Segundo terremoto atinge Chile e há risco de tsunami

Da redação

01/04/2014 às 22h21 - terça-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h00

(Atualizada às 15h45 desta quinta-feira, 3) 

Mesmo não havendo muitas vítimas fatais, Chile já encara rastros de destruição.

Um segundo terremoto de grandes proporções afetou o Chile nesta quarta-feira, 2, pouco antes da meia-noite (horário de Brasília, DF). O tremor ocorreu no mar, numa região próxima à cidade de Iquique — a mais afetada pelo terremoto da terça-feira, 1º de abril — e atingiu 7,6 de magnitude na escala Richter. Muitas pessoas passaram a noite acampadas nas ruas — o que já havia ocorrido após o primeiro tremor. Autoridades locais ordenaram que áreas costeiras fossem novamente abandonadas em uma ação preventiva devido ao perigo de tsunami.

A presidente Michelle Bachelet, que estava visitando a região nesta quinta-feira, 3, precisou deixar o hotel onde estava hospedada e foi levada a uma região elevada, onde os riscos de danos pelo terremoto são menores. Até agora, não foi confirmado nenhum acidente mais grave relacionado a este novo terremoto. 

RECORDE O PRIMEIRO TERREMOTO

O terremoto de magnitude 8,3 na escala Richter que atingiu o norte do Chile na noite da última terça-feira, às 19h46 do horário de Brasília (23h46 na hora local), causou infelizmente a morte de oito pessoas em Iquique e Alto Hospicio. O mais poderoso sismo registrado em 2014 no mundo, de acordo com o Serviço de Monitoramento Geológico dos Estados Unidos, teve até agora 12 réplicas. Um alerta de tsunami também havia sido gerado para o país, causando a evacuação de 900 mil pessoas, mas foi cancelado. Em março, o mesmo ocorreu depois que um terremoto com 6,7 graus de magnitude atingiu a mesma região do país e 100 mil pessoas tiveram que deixar a área.

O epicentro do terremoto ocorreu no Oceano Pacífico, a 86 km a noroeste da região de mineração de Iquique e a cerca de 20 km de profundidade, além de provocar ondas de mais de dois metros que atingiram algumas partes do litoral e causaram deslizamentos de terra.

O Chile é um dos países mais propensos do mundo a terremotos. Um tremor de 8,8 graus, seguido por um tsunami, na região central em 2010 vitimou mais de 500 pessoas, destruiu 220 mil casas e varreu portos e resorts. O mais forte terremoto já registrado também ocorreu no Chile — um tremor de 9,5 graus em 1960, quando mais de 5 mil pessoas voltaram à Pátria da Verdade.
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*Com informações da BBC Brasil e da Prensa Latina