Renomado economista Hélio Beltrão

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Abrimos esta seção, apresentando memoráveis depoimentos de personalidades sobre o trabalho da Legião da Boa Vontade (LBV).

Em especial, neste mês de outubro, inauguramos com as palavras do saudoso dr. Hélio Beltrão* (1916-1997), renomado economista brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, e que atuou como ministro de três pastas, de 1964 a 1985. A estreia desse espaço é uma homenagem a ele que, se estivesse entre nós, em 15 de outubro, celebraria mais um aniversário.

Em fevereiro de 1985, o Jornal da LBV eternizou essas palavras ditas por ele:

“Meu caro diretor-presidente da LBV, José de Paiva Netto, eu tenho da Legião da Boa Vontade não só a melhor das impressões, como também uma recordação muito antiga, porque conheci Alziro Zarur menino, meu colega no Colégio Pedro II. Ele já era uma pessoa excepcionalmente inteligente e boa. E sempre mantivemos essa amizade subsequentemente. Quanto à Legião da Boa Vontade, é desnecessário dizer que os grandes problemas do Brasil não vão se resolver apenas pelo esforço dos economistas ou dos políticos.

“As desigualdades sociais, a pobreza e todos os males que atingem o nosso povo só se resolverão com o coração. É preciso que um impulso de fraternidade e de solidariedade faça o milagre que os economistas não conseguem fazer. Que aqueles que têm mais possam ajudar os que têm menos. E essa é a obra da Legião da Boa Vontade, que está aí aqui no Brasil todo alimentando os famintos, ajudando os pobres, mantendo creches. E é muito importante que essas iniciativas filantrópicas prosperem neste país, porque não se pode esperar tudo do Governo. Somos nós, é a sociedade que pode resolver. Portanto, eu felicito ao senhor por ser o continuador de Alziro Zarur e estar mantendo a Legião da Boa Vontade no mesmo nível que ele deixou!”.

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Hélio Beltrão (1916-1997) - O advogado, economista e mestre em direito, Helio Marcos Pena Beltrão, nasceu em 15 de outubro de 1916, no Rio de Janeiro. Durante o governo de Carlos Lacerda, no então Estado da Guanabara (1960-1965), foi secretário do Interior e do Planejamento. Foi encarregado de realizar a reforma administrativa no governo de Humberto de Alencar Castello Branco (1964-1967) e criou a Secretaria de Planejamento e secretarias gerais em cada um dos ministérios, com o objetivo de desburocratizar o serviço público. De 1967 a 1969, foi ministro do Planejamento do governo Costa e Silva. No governo João Baptista Figueiredo (1979-1985), foi ministro extraordinário para a Desburocratização, de 1979 a 1983, e ministro da Previdência, de 1982 a 1983.