Entenda a diferença entre a terceira dose e dose de reforço das vacinas

19/08/2021 às 17h17 - quinta-feira | Atualizado em 20/08/2021 às 08h03

Tânia Rêgo/Agência Brasil

Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o significado de dose de reforço e terceira dose, o que acaba dando margem para o surgimento de fake news nas redes sociais. Mas uma coisa precisa ficar clara: dose de reforço é bem diferente de terceira dose. 

A terceira dose é quando uma pessoa toma três doses de um mesmo tipo de vacina. No reforço, a composição do imunizante contra a Covid-19 não deve ser a mesma, mas uma atualização feita a partir das novas variantes em circulação do SARS-CoV-2, como acontece todo ano com a vacina da gripe, atualizada com as novas mutações do vírus.

No Brasil, as variantes são observadas com atenção. O esquema vacinal de duas doses da CoronaVac, vacina do Butantan e da farmacêutica chinesa Sinovac contra a Covid-19, se mostrou efetivo durante o Projeto S, estudo realizado pelo Butantan no município paulista de Serrana para entender o impacto da vacinação no controle da pandemia. A cidade ficou protegida contra o SARS-CoV-2 com a imunização de 70% da população, que tomou as duas doses da vacina, não necessitando de uma terceira dose. 

 

Segunda geração de vacinas

Ao que tudo indica, a Covid-19 se tornará endêmica, ou seja, fará parte do nosso calendário de vacinação. Uma pesquisa da coalizão People’s Vaccine sugere que o mundo vai precisar de uma nova imunização dentro de um ano.

Mas a introdução de uma segunda geração de vacina, com as atualizações de novas cepas do vírus, e que promete uma durabilidade maior que as atuais vacinas, só deve acontecer depois que todas as pessoas forem imunizadas. O mundo todo vacinou, até o momento, entre 20% e 30% da população, número relativamente pequeno para começar a se pensar em uma revacinação.

A Organização Mundial da Saúde alerta para o risco das doses de reforço deixarem ainda mais desigual a distribuição de vacinas pelo mundo, sendo que a pandemia é global e, portanto, é uma tarefa coletiva de todas as nações, e não só das mais ricas.

 

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Com informações do Instituto Butantan