
Cerca de 4 mil pessoas morrem por linfoma no Brasil anulamente, segundo o Inca
Wellington Carvalho
16/09/2013 às 20h48 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 4 mil pessoas morrem anualmente em consequência de linfoma no Brasil — são 10 mil casos registrados da doença, por ano. Nos últimos 20 anos a incidência de linfoma dobrou, e o desconhecimento sobre esse tipo de câncer pela população preocupa a comunidade médica e especialistas.
De acordo com o diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Carlos Chiattone, "o linfoma é a sexta principal causa de câncer no Brasil, mas a maioria da população o desconhece, bem como seus sintomas". Para ele, as autoridades devem investir mais em campanhas informativas sobre a doença.
O diretor de Especialidades da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Marco Antonio Dias Filho, ressalta que é importante ficar alerta a nódulos no pescoço, na região axilar, virilha, febre, suor profundo à noite e perda de peso. "Os caroços são indolores e se o paciente detectar esses nódulos por mais duas semanas é bom que ele procure um médico para fazer o diagnóstico precoce", alertou o patologista.
Para a presidente da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Merula Steagall, quanto mais rápido for feito o diagnóstico, maiores são as chances de cura. "Uma pesquisa da Abrale aponta que 32% das pessoas são diagnosticadas com linfoma no exame de check-up, sem apresentar sinal nenhum. É importante fazer os exames anuais e estar atento (a) à saúde".