
Crianças na escola: fique de olho para proteger a visão dos pequenos
Thayna D. Reis dos Santos
16/02/2016 às 11h58 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h05

Com o período de volta às aulas, começam os preparativos para ir à escola. Checam-se os livros, as apostilas, os lápis e a mochila, porém, um detalhe não pode passar despercebido: os olhos das crianças. No período escolar, a saúde visual começa a ser exigida cada vez mais e a atenção para o bem-estar dos olhos precisa ser redobrada, tanto pelos pais quanto pelos professores.
Segundo a oftalmologista Denise Bosak, as crianças não conseguem se expressar claramente sobre as dificuldades para enxergar ou para se concentrar, e muitas vezes notas baixas, dispersão e dores de cabeça frequentes podem ser sinais de que algo na visão não anda bem. "Quando os pais levam a criança a uma consulta, o pai é orientado pelo oftalmologista a perceber qualquer eventualidade e é instruído a conversar com o professor para que ele perceba também se a criança está ou não está com algum problema. É um trabalho em conjunto dos pais, do médico e do professor", explicou ao programa Viver é Melhor, da Super Rede Boa Vontade de Rádio.
Os problemas mais comuns na idade escolar são os vícios de refração, como a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia. Há também os estrabismos, que são os olhos tortos, e o problema do olho preguiçoso (ambliopia), que podem ser corrigidos com óculos e, se descobertos e tratados quando não estão em estágio avançado, podem não ser tão prejudiciais.

"O diagnóstico melhor é o exame preventivo, essa é sempre a melhor opção! Não se deve esperar a criança ter uma atitude suspeita ou notar alguma coisa estranha, como se aproximar demais da televisão, não se desempenhar bem na escola... Deve-se sempre fazer o exame precoce, muitas vezes realizado bem antes da idade escolar, por volta dos 3 anos", alertou.
É claro que a ida periódica ao oftalmologista é muito importante, e não só quando parece haver um problema. "Os pais podem levar seus filhos para um exame oftalmológico de rotina. O ideal é que se leve a criança uma vez por ano, pois na infância a visão está em desenvolvimento e cada ano é diferente. A maioria dos problemas não é percebida de maneira direta, por isso, é preciso se precaver antes que o problema apareça."
Computador, smartphone e tablet 'vesus' visão
Esses aparelhos geralmente são usados para estudar e para se divertir. Na maioria das vezes, passa-se um tempo muito grande com eles, e aí pode morar o problema. "Devemos dosar o tempo que a criança passa nas atividades e, assim, evitar que ela tenha problemas futuros na visão. Porém, uma criança que já tenha predisposição a usar óculos, com esse uso excessivo, vai acabar facilitando esse problema", orientou Denise.

Algumas escolas oferecem testes visuais aos alunos, contudo, a especialista ressalta a importância de que o exame seja feito também por um oftalmologista, que pode identificar se há algum problema com mais clareza.