Veterano jornalista Sebastião Nery conta a história do Brasil nos últimos 60 anos

O autor, que dedicou a obra também ao dirigente da LBV, autografou: “Mestre Paiva Netto, que honra lhe mandar este livro que também é seu”.

Lisias Macedo

19/05/2014 às 20h32 - segunda-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h01

Nathália Valério
Jornalista Sebastião Nery

Rio de Janeiro, RJ – O consagrado jornalista baiano Sebastião Nery, um dos mais respeitados da atualidade, lançou, em 19 de maio, o título Ninguém me contou, eu vi — de Getúlio a Dilma (Geração Editorial) sua mais nova obra literária. Durante a concorrida noite de autógrafos, na zona sul da capital fluminense, o autor recebeu leitores, familiares e amigos.

O livro, que engloba seis décadas de história, forma um arquivo de biografias de grandes nomes da política brasileira, desde Getúlio Vargas até a presidenta Dilma Rousseff. O autor reúne na obra seus melhores textos, revelações e reminiscências, que ajudam a entender o Brasil dos últimos 60 anos.

Sebastião Nery dedica o título literário especialmente a três pessoas: seu amigo Cláudio Leal, que o incentivou; sua esposa, Beatriz Rabello; e ao diretor-presidente da Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto, que atua, de acordo com o autor, “há meio século espalhando o bem desde a nossa saudosa Rádio Mundial*”, escreveu, referindo-se aos mais de 58 anos de trabalho do dirigente na LBV.

Amigo de longa data da Instituição e de seu diretor-presidente, o cronista reforçou esses antigos laços de amizade que os une. À Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, TV, internet e publicações), relembrou da época em que teve o primeiro contato com a LBV: “Alguém me disse para ir à Rádio Mundial e conversar com Alziro Zarur. Eu fui e ele me recebeu muito gentilmente. Lá, eu conheci o Paiva Netto, que era um jovem (mais jovem do que eu), e que trabalhava [na Legião da Boa Vontade], lá na Rádio Mundial. Trabalhamos juntos! Eu tenho uma lembrança de gratidão, pois quando você arranja um emprego e encontra pessoas que tratam de você, que esquecem que você saiu da cadeia, mas que recebem como se você fosse um cidadão (o que eu era, um jornalista que fora perseguido). Aí eu conheci o Paiva Netto, cujo trabalho sempre admirei”.

Nathália Valério
Em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação, o jornalista falou sobre a obra que ajuda entender o Brasil dos últimos 60 anos.

O escritor recordou-se também da época em que atuou como adido cultural do Brasil em Paris, na década de 1990. Neste período, conheceu a ação socioeducacional desenvolvida pela Entidade. “A LBV, na ocasião, era a única instituição brasileira que fazia parte do Conselho de Direitos Humanos da ONU [Conselho Econômico e Social das Nações Unidas — Ecosoc]. Eu via o prestígio e o respeito dela. É respeitadíssima! Ninguém me contou, eu vi. Eu estava lá porque era o meu trabalho”, comentou. Desde então, a Legião da Boa Vontade continua atuante no Ecosoc, nas Nações Unidas (ONU). 

Na sequência, concluiu: “Paiva Netto é muito interessante e simpático falando sobre os livros. É, na verdade, um homem que representa o Brasil. Quando ele chega com a LBV, ele representa o país”. O jornalista autografou ainda um exemplar da obra, com a seguinte mensagem: “Mestre Paiva Netto, que honra lhe mandar este livro que também é seu”.

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* Rádio Mundial - Emissora da Boa Vontade, liderada pelo saudoso jornalista, radialista e poeta Alziro Zarur, entre 1956 e 1966. Sob o comando de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor, foi criada a Super Rede Boa Vontade de Comunicação, composta por dezenas de Emissoras da Boa Vontade: rádio e TV, além de inúmeras publicações e de portais na internet, em vários idiomas, para comunicar a mensagem ecumênica do Amor Fraterno ao coração da audiência.