Em São Paulo, teste do pezinho detectará mais duas doenças

Agência Brasil

26/11/2013 às 15h11 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

No Estado de São Paulo, o teste do pezinho, exame feito em todos os recém-nascidos, passa a detectar mais duas doenças, além das quatro já diagnosticadas anteriormente. O teste disponível atualmente permite a identificação do hipotiroidísmo congênito, fenilcetonúria, anemia falciforme, fibrose cística e outras hemoglobinopatias. O novo teste detectará hiperplasia adrenal congênita e deficiência biotinidase.

A hiperplasia adrenal congênita faz parte de um grupo de doenças genéticas em que as duas glândulas suprarrenais, situadas acima dos rins não funcionam corretamente. Já a  deficiência biotinidase pode causar convulsões, falta de equilíbrio, lesões na pele, perda de audição e atraso no desenvolvimento.

Segundo a coordenadora estadual do Programa Nacional de Triagem Neonatal de São Paulo, Carmela Maggiuzzo Grindler, o sistema de coleta do exame continuará o mesmo. O que muda é a metodologia laboratorial das análises. Carmela ressalta que as doenças detectadas são crônicas, genéticas e incuráveis, porém “quando identificadas e tratadas precocemente, aumentamos a chance de sobrevida normal, de integração social e de preservação da capacidade cognitiva e da qualidade da vida dos pacientes”.

O EXAME

Em 70% dos casos, a coleta para o exame é feita dentro da própria maternidade, seja ela pública ou privada. O tempo ideal para a realização do teste, deve ser coletado entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê. Os exames coletados são encaminhados para o Serviço de Referência de Triagem Neonatal (Laboratório do Teste do Pezinho). Quando um resultado é positivo para uma das doenças, a família é comunicada e a criança é submetida a um novo teste. Se o diagnóstico for confirmado o recém-nascido será  encaminhado para serviço especializado.

De acordo com a Secretaria de Saúde nascem hoje, em média, 600 mil crianças no Estado de São Paulo, anualmente. A triagem neonatal atinge 100% dos recém-nascidos (sendo 84% pelo SUS e 16% pela área privada), sendo que existem, no território paulista, 3.500 postos de coleta do teste do pezinho em maternidades e unidades básicas de saúde.