
Manoel de Barros deixa legado de sete décadas dedicadas à poesia
Da redação
13/11/2014 às 17h32 - quinta-feira | Atualizado em 22/09/2016 às 16h04

Na manhã desta quinta-feira, 13, voltou à Pátria da Verdade o poeta Manoel de Barros, aos 97 anos. Ele estava internado em um Hospital de Campo Grande, MS, há duas semanas.
O cuiabano Manoel Wenceslau Leite de Barros era advogado, fazendeiro e poeta. Nasceu no Beco da Marinha, às margens do rio Cuiabá, em 19 de dezembro de 1916. Sua vida acadêmica ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, onde ficou até se formar em Direito, em 1941.
Publicou seu primeiro livro Poemas concebidos sem pecado, em 1937. A última obra, Escritos em verbal de ave, foi lançada em 2011. Seus escritos foram traduzidos para diversos idiomas, sendo publicados em Portugal, na Espanha, França e nos Estados Unidos, entre outros países.
Ao longo de sete décadas de carreira, ganhou o Prêmio Jabuti duas vezes, em 1990 e 2002, com as obras O guardador de águas e O fazedor de amanhecer, respectivamente. Ele ainda ocupou a cadeira nº1 da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras e foi premiado, em 2000, pela Academia Brasileira de Letras.
Nos últimos anos, o poeta morou em Campo Grande junto à esposa, Stella de Barros, com quem conviveu por 64 anos de matrimônio, e sua filha Martha Barros.
A Legião da Boa Vontade (LBV) e seu diretor-presidente, José de Paiva Netto, enviam as mais sinceras vibrações de Paz ao espírito eterno do poeta Manoel de Barros, extensivas aos familiares, amigos e admiradores de sua carreira.