ONU abre exposição sobre os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

A Declaração Universal dos Direitos Humanos permanece atual e necessária em um mundo cercado de conflitos, desigualdades, deslocamento forçado, violência, racismo entre outros. Para celebrar as sete décadas de promulgação do documento, a ONU promoveu, na cidade do Rio de Janeiro, a abertura da exposição de xilogravuras do artista plástico brasileiro Otávio Roth (1952-1993), baseadas nos artigos da declaração. As obras serão exibidas pela ONU Brasil até 9 de setembro, no Centro Cultural Correios.

Andreia Fontenele

É a primeira vez em mais de 30 anos que as xilogravuras que ilustram os artigos da Declaração têm exibição no país. Os trabalhos estão expostos permanentemente nas sedes da ONU em Nova Iorque, Viena e Genebra.

As obras expostas traduzem os ideais de paz e igualdade defendidos nos artigos da Declaração. “É uma oportunidade, não só para conhecer o trabalho de Otávio Roth, mas também para refletir sobre os direitos e deveres que afetam a vida de todos nós”, declarou o diretor do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), Maurizio Giuliano, em entrevista à Boa Vontade TV. 

Andreia Fontenele

Sobre os 70 anos da Declaração, Giuliano afirma que os esforços da comunidade internacional e das Nações Unidas foram capazes de trazer algum sucesso na implementação dos direitos humanos: "Ela está incorporada em quase todas as constituições políticas do Estado do mundo. Quase todos os países aceitam que ter direitos específicos para a mulher e a criança, é direito fundamental. Direito à igualdade de gênero, à etnia e religioso. O direito sobre a consciência ambiental é forte, mas o caminho ainda é muito longo. Uma total liberdade de gênero ainda não é uma realidade, na quase totalidade de países do mundo”.

Isabel Roth, filha do artista, esteve presente no evento de abertura da mostra. À Boa Vontade TV, destacou: “Isso representa exatamente o que ele buscava: a disseminação do conteúdo da Declaração dos Direitos Humanos para todas as pessoas. Na verdade, você vê pelas obras que ele decupa a essência de cada artigo, que são muito simples, muito singelas e que comunicam muito bem aqueles valores. Ver as pessoas aqui, prestigiando o evento, é maravilhoso porque me dá a certeza de que a mensagem está sendo compartilhada”.  

A abertura da mostra foi prestigiada por diplomatas, representantes do Sistema ONU e de organizações da sociedade civil, como o coordenador-residente da ONU no Brasil, Niky Fabiancic; a assessora do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH), Ângela Pires; e a cônsul-geral do Canadá na capital fluminense, Evelyne Coulombe.

SERVIÇO:

A exposição ficará aberta para visitação até 09 de setembro, de terça a domingo, das 12h às 19h. Neste período, também ocorrerão palestras, filmes e debates. O evento é aberto ao público e gratuito.

Endereço: Centro Cultural Correios, Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro/Rio de Janeiro (RJ).