Sistema Cantareira entra em obras devido ao baixo nível de água: 14,9%

Agência Brasil

18/03/2014 às 17h55 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

Jéssica Nunes
Situação crítica da Represa de Guarapiranga, situada no Sul da região metropolitana de São Paulo.


Nesta terça-feira, 18, o nível de armazenamento do Sistema Cantareira caiu ainda mais, atingindo, pela primeira vez, 14,9%. O Cantareira é o maior reservatório de água de São Paulo e abastece quase 9 milhões de pessoas na região metropolitana do Estado. A situação é a pior desde que o sistema foi criado, na década de 1970. 

Em resposta à estiagem dos últimos dias e à constante necessidade do recurso à população, cerca de 200 bilhões de litros de água, que estão no volume morto do Sistema Cantareira, estarão disponíveis para distribuição a partir de maio, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A companhia assegura que a quantidade é suficiente para os consumidores da região metropolitana do Estado durante quatro meses.

Contudo, a medida exige adequações nas represas, pois, segundo a Sabesp, o resto da água fica abaixo do nível das comportas. Por isso, as represas de Atibainha e Jaguari entraram em obras nesta segunda-feira, 17. Serão construídos dois canais de 3,5 quilômetros e, instaladas 17 bombas, que envolvem um investimento de R$ 80 milhões. A companhia garante que a água passará pelo mesmo tratamento atual, preservando a mesma qualidade.