
Dia Mundial de Combate ao AVC, saiba como preveni-lo e tratá-lo
Agência Brasil
29/10/2013 às 14h20 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

Neste dia 29 é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral. A doença é responsável por 6 milhões de mortes por ano em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de AVC, e atinge, principalmente, idosos com mais de 60 anos de idade, além de acometer jovens e recém-nascidos também.
Dados do Ministério da Saúde mostram que entre 2000 e 2010 a mortalidade pela doença no Brasil caiu 32% na faixa etária até 70 anos — que concentra as mortes evitáveis. Apesar disso, só em 2010, mais de 33 mil pessoas morreram em decorrência de AVC nessa faixa etária, fazendo com que ainda seja uma das principais causas de internação e morte no País.
O AVC é causado pela interrupção brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral provocada por um coágulo (tipo isquêmico), ou pelo rompimento de um vaso sanguíneo provocando sangramento no cérebro (tipo hemorrágico). O AVC isquêmico é o mais comum, representando mais de 80% dos casos da doença.
Para o neurocirurgião Eduardo Barreto, presidente da Sociedade de Neurocirurgia do Rio de Janeiro, “um dos maiores problemas que percebemos é o desconhecimento dos sintomas, que servem como sinal de alerta e, se fossem identificados adequadamente, poderiam evitar verdadeiras catástrofes provocadas pelo AVC".
Os principais sintomas causados pela doença são fraqueza ou dormência súbita em um lado do corpo, dificuldade para falar, entender o interlocutor ou enxergar, tontura repentina e dor de cabeça muito forte sem motivo aparente. Apresentando tais sintomas, “(...) é preciso buscar imediatamente a assistência médica de urgência”, alerta o dr. Barreto.
Ainda de acordo com o especialista, quando o atendimento ocorre em tempo hábil é possível submeter o paciente a exames para determinar o tipo de AVC e a área do cérebro atingida, a fim de realizar os procedimentos necessários. Ele enfatiza que, com isso, as possibilidades de recuperação são muito maiores.
O diagnóstico precoce é imprescindível, pois sem ele o AVC pode provocar, com maior frequência, o comprometimento irreversível do cérebro, causando perda da noção das relações — capacidade do paciente de identificar se uma pessoa é sua parente, por exemplo —, sequelas motoras, como paralisia de pernas e braços, e perda da fala.
O neurocirurgião Eduardo Barreto ainda salienta que a hipertensão, o diabetes, o fumo, o consumo de álcool, a alta taxa de colesterol e o sedentarismo são fatores que aumentam as chances de ocorrer um AVC. Por isso, a prevenção da doença resume-se em evitar os fatores citados e praticar hábitos saudáveis no decorrer da vida, como a prática moderada de exercícios físicos.