OMS declara monkeypox como emergência de saúde global

Da redação

23/07/2022 às 13h56 - sábado | Atualizado em 23/07/2022 às 15h22

Dado Ruvic

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou neste sábado, 23, que o atual surto de monkeypox (varíola dos macacos) constitui uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). O anúncio foi feito pelo diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva de imprensa.

“Temos um surto que se espalhou rápido pelo mundo, através de novas formas de transmissão, sobre as quais entendemos muito pouco, e que se encaixa nos critérios do Regulamento Sanitário Internacional. Por essas razões, decidi que a epidemia de varíola dos macacos representa uma emergência de saúde pública de preocupação internacional”, disse Tedros.

Mais de 16 mil casos já foram relatados em 75 países, com cinco mortes, informou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. O vírus tem se espalhado rapidamente por diversos países, o que aumenta o risco de disseminação internacional. Outra preocupação expressada por Tedros diz respeito ao potencial do vírus de interferir em viagens de um país para outro, como ocorreu com a Covid-19. No entanto, a OMS ainda considera o risco baixo.

CDC

Lesões da varíola dos macacos geralmente aparecem nas palmas das mãos

A DOENÇA

A varíola dos macacos é uma causada por um vírus e transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Ela é semelhante à varíola humana, embora mais leve, registrada pela primeira vez na República Democrática do Congo, na década de 1970. O número de casos na África Ocidental aumentou na última década.

Sintomas

Entre os sintomas clássicos da varíola comum e da varíola causada pelo Monkeypox estão a primeira fase de sintomas que se asssemelham à uma gripe, como febre, dor de cabeça e dor no corpo, calafrios, exaustão, que podem durar em média três dias. Na fase seguinte é que aparecem as lesões na pele que evoluem em cinco estágios, conhecidos como mácula, pápulas, vesículas, pústulas e finalmente crostas, estágio final quando caem. É o contato com elas que causa a transmissão do vírus para outras pessoas.

Transmissão

A varíola dos macacos pode se espalhar para as pessoas quando entram em contato físico com um animal infectado (roedores e primatas). Também pode se propagar de pessoa para pessoa por meio do contato físico próximo com alguém que tenha sintomas. A erupção cutânea, os fluidos corporais e as crostas são particularmente infecciosos. As roupas de vestir, roupas de cama, toalhas ou objetos como talheres e pratos que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa infectada também podem infectar os outros. Além disso, úlceras, lesões ou feridas na boca podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

Essa enfermidade pode ser transmitida ainda por inoculação ou através da placenta (varíola dos macacos congênita). Não há evidência de transmissão sexual do vírus.

Tratamento

Não há tratamentos específicos para a infecção pelo vírus da varíola dos macacos. Os sintomas costumam desaparecer espontaneamente. A atenção clínica deve ser otimizada ao máximo para aliviar os sintomas, manejando as complicações e prevenindo as sequelas em longo prazo.

 

 

 

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Com informações das Nações Unidas