoa e Nigéria — já decretaram estado de emergência.
O Portal Boa Vontade conversou com o doutor Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, 55, chefe da Seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas no Pará. Ele esclareceu que, apesar da gravidade da doença, a transmissão não é feita pelo ar e a proteção deve ser feita para os casos já suspeitos. Confira!
Portal Boa Vontade — Qual a diferença desta epidemia em relação às anteriores?
Dr. Pedro — Essa epidemia é a mais longa que já ocorreu e envolve um número maior de mortes, além de uma distribuição geográfica sem precedentes. Isso nunca aconteceu antes. As anteriores ocorriam em áreas restritas.
PBV — O Brasil corre algum tipo de risco?
Dr. Pedro — É difícil quantificar o risco. Mas de acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, seria quase desprezível. Isso porque o Brasil não mantém um comércio muito forte com esses países [do Oeste africano]. Também não possui um turismo muito intenso com essas nações; não existem voos diretos entre estes países e o nosso — todos esses fatores minimizam o risco. Mas não está descartado, pois o dinamismo das viagens internacionais em esfera global torna possível.
PBV — E as pessoas que realmente precisam ir para a África? Como podem se proteger?
Dr. Pedro — A proteção do ebola deve ser feita para os casos já suspeitos. Deve-se levar a pessoa para um hospital e isolá-la em um ala de alta complexidade que tem aparelhos semelhantes ao de Unidades de Terapia Intensiva, mantendo as funções vitais dela. Somente médicos e enfermeiros que cuidarão do caso — e devidamente protegidos com trajes especiais, poderão ter contato o paciente.
PBV — Como o vírus é transmitido?
Dr. Pedro — O vírus se transmite pelo contato com sangue, saliva, urina, suor, lágrima, secreção nasal e genital. Mas vale ressaltar que não há transmissão por vias respiratória.
PBV — Quais os principais sintomas?
Dr. Pedro — Súbito de febre, mal-estar, dores musculares, diarreia, dor abdominal, tontura, dor na garganta e as hemorragias. Também ocorre a diminuição das células de defesa imunológica, bem como a redução das plaquetas e aumento das enzimas hepáticas. O fígado é um dos órgãos mais acometidos: suas células deixam de produzir os fatores de coagulação do sangue, razão pela qual ocorrem as hemorragias no intestino, no estômago, nos rins, na pele, na boca. Há sangramentos em todo o organismo.
PBV — Como ocorre o tratamento?
Dr. Pedro — Por meio de medicamentos adequados para cada tipo de sintoma. Também ocorre a hidratação constante do paciente para aliviar a perda de líquido, problema muito comum.
PBV — A OMS indicou que uma vacina preventiva poderá estar disponível em 2015. É a saída mais eficaz?
Dr. Pedro — Uma vacina é útil para controlar qualquer doença. Porém, contra o ebola não deve estar disponível tão cedo para o uso comercial. Existem fases para cada medicamento ser testado antes de ser colocado em uso para uma comunidade. A vacina ainda está sendo testada e talvez não tenhamos para 2015, mas sim para 2016 ou 2017. É preciso testar e ter segurança.
SOLIDARIEDADE AO POVO AFRICANO
Compartilhe essas informações com seus familiares e amigos. Convidamos você a integrar a Poderosa Corrente Ecumênica de Oração em prol do Povo Africano que enfrenta esse momento de grande desafio, por meio da Prece do Pai-Nosso, a Oração Ecumênica de Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista:
Pai Nosso, que estais no Céu,
Santificado seja o Vosso Nome.
Venha a nós o Vosso Reino.
Seja feita a Vossa Vontade
Assim na Terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia
Dai-nos hoje.
Perdoai nossas ofensas,
Assim como nós perdoarmos
Aos nossos ofensores.
Não nos deixeis cair em tentação,
Mas livrai-nos do mal,
Porque Vosso é o Reino,
E o Poder e a Glória
Para sempre. Amém!
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*Nota de Paiva Netto, presidente-pregador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo: Todos podem rezar o Pai-Nosso. Ele não se encontra adstrito a crença alguma, por ser uma oração universal, consoante o abrangente Espírito do Cristo Ecumênico. Qualquer pessoa, até mesmo ateia (por que não?!), pode proferir suas palavras sem sentir-se constrangida. É o filho que se dirige ao Pai, ou é o Ser Humano a dialogar com a sua elevada condição de criatura vivente. Trata-se da Prece Ecumênica por excelência.
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*Com informações da Agência Brasil.